quinta-feira, 25 de julho de 2013

EQUIPAS DO PASSADO - DÉCADA DE 70

ÉPOCA 1972/73

As hostes portistas continuavam frustradas com o desempenho da sua equipa mais representativa. O presidente Dr. Américo de Sá tinha o desejo de dar uma alegria à fiel massa associativa. Para isso decidiu puxar os cordões à bolsa e começou por contratar o treinador chileno Fernando Riera, que já tinha treinado em Portugal o Belenenses e o Benfica.

O técnico dispunha de soluções no plantel bastante interessantes, com nomes já firmados no panorama futebolístico nacional e mesmo internacional (Rolando, Abel, Flávio, Manhiça, Bené e Nóbrega) e algumas jovens promessas muito talentosas (Pavão, Oliveira, Rodolfo e Lemos).


















Na foto, da esquerda para a direita: Rui, Bené, Armando Manhiça, Vieira Nunes, Rolando, Valdemar, Pavão, Gualter e Armando


Apesar disso, o campeonato não começou bem. Duas jornadas, três pontos desperdiçados, resultantes da derrota, nas Antas, frente ao Sporting (0-1), na primeira jornada e um empate (0-0), no Barreiro, frente ao Barreirense, na jornada seguinte.

Este tímido início não afectou porém a equipa, que logo a seguir se estreou fulgurantemente no seu compromisso europeu e logo perante uma das mais prestigiadas formações do futebol do Velho Continente, o FC Barcelona. Vitória nas Antas, por 3-1. O FC Porto saiu para os balneários a perder 0-1 e no regresso rubricou uma exibição de luxo que lhe proporcionaram três belos golos, marcados por Flávio (48') e por Abel (51' e 66'). Uma semana depois, em Camp Nou, os azuis e brancos voltaram a fazer história, com nova vitória (0-1), com mais um golo de Abel.

Entretanto, internamente as coisas continuavam mal encaminhadas, com cedência de pontos inesperados (empates com o Belenenses, em casa e Farense, fora; derrotas em Setúbal e na Luz, onde depois de estar a vencer por 0-2, permitiu o volte face, ainda que com o dedo do árbitro setubalense Ismael Baltasar). Assim, os azuis e brancos cedo ficaram arredados da luta pelo título, somando mais uma temporada de desilusões na, cada vez mais penosa, travessia do deserto.

O FC Porto não foi além do 4º lugar, com 30 jogos disputados, 15 vitórias, 7 empates, 8 derrotas, 56 golos marcados, 28 sofridos e 37 pontos, menos 1 que o V. Setúbal, menos 3 que o Belenenses e menos 21 que o Benfica.

Na Taça Uefa, depois da épica eliminação do Barcelona, o FC Porto eliminou o Bruggeois (vitória 3-0, nas Antas e derrota 3-2 em Bruges - Bélgica). A eliminação da prova veio a seguir, às mãos do Dínamo de Dresden, da RDA (derrotas, nas Antas 1-2 e em Dresden 1-0).

Na Taça de Portugal também foi afastado à terceira eliminatória (quartos-de-final), pelo Farense (derrota 1-0 em Faro). Antes linha afastado o Boavista (vitória 1-2, no Bessa) e o Beira-Mar (vitória 3-1, nas Antas).

Fernando Riera utilizou 30 atletas no conjunto das três provas em que o FC Porto esteve envolvido, num total de 39 jogos, aqui indicados por ordem decrescente da sua participação: Abel (39), Guedes (39), Pavão (35), Rolando (34), Celso (33), Rui (33), Flávio (32), Armando Manhiça (30), Ricardo (29), Oliveira (27), Gualter (21), Valdemar (19), Bené (16), Júlio (13), Malagueta (13), Rodolfo (13), Lemos (10), Herédia (7), Nóbrega (6), Armando (4), Ferreira da Costa (4), Rodrigo (4), Ronaldo (4), Vieira Nunes (4), Armando Luís (3), Tibi (3), Costa Almeida (2), Raul (2), Hélder Ernesto (1) e Ilídio (1).

UMA DAS EQUIPAS POSSÍVEIS DESSA ÉPOCA





















Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Guedes, Pavão, Valdemar, Rolando, Gualter e Rui; Pela mesma ordem, em baixo: Celso, Abel, Flávio, Oliveira e Malagueta.

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar, Fotobiografia do FC Porto, de Rui Guedes e Fascículos e Livro de Equipamentos com História do Jornal A Bola.

Sem comentários:

Enviar um comentário