segunda-feira, 30 de abril de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS ESTRANGEIROS - PARTE XIII


Mário Jardel - Internacional E13: Vestiu a camisola da Selecção nacional do Brasil por 8 vezes, todas ao serviço do FC Porto, tendo apontado apenas 1 golo. Estreou-se em 31 de Agosto de 1996, num jogo amigável, em que o Brasil, treinado por Mário Zagallo, defrontou a Holanda, com um empate a dois golos como resultado final.

Natural de Fortaleza, Brasil, começou a sua vida desportiva no Ferroviário, um clube local, onde fez a sua formação. Depois de se tornar profissional, começou a dar nas vistas, tendo sido chamado para o Rio de Janeiro onde assinou pelo Vasco da Gama. Seguiu-se o Grémio de Porto Alegre, onde o treinador Luiz Felipe Scolari montou uma equipa à sua imagem. Jardel marcou 67 golos em 73 jogos e o canto da sereia do futebol europeu suou estridentemente chamando por Jardel.

A cidade do Porto foi a sua paragem seguinte, onde o Mário Jardel foi imensamente feliz e se tornou no «Super-Mário». Autor de muitos golos, de todos os lados, todas as maneiras, todos os feitios (de cabeça, com o pé direito, com o pé esquerdo, com a coxa, com o calcanhar, de «bicicleta» ou de «letra»). Nas alturas era imbatível. Parecia adivinhar a trajectória de cada bola ao milímetro. De tal modo os seu golos assombravam que serviu de inspiração para uma música escrita por Carlos Tê e cantada por Rui Veloso, «Voar como Jardel sobre os centrais».

Mário Jardel era, sem dúvida uma «máquina» goleadora, um animal de área, um matador. Entre os defesas adversários estava no seu habitat natural, podia dar largas ao seu instinto predador e marcar golos, muito golos.

No FC Porto Jardel conseguiu os maiores êxitos desportivos da sua carreira. Foi vencedor da Supertaça Cândido de Oliveira nas temporadas de 1996/97, 1998/99 e 1999/2000; Tricampeão português em 1996/97, 1997/98 e 1998/99 e vencedor da Taça de Portugal em 1997/98 e 1999/2000. Foi quatro vezes o melhor marcador do Campeonato Nacional, fazendo 30 golos em 31 partidas, em 1996/97; 26 golos em 30 partidas, em 1997/98; 36 golos em 32 partidas, em 1998/99 e 38 golos em 32 partidas, em 1999/2000. Nas competições europeias marcou 19 golos em 24 partidas. Nas quatro temporadas de azul e branco fez 175 jogos e 168 golos. Foi Bota de Prata (2º melhor marcador europeu) em 1997, Bota de Ouro (melhor marcador europeu) em 1999 e Bota de Bronze (3º melhor marcador europeu) em 2000.

No Verão de 2000 Mário Jardel transferiu-se para o Galatasaray da Turquia, onde jogou apenas uma época. A veia goleadora manteve-se. Em 24 jogos marcou 22 golos.

Regressou a Portugal na época seguinte (2001/2002) e o seu destino parecia ser o FC Porto.  Chegou a ser visto no aeroporto exibindo o cachecol azul e branco, no que parecia tratar-se de uma transferência consumada. Octávio Machado, na altura o treinador dos Dragões, fez abortar a contratação e o atleta assinou pelo Sporting CP, de 2001 a 2003, onde foi campeão nacional, vencedor da Taça de Portugal e da Supertaça Cândido de Oliveira, em 2001/02. Nessa época marcou 42 golos em 30 jogos, vencendo pela segunda vez a Bota de Ouro.

Jardel cumpriu 6 épocas no futebol português e foi 5 vezes o melhor marcador, até que resolveu brincar com a vida. Cedeu aos vícios e a partir desse momento destruiu a carreira. O Mário nunca mais foi «Super». Saltou de clube em clube a um ritmo frenético. Não mais estabilizou.

Em 2011, após 21 anos de carreira, já tinha vestido a camisola de 21 clubes diferentes. Em alguns só vestiu a camisola no dia da apresentação. Jardel jogou na Europa, na América, na Ásia e até na longínqua Oceania. 

Hoje diz que quer ser treinador... em Portugal! Pode?...
(Continua)
Fontes: Arquivo da Selecção brasileira; Zero a Zero e Worldfootball.net

domingo, 29 de abril de 2012

CAMPEÕES NO SOFÁ





O FC Porto já tinha sido campeão na neve, na chuva e ao Sol. Desta vez foi campeão no sofá!


