segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 36












KORDNYA - Goleador Nº 36

Apontou 52 golos em 42 jogos disputados com a camisola do FC Porto, durante as três épocas em que esteve ao seu serviço (1939/40 a 1941/42).

Slavko Kordnya, nasceu em 12 de Abril de 1911, em Zagrebe, na antiga Jugoslávia, hoje território da Croácia. Em termos futebolísticos, terá começado a destacar-se nos profissionais do clube da sua terra natal, o HSK Concórdia, onde jogou três temporadas (1932/33 a 1935/36), ao mais alto nível, antes de emigrar para a Suíça (1936/37), onde representou o Young Boys.

Nas duas épocas seguintes representou as equipas francesas do Saint-Étienne (1937/38) e do Antibes (1938/39).

Chegou ao FC Porto, pelas mão do treinador húngaro Mihaly Siska, para jogar o campeonato nacional da temporada de 1939/40, sagrando-se campeão nacional e foi ainda o melhor marcador do campeonato com a marca de 29 golos.























Estreou-se oficialmente com a camisola do FC Porto em 14 de Janeiro de 1940, em jogo da 1ª jornada do campeonato nacional, disputado no Campo da Constituição, frente ao Vitória de Setúbal, com goleada portista por 11-0. Kordnya contribuiu com três golos.

A segunda temporada não foi tão produtiva e na última fez apenas um jogo e para o campeonato regional do Porto,  em 12 de Outubro de 1941, frente ao Boavista, antes de regressar à sua terra natal.











Regressou em seguida ao HSK Concórdia onde jogou mais duas temporadas (1941/42 e 1942/43).

Kordnya foi internacional pelo seu país, somando 4 internacionalizações.

Fontes: Zero a Zero e Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar

domingo, 29 de dezembro de 2013

FABIANO, O DOMADOR DE LEÕES















FICHA DO JOGO

























Para quem ainda tivesse dúvidas quanto à competência ou falta dela, da actual equipa portista, o jogo de hoje em Alvalade teve o condão de as dissipar. A equipa de milhões foi vulgarizada pela equipa dos tostões. Esta é a primeira grande conclusão a tirar do desempenho de ambas as equipas, no jogo desta noite. A segunda é que só a classe e competência de Fabiano evitou uma derrota em Alvalade.

Paulo Fonseca apostou de início num onze titular com apenas três novidades: Fabiano, na baliza em vez de Helton; Herrera, no meio campo, em vez de Lucho e Ghilas, no eixo do ataque, em vez de Jackson.

Os portistas entraram bem na partida e criaram a primeira grande ocasião para marcar, por intermédio de Ghilas, que bem lançado na área por Alex Sandro, atirou por cima da barra.

Depois a exibição portista foi-se perdendo na incapacidade de ligar o jogo, com Carlos Eduardo muito apagado, Herrera a somar uma série de perdas de bola verdadeiramente inocentes com quase todos os companheiros a denotar falta de confiança, incapacidade para romper, para segurar a bola e para a entregar em boas condições. Alas improdutivos e a afunilar o jogo, falta de criatividade e muita incompetência nos movimentos mais basilares do futebol. Assim, fica difícil decidir um jogo a seu favor e muito menos quando pela frente aparece uma equipa de jovens ambiciosos, irrequietos, descomplexados, bem orientados e a praticar um futebol bem mais adulto, acutilante, criativo, ligado e ofensivo. 

E se na primeira parte os Dragões conseguiram de algum modo equilibrar a partida, apesar das constantes perdas de bola, erros primários e outros comprometedores, na segunda parte afundou-se numa mediocridade ainda mais assustadora, obrigando Fabiano a agigantar-se nos seus 1,97 metros, para manter inviolável a sua baliza.























Resultado feliz e lisonjeiro que envergonha qualquer portista consciente.

Resta acrescentar que o árbitro da partida esteve bem, mesmo na expulsão de Carlos Eduardo, apesar do «restolho» da alienada plateia leonina, que entrava em esteria sempre que um jogador da sua equipa se estatelava, mergulhava, era apanhado em fora de jogo, ou sempre que o árbitro apitava contra os seus interesses. Afinal, a doutrina do calimero na sua plenitude.

sábado, 28 de dezembro de 2013

DEPOIS DO NATAL, A "TAL" TAÇA!








De regresso às competições, após pausa natalícia, o FC Porto vai dar início à sua participação na famigerada Taça da Liga, competição que nunca venceu e que de algum modo  tem vindo a desvalorizar, em termos de prioridade dos seus objectivos.

O sorteio colocou os Dragões no Grupo B, com a companhia de Sporting, Penafiel e Marítimo.














A 1ª jornada vai levar os campeões nacionais ao reduto da equipa do Sporting, num jogo que se vai disputar amanhã.

O técnico portista Paulo Fonseca, não tendo outros compromissos a meio da semana, parece estar disposto a apostar numa equipa titular muito próxima das últimas que tem utilizado na principal competição nacional.

