Teófilo Cubillas - Internacional E1: Vestiu a camisola da selecção peruana por 81 vezes (69 pelo Alianza de Lima, 7 pelo FC Porto e 5 pelo Fort Lauderdale Strikers). Estreou-se em 17 de Julho de 1968, na capital peruana, num jogo amigável contra o Brasil, com derrota por 4-0. Enquanto atleta do FC Porto, foi em Julho de 1975 que voltou a vestir a camisola da sua equipa nacional, num jogo amigável, também disputado em Lima, em que o Peru derrotou o Paraguai, por 2-0.
O peruano brilhou intensamente com a camisola da sua selecção. Em 1970 ajudou o Peru a qualificar-se para o Campeonato do Mundo realizado no México, depois de ter eliminado a Argentina, principal candidata que fazia parte do seu Grupo. Nesse Mundial, o Peru chegou aos quartos-de-final, onde foi eliminado pelo Brasil, por 4-2, com os dois golos peruanos a serem apontados por Cubillas.
O Mundial de 1974 disputou-se sem a presença do Peru que não conseguiu a qualificação, mas venceu, no ano seguinte a Copa América. No Mundial da Argentina, de 1978, Teófilo Cubillas voltou a brilhar e a levar os peruanos até aos quartos-de-final, para caírem no acesso à final, com uma derrota frente à equipa anfitriã. Cubillas apontou três golos. o último Mundial em que participou foi no ano de 1982 em Espanha. Um grupo com italianos, camaroneses e polacos, abria as expectativas ao combinado andino, porém, dois empates e uma pesada derrota com a Polónia (5-1) enviaram o Peru para casa mais cedo que o esperado e Cubillas despediu-se da selecção.
Nascido a 8 de Março de 1949, na cidade de Lima, no Peru, Teófilo Cubillas, também conhecido pela alcunha «El Nené» (O Bebé), foi uma das estrelas máximas do futebol peruano da década de 70 e um dos melhores futebolistas sul-americanos de todos os tempos.
Iniciou a sua carreira no Alianza de Lima. Com apenas 16 anos teve a sua estreia na equipa principal e logo no ano seguinte, 1966, foi o melhor marcador do campeonato com um registo de 19 golos. Repetiu o feito em 1970 ao apontar 22 golos no campeonato.
Em 1972 foi eleito o melhor jogador sul-americano, relegando para segundo lugar o rei Pelé. Nesse mesmo ano foi o máximo goleador da Taça dos Libertadores, tendo sido contratado na época seguinte pelo FC Basel, da Suíça, onde apenas permaneceu 6 meses, o bastante para se sagrar campeão nacional.
Na temporada de 1973/74 transferiu-se para o FC Porto, onde durante três épocas foi o dono da camisola 10, apontando 65 golos em 108 jogos oficiais. Para o contratar foi feito um esforço financeiro tremendo. Os sócios e adeptos foram chamados a comparticipar para pagar a transferência deste fabuloso jogador e até os jogadores do Clube aderiram ao movimento, vendendo «rifas» para a angariação de fundos.
Cubillas era um nº 10 inconfundível. Elegante, com imenso supless, jogava de cabeça levantada, punha a bola onde queria, defendia, atacava, marcava golos e era genial a forma como ultrapassava os adversários. Com ele tudo parecia mais fácil. O toque, o domínio, a colocação, a finta, a inteligência, tudo nele era genial. Apesar de não ter conquistado qualquer título, na sua passagem pelo FC Porto, foi autor de magníficas exibições e de grandes golos que ainda hoje fazem parte das melhores recordações de quantos tiveram o privilégio de o ver jogar. Foi talvez o melhor jogador estrangeiro que já passou em Portugal. É com imenso prazer e orgulho que posso afirmar: Eu vi jogar Cubillas!
(Clicar nos quadros para ampliar)
Fontes: Football Elo Ratings Peru; Teófilo Cubillas Goals in International Matches; Fragmentos da História de um Clube Secular, de Rui Anjos; Zero a Zero.
Cubillas, para mim e muitos portistas, o melhor estrangeiro de sempre no FC Porto. Que classe, que elegãncia de jogador!
ResponderEliminarAbraço.
PS: nem sempre comento mas cabe-me agradecer-lhe, caro Amigo, por este importante e excelente trabalho.
Um trabalho que urgia aparecer, embora mais uma vez por iniciativa particular, porque no clube há muito que não é dado o devido destaque, em forma de preservação, a assuntos da memória histórica, por ora.
ResponderEliminarJá enviei, como prometera, a foto e inclusive dados do António Soares, internacional do F. C. Porto. Como poderá verificar, se já tomou conhecimento do e-mail, mas que refiro porque ainda não recebi confirmação da recepção.
Abraço.
Confirmo a recepção do mail, a que o amigo Armando Pinto se refere ao qual respondi e agradeci, de imediato. Espero que tenha recebido já.
ResponderEliminarAproveitei para actualizar os posts respectivos, como poderá verificar, quer nos INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 30 - II PARTE), como nos INTERNACIONAIS PORTISTAS - RANKING.
Por ter sido um contributo muito precioso, aqui fica o meu agradecimento público.
Correcção: apesar de ter deixado o clube em Abril de 1976, logo antes do final da época, nesse ano o Porto conquistou a Taça de Portugal. Cubillas não jogou a final mas esteve presente em várias eliminatórias, tendo, inclusive, sido decisivo num jogo em Viseu ao marcar o golo do apuramento para a fase seguinte já no prolongamento. Nunca vi o Cubillas jogar mas recordo bem do brilhozinho nos olhos do meu saudoso pai quando relatava as jogadas e golos do craque peruano, afirmando que foi o melhor estrangeiro que viu de azul e branco vestido.
ResponderEliminarRodrigo
Rodrigo, o Cubillas não partiu em Abril de 1976, como dizes, mas sim em finais de Janeiro de 1977. Ainda jogou a 14ª jornada do campeonato de 1976/77, em 16 de Janeiro de 1977, no Estádio das Antas, frente ao Benfica, na derrota por 0-1, com golo de Chalana. Foi este o jogo de despedida do Cubillas que efectivamente fez dois jogos da Taça de Portugal, contra o Académico de Viseu, em 27 de Novembro de 1976 e contra o Alba, em 29 de Dezembro do mesmo ano. Em ambos marcou um golo.
ResponderEliminar