A hegemonia continua viva, mesmo quando a aposta «teve de ser» no treinador adjunto que «comeu de cebolada» o mestre das tácticas, deixando os pasquins lisboetas a espumar de raiva.


PARABÉNS AO FC PORTO POR MAIS UM TÍTULO CONQUISTADO ANTES DA PROVA TERMINAR!

sábado, 28 de abril de 2012

DRAGÃO A UMA VITÓRIA DO BI

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Ao garantir os três pontos no Funchal, o FC Porto colocou-se, no pior dos cenários, a uma vitória de revalidar o título, tendo em conta que o seu perseguidor só joga amanhã.

Conforme o previsto, a tarefa não foi fácil, mas confesso que esperava do Marítimo uma réplica mais consistente.

Os Dragões entraram bem na partida e na primeira quinzena de minutos alardearam argumentos para construir um resultado confortável. Dominadores, seguros e ambiciosos, os jogadores portistas foram remetendo os insulares para o seu último reduto, não dando sequer espaço para atrevimentos. Bloco alto, boa troca de bola e alguma capacidade de provocar rupturas, os campeões nacionais deixaram bem expresso as suas intenções. Depois de algumas oportunidades desperdiçadas por falta de pontaria, o golo portista lá chegaria, na sequência de uma grande penalidade, tão clara quanto escusada, por mão na bola de Fidélis, que Hulk converteu, no melhor período dos azuis e brancos durante todo o jogo.

O Marítimo foi corrigindo e acertando as marcações dando ao jogo um cariz de maior equilíbrio, sem no entanto conseguir fazer perigar a baliza à guarda de Helton uma vez que fosse. O resultado ao intervalo era mais que justo.

No segundo tempo os jogadores portistas foram menos esclarecidos e mais trapalhões, menos determinados e mais permissivos, menos agressivos e mais espectantes. Permitiram uma reacção dos donos da casa que, finalmente, se acercaram da área azul e branca com algum perigo. O golo do empate poderia ter surgido. 

Vítor Pereira dava sinais claros de querer conservar a vantagem. Tirou James e fez entrar Defour. O Porto já só chegava à baliza contrária em esporádicos contra-ataques, alguns bastante perigosos, principalmente protagonizados por Hulk, que ofereceu o golo a Lucho, mas «El comandante» desperdiçou de forma desastrada. 

Já com Djalma em campo, no lugar de Varela, o FC Porto chegaria ao segundo golo, em mais um contra-ataque, de novo de grande penalidade, após o claro derrube de Rafael Miranda sobre Djalma, que originou a expulsão do jogador verde-rubro, por acumulação de amarelos. Hulk converteu e ampliou o marcador.

Vitória justa num jogo morno com destaque para as exibições de Hulk, Maicon, Fernando e Helton.

O título fica agora mais perto, isto se não se confirmar o abandono do União de Leiria, que poderá alterar significativamente as contas da classificação.

TETRACAMPEÕES NACIONAIS DE ANDEBOL

Ao vencer hoje, em Águas Santas, o clube local, o FC Porto sagrou-se tetracampeão nacional de andebol, quando ainda faltam três jornadas para terminar a prova.

É o 17º triunfo portista, igualando o Sporting na liderança do ranking.

Parabéns a esta maravilhosa equipa, liderada por Ljubomir Obradovic.


Aqui ficam os nomes dos atletas que fazem parte do plantel:


sexta-feira, 27 de abril de 2012

ACREDITAR NA COMPETÊNCIA E AMBIÇÃO


O Campeonato nacional caminha a passos largos para o seu epílogo. O FC Porto vai ter, este Sábado pela frente, mais um jogo fundamental para a concretização do seu principal objectivo, traçado no início da época e para o qual se encontra prematura e exclusivamente confinado. 

A tarefa encerra as naturais dificuldades de que o grupo de trabalho está consciente. Nesta deslocação à Madeira, os Dragões levam na bagagem, uma boa dose de confiança e sobretudo a noção da responsabilidade que este jogo suscita. 

Mais do que garantir a liderança confortável, a vitória significará mais um importante passo para a revalidação do título.
O sprint final começou em Braga e espero que se mantenha, com o mesmo nível de exibições e resultados até ao final da prova.

