O FC Porto cumpriu mais uma vez a sua obrigação e ao vencer no reduto do Paços de Ferreira garantiu o seu 27º Título de Campeão nacional.
A equipa azul e branca foi escalonada como se esperava, apenas com Defour no lugar de Fernando, por lesão e castigo federativo do médio brasileiro. Os Dragões assumiram desde o início a sua vontade de acabar em beleza, embora tivessem adoptado uma toada cautelosa no sentido de poderem controlar melhor o jogo e a sua habitual circulação de bola. Lucho Gonzalez foi o primeiro a dar ao lamiré com dois remates perigosos, mas sem a direcção correcta.
Aos vinte e dois minutos James Rodriguez interceptou um mau passe de Luiz Carlos e quando seguia isolado para a baliza, Ricardo fez falta e o árbitro Hugo Miguel apontou a marca de grande penalidade, mostrando o respectivo cartão vermelho ao defensor pacense. Lucho Gonzalez não falhou, dando vantagem à sua equipa e abrindo o caminho para o TRI.
Os Dragões prosseguiram com o seu jogo de posse e circulação e agora em vantagem numérica e no marcador, o seu futebol tornou-se ainda mais pousado, pensado, com posse, controlo e domínio das operações, mas sem grande profundidade já que Jackson parecia não estar nos seus dias.
Depois do recomeço Varela, depois de um bom trabalho pela esquerda, cruzou com peso, conta e medida, Jackson cabeceou livre de marcação, mas o guarda-redes Cássio evitou o golo com uma intervenção portentosa. Mas haveria de ser o avançado colombiano a dilatar o marcador e a carimbar o resultado final. Aos 51 minutos, na sequência de uma falta marcada na esquerda por João Moutinho, a bola foi rechaçada para a entrada da área, Lucho de cabeça desmarcou o avançado colombiano que recebeu com o pé direito e fuzilou com o pé esquerdo, não dando quaisquer hipóteses de defesa.
A partir desse momento o FC Porto passou a gerir o resultado, ainda mais quando, aos 57 minutos Danilo viu o segundo amarelo e foi expulso. Os Dragões não sofreram sobressaltos e ainda viram dois remates seus baterem nos ferros. Primeiro Lucho e depois Jackson.
No final, vitória tranquila e justa, ainda que no primeiro golo, a falta cometida por Ricardo tenha parecido cometida ainda fora da área, mas o cartão vermelho teria sempre de ser mostrado.
Os Dragões, com uma ponta final digna de registo, ainda que sem apresentar um futebol espectacular, conseguiram reverter a seu favor um campeonato que a quatro jornadas do fim parecia perdido, após uma quebra abrupta nas suas exibições, que lhe fizeram perder quatro pontos impensáveis, ainda por cima com grandes penalidades falhadas, a par com o colinho dos Capelas e Baptistas, ao clube do regime.
Jackson Martinez venceu a bola de prata, destinada ao melhor marcador do campeonato, com o registo de 26 golos marcados, tornando-se no 15º atleta portista a conseguir esse desiderato. Já Helton foi o guarda-redes menos batido, com 14 golos sofridos.
O técnico Vítor Pereira, nem sempre compreendido consegue um feito notável, é bicampeão nacional, sem derrotas. E nas duas épocas apenas uma derrota. É obra!
Boas Rui,
ResponderEliminar3 dias 3 campeonatos, é fantastico ter esta paixão, contra tudo e contra todos ganhamos no andebol, no hoquei e a cereja no topo do bolo o TRI CAMPEONATO.
Parabens a todos os adeptos, estrutura, todos os jogadores e fundamentalmente aos 3 treinadores com especial incidencia para Vitor Pereira.
Até os comemos CARAGO !!!
http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.pt/
Num campeonato disputado ao sprint, só a cultura do F.C.Porto, um clube de resistentes e não de desistentes, permitiu este título tão saboroso. É esta cultura que temos de passar, constantemente, consolidar e não permitir que seja disvirtuada nunca, que nos tem distinguido. Fomos uns campeões invictos, justos, sem mácula. Três títulos nas principais modalidades que praticamos ao mais alto nível, em três dias dias seguidos, e de fortes emoções, distinguem-nos como um clube à parte no panorama do desporto português. O Porto é isto. Coitados de quem não perceber.
ResponderEliminarAbraço