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terça-feira, 22 de abril de 2014

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 52












MANUEL ANTÓNIO - Goleador Nº 52

Apontou 41 golos em 64 jogos em que participou com a camisola do FC Porto, durante as três temporadas em que esteve ao seu serviço (1965/66 a 1967/68).

Manuel António Leitão da Silva nasceu em 29 de Janeiro de 1946, em Santo Tirso. O seu percurso futebolístico terá começado nas escolas de formação do FC Tirsense, onde acabaria por ascender à equipa principal, na temporada de 1963/64.

Tendo como primeira preocupação a sua formação académica, com o intuito de se licenciar em Medicina, em 1964 decidiu aproveitar as facilidades concedidas aos atletas estudantes, pela equipa da Académica de Coimbra, com a convicção de poder conciliar a sua paixão pelo futebol, juntando assim o útil ao agradável.

Como a sua primeira temporada ao serviço da Académica lhe correu de feição, marcando 21 golos, não conseguiu resistir ao convite que lhe foi dirigido pelos responsáveis do FC Porto para integrar o plantel para a temporada de 1965/66.























Treinado pelo brasileiro Flávio Costa, Manuel António esteve presente em 24 das 26 jornadas do campeonato nacional, cotando-se como o melhor marcador da equipa portista.

A sua estreia oficial com a camisola do FC Porto aconteceu no dia 11 de Setembro de 1965, nas Antas, frente ao Barreirense, em jogo a contar para a 1ª jornada do campeonato nacional, cujo resultado se cifrou numa derrota por 0-1. Já o seu primeiro golo de Dragão ao peito foi conseguido no dia 6 de Outubro de 1965, nas Antas, frente ao clube francês, Stade Français, em jogo a contar para a 1ª eliminatória (2ª mão), da Taça das Cidades Com Feira. O resultado final foi de 1-0, com golo da sua autoria, decisivo para seguir em frente na prova, face ao empate (0-0) conseguido pelo FC Porto, no Parque dos Príncipes, no jogo da 1ª mão.

Manuel António nunca conseguiu impor verdadeiramente a sua veia goleadora, tendo sempre concorrência feroz de artilheiros com credenciais, como Amaury, Valdir, Djalma e Custódio Pinto. A sua melhor performance no FC Porto foi conseguida na sua terceira e última época, ao apontar 20 golos nas três provas em que participou.











Regressou à Académica de Coimbra na época de 1968/69 para se cotar como o melhor marcador do campeonato nacional com a marca de 19 golos. 

Manuel António pode então concretizar o seu sonho, cumprindo nove temporadas a fio com a camisola dos estudantes e concluindo o seu curso de Medicina.

Jogou ainda no União de Leiria, na temporada de 1977/78, no fim da qual encerraria a sua carreira de futebolista, dedicando-se finalmente e em exclusivo à sua 2ª paixão, tornando-se num médico famoso que o levou até à Direcção do Serviço de Oncologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra.

Palmarés ao serviço do FC Porto (1 título):
1 Taça de Portugal (1967/68)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar; ZeroaZero.pt

terça-feira, 9 de julho de 2013

EQUIPAS DO PASSADO - DÉCADA DE 60

ÉPOCA 1965/66

Sob a presidência de Nascimento Cordeiro, o FC Porto encontrava-se mergulhado em profunda crise financeira, atenuada de algum modo com a ajuda de créditos concedidos pela Banca, com destaque para o Banco Pinto de Magalhães.

Cesário Bonito, o novo presidente não se intimidou e apostou na vertente desportiva reforçando a equipa com o avançado Manuel António, que veio da Académica, depois de ter marcado 21 golos na época anterior e, surpresa das surpresas, o avançado internacional brasileiro ex-Flamengo, de enorme classe, Amaury, contratado por cerca de 1960 contos!
















Manuel António (à esquerda) e Amaury (à direita)

O novo presidente parecia ter entrado com a corda toda. Queria certamente dar o pontapé no marasmo e na crise. Otto Glória que se limitara a dois segundos lugares no campeonato, foi dispensado e para o seu lugar, Cesário Bonito não fez por menos. Contratou o seleccionador nacional do Brasil, Flávio Costa!

Apesar da enorme ambição, os seus intentos não foram correspondidos. A equipa portista teve um início de campeonato irregular, perdendo 6 pontos nas primeiras seis jornadas, abalando a confiança da estrutura. Em Abril, curiosamente no período de maior fulgor, onde a equipa logrou cinco vitórias em seis jogos, Flávio Costa não resistiu e bateu com a porta, tendo então sido substituído pelo ex-jogador Virgílio Mendes.

Antes porém, a equipa azul e branca tinha conseguido eliminar os franceses do Stade Français, na 1ª eliminatória da Taça das Cidades com Feira, com os parciais de 0-0 no Parque dos Príncipes em  Paris e 1-0, nas Antas, com golo de Manuel António. Mas a eliminatória seguinte foi o descalabro. Goleada em Hannover por 5-0 que a vitória nas Antas, por 2-1, não conseguiu reverter.

Afastado da luta pelo título, restava-lhe a Taça de Portugal, onde já tinha eliminado o Varzim, a Sanjoanense da II Divisão e o Cova da Piedade, também da II Divisão.

O sorteio colocou o Sporting pela frente, nos quartos-de-final.  Foram necessários 3 jogos para encontrar o apurado. Os leões venceram o primeiro, em Alvalade, por 1-0, tendo o FC Porto replicado nas Antas com o mesmo resultado.

O jogo de desempate efectuou-se em campo neutro, o Estádio Municipal de Coimbra e aí o Sporting foi mais forte vencendo por 2-0.

Mais uma época para esquecer, sem títulos, depois de um terceiro lugar, resultantes de 26 jogos, 14 vitórias, 6 empates, 6 derrotas, 41 golos marcados, 25 sofridos e 34 pontos.

Em ano de Mundial, destaque para Américo, Festa e Custódio Pinto, que estiveram em Londres, no plantel de Portugal.

O plantel portista foi formado pelos seguintes atletas, indicados por ordem de utilização, no conjunto das três provas em que o Clube participou (Campeonato Nacional, Taça de Portugal e Taça das Cidades com Feira): Jaime (36 jogos), Nóbrega (36), Custódio Pinto (35), Atraca (33), Festa (32), Valdemar (31), Almeida (30), Amaury (30), Américo (29), Manuel António (28), Rolando (15), Ernesto (14), Vasconcelos (13), Carlos Manuel (11), Pavão (11), Rui (9), Sucena (6), Paula (4), Gomes (3), Luís Pinto (3), Naftal (3), Valdir (3), Carlos Baptista (2) e Bernardo da Velha (1).

UMA DAS EQUIPAS POSSÍVEIS DESSA ÉPOCA
























Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Atraca, Pavão, Alípio, Festa, Almeida e Américo; Em baixo, pela mesma ordem: Jaime, Naftal, Manuel António, Custódio Pinto e Nóbrega.

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Fascículos do Jornal «A Bola».