Ainda não foi desta que o treinador portista Vítor Pereira pôde dispor de todo o plantel à disposição. Emídio Rafael é o eterno lesionado e Cristian Rodríguez espera, no Uruguai, o términos do seu contrato para se desligar definitivamente do Clube.

À margem deste dois casos, todos os restantes atletas ficaram na expectativa da sua contribuição para este jogo.

Vítor Pereira, quiçá aplicando a sua teoria do chiclete, decidiu manter a convocatória da semana passada, deixando surpreendentemente (ou talvez não) de fora, o uruguaio Álvaro Pereira, já liberto do castigo a que foi sujeito no jogo anterior.  De fora continuam Mangala e Iturbe.

LISTA DOS CONVOCADOS

EQUIPA PROVÁVEL

Competição: Liga Zon Sagres 2011/12 - 28ª Jornada
Palco do Jogo - Estádio dos Barreiros - Funchal
Data e hora do Jogo: 28 de Abril de 2012, às 20:15 h
Árbitro: Na redoma!
Transmissão: SportTv1

quarta-feira, 25 de abril de 2012

PÓDIOS DE GOLEADORES PORTISTAS

Em mais um aniversário (38º) do dia da revolução dos cravos, coincidente com o 5º aniversário deste blogue, presto a minha singela homenagem aos goleadores portistas, que em muito contribuíram para engrandecerem o emblema do Dragão.

Hoje apenas vou destacar os que têm lugar no pódio, em golos marcados no Estádio do Dragão, no Campeonato Nacional e nas provas europeias. Entretanto, anuncio em primeira mão, que estou a elaborar uma base de dados, que me permitirá brevemente partilhar com todos vós, todos os jogadores portistas que marcaram em jogos oficiais pelo FC Porto.




Quero aqui deixar o meu reconhecimento público, pela atenção que têm dado a este espaço de convívio portista e um especial agradecimento ao amigo Fernando Moreira (Dragão Azul Forte),  pelo facto de ser sempre o primeiro na formulação dos parabéns. Um grande Bem Haja.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS ESTRANGEIROS - PARTE XII


Russel Latapy - Internacional E12: Jogador de Trinidad e Tobago, começou bem cedo, nas categorias de base da selecção quando tinha apenas 10 anos de idade. Aos 15 foi eleito o melhor jogador do país, proeza que repetiria por mais 3 ocasiões. Em 1985, com 16 anos, foi convocado pela primeira vez para a selecção principal. Latapy participou em 64 jogos (9 pelo Portmor Utd., 13 pela Académica de Coimbra, 9 pelo FC Porto, 3 pelo Boavista, 16 pelo Hibernian e 14 pelo Falfirk FC) e apontou 28 golos.

Estreou-se em 30 de Outubro de 1988, na capital do seu país, Port of Spain, no Trinidad e Tobago-Honduras, para a fase de qualificação do Mundial de 1990, com o resultado de 0-0. Enquanto jogador do FC Porto, fez o primeiro de 9 jogos, em 10 de Janeiro de 1996, em Anaheim, no Trinidad e Tobago-El Salvador, para a Golden Cup/96, com derrota por 3-2, sendo os dois golos da sua autoria.

Esteve presente pela primeira vez numa fase final do Campeonato do Mundo, aos 37 anos, sendo o segundo jogador mais velho desse Mundial/1966, na Alemanha, atrás apenas de Boumnijel, guarda-redes da Tunísia, de 40 anos. Afastado da selecção nacional desde 2001, o «pequeno mágico», como era conhecido em Trinidad e Tobago, não conseguiu ficar indiferente aos apelos do seu amigo e companheiro de selecção Dwight Yorke, para voltar e participar nas eliminatórias para esse certame internacional.

Natural de Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago (pequeno país constituído pelas duas ilhas que lhe dão o nome, entre o mar do Caríbe e o Oceano Atlântico, ao largo da costa da Venezuela, Latapy antes de vir para Portugal jogou no United Petrotin e no Portmore United.

Em 1990 assinou pela Académica de Coimbra, na altura a disputar a II Divisão Nacional, pelo qual jogou durante 4 épocas como titular indiscutível. As suas qualidades não passaram desapercebidas aos responsáveis do FC Porto que o foram buscar no Verão de 1994. Estreou-se em jogos oficiais, a 6 de Novembro de 1994, nas Antas, frente ao Vitória de Guimarães, jogo a contar para a 10ª jornada do Campeonato Nacional, com vitória portista por 3-0. O caribenho realizou 56 jogos e apontou 7 golos nas duas épocas que equipou de azul e branco.

