sábado, 30 de novembro de 2013

A DERROTA ANUNCIADA















FICHA DO JOGO


























EQUIPA TITULAR































Da esquerda para a direita, em cima: Helton, Fernando, Mangala, Jackson Martinez, Maicon e Danilo; Em baixo: Quintero, Josué, Lucho Gonzalez, Alex Sandro e Silvestre Varela.

O FC Porto andava já, de há uns três, quatro jogos atrás, a deixar indicações de que a primeira derrota no campeonato, era só uma questão de tempo. Perguntava eu, se bem se lembram, como título do lançamento deste jogo, que Porto íamos ter em Coimbra, os «empatas», ou?... Ora as reticências foi a forma mais simpática que encontrei para evitar escrever PIOR.

O mau momento que esta equipa, treinada por Paulo Fonseca, atravessa é já indisfarçável e preocupante. A cada jogo, a produção negativa tem vindo progressivamente a aumentar, com a prática de um futebol sem fio de jogo, sem ligação, sem criatividade, sem talento, sem ponta por onde se pegue. Da baliza à extrema esquerda, não se salva ninguém. Estão todos solidários e empenhados em demonstrar qual deles consegue fazer pior. Assim não dá.

A jogar contra uma das equipas mais fracas do campeonato, os jogadores azuis e brancos, nunca conseguiram tomar conta do jogo. Foram um grupo de jogadores completamente desligados, sem arte nem engenho. Um conjunto desafinado, incapaz de criar dificuldades à equipa contrária. Hoje houve de tudo que já tínhamos visto antes e muito mais, no mau sentido, pois claro. Desde a abébia defensiva que custou mais um golo sofrido, até a um penalty displicentemente falhado, passando por remates embrulhados, pelos feitos na atmosfera, por fazer a bola sair sobre a barra, depois de um remate a dois palmos da linha de golo, foi um fartote!























No turbilhão de tanta mediocridade, o que fica para a história é o fim de um ciclo de 53 jogos sem perder para o campeonato, a primeira derrota frente à Académica, em Coimbra, ao fim de 43 anos e, mais do que provável, a perda da liderança do campeonato.

A pergunta que fica é, para quando um jogo do FC Porto que nos encha as medidas? Tem a palavra o treinador Paulo Fonseca, um treinador confiante nas suas ideias, nas suas convicções e que não se deixa influenciar, nem mesmo pelos resultados negativos.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

QUE PORTO EM COIMBRA? OS «EMPATAS», OU?...








É com a liderança presa por um simples ponto que o FC Porto se vai deslocar a Coimbra, para defrontar a Académica.

Numa fase de alguma descrença pelos resultados negativos que vem acumulando (dois empates sucessivos), e que resultaram na perda de 4 preciosos pontos, os Dragões não vão ter vida fácil na cidade dos estudantes.






















Tendo em conta o discurso optimista do treinador Paulo Fonseca, que continua a acreditar nas suas competências, no mérito do seu trabalho e nas suas convicções, tudo leva a crer que vamos continuar a ver mais do mesmo, ou seja, o mesmo sistema, a mesma táctica, os mesmos jogadores e a mesma postura. Diz ele que o único problema tem sido a falta de eficácia no remate. Que ainda estamos em todas as frentes e vamos em primeiro no campeonato. Pois! Afinal está tudo sob controle, nós é que somos uns exagerados!

Tão convicto está disto tudo que em termos de opções, apenas fez uma alteração. Chamou Carlos Eduardo, preterindo Diego Reyes. Oxalá o futuro lhe dê razão.

LISTA COMPLETA DOS CONVOCADOS




















EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: Liga Zon Sagres 2013/14 - 11ª Jornada
PALCO DO JOGO: Estádio Cidade de Coimbra - Coimbra
DATA E HORA DO JOGO: Sábado, 30 de Novembro de 2013, às 20:15 h
ÁRBITRO NOMEADO: João Capela - A.F. Lisboa
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SportTv1

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

EQUIPAS DO PASSADO - DÉCADA DE 90

ÉPOCA 1995/96

Nova época, caras novas (Edmilson, Lipcsei e Mielcarzki), o mesmo espírito vencedor, ambição máxima. 












Da esquerda para a direita, em cima: 
Vítor Nóvoa, Paulinho Santos, Mielkarski, Edmilson, Emerson, Zé Carlos, Lino, Vítor Baía, Semedo, João Manuel Pinto, Jorge Costa, Aloísio e Silvino; Em baixo: Folha, Latapy, Bandeirinha, Rui Jorge, Bino, Domingos, João Pinto, Rui Barros, Lepcei, Jorge Couto, Drulovic e Secretário.

