quarta-feira, 31 de maio de 2017

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 194













EURICO GOMES - Goleador Nº 194

Apontou 6 golos, em 130 participações com a camisola do FC Porto, ao longo das 4 temporadas ao seu serviço (1982/83 a 1985/86).

Eurico Monteiro Gomes nasceu no dia 29 de Setembro de 1955, em Santa Marta de Penaguião, Concelho pertencente ao Distrito de Vila Real.

Foi porém na Zona Sul que se viria a radicar e a dar os primeiros pontapés na bola, mais precisamente no Odivelas F.C.

Não demoraria no entanto a mudar-se para a Luz, passando pelas suas escolas de formação, antes de integrar o plantel principal em 1975/76. Jovem, excelentes condições físicas, senhor de invejável impulsão e sentido posicional, fizeram dele um defesa central de referência.

Impôs-se com relativa facilidade, venceu os seus primeiros títulos e chegou à selecção nacional.

No Verão de 1979, o Sporting, aproveitando uma hesitação do rival na renovação do contrato, aproveitou para o levar para Alvalade.

Do outro lado da segunda circular, Eurico rapidamente se tornou no patrão da defesa, confirmando-se como um defesa-central completo e de classe ímpar. Continuou a coleccionar títulos e a dar o seu contributo à selecção nacional.

Em 1982, Pinto da Costa teve a audácia de o trazer para as Antas, juntamente com Inácio, para formar uma equipa que viria a dar cartas na Europa.

























A sua estreia oficial com a camisola do FC Porto aconteceu no dia 21 de Agosto de 1982, em Portimão, frente ao Portimonense, em jogo a contar para a 1ª jornada do campeonato nacional, com vitória portista, por 2-1.

Já o seu primeiro golo viria mais tarde e para a Taça de Portugal. Foi no dia 20 de Fevereiro de 1983, no Estádio das Antas, frente ao Espinho, nos oitavos-de-final. Eurico apontou o segundo golo, dos 3-1 finais.

Em 1984 participou na final da Taça das Taças e foi figura preponderante da selecção nacional que se classificou em 3º lugar no Campeonato da Europa, onde foi considerado o melhor jogador do torneio (recordar clicando aqui).

A imagem que se segue é também de um jogo da Taça de Portugal, mas disputado em 17 de Março de 1985. Oitavos-de-final, Estádio das Antas, vitória por 1-0 frente ao Braga:


























O infortúnio acabaria por ser decisivo no futuro da sua carreira. Uma grave lesão contraída nos inícios da temporada 1985/86 afastou-o imenso tempo dos relvados, tendo apenas realizado um jogo. A época seguinte manteve-o ainda em recuperação mas em realizar qualquer jogo.












Um clube como o FC Porto não pode nem deve ficar refém de um jogador, mesmo que tenha sido de uma incalculável utilidade como foi Eurico Gomes e por isso, em devido tempo acautelou-se com a aquisição de um outro central de classe e Eurico, percebendo que jamais poderia contribuir com a mesma qualidade optou por ir representar o Vitória de Setúbal, clube onde jogou duas temporadas (1987/88 e 1988/89), para depois encetar por uma carreira com treinador.

Palmarés ao serviço do FC Porto (5 títulos):

2 Campeonatos nacionais (1984/85 e 1985/86)
1 Taça de Portugal (1983/84)
2 Supertaças Cândido de Oliveira (1982/83 e 1983/84)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e ZeroZero.pt

quarta-feira, 24 de maio de 2017

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 193













GABRIEL - Goleador Nº 193

Conseguiu desfeitear os guarda-redes contrários por 6 vezes, em 250 participações com a camisola principal do FC Porto, ao longo das 9 temporadas ao seu serviço (1974/75 a 1982/83).

Gabriel Azevedo Mendes nasceu no dia 30 de Maio de 1954, em Miragaia, Porto.

Oriundo das escolas de formação do FC Porto, onde foi campeão na categoria de juvenis, acabou por ter que ir rodar na equipa do Espinho, por empréstimo, aquando da sua promoção ao escalão sénior.

