MÁRIO JARDEL - Goleador Nº 3
Marcou 167 golos em 175 jogos disputados com a camisola do FC Porto, durante as quatro épocas que defendeu o emblema do Dragão (1996/97 a 1999/2000).
Foi um dos goleadores mais galardoados ao serviço deste Clube, conquistando o prémio de melhor marcador europeu (Bota de Ouro) em 1998/99, foi o segundo melhor marcador europeu (Bota de Prata) em 1996/97 e o terceiro melhor marcador europeu (Bota de Bronze) em 1999/2000. Nas quatro temporadas de Dragão ao peito, foi sempre o melhor marcador do Campeonato Nacional, arrecadando as 4 Bolas de Prata em disputa.
Jardel era uma máquina goleadora, um animal de área, ali, entre os defesas adversários, estava no seu habitat natural, podia dar largas ao seu instinto predador e marcar golos. Golos, muitos golos, de todos os lados, de todas as maneiras, de todos os feitios (de cabeça, com o pé direito, com o pé esquerdo, com a coxa, com a canela, com o calcanhar, de «bicicleta» ou de «letra»). Nas alturas era imbatível. Parecia adivinhar a trajectória de cada bola ao milímetro.
Natural de Fortaleza, Brasil, começou a sua carreira desportiva no Ferroviário, um clube local, onde fez a sua formação. Depois de se tornar profissional, começou a dar nas vistas, tendo sido chamado para o Rio de Janeiro onde assinou pelo Vasco da Gama. Seguiu-se o Grémio de Porto Alegre, onde Jardel marcou 67 golos em 73 jogos, despertando definitivamente a cobiça dos principais emblemas europeus.
E que melhor montra este goleador poderia ter escolhido? Obviamente o FC Porto, onde foi muito feliz, conseguindo os maiores êxitos desportivos da sua carreira, ao ponto de ficar conhecido por «Super-Mário».
Estreou-se oficialmente com a camisola do FC Porto em 25 de Agosto de 1996, no Estádio das Antas, frente ao Vitória de Setúbal, em jogo da 1ª jornada do campeonato nacional, cujo resultado final foi um empate a duas bolas com o brasileiro a apontar o primeiro golo portista, dando início à recuperação da desvantagem de dois golos que a partida registava nessa altura.
No Verão de 2000, Mário Jardel não resistiu às ofertas milionárias vindas de outras paragens e transferiu-se para a Turquia para defender as cores do Galatasaray, onde jogou apenas uma época, conservando a sua veia goleadora. Em 24 jogos marcou 22 golos.
Regressou a Portugal na época seguinte (2001/02) e o seu destino parecia ser o FC Porto. Chegou a ser visto no aeroporto exibindo o cachecol azul e branco, no que parecia ser uma transferência consumada. Octávio Machado, na altura responsável técnico do Clube, fez abortar a contratação e o atleta acabou por assinar pelo Sporting CP, de 2001 a 2003, onde foi campeão nacional, vencedor da Taça de Portugal e da Supertaça Cândido de Oliveira, em 2001/02. Nessa época marcou 42 golos em 30 jogos, vencendo pela segunda vez a Bota de Ouro, troféu que distingue o melhor marcador da Europa.
Depois de Alvalade descarrilou, perdeu-se, optou por caminhos nada recomendáveis e, do Céu ao inferno foi um ápice. Perdia-se assim prematuramente um dos atletas mais mortíferos do futebol mundial.
Palmarés ao serviço do FC Porto (8 títulos):
3 Campeonatos nacionais (1996/97, 1997/98 e 1998/99)
2 Taças de Portugal (1997/98 e 1999/2000)
3 Supertaças Cândido de Oliveira (1996/97, 1998/99 e 1999/2000)
Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar, ZeroZero.pt e Base de dados de Rui Anjos.
um craque (que não crack) destes e nenhum comentário?
ResponderEliminarnão pode ser! :D
ainda tenho presente na minha memória, a sua estreia, nas Antas, ante o Vitória de Setúbal, naquela tarde de Agosto de '96 - perdíamos 0-2 e foi ele que conseguiu descobrir o caminho para um golo que estava difícil.
já o último parágrafo do post está soberbo, pois resume tudo o que foi o pós-FC Porto do jogador que tem o privilégio de ter uma menção num verso do Carlos Tê.
abr@ço
Miguel | Tomo II