segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

DRAGÃO ARTÍSTICO IMPÔS-SE PRIMEIRO E DEPOIS DEIXOU-SE AMEDRONTAR

 
















FICHA DO JOGO




























SISTEMA TÁCTICO























Foi com uma vitória mais tremida do que chegou a ser suposto que o FC Porto somou mais três pontos ao seu pecúlio, na luta pelo título.

De regresso ao banco, após castigo de 15 dias, o técnico portista viu-se obrigado a mexer no onze titular face aos afastamentos de Uribe (selecção e castigo), Luis Díaz (selecção e venda), Taremi (selecção) e Manafá (lesionado). Procedeu a duas substituições, relativamente ao jogo anterior. Marko Grujic e Pepê foram os eleitos para os lugares dos dois atletas colombianos.
























Zaidu (livre da selecção), João Mário, Pepe e Iván Marcano (recuperados de lesão) estiveram no banco, com os dois primeiros a serem opção.

Ciente das dificuldades especiais que a equipa do Marítimo costuma colocar nos jogos com o FC Porto, os Dragões entraram autoritários e a explanar um futebol escorreito, bem construído, com jogadas muito bonitas, de elevada valia técnica, apesar do bloco baixo do adversário, que foi tapando os espaços perto da sua baliza, obrigando os portistas a um futebol burilado e paciente.

Foi assim que apareceu o primeiro golo, construído com arte e engenho e concretizado com um toque de calcanhar, a cereja no topo do bolo, com Fábio, Evanilson e Otávio a arquitetarem a jogada para o avançado finalizar de forma artística (18').

Depois de grande domínio mas sem mais possibilidade de marcar, a baliza dos Dragões foi finalmente posta à prova, por volta dos 23 minutos com Vidigal a parecer na cara de Diogo Costa, após reposição longa do guardião insular, que a defensiva portista não foi capaz de desfazer, mas felizmente a não dar o melhor seguimento. Foi aliás o oásis no deserto ofensivo do Marítimo durante a primeira parte.

No segundo tempo o FC Porto voltou a entrar forte e o golo não se fez tardar. Evanilson falhou o 2-0 no primeiro minuto, mas três minutos depois as redes dos maritimistas voltariam a balançar. Mais uma jogada bem estruturada, cruzamento para a área, remate de Otávio que apanhou no caminho Pepê a tocar inadvertidamente e a enganar o guarda-redes Paulo Victor.

O terceiro golo esteve perto de acontecer, com um cabeceamento de Otávio que obrigou o guarda-redes insular a defesa de grande dificuldade (51').

Na resposta o Marítimo lá chegou ao golo, sem o ter justificado até então. Perda de bola de Fábio Vieira, bem aproveitada, numa jogada que a defensiva portista não ficou nada bem na fotografia (52').

Este golo sofrido acabou por alterar o paradigma do jogo, com o FC Porto menos ofensivo e mais cauteloso, às vezes demasiado receoso e algo trapalhão, mas sem correr riscos sérios de voltar a ser surpreendido. Pertenceu mesmo assim aos azuis e brancos o lance mais perigoso desse período quando João Mário cruzou no limite para Francisco Conceição aparecer livre de marcação a cabecear sobre a barra (92').

Vitória justa num jogo com momentos de elevada nota artística.

Otávio foi considerado o melhor em campo e Marko Grujic foi distinguido com o prémio Mérito, Valores Porto.




 






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