Em Julho de 1996 foi transferido para o Boavista. Pelo novo clube fez 40 partidas, vencendo a Taça de Portugal e a Supertaça Cândido de Oliveira, em 1996/97.

Na temporada de 1998/99 mudou-se para a Escócia, onde teve uma carreira sem tantas conquistas. Chegou ao Hibernian quando acabara de completar 30 anos. Fez 3 épocas como titular, somando 83 jogos mas não conquistou qualquer título. Ainda passou pelo Rangers, um dos maiores clubes escoceses e pelo Dundee United antes de chegar ao Falkirk, da segunda divisão, em 2003.

Aos 35 anos, tornou-se peça fundamental do clube. Além de absoluto no meio-campo, acumulou o cargo de técnico da equipa, levando-a à primeira divisão do campeonato escocês, em 2005.

Palmarés ao serviço do FC Porto: 2 Campeonatos Nacionais (1994/95 e 1995/96) e 1 Supertaça Cândido de Oliveira (1995/96).

(Continua)
Fontes: Fifa.com; Zero a Zero; Worldfootball.net e Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar.

sábado, 21 de abril de 2012

MAIS PERTO DO OBJECTIVO

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

O FC Porto ao cumprir a sua missão frente ao Beira-Mar, deu mais um importante passo para garantir o bicampeonato.

O jogo teve duas partes distintas. Os Dragões da primeira parte foram dominadores, perdulários mas pouco consistentes. Incorreram em erros capitais defensivos  que poderiam ter saído muito caros. Valeu-nos a ineficácia aveirense. Os campeões nacionais saíram para o intervalo com vantagem no marcador, conseguida de indiscutível grande penalidade, mas se o resultado fosse um empate também não seria nada injusto.

Na segunda metade, o FC Porto foi não só dominador como também exterminador. Jogou os primeiros vinte minutos num ritmo e intensidade diabólicas, suficientes para desmontar o esquema defensivo aveirense. Nesse período dilatou o resultado com mais dois golos apenas, porque as inúmeras oportunidades criadas não foram bem aproveitadas. Foi um período muito bonito, de futebol envolvente, passes muito bem medidos, troca de bola quase perfeita, com todos os jogadores em movimento e muita classe posta ao serviço da equipa. 

Os restantes vinte e cinco minutos foram mais de controlo e posse de bola, sem no entanto perder nunca o engodo pela baliza, com a criação de mais uma mão cheia de oportunidades de golo que se foram perdendo, na sua maior parte por falta de discernimento no momento do remate.

Nesta segunda parte o Beira-Mar não conseguiu fazer um remate digno desse nome, tal a cobertura concertada do meio-campo e defensiva portista, finalmente à altura dos acontecimentos.

Vitória justa com destaque para o Incrível Hulk, mais uma vez decisivo (esteve nos 3 golos), e para os tais vinte minutos «à campeão» de toda a equipa. 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

1ª FINAL DE UMA SÉRIE DE QUATRO!


Após uma forçada paragem para permitir a realização da final da Taça Lucílio Calabote Baptista, de repente transformada pelo clube do regime na LIGA DOS LAMPIÕES, com a previsível entrega do troféu ao respectivo adjudicado, o que os transforma em TRÊTA-LAMPIÕES NACIONAIS, eis que regressa a prova rainha do futebol português.

Cabe ao FC Porto defender, com unhas e dentes, a liderança que, esta época, tanto custou a conquistar. Faltam quatro jogos e,  ninguém se iluda, nenhum deles será fácil, pelos menos à partida. Só a consciência do grau de dificuldade elevado e a noção da necessidade de empenhamento e concentração de todos fará com que o título vá ficando cada vez mais próximo. 


Esta paragem forçada permitiu a recuperação completa de Fernando e Danilo que regressam assim ao lote dos convocados, não significando no entanto que Vítor Pereira disponha de todos os elementos para o jogo com o Beira-Mar. É que Álvaro Pereira viu o amarelo em Braga e por isso vai ter de cumprir um jogo de suspensão.


Para além do uruguaio, também Iturbe não foi convocado, este por mera opção técnica.


