FICHA DO JOGO
A Selecção nacional portuguesa deu hoje, em Belfast, um passo importante para a discussão da sua qualificação à fase final do Campeonato do Mundo, ao bater a sua congénere da Irlanda do Norte, como aliás lhe competia para manter a ambição.
Como se previa o jogo não foi fácil e acabou por encerrar dificuldades acrescidas inesperadas. É que para além da tradicional capacidade física do adversário, o apoio caloroso, vibrante e provocatório dos seus apaniguados, o jogo de hoje teve também, na arbitragem, a versão holandesa de BRUNO PAIXÃO, um tal de Danny Makkelie, polícia de profissão, que se executar a sua profissão como apita, então coitados dos holandeses que com ele cruzar!
A equipa lusa entrou com os nervos à flor da pele, evidenciada primeiro no acelerado canto do hino nacional, que os atletas não conseguiram sincronizar, terminando antes do guia sonoro, arrastando-os posteriormente para o jogo, com intervenções algo precipitadas, agravadas por constantes discussões das decisões do árbitro. Os Irlandeses aperceberem-se desse estado de espírito bem como da colaboração do PAIXÃO holandês e aproveitaram para fazer um jogo duro e algo provocatório. João Pereira, Pepe, Coentrão, Hélder Postiga e C. Ronaldo, foram os que mais barafustaram e se puseram a jeito, acabando alguns deles por sofrer as consequências.
Em termos de futebol jogado, Portugal não foi capaz de impor o seu futebol mais técnico, apesar de ter chegado primeiro ao golo, por Bruno Alves, na sequência de um canto. No entanto a falta de discernimento, o nervosismo, as quezílias e as discussões com o árbitro iam-lhe retirando a concentração, disso se aproveitando os irlandeses, que bem apoiados pelo seu público, foram equilibrando a partida, chegando com alguma normalidade ao golo do empate. A equipa da casa cresceu a ameaçou com perigo a baliza portuguesa. Para ajudar à festa, Hélder Postiga protagonizou mais um momento de pura estupidez encostando a testa na cara de um adversário, que lhe valeu o cartão vermelho directo.
Depois do intervalo a equipa nacional surgiu mais calma, mais concentrada e consciente de que tinha de jogar o jogo pelo jogo e alhear-se o melhor possível das vicissitudes do apitador holandês.
Aos 52 minutos, porém, aconteceria novo contra tempo. Ward, em posição ilegal, faria o segundo golo irlandês, que a equipa do PAIXÃO holandês validou.
A jogar com menos um e a perder, parecia estar sentenciado o infortúnio português.
Foi então que Cristiano Ronaldo virou salvador da Pátria. Sem fazer uma exibição de encher o olho, o avançado português, em três momentos de inspiração virou o resultado. Primeiro, cabeceando superiormente para o segundo golo português (68'), depois, também de cabeça, tirado a papel químico do anterior (77') e finalmente, na marcação de um livre directo (83').
Portugal, depois do segundo golo sofrido, procurou só jogar futebol e o rendimento da equipa subiu exponencialmente. Dominou até final do encontro, mesmo a jogar com menos uma unidade, até aos 80 minutos, altura em que Lafferty, que tinha entrado aos 67, viu o vermelho directo, por uma entrada violenta sobre João Pereira. Depois o resultado só não se avolumou porque a eficácia não foi a melhor.
Resultado justo, num jogo mais sofrido do que devia e com uma arbitragem para esquecer, ainda que concorde com a expulsão de Postiga.
Ainda não foi desta que Josué e Licá se estrearam com a camisola da equipa das quinas. Os dois jogadores portistas não saíram do banco. Curiosamente este foi o segundo encontro consecutivo em que a Selecção não teve o contributo de jogadores azuis e brancos, ao contrário dos 33 jogos anteriores.
O Próximo jogo é um particular frente ao Brasil, que vai ter lugar em Boston, Massachussets, nos E.U.A., na próxima Quarta-feira, dia 11 de Setembro.
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