quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

RANKING GOLEADORES PORTISTAS

Regresso hoje a esta rubrica para enquadrar os atletas do plantel actual na respectiva tabela, devidamente actualizada no que diz respeito à posição, número de jogos, de golos e média de golos por jogo.











































O destaque vai obviamente para Tiquinho Soares, que com os seus 15 golos nesta temporada, subiu ao 27ª lugar, ultrapassando nomes como Azumir e Benny Mccarthy (59 golos), Drulovic (58), Mike Walsh (56) e Flávio (53), entre outros famosos.

A sua média (0,5) está no mesmo nível de goleadores como Hernâni, Hulk, Abel e Madjer, entre outros, mas ainda muito longe da melhor média (0,9), que continua a pertencer a Correia Dias (1941/42 a 1948/49). 

Fernando Gomes, o melhor goleador portista de todos os tempos, lidera este ranking com 354 golos em 455 jogos, com a média de 0,8 golos/jogo.

Soares está agora a 16 golos de entrar no TOP-20.

REGRESSO ÀS VITÓRIAS
















FICHA DO JOGO





























SISTEMAS TÁCTICOS



























No regresso à Liga NOS, o FC Porto regressou também às vitórias, hoje frente ao Gil Vicente, equipa que, recordamos, nos impôs a primeira derrota da temporada (2-1 em Barcelos).

Este jogo era aguardado com alguma expectativa, não só pelas derrotas frente ao Braga, como também pelas declarações algo polémicas do treinador Sérgio Conceição, logo após a final da Taça da Liga.

A primeira constatação de alguma falta de união de que se queixou então, verificou-se na reduzida afluência de público no Dragão, certamente numa manifestação de desagrado com as recentes exibições da equipa mas também com tais declarações que terão caído muito mal no seio dos adeptos portistas. Se há treinadores que não se podem queixar de falta de apoio, Sérgio Conceição é um deles, isto obviamente se tais críticas se dirigiram também a esses (nos quais me incluo).

Uma equipa de topo, como é a do FC Porto, não se pode nem se deve deixar arrastar para uma fase de depressão quando as coisas lhe correm pior, mesmo que os seus apaniguados não demonstrem a solidariedade de que gostariam, o que nem sequer parece ter sido o caso. Lá porque o Estádio não apresenta a moldura entusiasmante de outras alturas da época, não será razão para mais uma primeira parte tão medíocre.

Mas vamos por partes. Sérgio Conceição teve de mexer no onze inicial, em função do castigo de Otávio e da lesão de Danilo Pereira. Foi porém mais além. Diogo Costa e Luis Díaz foram para o banco, somando assim 4 alterações, em relação ao jogo anterior na Pedreira. Marchesín, Wilson Manafá, Uribe e Romário Baró foram os eleitos.


























A entrada portista parecia prometer um jogo bem conseguido, mas depois de cerca de 10 minutos de futebol razoável, os Dragões desataram a acumular uma série de irritantes erros primários, capazes de fazer desesperar o mais pacato dos espectadores.  Aos 6 minutos Sérgio Oliveira rematou forte mas a bola saiu-lhe muito alta e só aos 30 minutos se pode ver novo remate, agora de Romário Baró, mas com a mesma direcção.

O Gil Vicente, perante tal mediocridade começou a acreditar que era possível fazer mossa e aos 36 minutos deu o primeiro sinal. Sandro Lima apareceu solto na esquerda, invadiu a área portista e rematou forte, obrigando Marchesín a uma defesa de recurso, enquanto os portistas insistiam nos remates para a bancada!

Quase em cima do intervalo, num contra-ataque bem gizado, depois de uma péssima intervenção de Marcano, ainda longe da sua área, o mesmo Sandro Lima correspondeu a um cruzamento de direita cabeceando sem qualquer tipo de oposição (Mbemba deixou o adversário bem solto nas suas costas), com Marchesín a colaborar, deixando a bola escapar-se para as suas redes.

Não fora a pronta reacção dos jogadores azuis e brancos e outro galo cantaria. Na resposta, Uribe cruzou para a área contrária onde apareceu Marcano a cabecear com êxito, redimindo-se de alguma forma da falha anterior.

Depois do intervalo, os Dragões apareceram mais concentrados e a praticar um futebol mais condizente com o seu estatuto, ainda assim longe do que se lhe é exigido. Foi mais dominador, mais consistente, algumas vezes mais lúcido e obviamente mais desperdiçador.