LISTA DOS CONVOCADOS
EQUIPA PROVÁVEL


Competição: Liga Zon Sagres 2011/12 - 27ª Jornada
Palco do jogo: Estádio do Dragão - Porto
Data e hora do jogo: 21 de Abril de 2012, às 21:15 h
Árbitro: Na redoma
Transmissão: TVI

terça-feira, 17 de abril de 2012

PARABÉNS AO MELHOR PRESIDENTE DO MUNDO!


Pelos seus 30 anos de presidência, pelos 54 títulos no futebol profissional, pelos inúmeros títulos nas actividades amadoras, por ter transformado o FC Porto numa potência do futebol mundial e pelo orgulho de ser o portuense mais famoso do Universo.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) PARTE XI


Péter Lipcei - internacional E11: Representou a Selecção nacional principal da Hungria por 58 vezes (55 pelo Ferencváros TC e 3 pelo FC Porto). O jogo de estreia aconteceu em 11 de Setembro de 1991, num jogo particular disputado na cidade húngara de Gyor, onde a Selecção da casa recebeu a sua congénere da Rep. da Irlanda, com o resultado desfavorável  de 2-1. Enquanto jogador do FC Porto, fez apenas três encontros, o primeiro dos quais, em 16 de Agosto de 1995, em Siofok, no Hungria-Israel, de carácter amigável, com derrota húngara por 0-2.

Natural de Karcincbarcika, Hungria, fez toda a sua formação no Ferencváros TC, clube que representou durante 14 épocas, longevidade que lhe granjeou o estatuto de símbolo do clube magiar.

Lipcei foi um médio de transição perfeito nas valências defesa/ataque, que desempenhava com competência e eficácia, aparecendo frequentemente em zonas de finalização com bastante à vontade, permitindo-lhe alcançar muitos e bons golos.

Chegou ao FC Porto na temporada de 1995/96, com contrato por três épocas, mas só cumpriu uma. Estreou-se com o emblema portista, em jogos oficiais, em 6 de Agosto de 1995, em Alvalade, contra o Sporting, jogo da 1ª Mão da Supertaça Cândido de Oliveira, que terminou com um empate sem golos. Enquanto jogador portista participou em 28 jogos e marcou 6 golos.

Uma grave lesão nos ligamentos do joelho interrompeu-lhe a promissora carreira, no final da época. Foi submetido a delicada intervenção cirúrgica a que se seguiu uma prolongada paragem para recuperação. Lipcei enfrentou então um período complicado, acabando emprestado ao Sporting de Espinho, tendo apenas participado em 5 jogos. Na época seguinte, desanimado, decidiu regressar ao seu país e ao seu clube, o Ferencváros.

Aí, ganhou novo alento, recuperou a confiança e as suas qualidades ressurgiram, voltando a jogar com regularidade. O prestígio que nunca chegou verdadeiramente a perder levou-o até à Áustria para representar o Salzburgo, em 1998, onde jogou durante duas épocas, antes de regressar à Hungria, de novo ao Ferencváros, que ainda representou durante 6 épocas, para aí terminar a sua carreira.

Palmarés ao serviço do FC Porto: 1 Campeonato Nacional (1995/96) e 1 Supertaça Cândido de Oliveira (1995/96).
(Continua)
Fontes: European Football National Teams Matches; Almanaque Oficial do FC Porto, de Rui Miguel Tovar

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A ALMOFADA É CONFORTÁVEL, MAS...

...CONVÉM QUE NINGUÉM A APROVEITE PARA ADORMECER!

Os 4 pontos de vantagem a 4 jornadas do fim do Campeonato Nacional, podem dar efectivamente a tranquilidade e serenidade necessárias para encarar os últimos jogos com confiança e ambição.

O título ficou mais perto, mas é bom que não nos esqueçamos que, depois da brilhante vitória no «salão de festas», o FC Porto desbaratou os mesmos 4 pontos, em confrontos aparentemente acessíveis (empates com a Académica, 0-0 no Dragão e com o Paços de Ferreira, 1-1 na Mata Real, nas 22ª e 24ª jornadas).

Nada está garantido. As faixas são prematuras. Os campeões fazem-se no relvado. A festa só se faz no fim. Faltam ainda 4 jogos que devem ser encarados com a máxima responsabilidade, como de finais se tratassem, sem temores mas também sem menosprezos pelos adversários. Cada um deles encerrará obviamente dificuldades e obstáculos diversos, que a equipa técnica e atletas cuidarão de estudar para determinar as medidas adequadas  de os ultrapassar.

Nós portistas sabemos que nada nos é oferecido. Não estamos habituados a facilidades. Tudo o que conquistamos foi sempre, literalmente, contra tudo e contra todos. É a nossa sina, o nosso destino. E ainda bem porque não queremos nem desejamos favores. O que nós merecemos e exigimos é o respeito pelas leis do jogo, deontologia e ética jornalística e verdade desportiva. É disto que devemos ter consciência para, na hora da verdade, sermos suficientemente fortes, unidos, solidários e capazes de vencer todas as adversidades.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE X



Vassiliy KulkovInternacional E10: Vestiu a camisola da Selecção principal do seu país (primeiro União Soviética-URSS, Rússia depois do desmantelamento do território soviético) por 42 vezes (20 pelo FC Spartak de Moscovo, 16 pelo SL Benfica e 6 pelo FC Porto), marcando 5 golos. Estreou-se em 26 de Abril de 1989, em Kiev, num jogo da fase de qualificação para o Mundial/1990, em que a União Soviética venceu a Alemanha por 3-0.

Enquanto jogador do FC Porto participou em seis jogos, o primeiro dos quais em 7 de Setembro de 1994, em Moscovo, curiosamente no Rússia-Alemanha, jogo particular que acabou com uma vitória alemã por 1-0.

Apesar de ter jogado com regularidade na Selecção do seu país, durante vários anos, nunca esteve presente nos grandes certames internacionais. Não foi seleccionado, por opção técnica, para o Mundial/1990 e perdeu os Europeus de 1992 e 1996, devido a lesão. Já no Mundial de 1994, a sua ausência ficou-se a dever a um conflito de interesses, entre um conjunto jogadores, de que o médio fazia parte e o técnico Pavel Sadyrin, que determinou a renúncia dos atletas.

Natural de Moscovo, iniciou a sua carreira desportiva, como profissional, em 1986, num clube da cidade, o FC Presnya, tendo passado pelo FK Alania, de Vladikavkaz, antes de ingressar em 1989 no FC Spartak de Moscovo, onde jogou em muito bom nível até 1991. Nessas três temporadas, sagrou-se Campeão nacional da extinta União Soviética e disputou as meias finais da Taça dos Campeões Europeus (1990/91), deixando pelo caminho  o Sparta de Praga, o Nápoles e o Real Madrid.

As suas prestações despertaram a natural cobiça de outros emblemas europeus, mas foi o Benfica que venceu a corrida, clube por quem assinou em 1991 e onde permaneceu durante as três épocas seguintes.

No Verão de 1994 esteve envolvido, juntamente com o seu compatriota Sergei Yuran, na transferência mais bombástica desse defeso futebolístico português. Os russos rescindiram o contrato que os ligava ao Benfica e assinaram pelo FC Porto, treinado por Bobby Robson, deixando os dirigentes encarnados à beira de um ataque de nervos.

Kulkov estreou-se com a camisola portista, em jogos oficiais,  em 11 de Setembro de 1994, no Estádio das Antas, no jogo FC Porto-União da Madeira, a contar para a 3ª Jornada do Campeonato Nacional, com vitória portista por 3-0.

A sua ligação aos Dragões durou apenas uma época, participando em 27 jogos, com dois golos da sua autoria.

Depois de deixar as Antas, Kulkov só voltaria a jogar com regularidade em 1998, na segunda época ao serviço do Zenit de São Petersburgo, isto depois de ter representado sucessivamente e em alguns casos durante uma época, o Spartak de Moscovo, o Millwall e de novo o Spartak Moscovo, em 1997. Já em final de carreira, Kulkov jogou ainda no Krylya Sovetov Samara, em 1998 e ainda fez um regresso a Portugal, para a sua última época, ao serviço do Alverca, em 1999.

Palmarés ao serviço do FC Porto: 1 Campeonato nacional (1994/95) e 1 Supertaça Cândido de Oliveira (1994/95).

Palmarés ao serviço de outros clubes: 1 Campeonato nacional da União Soviética (1989 - Spartak Moscovo); 1 Campeonato Nacional de Portugal (1993/94 - Benfica); 1 Taça de Portugal (1992/93 - Benfica) e 1 Taça da Rússia (1999 - Krylya Sovetov).



