FICHA DO JOGO
O FC Porto saiu ileso da sua deslocação ao Estádio do Arouca, depois de 100 minutos a levar sarrafada, com a conivência do artista do apito, um tal de Malheiro, vindo de Lisboa, aparentemente com ordens para deixar «malhar».
Depois do fecho do mercado e dos jogos das selecções, Sérgio Conceição promoveu duas alterações no onze titular, relativamente ao jogo anterior. Pepe e Zaidu renderam Fábio Cardoso (por opção) e Wendell (castigado).
Num relvado mal tratado, a equipa da casa apresentou-se num bloco baixo, compacto e muito bem organizado, com a lição bem estudada no sentido de dificultar ao máximo as manobras ofensivas dos Dragões.
Sistema maioritariamente adotado pelas equipas que lutam com argumentos muito diferentes das chamadas grandes, mas com uma diferença, pelo menos neste jogo, a utilização do jogo extremamente agressivo, a roçar a agressão ou pelo menos o desprezo e o desrespeito pela integridade física dos colegas de profissão, ainda que adversários.
Malheiro parecia não ir aceitar tal estratagema, ao mostrar logo no primeiro minuto, um cartão amarelo a Eboue Kouassi, mas rapidamente enveredou pela cegueira estratégica, tal a profusão de lances maldosos, de empurrões, caneladas, braços desgovernados, enfim de anti jogo, que achou por bem deixar passar em claro, não sei se por falta de pulso ou se por outra coisa qualquer, inclinando-me mais por esta última, uma vez que foi muito lesto a amarelar Sérgio Conceição, por o ter chamado à atenção, coisa que as flores de estufa do apito, não toleram, mesmo que essas críticas tenham toda a razão de ser. Faz parte da cartilha emanada pelo chefão da APAF (Ops, lá vou eu levar com um processo disciplinar).
Obviamente que o FC Porto teve grandes dificuldades em adaptar-se a esta filosofia de jogo. Se já costuma encontrar dificuldades perante equipas que se fecham, o que dizer das que teve de superar, nestas circunstâncias.
Mesmo assim, candidato ao título que se preza, não deixou de tentar explanar o seu futebol, de procurar os caminhos da baliza e do golo, ainda que com menor frequência do que o costume. À passagem do minuto 12, Fábio Vieira tentou e longa distância e por pouco não foi feliz e aos 18 minutos Evanilson introduziu a bola nas redes, mas o golo foi prontamente anulado por fora de jogo da Zaidu, que tinha cruzado, lance confirmado pelo VAR e anulado por escassos 5 cm.
Até ao intervalo os azuis e brancos continuaram a tentar, mas por mais pernas ou braços na bola, até dentro da área (Quaresma, ainda que sem intenção, impediu a bola de chegar a Fábio Vieira, colocado em zona de finalização), o resultado não se alterou.
Mas o início da segunda parte o FC Porto foi demolidor e em quatro minutos fez ruir, como um baralho de cartas, toda a estratégia do Arouca. Vitinha «arrancou» um remate tão espectacular quanto indefensável, do «meio da rua», abrindo o activo (54') e três minutos depois foi Mbemba que de cabeça, acorreu a um cruzamento de Fábio Vieira, na cobrança de um livre, garantindo uma vitória mais confortável.
Até final ainda houve tempo para as estreias de dois novos reforços, Galeno e Stephen Eustaquio, para as entradas de João Mário e Taremi e ainda de Marchesín que teve de substituir Diogo Costa, que saiu de maca.
Vitória mais que justa e manutenção da vantagem dos 6 pontos sobre o mais próximo rival.
Vitinha e Mbemba foram os premiados como o melhor em campo e Mérito e Valores Porto, respectivamente.
Sem comentários:
Enviar um comentário