Regressou na temporada de 1974/75, para se afirmar como um dos melhores defesas laterais direito da história portista, fazendo parte da célebre equipa que terminou com o longo jejum de 19 temporadas sem ganhar o título.

Lateral moderno, rápido no vai-vem pelo seu corredor, integrava-se na perfeição nas acções ofensivas, recuperando com fulgor a sua posição para defender. Foi assim que cativou a confiança dos vários treinadores por quem passou e lhe granjeou a conquista de um lugar na selecção nacional, que representou por 20 vezes (recordar clicando aqui).

























A sua estreia oficial com a camisola principal do FC Porto aconteceu no dia 2 de Outubro de 1974, no estádio Molineux Ground, em Wolverhampton (Inglaterra), frente ao clube com o mesmo nome, em jogo da 2ª mão, 1ª eliminatória da Taça UEFA, com derrota por 3-1, que não obstante não chegou para afastar os Dragões da prova, já que tinham vencido nas Antas por 4-1.

Gabriel não foi um defesa goleador mas ainda assim conseguiu marcar em alturas importantes. Tomou-lhe o gosto na temporada de 1977/78, mais precisamente no dia 14 de Setembro de 1977, no estádio Mungersdorfer, em Colónia (Alemanha), em jogo da 1ª mão, 1ª eliminatória, da Taça das Taças. O FC Porto empatou esse jogo por 2-2, com o defesa portista a restabelecer na altura o empate (1-1). Um mês depois (15 de Outubro), estreou-se a marcar para o campeonato nacional, em Pousada de Saramagos, frente ao Riopele, na vitória portista, por 2-0.

A foto que se segue refere-se ao jogo realizado a 15 de Janeiro de 1978, no estádio da Luz, relativo à 13ª jornada do campeonato nacional, com empate sem golos.







































Depois de 9 temporadas no FC Porto, com 29 anos de idade e face à ascensão meteórica de João Pinto, Gabriel decidiu mudar de ares pois verificou que não teria possibilidades de jogar com a regularidade pretendida, como a temporada de 1982/83 lhe indicara.

Assinou então pelo Sporting, clube que passou a representar a partir da temporada de 1983/84 e onde foi quase sempre titular. Por lá ficou 4 épocas sem repetir a conquista de títulos.

Gabriel ainda jogou uma temporada no Sporting da Covilhã (1987/88), onde encerrou a sua brilhante carreira de futebolista, com 34 anos de idade.

Palmarés ao serviço do FC Porto (4 Títulos):

2 Campeonatos nacionais (1977/78 e 1978/79)
1 Taça de Portugal (1976/77)
1 Supertaça Cândido de Oliveira (1980/81)

Fontes: Almanaque do FC Porto de Rui Miguel Tovar e ZeroZero.pt

domingo, 21 de maio de 2017

HUMILHAÇÃO OU FRETE? DECIDAM VOCÊS!

















FICHA DO JOGO






























Foi com uma vergonhosa exibição que a equipa do FC Porto se despediu deste  falso campeonato, ajudando inclusive a branquear de algum modo a oferta em bandeja de ouro deste título à equipa do regime.

Demonstração clara da falta de argumentos, perante uma equipa que lutava desesperadamente para não descer, muito por culpa de uma nítida falta de atitude, falta de orgulho e amor próprio e de uma clara falta de consideração pela massa adepta que nunca faltou com o seu apoio e sobretudo de uma enorme falta de respeito pelo emblema que ostentam.

Esta exibição foi esclarecedora quanto à incompetência da equipa técnica, que foi capaz de se manter impávida e serena, durante todo o jogo, demonstrativo de uma incapacidade atroz.

Parabéns ao Moreirense pela atitude, o arreganho e principalmente pela capacidade técnica patenteada, merecedoras deste resultado.

E por aqui me fico para não ser mais corrosivo.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 192













ALFREDO MURÇA - Goleador Nº 192

Concretizou 6 golos com a camisola do FC Porto, em 203 participações, ao longo das 7 temporadas ao seu serviço (1974/75 a 1980/81).