Boby Robson perdeu o arranque da época por causa de uma doença grave que o levou a ser hospitalizado no seu país. Augusto Inácio, seu adjunto, assumiu na sua ausência o comando técnico da equipa e fê-lo de forma demolidora, conseguindo nas primeiras sete jornadas, seis vitórias e um empate.

Regressou o inglês restabelecido da saúde à oitava jornada e a filosofia de ataque manteve-se, com Domingos finalmente a tirar partido e a consagrar-se o rei dos marcadores, galardão que demorou a regressar às Antas onze anos, depois da última conquista por Fernando Gomes em 1984/1985.

Nos 34 jogos do campeonato os Dragões obtiveram 26 vitórias, seis empates e duas derrotas, marcou 84 golos (melhor ataque) e sofreu 20 (melhor defesa). A primeira derrota aconteceu apenas à 27ª jornada, na Luz e só voltaria a perder na antepenúltima jornada, nas Antas frente ao Guimarães, quando o título estava já assegurado.
















Equipa titular que na 18ª jornada foi vencer a Alvalade, por 0-2, o Sporting. Da esquerda para a direita, em cima: Vítor Baía, Zé Carlos, Jorge Costa, Emerson, Edmilson e Aloísio; Em baixo: Secretário, Rui Jorge, Domingos, Paulinho Santos e Drulovic.


Fez uma prova brilhante, concluindo com 84 pontos, mais onze que o Benfica (2º) e mais dezassete que o Sporting (3º).

Uma das curiosidades desta época foi a utilização de cinco guarda-redes! E ainda assim foi a defesa menos batida.









Na imagem da esquerda para a direita: Vítor Baía, Silvino, Lars Eriksson, Vítor Nóvoa e Jorge Silva

As circunstâncias desta situação tiveram a ver, primeiro com a suspensão pesada e exemplar (não fosse ele jogador do FC Porto) a que Vítor Baía foi sujeito em função da resposta a uma agressão sofrida na 25ª jornada, em Campo Maior por um tal Pedro Morcela, dirigente do clube alentejano. Baía só voltaria a ser utilizado na última jornada.

Depois com a lesão sofrida pelo guarda-redes suplente Silvino, magoado em choque violento e mal esclarecido com o jogador do Benfica Mauro Airez (ou Mouro Airez?), no estádio da Luz, onde apenas jogou 5'. Silvino viria a ser operado dois dias depois a uma grave luxação acrómio-clavicular de grau dois. Entrou para o seu lugar o terceiro guarda-redes Vítor Nóvoa. Nas quatro jornadas seguintes Lars Eriksson, o guarda-redes suplente de Thomas Ravelli na selecção sueca, contratado de urgência, foi o escolhido. Na 33ª jornada entrou em acção o quinto guarda-redes, o jovem Jorge Silva que substituiu Silvino a três minutos do fim do termo do jogo, para se sagrar campeão.

O título foi alcançado na 30ª jornada, com a vitória do FC Porto nas Antas frente ao Salgueiros, por 2-0, que jogando à tarde ficou na expectativa do resultado do Benfica que se deslocava a Campo Maior para jogar nessa noite. Com o empate nesse jogo, o FC Porto tornou-se matematicamente campeão com quatro jornadas ainda por cumprir.


















Equipa titular que jogou frente ao Tirsense, na 31ª jornada, com o título já matematicamente garantido, vencendo por 2-4. Da esquerda para a direita, em cima: Matias, Quinzinho, Eriksson, João Manuel Pinto, Edmilson e João Pinto; Em baixo: Latapy, Folha, Rui Barros, Bino e Rui Jorge.

Coube ao Belenenses visitar o campeão na última jornada, a da consagração. De novo, os jogadores portistas subiram ao relvado de cabelos enfeitados com pinturas, prontos a dar o seu contributo a uma festa já anunciada. A multidão reuniu-se para agradecer aos seus ídolos e celebrar a hegemonia conquistada. Ganhar tornara-se uma saudável rotina mas este novo triunfo foi vivido com intensidade original.






















Equipa titular que subiu ao relvado das Antas, na última jornada do campeonato. Da esquerda para a direita: Vítor Baía, João Manuel Pinto, Emerson, Edmilson, Aloísio e Domingos; Em baixo: Rui Jorge, Rui Barros, Drulovic, Paulinho Santos e Secretário.

Os Dragões jamais se esqueceram das dificuldades, das calúnias, das perseguições, todos os anos renovados e quiçá refinados para que o objectivo não fosse alcançado. No final, as manifestações de júbilo representaram também o grito de revolta e a bofetada de luva branca aos detractores e frustrados deste país.

A presença de Vítor Baía na baliza, após prolongada ausência em função do castigo já referido, provocou uma onda de satisfação suplementar.

