FICHA DO JOGO
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Foi um Dragão de duas faces o que hoje se apresentou no bem tratado relvado do anfiteatro portista. O da primeira parte, um convicto e categorizado conjunto que puxou dos seus galões de Campeão da Liga Europa e praticou um futebol intenso, incisivo, prático e ofensivo, que deixou os «citizens» em estado de alerta. Pena que esta fase do Porto de gala só tenha rendido um golo, numa bela jogada colectiva, de futebol corrido, finalizada a preceito pelo ressuscitado Silvestre Varela.
Antes porém, um cabeceamento de Rolando, acorrendo a um cruzamento tele-guiado de James Rodriguez, foi salvo «in-extremis» por Clichy, quase em cima da linha fatal. Hulk foi protagonista de um lance, dentro da área, em que o defesa forasteiro Kompany o afasta com os braços, impedindo-o de discutir o lance. Grande penalidade clara que o árbitro turco sonegou ao conjunto azul e branco.
A categorizada equipa inglesa, neste período, mostrou imenso respeito pelo FC Porto, aventurando-se muito pouco nas acções ofensivas. Só depois da lesão de Danilo, que foi forçado a abandonar, sem que não antes tivesse visto um cartão amarelo completamente ridículo, e enquanto a turma portista estava momentaneamente reduzida a 10 elementos, o City aproveitou para fazer duas incursões muito perigosas à área portista, superiormente resolvidas por Helton, com duas excelentes defesas.
O da segunda metade do encontro que trouxe as equipas completamente transfiguradas. O FC Porto perdera o seu fulgor a aparecia agora com aquela fatiota foleira que tem apresentado internamente, com desconcentrações e erros fatais, que não se podem ter contra equipas do nível do actual Manchester City. Incapaz de manter a intensidade de jogo da primeira parte, os Dragões cedo começaram a cometer os erros do costume, disso se aproveitando a equipa inglesa. Richards deu o primeiro aviso, aos 50 minutos, aparecendo solto na direita a atirar ao poste. Cinco minutos depois, num momento de infortúnio, misturado com alguma atrapalhação, Álvaro Pereira ao tentar cortar um lance, em disputa com Balotelli, viu a bola ressaltar-lhe no braço, enganar Helton (que não estava bem colocado) e encaminhar-se para a baliza deserta. Balde de água fria que a equipa acusou permitindo novas veleidades ao ataque, cada vez mais intenso, dos «citizens».
Aos 85' os ingleses sentenciaram o destino da partida e quiçá desta eliminatória ao aproveitaram mais uma falha colectiva da defesa portista que abriu uma auto-estrada por onde passaram Y. Toré que ofereceu de bandeja o golo a Aguero. Foi a estocada final.
O Porto hipotecou, de forma quase decisiva, a aspiração de renovar o título. Agora, só um milagre, que eu não acredito que aconteça, poderá inverter o rumo da eliminatória.
Hoje, no meu regresso ao Dragão tive um privilégio e um desgosto.
ResponderEliminarTive o privilégio e o prazer de conhecer o Manuel Vila Pouca e o “Estilhaço” do Bibó Porto. Na verdade, senti-me emocionado.
O desgosto: a derrota do meu Porto. Para não estragar o prazer, não falo no desgosto. Para mim a eliminatória está arrumada. “Até ao lavar dos cestos é vindima” mas, alguém acredita? Eu não.
Abraço.
Bom dia,
ResponderEliminarOntem dissemos adeus à Liga Europa.
É quase impossível a reviravolta em Manchester, pois não temos consistência física nem mental para os grandes embates como ontem ficou demonstrado.
Na primeira parte fomos agressivos e fruto da nossa pressão alta, conseguimos anular algumas pedras basilares de um City que veio borrado ao Dragão, e que só por inépcia nossa levaram a vitória.
Conseguimos uma vantagem preciosa na primeira parte, embora o City pudesse justificar o empate, pois em duas situações Helton negou o golo aos ingleses.
Na segunda parte voltamos ao Porto típico desta época.
Entramos amordaçados pelas alterações tácticas operadas por Mancini, e fruto de dois erros inacreditáveis a este nível por parte de Palito e Moutinho, o City consegue a vitória.
Foi pena termos deitado tudo a perder.
Esta época tem sido uma desilusão, e VP poderá ter o lugar em risco após o embate na Luz.
Os adeptos merecem mais.
Abraço e boa semana
Paulo
Ontem, frente a uma grande equipa, recheada de bons jogadores, era preciso um Porto quase perfeito e a durar os noventa minutos. Não foi o que aconteceu e se a juntar um maior ritmo e andamento inglês, que foi notório na segunda-parte, ainda oferecermos abébias, então não há hipóteses.
ResponderEliminarUm abraço