Kléber - Internacional E52: Vestiu a camisola da Selecção nacional do Brasil por duas ocasiões (ambas ao serviço do FC Porto). A sua estreia aconteceu em 10 de Novembro de 2011, em Libreville, num jogo amigável frente ao Gabão, com vitória brasileira por 2-0.
De resto e com alguma surpresa, Mano Menezes, seleccionador brasileiro da altura, manifestou alguma curiosidade para experimentar novas opções para a sua equipa e lembrou-se deste avançado do FC Porto que jogava ao lado de Hulk. Assim, em Setembro de 2011, começou por convocar o atleta para os amigáveis agendados contra o México e a Costa Rica, mas uma inconveniente lesão no ombro esquerdo afastou a possibilidade de estreia. Porém, em Novembro, já recuperado, Kléber não foi esquecido e Mano Menezes voltou a convoca-lo para nova sessão de dois jogos amigáveis. Foi a possibilidade do jovem avançado brasileiro se mostrar, contra o Gabão e o Egipto, jogos que não correram particularmente bem ao avançado portista, que teve uma participação residual (entrou para os últimos 20 minutos, no primeiro jogo e nos últimos 10, no segundo) e não mais foi chamado.
Natural de Estância Velha, região de Porto Alegre, Brasil, Kléber iniciou a sua carreira nas escolas de formação do Residencial Praia de Camburi (RPC), localizado em Jardim Camburi, Vitória. Deixou a cidade natal para ir jogar em Minas Gerais, representando o Atlético local, onde, em 2009, foi lançado na equipa principal e se tornou profissional.
Na falta de oportunidades para jogar no campeonato brasileiro, o jovem avançado foi emprestado ao CS Marítimo da Madeira em Agosto de 2009. Na Ilha portuguesa, foi consolidando a sua titularidade ajudando a equipa insular a classificar-se para a Liga Europa.
Surgiu então o interesse do FC Porto que reconhecendo nele potencialidades e margem de progressão e sabendo da sua situação de emprestado, entrou em negociações directas com o detentor dos seus direitos desportivos, o Atlético de Minas Gerais, que chegou mesmo a aceitar a proposta portista. Mas como o vinculo de empréstimo ao Marítimo se prolongava até Junho de 2011, a negociação viria a ser abortada pela insistência do presidente do clube madeirense, que em rota de colisão com o FC Porto (já tinha perdido Djalma, a custo 0), entendia ter direito a uma indemnização, que obviamente os Dragões não estavam dispostos a pagar.
Seguiu-se uma sucessão de episódios rocambolescos, com o jogador a tentar forçar a sua saída imediata para o Dragão, enquanto o presidente maritimista tentava coloca-lo no Sporting. Nenhuma das situações teve êxito e o atleta teve de conformar-se e continuar a defender as cores do Marítimo até ao fim do empréstimo.
Em Julho de 2011 o FC Porto voltou à carga e a troco de cerca de 2,5 milhões de euros conseguiu negociar com o Atlético MG os direitos desportivos e os 50% dos direitos económicos, que os clube brasileiro detinha, tornando-se Dragão como pretendia e com uma clausula de rescisão de 40 milhões de euros.
Kléber começou o seu percurso no FC Porto de forma auspiciosa e prometedora, ao anotar 5 golos no mesmo número de jogos disputados durante a pré-época, tendo marcado mais 10 golos nos 33 jogos oficiais, durante a sua primeira época vestido de azul e branco.
A estreia oficial de Dragão ao peito aconteceu em 7 de Agosto de 2011, em Aveiro, frente ao V. de Guimarães, em jogo da final da Supertaça Cândido de Oliveira, ganha pelo conjunto portista por 2-1, onde Kléber cumpriu com normalidade os 90 minutos do jogo.
As sua performances na temporada de 2011/12 foram aceitáveis até uma parte da época, mas depois de uma lesão que o afastou durante algumas semanas não mais conseguiu estabilizar.
A verdade é que, conforme reconheceu, veio para ser segunda opção, aprender e progredir com um jogador de referência e eleição, que era Falcao, mas a súbita e surpreendente saída do avançado colombiano nos derradeiros momentos do fecho do mercado, acabou por precipitar o seu precoce lançamento «às feras». A sua reacção inicial foi positiva, mas a sua débil estrutura emocional acabou por fazer mossa. Kléber sentiu demasiado a responsabilidade de substituir um goleador incomparável e não conseguiu libertar-se da sua sombra, caindo numa irregularidade galopante que o transformou num jogador ansioso, trapalhão, instável, inútil e por isso muito pouco utilizado.
Viu-se ultrapassado pela contratação de Inverno, o austríaco Marc Janko e na temporada em curso, com a contratação de Jackson Martinez e agora de Liedson, ficou sem espaço. O treinador Vítor Pereira manifestou já que não contava com ele e só um episódio caricato protagonizado pela SAD do Sporting abortou a sua transferência para os leões. Agora o seu destino talvez seja o Brasil, onde o mercado só fecha no final de Fevereiro.
Enquanto jogador do FC Porto, Kléber participou até ao momento, em 43 jogos e concretizou 11 golos, conforme quadro estatístico que se segue:
Palmarés ao serviço do FC Porto:
1 Campeonato nacional (2011/12)
2 Supertaças Cândido de Oliveira (2010/11 e 2011/12)
(Continua)
Fontes: Transfermarkt.co.uk; Worldfootball.co e Base de dados actualizados de Rui Anjos.