O belo golo de Sérgio Oliveira (57') a concretizar uma boa jogada ofensiva foi o mote para este período, que poderia ter rendido mais golos. O jovem Vítor Ferreira, entrado aos 61 minutos a render Manafá, depois de um excelente trabalho de pés, atirou com muita intencionalidade, mas a bola foi embater no corpo de um defensor minhoto, evitando novo golo na sua baliza.

Aos 70 minutos o Gil Vicente dispôs de mais uma boa oportunidade de empatar, mas felizmente o remate saiu defeituoso. O empate nessa altura seria bastante injusto.

Dois minutos depois João Afonso foi finalmente expulso por falta grosseira sobre Uribe. Viu o 2º cartão amarelo e o respectivo vermelho. O árbitro Rui Oliveira devia ter-lhe admoestado vinte minutos antes, quando pisou ostensivamente Romário Baró, mas nem falta marcou. Critérios ou falta deles?

A jogar em superioridade numérica e a vencer, a equipa portista entrou numa toada de gestão do jogo, do resultado e do esforço.

Vitória justa num jogo de duas faces mas ainda muito mal jogado.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

RANKING GOLEADORES PORTISTAS













CASAGRANDE - GOLEADOR Nº 309

Apontou 2 golos em 9 participações oficiais com a camisola do FC Porto, durante a temporada de 1986/87, única ao seu serviço.

Walter Casagrande Júnior, nasceu no dia 15 de Abril de 1963, em São Paulo, Brasil.

Começou a sua carreira de futebolista no Corinthians em 1980 como avançado. Dotado de um carácter algo conflituoso e apreciador da noite, o jovem atleta brasileiro foi semeando desentendimentos ao ponto de ter sido «empurrado» por empréstimo para o modesto Caldense.

Regressou no ano de 1982 um pouco mais estável mas sempre com mentalidade vanguardista e boémia. Voltou a ser emprestado em 1984 ao São Paulo onde só esteve um ano, regressando ao clube de origem.

Apesar do seu histórico de problemas, o disciplinador técnico da selecção nacional, Telê Santana, não hesitou em o convocar para a fase final do Campeonato do Mundo de 1986, disputado no México.

Aproveitando a visibilidade que esse torneio proporciona, Casagrande aproveitou para se transferir para a Europa, vindo jogar para o FC Porto, sob a orientação de Artur Jorge.

























A sua estreia oficial aconteceu no dia 11 de Janeiro de 1987, no Estádio das Antas, frente ao Vitória de Guimarães, em jogo da 17ª jornada do Campeonato nacional, com empate a dois golos. Casagrande foi o autor do último golo da partida aos 66 minutos, restabelecendo a igualdade.

Voltaria a marcar sete dias depois (18.01.1987), novamente na Antas, frente ao Samora Correia, em jogo dos dezasseis-avos-de-final da Taça de Portugal, na goleada portista, por 5-0, concretizando o 2º golo, aos 46 minutos.

O internacional brasileiro não foi muito utilizado até porque acabou por contrair uma lesão grave que o afastou durante longos dias.

Esteve em apenas 12 convocatórias, 4 das quais como titular (3 a tempo inteiro e 1 substituído), 8 como suplente (5 utilizado e 3 não utilizado).









No final da temporada transferiu-se para Itália, servindo o Ascoli (1987/88 a 1990/91) e Torino (1991/92), regressando depois ao seu país para representar o Flamengo (1993), Corinthians (1994), Paulista (1995) e AA São Francisco (1996).


Palmarés ao serviço do FC Porto (1 título):

1 Taça dos Clubes Campeões Europeus (1986/87)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Zeroazero.pt

sábado, 25 de janeiro de 2020

SORTE BAFEJOU A EQUIPA MAIS AUDAZ
















FICHA DO JOGO






























SISTEMAS TÁCTICOS



























Mais uma temporada e mais uma Taça da Liga perdida! Hoje frente à equipa da casa, o SC Braga, com um golo obtido no último lance da partida, algo fortuito mas a bafejar a equipa que melhor futebol apresentou sob o relvado.

