FICHA DO JOGO
Apresentando como titulares os onze jogadores que se previam, o FC Porto venceu, como era de sua obrigação, o Paços de Ferreira, desta vez em campo emprestado, enquanto o seu estádio sofre obras de melhoramentos, num jogo em que os azuis e brancos não disfarçaram as imensas dificuldades para chegar ao golo.
A equipa da capital do móvel, bem mais fraca que a da época passada, face à saída de alguns dos seus melhores jogadores, orientada esta temporada por um ex-atleta do FC Porto, conhecedor dos méritos portistas, Costinha, trazia a lição bem estudada. Bloco muito baixo, ocupação dos espaços e preocupação defensiva primordial.
A verdade é que os pacenses conseguiram quase sempre evitar o perigo perto da sua baliza, onde os seus defensores actuavam com determinação e acerto.
Os campeões nacionais, habituados a defrontar equipas a jogar desta forma, não encontraram engenho nem arte para contrariar uma defensiva bem porfiada, atenta e competente. A falta de velocidade e inspiração portista fez com que o resultado chegasse ao intervalo em branco, diga-se em abono da verdade, muito por mérito dos adversários, mas também pela ineficácia, para não lhe chamar azelhice, especialmente de Jackson Martinez que não conseguiu dar o melhor seguimento, em duas oportunidades flagrantes, pelo menos, dos 4 remates que efectuou.
O Paços, no 1º tempo, apenas importunou Helton num lance em que Sérgio Oliveira atirou colocado, obrigando o guardião portista a aplicar-se e a ceder canto.
Na segunda parte os azuis e brancos apareceram mais soltos a pressionar forte e a criar novas oportunidades, mas a continua falta de eficácia foi adiando o golo.
Já com Quintero em campo, o assédio foi ainda mais visível e aos 76', na sequência de um canto, cobrado precisamente pelo jovem colombiano, a bola foi direitinha à cabeça do seu compatriota, que mesmo sem saltar desviou a bola, na direcção exacta das redes.
O FC Porto, apesar de de não ter conseguido rubricar uma exibição de bom nível, poderia ter construído um resultado mais volumoso. Jackson, mesmo depois do golo perdeu uma ocasião clamorosa, com o guarda-redes pela frente. Uma tarde de quase completa falta de inspiração.
A vitória é contudo justa, porque o FC Porto foi a única equipa que quis ganhar o jogo, mas nestas circunstâncias, nem consigo dizer quem foi o melhor, porque acho que ninguém esteve em plano de evidência, pelo menos pela positiva. Nem mesmo Jackson que ao marcar garantiu os três pontos, merece esse destaque face às oportunidades que falhou.
O primeiro lugar isolado é uma possibilidade, mas depende obviamente do que fizerem o Braga e o Estoril, nos seus jogos.
O muito calor, um Paços muito fechado, falta de criatividade e uma grande ineficácia na zona de finalização, explicam as dificuldades do F.C.Porto na tarde de ontem. De qualquer maneira, vitória justa e o mais importante conseguido. Estamos na liderança e se é verdade que ainda é muito cedo para euforias, também é verdade que candeia que vai na frente alumia duas vezes.
ResponderEliminarAbraço
Importante vitória.
ResponderEliminarUma bonita tarde de futebol, num ambiente muito colorido de azul, com vitória justa mas tardia, por via dum Jackson perdulário, que abusa da mania dos lances bonitos, que acabam por se tornar feios. Não entendo como o Ghilas ainda não entrou um minuto sequer, quando o ataque nem ata nem desata, em situações tais... Há muito trabalho a fazer ainda, embora os resultados estejam a ajudar à moral. No fim de contas foi uma bela tarde de futebol, a demonstrar que o futebol tem outro encanto em jogos disputados de tarde, em tardes de domingo.
Outras considerações mais particulares faço-as no meu Memória Portista http://memoriaporto.blogspot.pt/
Abraço.