sábado, 19 de outubro de 2013

MEU DEUS, QUE «TENRINHOS»!















FICHA DO JOGO


























EQUIPA TITULAR




















Da esquerda para a direita: Fabiano, Maicon, Ghilas, Fernando, Danilo e Diego Reyes; Em baixo, Carlos Eduardo, Quintero, Ricardo, Víctor García e Silvestre Varela.

Era expectável que Paulo Fonseca operasse algumas modificações no onze titular, como aliás a convocatória sugeria, mas confesso que excedeu as minhas expectativas, já que o técnico portista optou por incluir no onze titular apenas 3 dos habituais titulares (Danilo, Fernando e Varela), com a novidade da troca de posição de Danilo, desviado para a lateral contrária (!).

Tanta modificação haveria de trazer a natural falta de ligação e consequentemente uma exibição cinzentona (mais uma), a reflectir-se no resultado final.

Perguntava eu, na antevisão deste jogo, quem queria mostrar o que vale? Ora a resposta foi arrasadora: NINGUÉM.

Apesar da estatística deste jogo demonstrar uma superioridade absoluta, a verdade é que tal não passou de improfícua. A equipa, constituída por outros jogadores, incorreu nos mesmos erros. Pouca velocidade, ritmo baixo, incapacidade para jogar entre linhas, dificuldade de progressão, falta de criatividade e mais um conjunto de incapacidades técnicas (má recepção de bola, deficiente direcção do remate e excesso de passes falhados).

Os atletas portistas demonstraram que não estão convenientemente preparados para defrontar equipas muito modestas, que recorrem a um bloco muito baixo, roubando espaços, opondo-se com facilidade à previsibilidade do futebol portista.

Ora sem velocidade, sem criatividade, sem movimentação e sem talento, dificilmente se conseguem oportunidades. Ainda assim, na primeira metade do encontro, o FC Porto conseguiu criar três soberanas situações de golo, nas raras vezes em que os seus jogadores despacharam a bola no sítio certo e no momento exacto. A primeira, aos 17 minutos, Ghilas muito bem posicionado para fazer o golo, na entrada da área, recebe um passe magistral de C. Eduardo, mas a péssima recepção de bola, impediu-lhe o remate; Depois, aos 25 minutos, de novo C. Eduardo colocou bem a bola em Varela, que recebeu bem, rodou e disparou a contar, obtendo um golo de belo efeito e finalmente aos 31 minutos, Ricardo entrou pela direita, junto à linha, cruzou atrasado, Ghilas junto à marca de grande penalidade, na passada encostou o pé direito, rematando contra Tiago que evitou o golo. Foram os melhores momentos até ao intervalo.





















O golo de Varela

No regresso, Paulo Fonseca deixou Danilo no balneário e lançou Alex Sandro. A exibição portista, no entanto não registou qualquer melhoria. Bem pelo contrário. Ao desnorte atacante somaram-se então duas paragens cerebrais defensivas que poderiam ter tido outras consequências, não fora a fraca pontaria dos avançados contrários.

Paulo Fonseca ainda lançou Defour para substituir a desilusão chamada Quintero, mas sem qualquer melhoria e mais tarde Kelvin, para o lugar de Varela, e este sim veio espevitar um pouco mais o jogo.

Na parte final, a equipa acabou a atrasar a bola ao guarda-redes para guardar a vantagem, comportando-se como uma equipa vulgar, esquecendo que estava a defrontar o último classificado da II Liga. Tal atitude valeu-lhe uns merecidos e estridentes assobios.

Nesta amalgama de «tenrinhos» e numa exibição, para mim medíocre, destaque pela positiva para Carlos Eduardo, o mais inconformado e para Kélvin, pela irreverência e velocidade que, nos poucos minutos, trouxe ao jogo.
































Desfasado esteve mais uma vez o técnico portista que, na flash interview fez afirmações deveras preocupantes:  «partida interessante...», «resposta excelente...», «vitória que nos vai moralizar...». Por amor de Deus! Que raio de jogo é que este homem viu?

3 comentários:

  1. Discordo daquele "ninguém". Ricardo, Carlos Eduardo, Reyes e Kelvin fizeram por merecer mais oportunidades. Destaco até os dois primeiros.

    http://portistasanonimos.blogspot.pt/

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  2. Evolução na continuidade:
    Continuidade porque ganhamos, justamente, indiscutivelmente - era o que faltava!... -, o objectivo de passar à 4ª eliminatória foi conseguido, mas também houve continuidade na exibição que foi fraquinha, fraquinha, principalmente na segunda-parte. Ora como este jogo serviu como uma espécie de treino, um ensaio para o jogo de terça-feira e como costuma dizer-se que após um mau ensaio, vem um bom espectáculo, frente ao Zenit vai ser diferente, vamos jogar muito melhor e estar à altura das exigências.

    Abraço

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  3. Este jogo não é exemplo para nada (felizmente)... É certo que a exibição foi medíocre, mas isso pouco interessa tendo em conta que daqui estarão talvez 2/3 jogadores no onze que terça-feira vai defrontar o Zenit. Cumprimos, estamos na próxima eliminatória, agora o objectivo é ganhar no Dragão o jogo da Champions (com boa exibição de preferência). As apostas de futebol na betclic estão feitas. Venha o jogo.

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