O FC Porto cumpriu a sua obrigação e abrilhantou os festejos com uma vitória por 1-0, encerrando com chaves de ouro o 15º título e o 5º bicampeonato.

Na Taça de Portugal o FC Porto foi afastado nas meias-finais, pelo Sporting. Antes porém, a equipa portista, apesar de encontrar pelo caminho equipas acessíveis, manifestou sempre muitas dificuldades para eliminar os seus adversários, excepto o da primeira eliminatória, o Amora, que foi goleado nas Antas por 6-0. Na eliminatória seguinte, o sorteio designou o União de Lamas, nas Antas e os Dragões não conseguiram melhor que um empate sem golos, após prolongamento.



















Equipa titular que empatou nas Anats com o União de Lamas. Da esquerda para a direita, em cima: Semedo, João Manuel Pinto, Paulinho Santos, Quinzinho, Silvino e João Pinto; Em baixo: Folha, Bino, Jorge Couto, Rui Barros e Bandeirinha.

No jogo de desempate, em Lamas, Bobby Robson não fez poupanças e a vitória por 1-3, foi o corolário lógico da superioridade portista.

Nos oitavos-de-final, os azuis e brancos voltaram a sentir dificuldades para ultrapassar o Sporting de Lamego, empatando 1-1, no estádio dos Remédios, após prolongamento, sendo obrigado a fazer novo jogo de desempate, no estádio das Antas, onde venceu por um magro 1-0.

Seguiu-se o Penafiel, nas Antas, para os quartos-de-final, com vitória portista por 2-0, perfeitamente normal.

Nas meias-finais, o sorteio designou como adversário o Sporting, nas Antas. O FC Porto não aproveitou o factor casa para decidir a seu favor a eliminatória. Começou por sofrer um golo aos 30 minutos, passando o resto do tempo à procura do prejuízo. O golo do empate foi conseguido aos 89 minutos, perante um adversário que defendeu a todo o custo a vantagem inicial. O prolongamento nada alterou pelo que o jogo de desempate em Alvalade foi necessário. Aí, num jogo muito cauteloso de ambas as equipas, venceu quem foi mais feliz, o Sporting, com um golo marcado aos 108 minutos, já no prolongamento portanto.

Para a Supertaça Cândido de Oliveira, o adversário foi também o Sporting. Jogada em duas mãos, foi necessário uma finalíssima para encontrar o vencedor.

Em Alvalade, num jogo típico de princípio de época, foi o FC Porto que se mostrou sempre o conjunto mais sólido, mais estruturado e o mais capaz de chegar à vitória, mas a ineficácia dos seu avançados, na hora do remate, acabou por determinar o nulo no marcador (0-0).





















Equipa titular que actuou em Alvalade, na 1ª mão da Supertaça CO. Da esquerda para a direita, Jorge Costa, Silvino, Aloísio, Secretário, Lipcsei, Emerson, Paulinho Santos, Edmilson, Folha, Rui Jorge e Domingos.

Nas Antas, numa tarde de Sol e um excelente espectáculo de futebol. Jogo aberto e as equipas a evidenciarem uma notável entrega e vontade de resolver a questão nos noventa minutos. O resultado foi uma igualdade a duas bolas, com o FC Porto a marcar sempre primeiro. 























Equipa titular, no Estádio das Antas. Da esquerda para a direita, em cima: Vítor Baía, Emerson, Zé Carlos, Edmilson e Aloísio; Em baixo: Semedo, Rui Barros, Domingos, Drulovic, Paulinho Santos e Secretário.

A finalíssima voltou a ser disputada em França, no Parque dos Príncipes. Já com a época terminada e o título no bornal, o FC Porto abordou este jogo de forma descontraída, com os seus jogadores a pensarem já nas férias, ao contrário do seu rival que jogava a salvação da época. E o resultado final ilustrou bem essa diferença de abordagem. Derrota por 3-0, sem apelo nem agravo.

Em termos internacionais, o FC Porto foi integrado no Grupo A da Liga dos Campeões, tendo como adversários o Nantes, o Aalborg e o Panathinaikos. Grupo acessível em teoria, mas que na prática não se confirmou. Em 6 jogos os Dragões apenas conseguiram uma vitória (2-0, nas Antas, contra a equipa mais fraca do grupo, os dinamarqueses do Aalborg), 4 empates e 1 derrota (0-1, nas Antas, contra os gregos do Panathinaikos). Os 7 pontos somados, deixaram-no  na 3ª posição do Grupo, atrás de Nantes (9 pontos) e Panathinaikos (12 pontos) e por consequência fora da Europa.






















