terça-feira, 8 de outubro de 2013

EQUIPAS DO PASSADO - DÉCADA DE 80

ÉPOCA 1988/89

Tomislav Ivic fizera uma época fabulosa, ao comando do FC Porto, ganhando quase tudo o que era para ganhar, mas, curiosamente ou talvez não, não conseguiu captar a simpatia da maioria da massa adepta azul e branca, pela falta de brilho das exibições da equipa mas também porque, a determinada altura, colocou em causa a qualidade de Fernando Gomes, o «menino querido» de todos os portistas, relegando-o para o banco, com a chancela de «finito».

Tal atrevimento causou mal estar e foi o próprio Ivic a confessar que não tinha condições para continuar e a pedir a sua substituição, logo no final da época.

Quinito foi o escolhido. Treinador jovem e ambicioso, Pinto da Costa não teve dúvidas na hora de escolher. Surpreendido, Quinito mostrou-se deslumbrado e até algo atarantado, perdendo-se em afirmações algo curiosas, como «Os campeões do Mundo, quase não precisam de treinador» ou  que consigo, o FC Porto seria «Gomes mais dez».

A verdade é que a herança era pesada e não seria nada fácil repetir, em termos de êxitos, uma época tão ganhadora.

Apesar de ter perdido Rui Barros, contratado pela Juventus em mais uma transferência «recorde» no futebol português, Quinito recebeu como reforços Rui Águas e Dito, desviados da Luz. Mas em Setembro acabaria por perder Mlynarczyk, lesionado gravemente e jamais recuperado completamente, que acabaria por antecipar-lhe o fim da carreira.



















O plantel com Quinito: Da esquerda para a direita, em cima: Dito, Lima Pereira, Carvalhal, Vítor Baía, Zé Beto, Mlynarczyk, Geraldão, Rui Manuel, Branco e N'Kongolo; Ao meio: Dr. Jorge Silva (médico), Diamantino (enfermeiro), Rui Águas, Bandeirinha, Fernando Gomes, Semedo, Prof. João Mota (adjunto), Quinito (treinador), Murça (adjunto), Madjer, João Pinto, Quim e três elementos do Staff; Em baixo: Fernando Brandão e Agostinho (roupeiros), Frasco, Domingos, Eduardo Luís, Inácio, Vermelhinho, Pinto da Costa (Presidente), Jaime Pacheco, Sousa, André Jaime Magalhães, Raudnei, Zé Luís e Rodolfo Moura (massagistas).
























Equipa que jogou a Pré-época o Torneio Lusitânia: Da esquerda para a direita, em cima: Zé Beto, Lima Pereira, Eduardo Luís, Inácio, Jaime Magalhães e João Pinto; Em baixo: André, Sousa, Fernando Gomes, Jaime Pacheco e Madjer.

O arranque irregular da época, num corolário de erros, de equívocos e opções mal avaliadas que culminaram com uma pesada derrota (5-0), na Holanda frente ao PSV, para a Taça dos Campeões Europeus, precipitaram a renúncia de Quinito ao cargo de treinador do FC Porto, nos primeiros dias de Novembro de 1988, o que prontamente foi aceite.

Pinto da Costa, conhecendo as dificuldades financeiras do projecto francês Matra Racing, que aliciara Artur Jorge, aproveitou para lançar o convite a que o Rei Artur foi sensível, regressando com o intuito de recolocar a equipa portista no trilho das vitórias.

















O plantel com Artur Jorge: Da esquerda para a direita, em cima: Mllynarczyk, Dito, Rui Águas, Geraldão, Branco, Vítor Baía, Lima Pereira, N'Kongolo e Zé Beto; 2ª fila: Fernando Gomes, Carvalhal, Everton, Semedo, André, Rui Manuel e Jaime Pacheco; 3ª fila: Diamantino (massagista), Dr. Domingos Gomes (médico), Reinaldo Teles (director), Prof. Hernâni Gonçalves (adjunto), Artur Jorge (treinador), Octávio (adjunto), Murça (adjunto), Luía César (secretário), Rodolfo Moura e Zé Luis (massagistas); Em baixo: Agostinho (roupeiro), Frasco, Sousa, Eduardo Luís, Bandeirinha, Inácio, Quim, João Pinto, Domingos, Jaime Magalhães, Madjer, Vermelhinho e Fernando Brandão (roupeiro).

Artur Jorge acertou o passo à equipa, reacendeu o sonho do título que se esfumou à 28ª jornada, com o inesperado empate do FC Porto no Restelo, ficando a 6 pontos do Benfica, com o qual empatou, na semana seguinte.






















Equipa titular que na 26ª Jornada foi empatar 0-0, contra o Marítimo, no Funchal: Da esquerda para a direita: Sousa, Vítor Baía, Rui Águas, Semedo, André, Branco, Dito, Geraldão, Paulo Pereira, Bandeirinha e João Pinto.

O FC Porto terminou a longa maratona de 38 jornadas, na segunda posição, com o registo de 21 vitórias, 14 empates, 3 derrotas, 52 golos marcados, 17 sofridos e 56 pontos, menos 7 que o Benfica.

Na Taça de Portugal, o FC Porto não foi além dos oitavos de final, sendo aí afastado pelo Belenenses, no Restelo, por 1-0 após prolongamento.

Também na Supertaça não foi feliz, tendo perdido em Guimarães por 2-0 e empatado nas Antas a zero.

Na Taça dos Campeões europeus, depois de ter eliminado os finlandeses do HJK Helsínquia, com os parciais de  3-0, nas Antas e 0-2 em Helsínquia, a goleada de 5-0, sofrida em Eindhoven, na Holanda, sentenciou a eliminação na prova, apesar da vitória portista, por 2-0, nas Antas.

























Equipa titular em Eindhoven: Zé Beto, Madjer, N'Kongolo, Geraldão, Rui Águas e João Pinto; Em baixo: Inácio, Jaime Pacheco, Bandeirinha, André e Sousa.





































Depois de uma época de quatro títulos em 4 provas seguiu-se uma época sem qualquer título, coisa  já rara, nesses tempos.

Foram 30 os atletas utilizados durante a época, pelos dois treinadores, nos 48 jogos disputados, nas 4 provas em que o FC Porto participou,  aqui referenciados por ordem decrescente da sua utilização: André (45 jogos), João Pinto (44), Rui Águas (41), Sousa (37), Branco (35), Bandeirinha e Domingos (31), Geraldão, Madjer e Semedo (30), Zé Beto (28), N'Kongolo e Vermelhinho (24), Jaime Pacheco (22), Fernando Gomes, Jaime Magalhães e Paulo Pereira (20), Dito (19), Inácio e Vítor Baía (16), Rui Manuel (13), Everton (11), Eduardo Luís (6), Frasco (5), Mlynarczyk (4), Quim (2), Carvalhal, Evaldo, Lima Pereira e Raudnei (1).

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