FICHA DO JOGO
Sabia-se que não ia ser fácil segurar a magra vantagem de 1 golo, alcançada no Dragão. Sabia-se que a equipa portista teria de apelar às suas melhores qualidades para conseguir sair da Luz com um resultado capaz de assegurar a presença no Jamor. Sabia-se também que esta equipa do FC Porto continua numa onda de más prestações. O que não era fácil de imaginar era esta tendência para um descalabro tão anedótico.
Luís Castro que tinha poupado alguns dos jogadores considerados nucleares para poder contar com eles, em pleno, para este jogo, fez alinhar aqueles que considera serem os mais capazes, neste momento.
Só que este grupo de jogadores está muito longe de poder formar uma equipa, na verdadeira acepção do seu significado. «Aquilo» que deambulou no relvado escorregadio da Luz, equipado de azul e branco, não passou de um grupo à deriva, sem Norte, sem comando, sem a mínima noção do que fazer com a bola, sem carácter, sem capacidade, sem competência, sem garra, sem chama, sem ambição, sem ponta por onde se pegue. Uma nulidade a roçar o ridículo, o anedótico.
Só que este grupo de jogadores está muito longe de poder formar uma equipa, na verdadeira acepção do seu significado. «Aquilo» que deambulou no relvado escorregadio da Luz, equipado de azul e branco, não passou de um grupo à deriva, sem Norte, sem comando, sem a mínima noção do que fazer com a bola, sem carácter, sem capacidade, sem competência, sem garra, sem chama, sem ambição, sem ponta por onde se pegue. Uma nulidade a roçar o ridículo, o anedótico.
«Aquela coisa», equipada de azul e branco entrou em campo assustada, encolhida, atrofiada, por vezes displicente e incapaz de pôr a inteligência a funcionar. Futebol sem ligação, como quase sempre esta época, incapacidade para organizar as acções ofensivas e, perdas de bola constantes a provocarem contra-golpes a que se somaram as habituais «abébias» defensivas.
Logo aos 3 minutos, uma perda de bola a meio-campo originou uma acção atacante do adversário, com Danilo adiantado a obrigar o central mexicano Diego Reyes a tentar, sem êxito, cobrir o buraco. Cruzamento efectuado para o 1º poste, com Sálvio a aparecer como uma flecha, a rematar ao lado, perante a passividade de Mangala, que se deixou antecipar.
Seguiram-se uma série de cantos sucessivos (creio que 7), ainda que em metade deles Jardel tenha carregado Fabiano, com a complacência do «querido» Pedro Proença.
Os Dragões experimentaram imensas dificuldades para sacudir a pressão benfiquista e neste quadro, a perda da vantagem conseguida no Dragão foi fácil e rapidamente anulada à passagem do minuto 17. Ataque pela esquerda, cruzamento para o 2º poste e golo, assim com toda a facilidade. Ninguém a tentar evitar o cruzamento e depois Alex Sandro, ligeiramente atrasado, preferiu abordar o lance com o pé quando deveria tentar com a cabeça e Fabiano a ser surpreendido e algo mal batido.
O FC Porto tentou reagir mas sempre de forma inconsistente, até que aos 28 minutos o defesa Siqueira viu o duplo amarelo seguido do cartão vermelho, por ter «ceifado» Quaresma.
Pensava-se que a partir desse momento os azuis e brancos teriam todas as condições para voltar a ganhar vantagem. A verdade é que conseguiram travar o ímpeto atacante do adversário, passou a ter mais a bola, mas sem capacidade para criar jogadas de perigo efectivo na área dos lisboetas, pelo que o intervalo surgiu sem mais alterações no resultado.
No reatamento o FC Porto continuou na sua tentativa de criar perigo, mas a bola passou de pé para pé, para os lados e para trás, sem criatividade, sem imaginação, sem lances de ruptura e portanto sem perigo.
O golo do empate surgiria aos 52 minutos num trabalho magnífico e individual de Varela, culminando com um remate certeiro pelo meio das pernas de Artur (talvez a única coisa positiva da equipa portista em todo o jogo).
A jogar com mais um elemento, conseguido o empate e com o adversário a necessitar de marcar dois golos para seguir em frente, parecia o cenário ideal para garantir um lugar no Jamor. Seria se «aquela coisa» que equipou de azul e branco fosse realmente uma equipa coesa, solidária, organizada, competente e ambiciosa.
Assim, o que se assistiu a seguir foi a um colapso, a um anedótico descalabro. É verdade que começou por ter o dedo do «querido» Pedro Proença que se deixou «comer» pelo teatro de Sálvio, assinalando uma grande penalidade inexistente, que os benfiquistas aproveitaram, voltando ao comando no marcador.
Nada estaria perdido se «aquela coisa» de azul e branco vestida fosse uma equipa. Assim, o festival do anedotário nacional continuou pujante e ridículo até ao golo de André Gomes, que fez o que quis dos alegadamente defesas portistas, fazendo levantar o estádio.
A partir daqui acabou o futebol para se entrar na fase do desespero de uns e da matreirice dos outros. O «querido» Proença ainda quis ser figura mais preponderante, expulsando Jesus, Luís Castro e Quaresma.
Derrota e eliminação merecidas numa época para esquecer onde a culpa não pode morrer solteira.
Fica a faltar a Taça da Liga e a defesa do 3º lugar do Campeonato. Quanto ao primeiro destes dois objectivos, eu quero que se lixe a Taça, embora gostasse que «aquela coisa» que vestiu de azul e branco, ainda tivesse alguma réstia de orgulho para vencer este mesmo adversário e se apresentasse na final, o que reputo de pouco provável. Quanto ao último objectivo seria escandaloso não consegui-lo.