Equipa titular que empatou (0-0), em Atenas, contra o Panathinaikos. Da esquerda para a direita, em cima: Vítor Baía, Jorge Costa, Emerson, Aloísio, Edmilson e Domingos; Em baixo: Secretário, Drulovic, Paulinho Santos, Rui Barros e Rui Jorge.










































(Clicar no quadro para ampliar)

A equipa técnica utilizou 28 atletas, nos 51 jogos das 4 competições em que o FC Porto esteve envolvido, aqui descriminados por ordem decrescente dessa utilização: Domingos e Folha (46 jogos), Drulovic e Emerson (45), Edmilson e Rui Barros (43), Aloísio (41), Paulinho Santos e Secretário (38), Latapy (35), Vítor Baía (34), Rui Jorge (31), Lipcsei e Jorge Costa (28), João Manuel Pinto (26), João Pinto (24), Bino (23), Jorge Couto (18), Zé Carlos (15), Quinzinho e Silvino (11), Mielkarski (8), Matias e Eriksson (7), Semedo e Bandeirinha (3), Vítor Nóvoa (2) e Jorge Silva (1).

Fontes: Baú de Memórias, de Rui Anjos; Revista Dragões; Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

EQUIPA DE «EMPATAS», NÃO MERECE MAIS















FICHA DO JOGO
























EQUIPA TITULAR

























Da esquerda para a direita, em cima: Helton, Fernando, Maicon, Mangala, Jackson Martinez e Danilo; Em baixo: Licá, Josué, Lucho Gonzalez, Alex Sandro e Defour.

Este FC Porto, decididamente está a tornar-se numa equipa de «empatas». Primeiro porque somou o quarto empate nos últimos 5 jogos e depois porque Danilo resolveu juntar-se ao grupo dos «enterras», dos «abébias» ou lá o que lhes queiram chamar, ao contribuir para mais um golo sofrido.

Quando os atletas pisaram o relvado já sabiam que a vitória era ainda mais importante em função do empate do Zenit, porém, entraram no jogo nervosos, sem confiança e inibidos. O fraco adversário que ainda não tinha conseguido marcar qualquer golo, na competição, aproveitou a oferta de Danilo, quebrou o jejum e provocou o escândalo no Estádio do Dragão, hoje e cada vez mais, com um extenso número de cadeiras vazias. É que, nos tempos de crise que correm, o esforço financeiro que cada um de nós tem que fazer, para ver tratar a bola da maneira como a actual equipa o faz, é pedir de mais. Prefiro gastar esse dinheiro a visitar o Museu.

Não se percebe como jogadores de topo conseguem cair, assim de repente nesta mediocridade avassaladora, especialmente da primeira parte. Em poucas semanas, deixaram de saber ligar o jogo, de fazer pressão, de criar as melhores linhas de passe, de se enquadrarem com a baliza adversária e de rematar com convicção e direcção. Pior que isso, decidiram fazer de Santa Casa da Misericórdia e toca de oferecer golos aos adversários, só sabem jogar para trás, perder a bola infantilmente, entrar em espirais de precipitação, enfim fazer tudo da pior forma.

Podem até dizer que tivemos azar, fizemos uma segunda parte excelente, que criamos ocasiões de golo suficientes para vencer confortavelmente, mas o que se passou realmente foi uma equipa a tentar precipitadamente marcar. Algumas oportunidades foram perdidas por mera ansiedade, por querer fazer depressa, chegando ao ponto de se estorvarem uns aos outros. Isto não é nada.






















Depois, no final, vem o responsável mor com os números da estatística como se os jogos se ganhassem com o maior número de cantos a favor, o maior número de remates ou esmagadora posse de bola. Não, senhor Paulo Fonseca, os jogos ganham-se com ambição, competência e eficácia, que é o que está a faltar à equipa. Tudo isto se refina com os treinos, pois a matéria-prima está lá.

Desta forma, incapaz, inconsequente, precipitada e trapalhona, não iremos a lado nenhum, ou melhor, vamos sim, temos de ir à Liga Europa mas para fazer esta triste figura melhor seria lá não ir. Enfim, esta equipa de «empatas» está a ser uma desilusão. Quem não consegue vencer um único jogo em sua casa, não tem «estaleca» para Champions League, esta é a verdade nua e crua. Quanto à Liga Europa, vamos ver...

GARANTIR A LIGA EUROPA








Sim, sou dos que estão convencidos que seguir para os oitavos da CL é quase impensável, tanto mais que, o Atlético de Madrid, com o 1º lugar do grupo já garantido, vai fazer gestão do plantel, o que à partida poderá indiciar um menor empenho nos jogos que faltam. Assim, resta ao FC Porto lutar pela vitória nos dois confrontos, garantindo já na próxima jornada o 3º lugar e a consequente passagem para a Liga Europa, para além da não menos importante angariação das verbas que as vitórias proporcionam.