Alfredo Manuel Ferreira da Silva Murça, nasceu no dia 17 de Janeiro de 1948, na Costa da Caparica, Almada. Os seus primeiros passos como futebolista foram num modesto clube da sua terra natal, o Grupo Desportivo dos Pescadores da Costa da Caparica. Curiosamente, começou a jogar na linha avançada, como ponta-de-lança marcando bons golos, que cativaram a atenção dos responsáveis do Belenenses que o levaram para as camadas de formação, tendo-se estreado na equipa principal  da equipa da cruz de Cristo no dia 8 de Setembro de 1968, para substituir Freitas, ocupando o lugar de defesa-central. Foi até nesse lugar que fez a estreia a titular, algumas semanas depois.

A mudança de treinador no Restelo, levou-o a nova experiência. Agora como defesa lateral esquerdo, posição onde acabaria por ser mais vezes utilizado, apesar da sua apetência polivalente o ter feito actuar também no lado contrário.

Depois de 6 temporadas de boas performances na equipa lisboeta, surgiu o convite do FC Porto, rumando às Antas no Verão de 1974.

























A sua estreia oficial com a camisola do FC Porto, coincidiu com o inicio do Campeonato 1974/75, no estádio das Antas, no dia 8 de Setembro de 1974, frente à CUF do Barreiro, com vitória portista por 2-1. Murça começou a época como defesa direito mas acabaria por terminar no lado oposto.

O seu primeiro golo foi obtido na 24ª jornada, em 2 de Março de 1975, frente ao Vitória de Setúbal, no empate 1-1, no estádio das Antas.

Na temporada seguinte, com a mudança de treinador, Murça foi chamado para actuar como central, fazendo toda a temporada nessa posição.

Com a chegada de José Maria Pedroto (1976/77), fixou-se então como lateral esquerdo. Foi nesta posição que voltou a representar a selecção nacional, por mais 4 vezes (ver clicando aqui).

A foto abaixo é da temporada 1978/79, no jogo da 9ª jornada do campeonato nacional, disputada em Alvalade, em 5 de Novembro de 1978, com empate a zero:








































Com a chegada de Hermann Stessl, no Verão quente de 1980, Alfredo Murça não chegou a ser utilizado, saindo para o Vitória de Guimarães no final dessa temporada, com 33 anos de idade e onde acabaria a sua carreira de futebolista, após três temporadas, já com 36 anos.

Dedicou-se de seguida à vida de treinador.

Palmarés ao serviço do FC Porto (3 títulos):

2 Campeonatos nacionais (1977/78 e 1978/79)
1 Taça de Portugal (1976/77)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e ZeroaZero.pt

domingo, 14 de maio de 2017

TÍTULO ENTREGUE, ARBITRAGEM ATENTA!
















FICHA DO JOGO






























Oferecido definitivamente em bandeja de ouro, pela APAF/CD e quejandos, ao clube do regime, o título nacional,  a somar à imutabilidade da classificação no 2º lugar do FC Porto, o jogo de hoje no Dragão não suscitava qualquer pressão a não ser a de vencer, como em qualquer encontro que os Dragões disputem.

Talvez por isso e por alguma insatisfação, o estádio apresentou uma das mais baixas assistências da temporada (25.416 espectadores).

O técnico portista estava apenas impedido de utilizar o central Felipe, castigado por acumulação de cartões amarelos, escalando por isso Boly, mas decidiu proceder a duas outras alterações no onze titular. Maxi Pereira retomou o seu lugar na ala direita, após castigo e Jesús Corona, deixando no banco os trincos Danilo Pereira e Rúben Neves.






















Os azuis e brancos interpretaram a primeira meia hora com demasiada descontracção, de tal modo a permitir dois avisos sérios da turma dos castores (13' e 14'). A primeira na sequência de um canto e a outra numa perda de bola de Herrera em zona proibida, com a defesa desposicionada.

O terceiro descuido foi fatal. Estavam então decorridos 31 minutos. Contra-ataque rápido sob o lado esquerdo, cruzamento atrasado para o centro da entrada da área, recepção e remate em rotação de Andrezinho, bola a ressaltar nos pés de Ricardo Valente, a tirar as hipóteses de defesa a Casillas em queda para o lado contrário. 