O técnico portista continuou sem poder utilizar o trio de lesionados Pepe, Nakajima e Zé Luís e fez apenas uma alteração no onze titular, relativamente ao jogo anterior. Danilo Pereira reapareceu após lesão, remetendo para o banco Uribe.

























A equipa minhota entrou forte no jogo e criou as duas primeiras oportunidades de marcar, assente num futebol adulto, clarividente, consistente, com cada um dos atletas a desempenhar com competência e raça a tarefa delineada pelo seu técnico.

Ao contrário, a equipa do FC Porto mostrou-se complicada, sem critério, com futebol de pontapé para a frente, sem ligação, com visíveis limitações técnicas de grande parte dos seus jogadores, a falharem passes, uns atrás dos outros, recepções de bola deficientes a estragarem as raras jogadas mais lúcidas e incapacidade para criar com consistência.

Foram cerca de 15 minutos de banho de bola a que se seguiu um período de alguma rectificação portista. Luis Díaz, por volta dos 17 minutos fez o primeiro remate perigoso e aos 38 minutos os Dragões dispuseram da mais clara oportunidade de golo, em dose dupla. Corona levou a bola até à cara de Matheus mas rematou um tanto displicentemente contra o guarda-redes e na recarga Soares que tinha tudo para fazer o golo atirou forte à barra, quando o lance pedia apenas o desvio para as redes!

O jogo ficou mais equilibrado até ao intervalo e por isso o empate até se justificava, ainda que devesse ser por 2-2, em vez do nulo.

Na segunda metade o nível futebolístico baixou, muito por culpa da menor qualidade apresentada pela equipa da casa, já que os azuis e brancos mantiveram a mediocridade que evidenciaram no primeiro tempo, resultando num jogo pouco interessante.

Só na parte final da partida, o SC Braga foi mais ameaçador, abeirou-se com alguma intensidade da área portista, enviou uma bola à barra e no último lance da partida foi feliz e concretizou a vitória, num golo em que Ricardo Horta beneficiou de um ressalto, ficando em posição privilegiada para finalizar, desfazendo a igualdade e evitando a crueldade do desempate na linha dos onze metros, onde o mais provável seria mais uma humilhação dos nossos atletas.

A vitória bracarense assenta perfeitamente à equipa que melhor futebol explanou no relvado.

Para o FC Porto fica a frustração de mais um título perdido e a segunda derrota contra o Braga em apenas oito dias. É caso para dizer que Sérgio Conceição não aprendeu grande coisa com o primeiro desaire.



quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

DEPOIS DA TEMPESTADE, A BONANÇA.

















FICHA DO JOGO






























SISTEMAS TÁCTICOS



























O FC Porto garantiu a presença na final da Taça da Liga, ao bater o Vitória de Guimarães, num jogo muito disputado e intenso, em que sobressaíram a qualidade dos golos portistas e algumas decisões polémicas da equipa de arbitragem.

Sérgio Conceição fez descansar Danilo Pereira, que nem no banco de suplentes se sentou, escalando para o seu lugar Sérgio Oliveira e ainda Wilson Manafá, este sim relegado para o banco, sendo chamado ao jogo aos 68 minutos. Corona voltou à posição de defesa lateral (até à entrada de Manafá) e na frente o técnico portista escolheu Luis Díaz. A baliza foi entregue ao jovem Diogo Costa.

























Foi uma partida muito disputada e encarada com toda a responsabilidade e ambição por ambas as equipas que se encaixaram uma na outra desde o primeiro apito de Jorge Sousa.

O FC Porto mostrou-se mais perigoso no último terço do campo durante a primeira parte, procurando sobretudo explorar a profundidade, utilizando com frequência o passe longo, muitas vezes mal dirigido e outras mal recepcionado, facilitando a vida aos defesas minhotos.

Ainda assim pertenceram aos Dragões os remates mais intencionais e enquadrados com a baliza, proporcionando a Douglas três boas intervenções para manter o nulo na sua baliza. O único remate perigoso do Vitória aconteceu já quase em cima do intervalo na sequência de uma escorregadela de Mbemba, aproveitada por  Davidson, a aparecer em boas condições de finalização mas a não ser feliz no remate.