Desta vez não vou entrar em considerandos quanto à forma como os atletas e seu treinador deveriam abordar este jogo, para não me repetir.

Cumprido o castigo, Mangala está de regresso, sendo a única alteração na lista de convocados, por troca com Carlos Eduardo.

LISTA COMPLETA DOS CONVOCADOS




















EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: Champions League - 5ª Jornada - Grupo G
PALCO DO JOGO: Estádio do Dragão - Porto
DATA E HORA DO JOGO: Terça-feira, 26 de Novembro de 2013, às 19:45 h
ÁRBITRO NOMEADO: Ovidiu Hategan - Roménia
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: TVI

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 32














RUI BARROS - Goledor nº 32

Apontou 55 golos em 244 jogos que realizou com a camisola do FC Porto, durante as 7 épocas em que esteve ao seu serviço (1987/88 e de 1994/95 a 1999/00).

Rui Gil Soares dos Barros, nasceu em 24 de Novembro de 1965, em São Salvador de Lordelo, no Concelho de Paredes.

Depois de se sagrar campeão nacional de júniores, pelo FC Porto, em meados da década de 80, Rui Barros não se fixou logo na equipa principal, tendo sido emprestado ao Covilhã, da 2ª Divisão e mais tarde ao Varzim, onde conquistou o título da 2ª Divisão (Zona Norte).

























Regressou na temporada de 1987/88, tornando-se então uma peça fulcral no esquema de Tomislav Ivic, que construiu a equipa em seu torno, explorando a sua técnica e velocidade explosiva. 

O jogo de estreia, em jogos oficiais, pela equipa principal do FC Porto, aconteceu em 26 de Agosto de 1987, no Estádio das Antas, contra o Belenenses, em jogo da 1ª Jornada do Campeonato nacional, que os Dragões venceram por 7-1. Rui Barros entrou na segunda parte para render Jaime Pacheco e apontou o 5º golo portista.

Rui Barros constituiu a mais meteórica explosão de um jogador em Portugal. As suas qualidades despertaram de imediato o interesse dos grandes clubes europeus, sendo a Juventus o seu primeiro destino. Jogou dois anos em Itália a grande nível, vencendo uma Taça de Itália e uma Taça UEFA.

Jogou ainda no Mónaco e no Marselha antes de regressar ao FC Porto, em 1994, sendo um dos seis jogadores que conquistaram os cinco campeonatos do Penta.












Pôs fim à carreira em 2000, com 34 anos.

Foi 36 vezes internacional (1 pelo Varzim, 6 pelo FC Porto, 10 pela Juventus, 15 pelo Mónaco e 4 pelo Marselha). Fez a sua estreia na equipa das quinas em 29 de Março de 1987, como atleta do Varzim, no Portugal-Malta (2-2), jogado no Funchal, partida de qualificação para o Campeonato da Europa.


Palmarés ao serviço do FC Porto (12 títulos):
6 Campeonatos nacionais (1987/88 e os cinco do Penta (de 1994/95 a 1998/99) 
2 Taças de Portugal (1987/88 e 1997/98) 
2 Supertaças Cândido de Oliveira (1995/96 e 1997/98) 
1 Taça Intercontinental (1987/88)
1 Supertaça da Uefa (1987/88)
Foi ainda distinguido com o «Dragão de Ouro» como «Atleta do Ano», em 1988.

Trabalhou alguns anos no departamento de observação e prospecção do Clube, passando depois a integrar algumas equipas técnicas do FC Porto, tendo assumido o comando da equipa, na fase de transição de Co Adriaanse para Jesualdo Ferreira, de quem foi adjunto, conquistando a Supertaça 2005/2006, frente ao V. Setúbal, por 3-0.

Actualmente encontra-se ligado ao Departamento de Scouting do FC Porto.

Fontes: História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras e Factos, de J. Tamgnini Barbosa e Manuel Dias; Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tavares e European Football

domingo, 24 de novembro de 2013

QUEM SE PÕE A JEITO, SUJEITA-SE...















FICHA DO JOGO



























EQUIPA TITULAR



















Da esquerda para a direita, em cima: Helton, Fernando, Maicon, Jackson Martinez, Danilo e Otamendi; Em baixo: Josué, Lucho Gonzalez, Alex Sandro, Herrera e Silvestre Varela.


De volta ao Campeonato nacional, o FC Porto voltou a tropeçar frente a mais uma equipa que não é do «seu campeonato». Paulo Fonseca afirmou, no lançamento do jogo, que o Nacional era a «besta negra», pelas «graçolas» que já tinha conseguido, quer no Estádio das Antas, quer no Dragão. Sabendo-o avisado, a equipa madeirense, apresentou-se de branco, para disfarçar e a verdade é que voltou a fazer das suas.

