Diz o povo, na sua sábia experiência, que coisa que nasce torto, tarde ou nunca se endireita.
Ora a actual direcção da LPFP, venceu o acto eleitoral depois de uma campanha sedutora, baseada em promessas impossíveis de cumprir (cancelamento das descidas de divisão na primeira época e centralização na Liga dos direitos televisivos das transmissão dos jogos, por exemplo) em que muitos dos filiados se deixaram encantar como música melodiosa para os seus ouvidos.
A realidade veio a confirmar a impossibilidade de pôr em prática tais promessas e a Direcção da Liga foi ficando fragilizada, mais ainda quando numa Assembleia Geral, se descobriu que a mesma pretendia que os clubes aprovassem medidas, disfarçadamente escondidas entre outras.
O Dr. Mário Figueiredo, presidente da Liga, tem-se esforçado no sentido de mostrar serviço, mas tudo o que tem conseguido é descredibilizar o futebol, com afirmações polémicas e insensatas e com atitudes que são autênticas certidões de óbito ao organismo que preside.
Na semana que passou conseguiu pôr a nu quatro dos defeitos impensáveis numa Liga de Clubes Profissionais: A incompetência, o incumprimento dos regulamentos, a parcialidade e a prepotência.
Incompetência ao aceitar um pedido unilateral da mudança de local do jogo Benfica - Gil Vicente, da Taça da Liga e logo a seguir ao não conseguir que os dois jogos do grupo B, dessa competição, tivessem começado exactamente à mesma hora (houve um desfasamento de cerca de 3 minutos);
Incumprimento dos regulamentos ao fazer tábua rasa do ponto 7 do artigo 9º que diz «Quando um clube que esteja impedido de realizar jogos no seu estádio, devido a aplicação de sanções desportivas ou disciplinares ou por razões de falta de condições do terreno de jogo, será o mesmo realizado no estádio do adversário», e de não ter conseguido garantir o cumprimento do ponto 3 do mesmo artigo que diz «Quando estiverem em disputa os lugares de acesso às meias-finais, os jogos da última jornada da 3ª fase da competição serão realizados à mesma hora».
Ainda em relação à mudança do jogo do estádio da Luz para o Restelo ficaram ainda por cumprir os pontos 9 e 10 do artigo 9º, que dizem «O local de realização do jogo pode ser alterado por mútuo acordo dos clubes, excepto no jogo da final» e «Para efeito do disposto no número anterior, é obrigatória a entrega na Liga do acordo escrito e devidamente assinado quer pelo clube visitante, quer pelo clube visitado, com uma antecedência mínima de dez dias sobre a data inicialmente fixada no calendário de jogos da competição, sob pena da alteração acordada ser indeferida».
Parcialidade na aceitação de um pedido unilateral de alteração do local do jogo e na ameaça de participar ao Ministério Público o caso do atraso.
Prepotência ao negar sucessivamente aos clubes a realização de uma Assembleia Geral destinada à sua capitulação.
É sem dúvida uma Liga sem rei nem roque em que o seu responsável se comporta como um coveiro. Nisso, Pinto da Costa tem toda a razão quando o afirmou na entrevista ao Porto Canal.
Senhor Mário Figueiredo faça um favor ao futebol, desapareça e leve consigo esse odor fétido que tem espalhado na Liga de Clubes.
ResponderEliminar@ Rui
seria bom que se demitisse, mas tal não vai acontecer: basta ver (e ler nas entrelinhas) como se tem agarrado ao poder com a questão da marcação da Assembleia-geral para destituí-lo...
portanto, vamos ter que gramá-lo até Junho deste ano, que é quando termina o seu mandato.
comecei pelo final do teu post o qual, desde já te informo, está soberbo.
aliás, felicito-te por indirectamente teres abordado as questões da taça da bjeka de uma forma brilhante.
gostei muito.
abr@ço
Miguel | Tomo II