Este lance foi a pedra de toque para a imediata reacção portista, despertada finalmente para uma toada enérgica, decidida e eficaz, dando a volta ao marcador em apenas 5 minutos.

Livre sobre Brahimi a meio-campo, cobrança rápida pelo argelino tocando para Soares, este para Herrera, sempre em progressão, depois para Corona mais à direita, recepção e imediata assistência para o seu compatriota a aparecer a cabecear com êxito, no limite da pequena área (35'). 





















Três minutos depois, Brahimi recebeu na esquerda, de Otávio, correu para a área, levando atrás de si o defesa contrário, que o derrubou, ocasionando grande penalidade, imediatamente assinalada pelo juiz da partida, com direito a explicação por gestos. É caso para dizer:  titulo entregue, arbitragem atenta!

O argelino colocou a bola na marca e atirou a contar (39'), com a bola a ressaltar no guardião contrário.






















O FC Porto foi assim para as cabines a vencer por 2-1.

No reatamento da partida Diogo Jota surgiu no lugar de Corona com uma entrada surpreendente que lhe permitiu marcar o 3º golo, ainda não tinha decorrido o primeiro minuto. Lançamento longo, lateral do lado direito efectuado por Maxi Pereira, Herrera de costas para a baliza e em queda solicitou a entrada de Diogo Jota que rematou lesto e colocado, sem hipótese de defesa. 





















Foi por assim dizer o golo da tranquilidade porque depois e ainda que os Dragões tivessem procurado dilatar o resultado, o jogo conheceu nova fase de descontracção e Casillas teve de se empregar a fundo aos 53 minutos para evitar novo golo dos pacenses.

Nuno E. Santo aproveitou então para fazer as duas últimas substituições. Saíram Brahimi e Soares e entraram Danilo Pereira e André Silva.

A equipa voltou a criar situações de golo para dilatar o resultado. André Silva (69') e Otávio (77') estiveram muito perto.

O 4º golo acabaria por chegar aos 89 minutos em nova grande penalidade (título entregue, arbitragem atenta!). Lançamento de linha lateral por Maxi Pereira para dentro da área, Diogo Jota foi impedido de receber a bola e Artur Soares Dias não hesitou!

André Silva teve então ensejo de poder regressar aos golos, com um remate forte e colocado.





















Vitória justa num jogo fácil e explicavelmente bem arbitrado! Se é que me faço entender...

quarta-feira, 10 de maio de 2017

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 191













LAURINDO - Goleador Nº 191

Apontou 6 golos em 24 participações oficiais com a camisola do FC Porto, ao longo das duas temporadas ao seu serviço (1973/74 e 1974/75).

Eduardo Laurindo da Silva, nasceu no dia 30 de Setembro de 1944, no município do Kunge, Província do Bié, bem no coração de Angola, na altura Província Ultramarina de Portugal.

Laurindo notabilizou-se no mundo do futebol, primeiro na sua terra natal, mais concretamente, no Futebol Clube do Kunje, com 15 anos em 1959, como júnior. Depois, rumou para o Grupo Recreativo do Voga (hoje Cunhinga), ainda como júnior e depois já na categoria de seniores, no Vitória Atlético Clube do Bié, no início da década de 1960.

Aos 23 anos, em 1967, o Belenenses foi o destino do jovem prodígio. Chegou, viu e venceu. Durante 5 temporadas, deleitou adeptos e fãs nos relvados de Portugal e da Europa. As principais potencialidades eram os dribles estonteantes, rapidez, velocidade e boa qualidade de passe. Tanto jogava a extremo direito como no lado contrário.

Chegou ao FC Porto no Verão de 1973, devido às suas valiosas prestações com a camisola do Clube da Cruz de Cristo.

























A sua estreia oficial de Dragão ao peito, aconteceu no dia 16 de Setembro de 1973, no Estádio das Antas, frente ao Oriental, em jogo da 2ª jornada do Campeonato nacional, com vitória portista, por 1-0.