Os Dragões até entraram bem no jogo e durante cerca de meia hora conseguiram construir algumas jogadas interessantes, mas quase todas feridas pela maldição da última decisão, invariavelmente mal tomada, o que acabou por determinar o nulo do resultado, da primeira parte, dado que a equipa madeirense se limitou quase em exclusivo a defender e a destruir.

No início do segundo tempo, voltou a ser o FC Porto a entrar à procura do golo, sempre com as virtudes e os defeitos antes patenteados, só que aos 52 minutos, finalmente, Jackson Martinez estava no sítio certo, para dar seguimento, de cabeça, a um cruzamento de Danilo e também por uma vez, acertar com as redes, fazendo o golo portista.























Daí para a frente os azuis e brancos entenderam que estava cumprida a sua obrigação, deixaram-se embalar numa toada mais morna, tipo rendimento mínimo, enquanto o treinador contrário tentava dar mais ambição atacante à sua equipa, com as substituições que foi operando. O FC Porto foi-se pondo a jeito, a perder bolas, a falhar passes, a rematar precipitadamente, enfim, tão a jeito que aos 82 minutos sofreu o golo que terá pensado não ser possível. Otamendi, que fez um bom jogo, borrou a pintura quando arriscou transportar a bola até bem lá à frente,  perdendo-a infantilmente, permitindo o contra-ataque, quando a equipa estava toda adiantada, e as consequências foram as piores.

A equipa portista ainda tentou, em desespero de causa voltar a marcar, com muito mais coração do que com cabeça, foi capaz de criar boas oportunidades, mas nunca teve o discernimento para as concretizar e quando se falham lances de golo eminente, como os que Lucho e Jackson, por exemplo, falharam, torna-se impossível ganhar.























O resultado pode soar a injusto face à estatística deste jogo, que mostra uma superioridade portista insofismável, em todos os itens, mas a verdade é que enquanto o Nacional, no pouco que conseguiu fazer, fez quase tudo bem, já o FC Porto no muito que produziu, fez quase tudo mal.

Com este tropeção a liderança fica agora reduzida a um ponto.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

DE REGRESSO ÀS PROVAS NACIONAIS, PARA VENCER O NACIONAL








O FC Porto vai receber a equipa do Nacional da Madeira, com a intenção de, no mínimo manter a vantagem da liderança do Campeonato, que como se sabe, passou de 5 para 3 pontos, na anterior jornada, face ao empate em Belém.





















Espera-se um jogo extremamente complicado dado que a turma insular é especialista em arrancar resultados surpreendentes no nosso estádio. Vai ser pois necessário que os atletas portistas se apresentem na sua melhor condição física, anímica e técnica, para levar de vencida tão perigoso adversário.

Em relação à lista de convocados para o jogo de Guimarães, da 4ª eliminatória da Taça de Portugal, último jogo antes do interregno para os compromissos das selecções, Paulo Fonseca fez 4 alterações. Helton, Diego Reyes, Juan Quintero e Licá estão de regresso ao lote dos escolhidos. Em sentido inverso, Bolat e Kelvin, por opção, Mangala, a cumprir castigo e Ghilas, lesionado, ficaram de fora.

LISTA COMPLETA DOS CONVOCADOS




















EQUIPA PROVÁVEL


COMPETIÇÃO: Liga Zon Sagres 2013/14 - 10ª Jornada
PALCO DO JOGO: Estádio do Dragão, Porto
DATA E HORA DO JOGO: Sábado, 23 de Novembro de 2013, às 20:15 h
ÁRBITRO NOMEADO: Carlos Xistra - A.F. Castelo Branco
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SportTv Live

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

EQUIPAS DO PASSADO - DÉCADA DE 90

ÉPOCA 1994/95

Como habitualmente, a Comunicação Social lançara antecipadamente os seus favoritos à conquista do título nacional, deixando obviamente o FC Porto de fora.

O plantel portista, orientado por Bobby Robson, conhecera algumas alterações, desde logo a saída de Fernando Couto para o Parma, de Itália e Kostadinov para o Dep. La Coruña, de Espanha, compensadas com a entrada de várias caras novas e do regresso de Rui Barros, depois de ter passado pela Juventus, Mónaco e Marselha.


















Da esquerda para a direita, em cima: Funcionário (não identificado), Vítor Nóvoa, Baroni, André, Rui Jorge, Jorge Couto, Semedo, Vítor Baía, Paulinho Santos, Jorge Costa, Aloísio, Cândido e Secretário; Ao meio: Agostinho (roupeiro, José Luis  e Rodolfo Moura (massagistas), Mlynarkzyc, Murça e Inácio (adjuntos), Reinaldo Teles (director), Bobby Robson (treinador), José Mourinho (adjunto), Vítor Frade (preparador físico), Fernando Brandão e Ricardo (roupeiros), Em baixo: Folha, Domingos, Latapy, Walter Paz, Bandeirinha, Emerson, Zé Carlos, João Pinto, Jaime Magalhães, Rui Barros, Yuran, Drulovic e Kulkov.


