domingo, 16 de fevereiro de 2014

GALO COZINHADO NO LUME BRANDO DO DRAGÃO















FICHA DO JOGO


























EQUIPA TITULAR




















Da esquerda para a direita, em cima: Helton, Danilo, Abdoulaye, Mangala, Fernando e Jackson Martinez; em baixo: Quaresma, Herrera, Josué, Alex Sandro e Silvestre Varela.


Paulo Fonseca apostou na mesma equipa titular que havia vencido o Paços de Ferreira, na anterior jornada. Proibido de perder pontos, o FC Porto pisou o mal tratado relvado do Gil Vicente, determinado a vencer o jogo. Para tal entrou forte e decidido e dispôs de soberana ocasião de golo logo aos 10 minutos, num lance em que Josué, depois de um bom trabalho a desembaraçar-se do seu adversário, tentou colocar a bola ao ângulo, em forma de chapéu e não foi feliz, atirando por cima do ferro. Nessa altura já os Dragões tinham chegado com algum perigo por mais duas ocasiões, com Quaresma e Jackson a não darem o melhor encaminhamento.

Foi um período em que o futebol portista saiu fluído, ligado, simples e quando assim é, torna-se mais fácil chegar à área adversária, só que aí as coisas complicaram-se, por excesso de passes, algumas vezes, e outras por remates disparatados e sem direcção. Como corolário lógico dessa melhor performance portista o golo apareceria aos 18 minutos, na sequência de uma lançamento lateral, próximo da área minhota. Danilo lançou longo para a desmarcação de Herrera que foi à linha cruzar para o segundo poste onde apareceu Varela a antecipar-se e de cabeça abrir o activo.



















Os Dragões continuaram a carregar e Josué obrigou Adriano a mais uma defesa complicada, num remate forte e colocado, três minutos depois. Depois foi Danilo que numa incursão no ataque surgiu flectindo da direita para o meio, num remate muito oportuno que a trave desviou.

Só à passagem da meia hora é que o Gil Vicente deu um ar da sua graça, quando Brito apareceu descaído pela direita, livre de adversários, entrou na área e à saída de Helton rematou, fazendo a bola resvalar nas pernas do guardião portista, amortecendo a sua marcha em direcção à baliza, onde apareceu Abdoulaye a evitar o golo, com muita serenidade.

O resultado ao intervalo era lisonjeiro para o Gil Vicente, em função das boas oportunidades criadas pelos jogadores portistas.

No recomeço o jogo perdeu alguma vivacidade e os jogadores portistas começaram a dar a ideia que o resultado lhes agradava. Seguiram-se alguns momentos de desconcentração e numa delas Helton acabou por ser feliz, numa jogada de ressaltos, com a bola a cair-lhe nas mãos sem ele saber muito bem como.

Aos 52 minutos Paulo Baptista fez vista grossa a uma falta para grande penalidade sobre Silvestre Varela, num lance em que o avançado portista passou pelo guarda-redes, foi tocado nas pernas e impedido de fazer o golo, de forma mais que clara.

Mas seis minutos depois, o mesmo Varela recebeu a bola ainda no meio campo portista, foi por ali abaixo, flectiu para o centro, entrou na área, evitando um adversário e atirou enrolado para o fundo das malhas. Estava finalmente conseguido o golo tranquilizador, ou melhor, podia ter sido se dois minutos depois a defesa portista não tivesse dado mais uma «abébia» consentindo o golo de honra dos gilistas.
















Depois e até ao final da partida assistiu-se um jogo de bola cá, bola lá, com episódios para todos os gostos, desde a queima de tempo, substituições nos últimos momentos, enfim, o habitual em equipas que não confiam muito nas suas capacidades.

A vitória portista é indiscutível e só peca por escassa, num jogo fraco disputado num terreno difícil. Em termos individuais parece-me justo destacar Varela pelos golos importantes e dizer que Herrera parece querer agarrar o lugar tal como Abdoulaye.

A luta continua, apesar de tudo.

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