FICHA DO JOGO
SISTEMA TÁCTICO
Foi com pragmatismo, alguma sorte e a estrela de Marchesín a brilhar como nunca, que o FC Porto saiu incólume do embate contra o todo poderoso Manchester United, garantindo desde logo a qualificação para os oitavos-de-final da prova rainha da Europa.
Ciente das dificuldades que é defrontar uma equipa, hoje em dia considerada uma dos «tubarões» do futebol mundial, Sérgio Conceição esquematizou a sua turma da mesma forma que o fizera em Inglaterra, ou seja, num 5x4x1, com bloco muito descido e o mais compacto possível, procurando suster a previsível avalanche ofensiva contrária e a partir daí tentar explorar as falhas que o adversário poderia cometer, para lançar a profundidade e velocidade de Marega.
Tal esquema permitiu que a bola não andasse muito perto da baliza portista quase toda a primeira parte, período em que as oportunidades foram escassas e bem resolvidas.
O City fazia circular a bola, controlava, mas quase sempre no meio campo azul e branco, apenas com uma ou outra perfuração, enquanto a equipa portuguesa sentia imensas dificuldades para a conquistar e consequentemente poder organizar o seu sistema ofensivo. Alguma precipitação e pouco discernimento ocasionaram rápidas perdas de bola e impossibilitaram saídas organizadas para o contra-ataque.
No segundo tempo o City entrou com a intenção de resolver de uma vez o encontro, intensificando o assalto ao último reduto portista e foi então que a estrela de Marchesín brilhou intensamente com um punhado de defesas monumentais, quase impossíveis, a deixar os ingleses à beira de um ataque de nervos. O homem estava imparável, intransponível, salvando o FC Porto de mais uma derrota expressiva.
Empate lisonjeiro frente a uma equipa de outros campeonatos, graças aos três factores que o título desta crónica assinala.
O resultado final serviu por inteiro às ambições do FC Porto que segue mais uma vez em frente, a uma jornada do fim.
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