Não começou bem o campeonato pois ao cabo da 7ª jornada já tinha perdido 3 pontos (empate na Luz e derrota no Funchal, frente ao Marítimo), mas a equipa soube encontrar uma cadência de vitórias consecutivas que a colocaram no trilho do título. 




















Onze titular da 1ª Jornada - Da esquerda para a direita, em cima: Vítor Baía, Zé Carlos, Rmerson, Secretário, Jorge Costa e João Pinto; Em baixo: Drulovic, Paulinho Santos, Domingos, Rui Filipe e Folha.


Mas neste início de campeonato dois acontecimentos de cariz opostos marcaram a vida azul e branca. O primeiro, a trágica morte do promissor Rui Filipe, em acidente de viação e o segundo, mais reconfortante, a aquisição dos dois atletas russos, Yuran e Kulkov, que se estreariam na 3ª jornada, nas Antas, frente ao União da Madeira.

























Da esquerda para a direita, em cima: Vítor Baía, Zé Carlos, Emerson, Kulkov, Aloísio e João Pinto; Em baixo: Yuran, Jorge Couto, Rui Barros, Folha e Paulinho Santos.


O título foi matematicamente alcançado na 31ª Jornada, na deslocação a Alvalade, onde o FC Porto venceu por 0-1, com uma exibição autoritária, categórica e inequívoca, mas seria nas Antas, na última jornada, frente ao Tirsense, a festa da consagração final, com direito a goleada (4-0).




















Equipa titular que se sagrou campeã nacional, frente ao Tirsense. Da esquerda para a direita, em cima: Vítor Baía, Bandeirinha, Zé Carlos, Emerson, Jorge Costa e Paulinho Santos; Em baixo: André, Domingos, Folha, Rui Barros e Secretário.


A equipa portista patenteou durante quase toda a prova grande solidez e eficácia defensiva, bem como um alto índice de concretização atacante, que fez dela a equipa menos batida do campeonato (15 golos sofridos) e a que mais golos marcou (73 golos marcados). A qualidade do seu futebol acabou por ser reconhecida por todos, tal como a justiça na vitória do título. Terminou a prova com o registo de 34 jogos, 29 vitórias, 4 empates, 1 derrota e 62 pontos, mais 7 que o Sporting e mais 13 que o Benfica.

Na Taça de Portugal foi eliminado nas meias finais pelo Marítimo, no Funchal, com derrota por 1-0. A equipa insular acabaria por ser a «besta negra» pois foi a única que conseguiu derrotar o FC Porto e logo por duas vezes (Campeonato e Taça). Estoril, União de Leiria, Louletano e Leça, foram as vítimas portistas que foram ficando pelo caminho.

A Supertaça Cândido de Oliveira teve, durante a época, duas edições. A primeira relativa à de (1992/93), decisão que ficara adiada na época anterior,  frente ao Benfica. O jogo da finalíssima teve lugar em Coimbra (campo neutro), onde o FC Porto conquistou a sua 7ª Supertaça.

Foi um jogo durante o qual a única equipa que deu mostras de merecer a vitória foi a do FC Porto, mas quando tudo parecia estar resolvido sempre surgia um golo estranho do adversário. Foi assim durante o tempo regulamentar, com Domingos a marcar aos 84 minutos e Tavares a responder aos 89; Foi assim também no prolongamento, com Secretário a concretizar aos 95 minutos e César Brito a restabelecer a igualdade aos 118. Nas grandes penalidades o FC Porto foi mais eficaz. Na série de cinco grandes penalidades só João Pinto falhou, por parte dos Dragões enquanto do lado oposto falharam Kenedy (defesa de Vítor Baía) e William (para fora). No final, vitória portista por 6-5.




A segunda edição, relativa à temporada 1993/94, jogada como habitualmente em duas mãos, teve como adversário o mesmo clube, o Benfica.

Mais uma vez foram necessários 3 jogos para decidir o vencedor. O primeiro disputou-se na Luz e ficou marcado pelo golo fantástico apontado por Rui Filipe aos 72 minutos. Como que num gesto premonitório, o médio do FC Porto rubricou um golo de adeus que foi uma autêntica obra de arte de bem jogar futebol. Viria a ser expulso, já perto do final da partida e foi no dia em que cumpria o castigo que perdeu a vida. O jogo terminaria empatado (1-1), com golo benfiquista apontado por V. Paneira, aos 75 minutos.

























