ÉPOCA DE 1964/65
A época abriu com a disputa dos 32 avos-de-final da Taça de Portugal, com a deslocação do FC Porto ao Campo do Baluarte, em Peniche, para defrontar o clube local que militava na II Divisão Nacional. O resultado foi um empate (1-1), com o golo portista marcado por... Artur Jorge. Esse mesmo que viria a comandar o futebol portista na vitória épica de Viena, em 1987.
Na segunda mão, nas Antas o Peniche não resistiu e foi goleado por 4-0. Seguiu-se depois o confronto europeu, para a Taça dos Vencedores das Taças (o FC Porto foi o representante português nesta prova, como finalista vencido, face à dobradinha conquistada pelo Benfica), no Estádio das Antas frente aos franceses do Lyon. Tratava-se do 9º jogo para as competições europeias, onde o FC Porto não conseguira ainda qualquer vitória. O máximo que tinha conseguido foram dois empates, um em Outubro de 1962, em Zagreb, contra o Dínamo (0-0) e o outro, em Outubro de 1963, nas Antas, frente ao Atlético de Madrid (0-0) e em ambos os casos não evitaram a eliminação.
Pois ao 9º jogo, os azuis e brancos arrancaram a primeira vitória europeia! Três golos sem resposta! Américo, Festa, Almeida, Joaquim Jorge, Rolando, Paula, Jaime, Custódio Pinto, Valdir, Carlos Baptista e Nóbrega, foram os escolhidos por Otto Glória para esse jogo memorável. Custódio Pinto (37' e 72') e Carlos Baptista (61') foram os marcadores de serviço. Na semana seguinte, para a segunda mão, em Lyon, os portistas voltaram a vencer, desta vez por 0-1, com algumas alterações na equipa que alinhou com Américo, Festa, Almeida, Atraca, Rolando, Paula, Rico, Carlos Baptista, Valdir, Custódio Pinto e Nóbrega. O golo foi apontado por Valdir (89'), garantindo a passagem, pela 1ª vez, à segunda eliminatória.
Sobre este assunto, aconselho vivamente a visita a este link, do blogue Memória Portista, do Amigo Armando Pinto.
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Ainda antes do Campeonato nacional começar, os azuis e brancos tiveram que discutir com o Benfica, os 16 avos-de-final da Taça de Portugal. Jogado em duas mãos, o FC Porto acabaria afastado da prova, depois da derrota por 4-1, na Luz, resultado que não conseguiu reverter nas Antas, onde não foi além de um empate (1-1).
No Campeonato Nacional os dragões começaram a ceder pontos atrás de pontos, com um início deplorável. Nas primeiras 9 jornadas já tinha desperdiçado 10 pontos, hipotecando logo à nascença qualquer possibilidade de chegar ao ambicionado título.
Entretanto para trás tinha ficado também a eliminação na Taça das Taças, numa eliminatória muito renhida, contra os alemães do Munique 1860 (derrota nas Antas por 0-1 e empate em Munique por 1-1).
Reduzidos ao Campeonato, os azuis e brancos começaram a engrenar e a recuperar na classificação, conseguindo nove vitórias em dez jogos. Mas no final, não mais que o segundo lugar resultante de 26 jogos, 17 vitórias, 3 empates, 6 derrotas, 47 golos marcados, 27 sofridos e 37 pontos, menos 6 que o campeão nacional, o clube do regime.
O treinador brasileiro Otto Glória teve ao seu dispor o seguinte plantel, por ordem de utilização no conjunto das três provas (CN,TP e TT): Nóbrega (34 jogos), Custódio Pinto (32), Rolando (31), Atraca (30), Festa (26), Paula (25), Valdir (20), Almeida (19), Américo (17), Rui (17), Miguel Arcanjo (16), Carlos Manuel (15), Carlos Baptista (14), Naftal (14), Joaquim Jorge (10), Artur Jorge (6), Vasconcelos (6), Daniel (3), Bernardo da Velha (2), Rico (2), Romeu (2), Silva (2), Domingos (1) e Sucena (1).
UMA DAS EQUIPAS POSSÍVEIS DESSA ÉPOCA
Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Rui, Almeida, Festa, Atraca, Paula, Rolando e Américo; Em baixo, pela mesma ordem: Jaime, Carlos Manuel, Naftal, Custódio Pinto e Nóbrega
Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Base de dados actualizado de Rui Anjos
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