A segunda dose de jogos contra as papoilas saltitantes resultou em mais do mesmo, ou seja, superioridade quase absoluta, os mesmos erros da arbitragem como manto protector para atenuar a derrota do «clube querido», o mesmo desperdício de oportunidades claras e os mesmos três golos a colorir o resultado final, mas também com algumas diferenças. Desde logo a injusta ausência por castigo de Evanilson e de Luis Díaz, este por questões de saúde, mas também com a mudança de guarda-redes nos dois clubes.
A este propósito convém referir que do lado das papoilas, os cartilheiros criticaram duramente, durante a semana, a opção Helton Leite, no jogo da taça, como tendo sido dele a principal responsabilidade de uma derrota tão desnivelada!
Ora, desta vez, com o guarda-redes principal, as coisas não foram diferentes. A razão de o resultado não ter sido ainda mais desnivelado, deve-se apenas e só à menor eficácia dos remates portistas.
Mas centremo-nos nas bolas que beijaram as redes das papoilas saltitantes, que construíram a vitória portista.
O primeiro aconteceu ao minuto 34, na sequência de um lançamento de linha lateral, cobrado rapidamente por Wilson Manafá (destacar aqui a celeridade com que o apanha bolas a devolveu ao lateral portista, gesto apreciado e louvado, no final do jogo por Sérgio Conceição), Taremi combinou com Fábio Vieira que invadiu a área adversária pelo lado direito e quase sem ângulo rematou rasteiro, fazendo o esférico passar pelo meio das pernas do guarda-redes grego, em direcção às redes.
Trata-se do primeiro golo nesta temporada e o quarto na equipa principal do FC Porto, provocando uma subida meteórica neste ranking dinâmico, ocupando agora a 257ª posição, na companhia de um lote bastante alargado de atletas com o mesmo número de golos.
O segundo golo portista pertenceu a Pepê, pela primeira vez titular na Liga Portugal Bwin (Campeonato nacional), o eleito para colmatar a ausência de Luis Díaz. Foi aos 37 minutos. Wilson Manafá recuperou a bola lançando-a de imediato para Fábio Vieira. O médio portista devolveu em extenção pela direita. Manafá fez um compasso de espera, solicitando a desmarcação de Otávio, que após a recepção cruzou com peso, conta e medida para a entrada fulminante de Pepê a desviar a bola para as redes.
O avançado brasileiro, reforço desta temporada, obteve o seu terceiro golo de Dragão ao peito (1 na Taça da Liga e 2 na Liga Portugal Bwin), subindo ao 292º lugar deste ranking, também ele na companhia de um batalhão de atletas com o mesmo número de golos.
O terceiro e último golo portista, nesta partida foi obtida por Mehdi Taremi, num reencontro ambicionado com os golos, após longo e penoso jejum de cerca de dois meses e 11 jogos em branco.
Foi aos 69 minutos. Canto cobrado do lado direito, a defesa afastou para fora da sua área, Vitinha recuperou a bola e com passe a rasgar solicitou a desmarcação do avançado portista. O iraniano com uma troca de pés evitou o defesa contrário e na cara do guarda-redes fez a bola passar-lhe pelo meio das pernas, mais uma vez. Caso para dizer que este guarda-redes passou o jogo de pernas abertas!
Mehdi Taremi obteve o seu décimo golo da temporada (1 na Liga dos Campeões, 8 na Liga Portugal Bwin e 1 na Taça da Liga), acumulando 33 golos no total, de Dragão ao peito, que lhe permite subir ao 76º lugar deste ranking, na companhia de Séninho (1969/70 a 1977/78 - 149 jogos) e Paulo Futre (1984/85 a 1986/87 - 115 jogos).
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