(Continua)
Fontes: European Football National Teams Matches; Almanaque Ogicial do FC Porto, de Rui Miguel Tovar

sábado, 7 de abril de 2012

PASSO IMPORTANTE PARA O TÍTULO, ENORME PARA A AMBIÇÃO

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Foi como se previa um jogo de dificuldade máxima,  confirmando-se a ambição das duas equipas para alcançar o título. Ambas as formações apostaram na vitória que acabou por sorrir à que conseguiu ser mais eficaz.

Os Dragões mostraram-se uma equipa mais equilibrada, solidária e com a sorte dos campeões.

Vítor Pereira surpreendeu ao dar a titularidade a Kléber, em detrimento de Marc Janko, uma aposta gorada já que o avançado brasileiro, apesar de muito esforçado, voltou a demonstrar falta de qualidade para pertencer a um plantel com tamanhas ambições. O treinador emendou a mão, ao intervalo, deixando o avançado no balneário, fazendo entrar Silvestre Varela. Esta substituição teve o condão de resolver dois problemas. A deslocação de James Rodríguez  para a direita, aparecendo mais em jogo e Hulk para o centro do ataque, onde representou mais perigo para a baliza minhota.

O jogo foi equilibrado, com momentos de ascendência alternada. O FC Porto dispôs das primeiras situações de perigo, com Lucho, por duas vezes, na primeira parte, a obrigar o guarda-redes Quim a duas intervenções de grande dificuldade. Lima protagonizou o lance de maior frisson junto da baliza portista, num remate cruzado que saiu a rasar o poste mais distante da baliza à guarda de Helton. Hulk, quase a findar o primeiro tempo teve nos pés a oportunidade mais clara de golo, num remate cruzado, sob a esquerda que Quim defendeu com uma sapatada instintiva.

O resultado ao intervalo era, no fundo, o reflexo do futebol praticado pelas duas equipas.

No segundo tempo, com as correcções apontadas, o FC Porto entrou mais dominador e controlador, mas foi o Braga o primeiro a desperdiçar uma soberana ocasião de golo. Hugo Viana surgiu solto de marcação, na cara de Helton e atirou para fora! O bracarense voltaria a estar desastrado, numa jogada de transição, falhando um passe a meio campo, interceptado por James que aproveitou a oferta para lançar Hulk fazer o golo da vitória.

Os minhotos sentiram este revés mas reagiram criando alguns sobressaltos, mas também estiveram perto de sofrer novo golo, desta vez num remate embrulhado de James.

Aos 63' aconteceu o insólito do jogo. Álvaro Pereira que estava já amarelado e a fazer uma partida muito irregular, recebeu ordem de substituição, reagindo de forma lamentável. Já sentado no banco despejou a sua fúria no acrílico da sua cobertura! Inacreditável.

A vitória portista acaba por assentar bem, num jogo de grande intensidade e emoção, digna de dois pretendentes ao titulo. Os Dragões assumem-se como verdadeiros candidatos, continuando a depender única e exclusivamente de si próprios.

O meu destaque vai para a importância do golo de Hulk e para a exibição regular de quase toda a equipa, onde destoou claramente a irregularidade de Álvaro Pereira, o erro de casting de Kléber e a fraca primeira parte de James Rodríguez.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

UNIDOS VENCEREMOS!


Após o regresso à liderança, o FC Porto vai por à prova essa condição, numa deslocação de grau de dificuldade elevada, pois pela frente vai ter um dos mais sérios candidatos ao título.

A competitividade desta época é feroz e por essa razão nenhum resultado vai determinar já o campeão, sendo certo que quem triunfar dará um passo importante para esse objectivo. Vai ser assim até ao encerramento da prova.


Livres de outros compromissos, ambas as equipas tiveram toda a semana para poder preparar com tranquilidade este jogo.

No que ao FC Porto diz respeito, Vítor Pereira foi-se dando conta da impossibilidade de utilizar o influente Fernando, que não recuperou a tempo, pelo que ficou de fora da convocatória. Revés importante na manobra azul e branca mas que o treinador terá tentado colmatar a tempo e horas, dentro das opções possíveis, que suponho, deverão passar pela utilização de Defour no lugar do brasileiro.

Djalma está de regresso aos eleitos, constituindo a única alteração, em relação ao jogo anterior. Danilo continua em fase de recuperação.

LISTA DOS CONVOCADOS
EQUIPA PROVÁVEL

Competição: Liga Zon Sagres 2011/12 - 26ª Jornada
Palco do Jogo: Estádio Municipal de Braga (Axa) - Braga
Data e hora do Jogo: 7 de Abril de 2012, às 20:30 h
Árbitro?: Na redoma!
Transmissão: TVI

quinta-feira, 5 de abril de 2012

PORQUE NÃO SE CALARAM?