No segundo tempo os vitorianos apareceram mais rápidos e seguros na troca de bola, incomodando a defesa portista com sérios avisos. A aparente apatia portista acabaria por ser castigada com o primeiro golo do desafio. Golo esse na sequência de uma grande penalidade muito polémica, assinalada por Jorge Sousa e confirmada pelo VAR, o incompetente Hugo Miguel. Soares foi o protagonista de uma pretensa falta (não é claro qualquer toque no adversário), que Tapsoba aproveitou para facturar.

Mas há males que vêm por bem, pois esse golo sofrido teve o condão de acordar a equipa portista que na resposta fez o golo da igualdade, num fabuloso remate de fora da área de Alex Telles (66').

Os Dragões empertigaram-se e nove minutos depois voltaram a marcar, agora pelo inevitável Soares, na sequência de um exemplar trabalho de Corona (já mais adiantado no terreno pela entrada de Manafá).

A vencer, o FC Porto optou por tentar congelar a bola,  baixar o ritmo do jogo e obrigar o Vitória acorrer atrás da bola. Foi um período um tanto estranho com os Dragões a utilizarem alguma vezes os expedientes de equipa pequena, que eu detesto. Entendo que uma equipa grande tem de saber descansar com bola, obrigar o adversário a correr atrás dela, mas utilizando a inteligência, a concentração, a capacidade técnica dos seus jogadores e também alguma «ratice». A verdade é que os jogadores portistas não conseguiram dar corpo a essa forma de jogar, expondo-se mais do que o desejável. Mbemba teve de se aplicar de forma extraordinária por duas vezes, para evitar remates perigosos e mesmo a acabar a partida foi o VAR que finalmente conseguiu alertar o árbitro para uma falta grosseira sobre Diogo Costa, num lance em que João Pedro introduziu a bola na baliza portista e Jorge Sousa se preparava para validar. Após o visionamento das imagens, o árbitro portuense reverteu a situação invalidando aquele que seria o golo do empate e remeteria a decisão para a marca das grandes penalidades.

Convém referir ainda que o VAR Hugo Miguel teve outra grande falha ao não alertar o árbitro, para um lance de dupla agressão de Pêpê a Luiz Díaz (92'), poupando-lhe assim o cartão vermelho.

Vitória justa da melhor equipa sobre o relvado, que terá como adversário na final a equipa da casa, o SC Braga.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

HARAQUIRI DITOU A DERROTA
















FICHA DO JOGO





























SISTEMAS TÁCTICOS



























O FC Porto terminou a primeira volta do Campeonato tal como a começou, ou seja, com derrota e de novo contra um clube minhoto, desta vez o Braga. Se a primeira tinha sido fora de casa (Barcelos), hoje aconteceu mesmo jogando perante o seu público, sofrendo simultaneamente os primeiros golos no Dragão esta temporada para esta prova, num jogo em que falhas comprometedoras defensivas (2 golos na sequência de cantos) e ofensivas (duas grandes penalidades não convertidas), ditaram a derrota castigadora mas justa. Quem falha desta maneira não merece ganhar.

Os regressos dos habituais titulares, com as excepções de Pepe e Nakajima (ambos lesionados), determinaram o onze titular escolhido pelo técnico Sérgio Conceição.

























Há já alguns jogos que a equipa portista vem apresentando largos momentos de futebol incaracterístico, pouco lúcido, sem critério e sem discernimento. Tem dado para vencer mas hoje o adversário foi bem mais competitivo (ao contrário de quando defronta a equipa do regime) e as dificuldades de construção aliadas ao erros já referidos, só podiam gerar um resultado deste tipo.

Sofreu o primeiro revés muito cedo, logo aos 5 minutos, na sequência de um canto em que as deficientes marcações permitiram um primeiro remate de Trincão, afastado por Danilo Pereira de cabeça e a recarga de Fransérgio, para completamente à vontade acertar com as redes.

Esperava-se uma reacção eficaz mas as coisas não estavam a sair bem, mesmo que aos 11 minutos Marcano tenha enviado uma bola à barra. O futebol azul e branco enfermava pela falta de critério e pouca lucidez, permitindo ao adversário controlar a partida.

Só aos 42 minutos os Dragões conseguiram voltar a importunar a defensiva minhota, num lance em que Corona sofreu carga dentro da área que Xistra ignorou, mas o VAR corrigiu. Chamado a cobrar, Alex Telles atirou para o centro da baliza permitindo ao guarda-redes Matheus defender com a perna, ele que se tinha atirado para o seu lado direito. Segunda falha grave (golo consentido e golo falhado) foram determinantes para a derrota ao intervalo.

