FICHA DO JOGO
EQUIPA TITULAR
Da esquerda para a direita, em cima: Fabiano, MAngala, Diego Reyes, Herrera, Jackson Martinez e Danilo; em baixo: Quaresma, Defour, Licá, Carlos Eduardo e Alex Sandro.
O FC Porto cumpriu a sua tarefa de seguir em frente na Taça de Portugal, num jogo de mau futebol em que os defeitos patenteados ao longo desta época foram quase uma constante.
Paulo Fonseca apostou num onze titular com algumas alterações, como se previa, chamando ao onze os pouco habituais Diego Reyes, Herrera e Licá, não falando do guardião Fabiano, que vem sendo utilizado sistematicamente nesta prova. Os Dragões entraram no jogo com a desorganização que já vem sendo habitual, permitindo que o seu adversário controlasse o jogo até próximo do minuto 70.
Até lá, o FC Porto teve sempre muitas dificuldades para ligar o seu jogo, afundando-se na mediocridade que vem sendo a imagem de marca desta época, falhando consecutivamente nas acções mais básicas do futebol: Recepção e domínio da bola, passe, colocação, ocupação de espaços, visão de jogo, rapidez de pensamento e execução, enfim, em tudo aquilo que faz a diferença entre uma boa equipa de outra vulgar. Os azuis e brancos interpretaram a vulgaridade.
O Estoril, bem mais organizado e competente, criou as melhores oportunidades, marcou primeiro, controlou e impôs o ritmo de jogo que mais lhe convinha.
O empate surgiu numa jogada de insistência, com cruzamento de Herrera, sob a esquerda a solicitar a entrada de Jackson que falhou, creio que tocado em falta por um defensor estorilista, a bola sobrou para o guarda-redes que não foi capaz de a segurar, surgindo então Quaresma a rematar para as redes. Lance numa primeira fase bem congeminada pelo médio mexicano, mas depois com concretização algo feliz.
A igualdade ao intervalo era ainda assim um resultado bastante lisonjeiro para os azuis e brancos, que ainda tiveram o azar de perder Carlos Eduardo aos 21 minutos, por lesão.
A segunda metade não foi muito diferente e, como já referi, só a partir do minuto 70, os jogadores portistas despertaram verdadeiramente para o jogo, começando então a ser mais rápidos, mais criativos, mais perigosos, mas muito precipitados e perdulários.
A bola passou a rondar com maior frequência a área adversária e então sim, o público que perdera a paciência, com a péssima exibição portista, passou a acreditar e a incitar a equipa.
Foi o melhor período do futebol portista que ainda assim pecou pelas constantes más opções, fruto da ansiedade para chegar ao golo. Jackson, nesse particular, esteve desastrado.
O golo salvador haveria de chegar pelos pés do argelino Ghilas, que 4 minutos depois de ter entrado a render Quaresma e quando o prolongamento parecia ser inevitável, apareceu com toda a oportunidade ao segundo poste, a emendar um cruzamento de Alex Sandro.
Estava consumada a reviravolta no resultado e o consequente apuramento para as meias-finais da prova.
A equipa escusava de ter passado pelas dificuldades que enfrentou se tivesse tido, durante todo o jogo a mesma atitude que teve nos últimos 20 minutos.
Uma coisa é certa, a jogar desta forma o FC Porto arrisca-se a fazer um resto de época desolador, com consequências previsivelmente nefastas.
Em termos colectivos a equipa foi um fracasso quase completo. A defesa voltou a comprometer, o meio campo esteve quase sempre complicativo, sem organização nem criatividade e o ataque muito precipitado e perdulário. Em termos individuais, os laterais têm obrigação de render muito mais. Os centrais, hoje Reyes e Mangala, falta ao mexicano a agressividade que sobra ao francês. Na linha média Defour andou perdido, Carlos Eduardo pouco criativo, Josué algo precipitado e Herrera foi, para mim, um dos poucos que remou contra a maré, com um trabalho positivo, apesar de alguns erros naturais de quem ainda não tem confiança e ritmo. Na linha avançada Quaresma está uma sombra do que já foi. Lento a pensar e a executar, mas ainda muito útil dentro desta bandalheira. Jackson fez o papel de «martelão», quero dizer, de avançado desengonçado, mau tecnicamente na recepção, no tempo de desmarcação e no remate. Licá foi esforçado mas inconsistente e Ghilas, em tão pouco tempo fez um golo à ponta-de-lança.
Pois esta noite de quarta-feira vencemos o Estoril, para a Taça de Portugal. Com dificuldades? Mas o mais importante era e é vencer. Num momento delicado como o atual, melhor ainda, pois pode-se ultrapassar a fase menos boa sem mais maus resultados.
ResponderEliminarQuanto ao jogo, no momento: Vitória do F C Porto. E... no final: Dá gosto ver a cara dos comentadores televisivos adeptos dos mouros, de olhar franzido, semblante frustrado, aspeto geral de desânimo e azia... enquanto tentam fazer jogo baixo com desculpas do F C Porto não estar a jogar com a superioridade de outras épocas... Ora, ora... Falam da vitória conseguida quase no fim, o que já lhes mete ódio... mas... Não dizem que o golo do Estoril foi marcado após falta do avançado sobre o defesa Portista... e não falam que, embora com felicidade, mas que foi procurada, a substituição / entrada do Ghilas foi importante e decisiva.
Contra tudo e muitos... o F C Porto segue em frente! E dá gozo ver os adversários de cara à banda!
O que fazem ao Licá não se deve fazer a ninguém. Já nem digo ao Kelvin, mas expor o Licá à sua mediocridade técnica é de uma crueldade só ao nível da tortura a que Pinto da Costa submete o seu treinador.
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