Apesar das suas inegáveis qualidades, acabou por não ser muito utilizado devido à forte concorrência que encontrou no plantel.

A foto abaixo, diz respeito ao jogo da 6º jornada do Campeonato nacional da época 1974/75, disputado no Estádio Municipal de Coimbra, frente à Académica, no dia 13 de Outubro de 1974, com vitória portista por 2-1:



































Terminado o contrato com o FC Porto, rumou a Aveiro para representar o Beira-Mar (1975/76).

Em 1976 regressou a Angola, integrado na caravana «Havemos de voltar», conjuntamente com outros futebolistas, como Inguila e Benje, entre outros.

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Jornal dos Desportos (Angola)

sábado, 6 de maio de 2017

FRUSTRAÇÃO (EPISÓDIO 4º)

















FICHA DO JOGO






























Nesta tradicional difícil deslocação ao Funchal, para defrontar o Marítimo, a equipa do FC Porto confirmou ainda não estar pronta para voos mais altos, hipotecando definitivamente quaisquer esperanças de chegar ao título.

Nuno, que até é Espírito Santo, não faz milagres e o seu discurso de grande confiança e optimismo acaba quase sempre por sair furado e não condizente com o que depois se passa no relvado.

Neste mal fadado jogo, apresentou três alterações em relação ao jogo anterior. Com Maxi Pereira castigado, o treinador portista optou por colocar o defesa direito que actua habitualmente na equipa B, Fernando Fonseca, uma surpresa agradável já que a maioria esmagadora dos adeptos e simpatizantes portistas esperavam  certamente que o lugar fosse ocupado por Miguel Layún, que nem sequer seguiu viajem. Herrera em vez de Corona e o regresso de Brahimi, em vez de Diogo Jota, foram as outras novidades.


























Primeira parte interessante, quase sempre bem jogado, com jogadas bem delineadas, a mostrar a equipa ambiciosa e desejosa de lutar pela vitória.

André André foi o primeiro a dispor de uma boa situação para marcar, aos 10 minutos, mas o remate pronto saiu por alto.

Os insulares iam tentando responder, mas a defensiva portista respondia com eficiência, enquanto lá na frente, os azuis e brancos construíam jogadas com algum perigo mas mal concretizadas.

O golo portista acabaria por chegar aos 28 minutos. Herrera entrou na área insular sob o flanco direito, cruzando para o centro da área, Zainadine cortou em esforço, sobrando a bola para Otávio rematar cruzado para o poste mais distante, colocando o FC Porto na frente do resultado. 


























Este golo deu ainda mais confiança aos Dragões que continuaram na procura de dilatar o resultado. Fernando Fonseca teve mesmo ao seu alcance  essa oportunidade, mas viu o seu remate ser travado pelas pernas do guardião Charles.

O tempo de intervalo parece não ter sido bem aproveitado nas cabines. A equipa entrou descontraída, talvez um pouco arrogante no que diz respeito às possibilidades do adversário e acabaria por ser vítima dessa demasiada descontracção, permitindo aos jogadores do Marítimo mais liberdades na condução da bola próxima da sua área.

Soares ainda teve tempo para desperdiçar mais uma boa oportunidade, aos 59 minutos.

Num lance de bola parada, num pontapé de canto, mais precisamente, surgiu o golo do empate. Bola dirigida para o canto mais afastado da pequena área, onde surgiu Djoussé, sem qualquer oposição a cabecear vitoriosamente.

Seguiu-se então o período do desespero, onde o coração bateu mais forte que a razão. Nuno colocou toda a carne no assador, que é como quem diz, meteu os dois avançados que tinha no banco (André Silva e Rui Pedro), mais Jesús Corona, mas a sofreguidão e a falta de lucidez, foram os pontos dominantes.  

A equipa voltou a acusar ansiedade, falta de estofo e incapacidade total para dar a volta ao resultado, apesar de algumas boas ocasiões.

No final mais uma grande frustração e a certeza de um quarto ano consecutivo sem um único troféu conquistado.