Equipa titular, na Luz, jogo da 1ª mão da Supertaça. Da esquerda para a direita, em cima: Vítor Baía, Emerson, Zé Carlos, Rui Filipe, Aloísio e João Pinto; Em baixo: Secretário, Folha, Paulinho Santos, André e Kostadinov.


O jogo da 2ª mão, disputado nas Antas, não teve grandes motivos de interesse. O desgaste provocado pela frequência com que as duas equipas foram obrigadas a defrontarem-se, num curto espaço de tempo, acabaram por determinar a fraca qualidade técnica e também alguma desmotivação que o resultado em branco ilustrou. Mais uma finalíssima ficou pendurada até ao final da época para decidir o vencedor.

Marcada para 20 de Junho de 1995, último jogo da época, no Parque dos Príncipes, em Paris, a luz foi azul. A vitória final foi apenas a confirmação da superior qualidade de uma equipa habituada a vencer. Foi uma noite de glória em que os jogadores azuis e brancos puseram em campo toda a sua classe, a sua capacidade de dominar o adversário, a sua ambição e o seu talento. Vítor Baía e Domingos sobressaíram, pertencendo ao avançado a autoria do único golo da partida, conseguido aos 51 minutos do jogo.




















Em termos internacionais o FC Porto esteve integrado na disputa da Taça das Taças. O sorteio ditou como primeiro adversário os polacos do KS Lodz, que na 1ª mão vieram às Antas. Domingos a abrir e Rui Barros a fechar, construíram o resultado, num jogo onde eram esperadas maiores facilidades, tendo em conta a menor valia do adversário. O esquema defensivo polaco acabou por retardar a marcha do marcador, que só começou a funcionar a partir dos 71 minutos.

No jogo da 2ª mão, na Polónia, a jogar com dez durante uma hora, por acumulação de amarelos de Rui Jorge, o FC Porto adoptou a postura que as circunstâncias exigiram, gerindo o jogo de acordo com as conveniências. O golo de Drulovic aos 44 minutos, reforçou a tranquilidade, até final, os Dragões limitaram-se a fazer passar o tempo.

A 2ª eliminatória foi discutida com os húngaros do Ferencvaros. A 1ª mão, jogada nas Antas, traduziu-se numa barrigada de golos, 6-0. Jogo simples, prático e contundente. Já a 2ª mão foi completamente diferente. Afinal os húngaros não eram assim tão maus como o resultado das Antas sugeriu e a tentativa de fazer descansar alguns jogadores do plantel portista não resultou. O Ferencvaros tomou conta do jogo em algumas ocasiões e acabou por merecer a vitória, por 2-0, embora sem jamais ter posto em causa a eliminatória.

Nos quartos-de-final foram os italianos da Sampdória que se cruzaram no caminho do FC Porto. A 1ª mão, em Génova mostrou um FC Porto, forte, surpreendente e personalizado. Entrou a mandar no jogo e só por alguma falta de sorte não chegaram ao intervalo a vencer por dois ou três a zero. Mas o merecido golo chegou aos 64 minutos pelo russo Yuran, um golo de antologia. A bola saiu das mãos de Baía e, com apenas quatro toques chegou ao fundo das redes de Zenga. Resultado magro para uma bela exibição.



























Nas Antas é que a sorte virou mesmo as costas ao FC Porto. Os Dragões voltaram a apresentar bom futebol, mas os deuses eram italianos. A Sampdória sempre numa toada cautelosa, com o seu cinismo, foi levando a água ao seu moinho até que conseguiu marcar (48'). Os Dragões intranquilizaram, perderam algumas oportunidades, o jogo foi para prolongamento e depois para a lotaria das grandes penalidades. Os italianos foram eficazes, transformando todos, enquanto do lado portista Latapy falhou. 





































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Nos 49 jogos oficiais em que o FC Porto esteve envolvido, relativo a 4 provas, Bobby Robson recorreu ao concurso de 26 atletas, aqui referidos por ordem decrescente da sua utilização: Vítor Baía (48 jogos), Domingos (45), Emerson e Paulinho Santos (44), Aloísio (43), Secretário (41), João Pinto (40), Folha (39), Zé Carlos (38), Rui Barros (37), Drulovic (34), Yuran (30), Kulkov (27), Rui Jorge (24), Latapy (21), Jorge Costa e Baroni (20), Jorge Couto, André e Bandeirinha (9), Semedo (5), Kostadinov (4), Rui Filipe e Cândido (3), Jaime Magalhães (2) e Vítor Nóvoa (1).

Fontes: Baú de Memórias, de Rui Anjos; Revista Dragões; Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar