FICHA DO JOGO
EQUIPA TITULAR
Da esquerda para a direita, em cima: Fabiano, Fernando, Maicon, Ghilas e Mangala; Em baixo: Quaresma, Josué, Ricardo, Defour, Alex Sandro e Kelvin.
O FC Porto cumpriu a sua obrigação vencendo o Penafiel, 6º classificado da Liga2, com uma goleada, marcada pela intensa chuva que caiu durante a segunda parte, que obrigou mesmo a uma interrupção da partida, durante cerca de meia-hora.
Paulo Fonseca aproveitou para dar minutos a jogadores menos utilizados do plantel, actuando apenas com 4 titulares.
O jogo não foi um grande espectáculo porque o ritmo e a performance portista são hoje em dia, típicas de clubes médios, que gostam de ter muita posse, mas só conseguem jogar para o lado e irritantemente para trás (é um exagero os passes feitos para o guarda-redes e a troca de bola entre os defesas). Há pouca convicção, pouca confiança, que se notam na falta de coragem de alguns jogadores assumirem algum risco e pior que isso, falham-se passes de forma ingénua e infantil.
Ricardo Quaresma foi uma pedrada no charco desta pasmaceira. É certo que ainda se encontra distante dos patamares de excelência a que nos habituou e que ninguém sabe se voltará a atingir, mas teve pormenores deliciosos, ainda que alternados com alguns tiques de vedetismo que se dispensam, a prometer poder ser o ala de que a equipa precisa. Pelo menos não tem medo de arriscar e de enfrentar os defesas contrários.
Os Dragões dominaram toda a primeira parte, perante uma equipa que tentou jogar no campo todo e conseguiu colocar alguns problemas à defensiva portista.
O primeiro golo do encontro surgiu na sequência de um passe magistral de Josué, a romper para a área onde Quaresma de costas para a baliza cabeceou em arco, surpreendendo o guardião contrário.
O golo logo aos 11 minutos deveria ser indício para uma exibição mais segura, mais assertiva e mais dinâmica, mas esta equipa parecer estar destinada a complicar o que é fácil. A dificuldade em ligar as jogadas acentuou-se, os passes mal feitos e as opções menos indicadas continuaram a inquinar o espectáculo. Há jogadores que reclamam muito da sua condição de suplentes, mas quando chamados não o conseguem justificar. É o caso de Defour que hoje voltou a decepcionar. Falhou inclusivamente, de forma incrível, um golo, quando se encontrava isolado frente ao guarda-redes, enrolando-se com a bola e falhando o remate, impróprio até de um amador.
Kelvin, Ghilas, Josué e de novo Quaresma foram protagonistas de tentativas falhadas de ampliar o resultado, pelo que a diferença mínima foi a marca com que se atingiu o intervalo.
No regresso das cabines os visitantes surgiram mais audazes na tentativa de chegar à igualdade. Fabiano foi chamado a duas intervenções de risco. A primeira, ao largar a bola escorregadia, para a recuperar de seguida «in-extremis» e a segunda ao impedir o golo a Aldair, que lhe apareceu isolado, em posição ilegal não assinalada.
Entretanto uma chuva diluviana abateu-se sob a cidade do Porto e o relvado do Dragão ficou impraticável. Duarte Gomes, o árbitro da partida, viu-se obrigado a suspender o jogo aos 52 minutos. A bola já não rolava em grande parte do relvado e o vento fez voar alguns placards de publicidade, que puseram em risco a integridade física dos atletas.
No reatamento da partida o FC Porto tomou novamente conta do jogo e não mais deu hipóteses ao seu adversário. Para tal muito contribuíram as duas substituições, de uma assentada, promovidas pelo técnico portista, tirando Kelvin e Quaresma e lançando na partida Jackson Martinez e Silvestre Varela.
Seis minutos depois já o avançado colombiano estava a facturar. Cruzamento de letra de Ghilas, sob a esquerda, Jackson recebeu no pé direito, tocando para o esquerdo, ao mesmo tempo que evitava o defesa e depois, sem oposição, atirou a contar.
Os azuis e brancos queriam mais golos e foram à sua procura. Aos 75 minutos, na sequência de um canto marcado por Josué, Jackson Martinez saltou mais alto que a defesa contrária e cabeceou com êxito.
Nesta altura já estava em campo Carlos Eduardo, que entrara um minuto antes e que fez o último quarto de hora em bom nível.
O último golo surgiu dois minutos depois na sequência de uma jogada ofensiva portista em que a atrapalhação dos jogadores do Penafiel, na sua área, permitiu a Mangala assistir Varela, que em posição duvidosa, não perdoou.
Missão cumprida, num jogo marcado pelo mau tempo, que tornou difícil as condições do relvado, prejudicando o espectáculo.
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