Apesar do futebol portista não apresentar grandes melhorias, Otávio foi rasteirado dentro da área e Xistra desta vez foi peremptório a assinalar a respectiva grande penalidade, confirmada pelo VAR. Soares atirou ao poste, gorando-se nova oportunidade de empatar.

O avançado brasileiro viria a redimir-se 3 minutos depois, na sequência de uma jogada de entendimento entre Manafá e Marega, com o maliano a assistir para a entrada decisiva de Soares (58').

Com a igualdade no marcador, o FC Porto não conseguiu serenar o seu futebol, continuou a falhar passes, a perder a bola em locais proibitivos, a por em causa a conquista de pontos.

Até que à passagem do minuto 75, na sequência de novo canto, Paulinho foi mais rápido a disputar o lance e de cabeça fez o golo da vitória forasteira.

Daí para a frente o FC Porto criou um ou dois lances prometedores, mas a falta de discernimento acabou por trair a vontade dos atletas.

Alguma frustração pela derrota, não tanto pela despedida ao título, já que esse foi já estabelecido antes da prova se iniciar. Qualquer que seja o resultado do derby entre mouros, este não afectará o desígnio da vassalagem deste falso futebol tuga.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

MISSÃO CUMPRIDA
















FICHA DO JOGO





























SISTEMAS TÁCTICOS



























O FC Porto garantiu a sua passagem às meias-finais da Taça de Portugal ao bater o Varzim, equipa do escalão secundário, por um magro 2-1, numa exibição tão pálida quanto a cor do equipamento utilizado (amarelo?!!), perante um adversário ambicioso, competente, às vezes atrevido, mas obviamente sem os mesmos argumentos.

O técnico portista aproveitou para fazer 7 alterações ao onze titular, ficando desde logo impedido de utilizar Pepe e Nakajima, por lesão e Corona, a cumprir castigo.

























Esperava-se um jogo não tão complicado, em função da diferença óbvia de valores, mas a equipa portista, ainda que muito alterada na sua composição não foi capaz de impor uma toada demolidora, que estava ao seu alcance, deixando-se arrastar pelo relvado, tornando o espectáculo algumas vezes deprimente.

É verdade que criou as primeiras boas oportunidades de fazer funcionar o marcador , por Sérgio Oliveira aos 5' e Wilson Manafá aos 19', ambos com finalização deficiente (bola muito por cima da barra), mas a falta de ligação, os passes errados e a menor lucidez já eram patentes.

Ainda assim Soares adiantou os Dragões à passagem do minuto 28, na conclusão de uma recuperação de bola a meio campo, apanhando a defensiva poveira desposicionada. Fábio Silva lançou Sarávia na direita, o argentino cruzou na direcção de Otávio e este, depois de dominar a bola tocou de calcanhar para trás, onde surgiu Soares a aplicar o remate certeiro.

Pensava-se que o golo poderia funcionar como alento para a equipa da casa partir para uma exibição mais fulgurante, mas a verdade é que a equipa do Varzim, sempre bem organizada não permitiu grandes veleidades. Servida de atletas habilidosos e sem complexos, a equipa poveira conseguiu mostrar apontamentos técnicos e tácticos interessantes, complicando a progressão dos jogadores portistas.

Aos 36 minutos, na sequência de um livre directo a castigar falta de Mbemba, Hugo Gomes, com uma bomba repôs a igualdade.

Os Dragões sentiram-se feridos e quatro minutos depois responderam também de bola parada. Sérgio Oliveira cobrou um livre para a área varzinista, onde apareceu Marcano a cabecear e dar o melhor seguimento, fazendo o 2º golo do FC Porto.

No segundo tempo a exibição portista foi ainda mais cinzenta. O Varzim dividiu mais o jogo, mas diga-se em abono da verdade que nunca pôs em perigo a baliza de Diogo Costa. Mesmo sem brilho, coube ao FC Porto as melhores ocasiões para dilatar o marcador.  Soares aos 65' e Alex Telles, de livre directo aos 88', estiveram perto do golo.

Passagem às meias-finais justa apesar de tudo, num jogo que foi presenciado por uma plateia bastante escassa, e onde foi possível assistir à estreia do jovem Vítor Ferreira, uma promessa da formação portista.