Confesso que não sou grande admirador dos atletas portistas que decidem continuar a carreira noutros clubes. Respeito e compreendo essa opção, mas para mim, jogador que sai perde automaticamente grande parte do meu interesse, salvo raras excepções.

Raul Meireles não faz parte das excepções, no entanto, não consegui ficar indiferente pela forma como foi tratado por portugueses (daqueles que hipocritamente apelam, quando lhes convém, ao nacionalismo bacoco), no jogo de ontem realizado em Stamford Bridge.

O atleta português que entrou no jogo aos 79 minutos, foi recebido por cerca de três mil «papoilas saltitantes», com um ruidoso coro de assobios. Assobios que ecoavam sempre que o atleta tocava na bola. Tudo isto, não por ser português, não por ter feito declarações provocatórias ou ter tido reacções similares à de Drogba, que, esse sim, gozou com os lampiões quando teve conhecimento do sorteio. O pecado capital de Raul Meireles foi simplesmente o facto de ter sido jogador do FC Porto!

Ora, de vez em quando, a justiça divina lembra-se de se afirmar viva. Vai daí, numa altura do jogo em que a equipa dos lampiões nacionais, ameaçava virar o destino da eliminatória, com as tais cerca de três milhares de «papoilas saltitantes» em delírio e a gritar «só mais um, só mais um», Raul Meireles, numa jogada de classe e num remate indefensável, obrigou-os a meter a viola no saco.

DIVINAL! Repito, não consegui ficar indiferente.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE IX


Lubomir Vlk - Internacional E9: Vestiu a camisola da Selecção da antiga Checoslováquia por 11 vezes (10 pelo TJ Vitkovice e 1 pelo FC Porto), tendo obtido 2 golos. A sua estreia aconteceu em 27 de Outubro de 1987, em Bratislava, num jogo particular entre a Checoslováquia e a Polónia, com vitória checa por 3-1. Enquanto jogador do FC Porto fez apenas 1 jogo, em Sevilha, a 13 de Novembro de 1991, no Espanha-Checoslováquia a contar para a fase de qualificação do Campeonato da Europa, com o resultado de 2-1 a favorecer os espanhóis.

Natural de Uherské Hradisti, na antiga Checoslováquia, hoje República Checa, Vlk (em português quer dizer lobo) começou a sua carreira profissional no TJ Vitkovice, clube onde alinhou de 1985 a 1990, tendo-se sagrado campeão nacional na época de 1985/86. Na época seguinte viria a cruzar-se com o FC Porto, na Taça dos Campeões Europeus que os Dragões venceram, participando nos dois jogos da 2ª eliminatória, tendo inclusivamente vencido na 1ª mão por 1-0 (única derrota portista na prova) e perdido por 3-0 nas Antas.

Chegou ao FC Porto em Julho de 1990, assinando por três épocas. Defesa lateral esquerdo várias vezes utilizado como médio, não foi muito feliz na Invicta, onde teve de ultrapassar algumas arreliadoras lesões. Estreou-se em jogos oficiais em 27 de Fevereiro de 1991, em Vila Real, contra a equipa local, num jogo da Taça de Portugal que o FC Porto venceu, por 1-0.

Durante as três épocas de azul e branco, Vlk participou em 42 jogos oficiais e apontou sete golos. Foi bicampeão nacional, sob a orientação do brasileiro Carlos Alberto Silva.

Na temporada de 1992/93 regressou ao seu país e ao seu clube de origem, o Vitkovice, para fazer mais duas épocas, no fim das quais ingressou, por empréstimo, no MFK Karviná. Em 1998/99 voltou a fazer parte do plantel do seu clube do coração o Vitkovice, onde viria a pòr fim à sua carreira em 1999/2000.

Palmarés ao serviço do FC Porto: 2 Campeonatos Nacionais(1991/92 e 1992/93); 1 Taça de Portugal (1990/91); 1 Supertaça Cândido de Oliveira (1990/91).

Palmarés ao serviço de outros clubes: 1 Campeonato Nacional da Checoslováquia (1985/86 - pelo Vitkovice)
(Continua)
Fontes: European Footeball National Teams Matches; Almanaque Oficial do FC Porto, de Rui Miguel Tovar; Zero a Zero.