As principais ausências, na lista dos convocados, são a do guarda-redes Helton e a do médio Quintero, colmatadas por Bolat e Alex Sandro.

LISTA COMPLETA DOS CONVOCADOS




















EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: Taça da Liga 2013/14 - 1ª Jornada - Grupo B
PALCO DO JOGO: Estádio de Alvalade Séc XXI - Lisboa
DATA E HORA DO JOGO: Domingo, 29 de Dezembro de 2013, às 20:45 h
ÁRBITRO NOMEADO: Olegário Benquerença - A.F. Leiria
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: TVI

domingo, 22 de dezembro de 2013

UM SANTO E FELIZ NATAL A TODA A FAMÍLIA PORTISTA






















São os votos sinceros do responsável deste humilde espaço, que aproveita para agradecer o vosso simpático acompanhamento.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

CARLOS EDUARDO, A ESTRELA DE NATAL!















FICHA DO JOGO


























Nesta quadra natalícia azul e branca surgiu uma estrela que tem vindo a resplandecer de forma tão intensa que influiu positivamente nas exibições dos Dragões que passaram subitamente da mediocridade em que tinha mergulhado, para algo bem mais condizente com o prestígio e a responsabilidade de um verdadeiro tricampeão nacional. Carlos Eduardo voltou a ser titular, sem surpresa, e mais uma vez pegou na batuta,  comandando com maestria, a equipa portista para uma exibição colorida, tranquila, capaz, ambiciosa e goleadora.

O seu magnífico golo foi a cereja em cima do bolo, coroando mais uma exibição convincente e de classe. Temos homem!

A partida não foi fácil porque a equipa algarvia apresentou-se no Dragão com os seus blocos muito recuados, procurando retirar espaços à manobra ofensiva portista. As dificuldades de penetração forem bem visíveis durante grande parte da primeira parte muito por culpa da debilidade do último passe, de alguma incapacidade para gerar linhas de passe e até de alguma imobilidade de alguns atletas.

Coube a Mangala, hoje a lateral esquerdo, desbloquear o jogo, quando aos 30 minutos correspondeu de cabeça, com grande sentido de oportunidade, ao canto marcado por Carlos Eduardo, fazendo o primeiro da noite. 






















Já antes, Varela, Jackson e Licá tinham ameaçado o guardião Belec, que apesar de ter sofrido 4 golos, fez uma exibição soberba evitando que a goleada atingisse números escandalosos.

O intervalo chegou com a magra vantagem azul e branca, à conta do desperdício dos avançados portistas e da competência/sorte do guarda-redes algarvio.

No segundo tempo o FC Porto voltou a entrar a mandar no jogo e a procurar dilatar o marcador. O segundo golo voltou a surgir na sequência de mais um canto marcado por Carlos Eduardo para a cabeça de Jackson, que acertou com as redes, aos 53 minutos.






















Daí para a frente foi uma cavalgada em direcção à baliza contrária, com os jogadores portistas a desperdiçarem ocasiões flagrantes de golo. Carlos Eduardo, a estrela da noite, acabaria por fazer o gosto ao pé. Kelvin, que entrara a render Licá, sobre a esquerda, endossou a bola ao médio brasileiro que recebeu, levantou a cabeça, atirou colocado fazendo a bola descrever um arco e entrar ao ângulo, sem a mínima hipótese de defesa. Golo de execução soberba.






















Três minuto mais tarde, o mexicano Herrera, que tinha entrado para o lugar de Lucho, também apareceu inspirado e numa combinação com Jackson, atirou decidido, fazendo o quarto golo portista.
























Vitória gorda e bem conseguida iluminada pela estrela cintilante de Carlos Eduardo, que muito promete.




quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

QUEREMOS UM PORTO DE LUXO NESTE NATAL








Os campeões nacionais vão receber a equipa da Olhanense, uma das que se encontram nos últimos lugares da classificação da Liga, mas nem por isso se pode pensar em vida fácil no Dragão.





















A inclusão de Carlos Eduardo no meio campo portista proporcionou uma dinâmica mais interessante e mais clarividente, catapultando a equipa portista para um nível exibicional muito mais positivo pelo que Paulo Fonseca vai continuar a apostar na sua titularidade.

Na lista dos convocados para este jogo, sobressai o regresso de Mangala, cumprido que foi o castigo de 1 jogo, por acumulação de cartões amarelos e em sentido contrário, a ausência de Alex Sandro, agora ele castigado por ter visto o 5º amarelo.  De fora ficou ainda Diego Reyes, por opção técnica.

LISTA COMPLETA DOS CONVOCADOS




















EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: Liga Zon Sagres 2013/14 - 14ª Jornada
PALCO DO JOGO: Estádio do Dragão - Porto
DATA E HORA DO JOGO: Sexta-feira, 20 de Dezembro de 2013, às 19:00 h
ÁRBITRO NOMEADO: Hugo Miguel - A.F. Lisboa
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SportTvLive

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

GOLEADORES PORTISTA - Nº 35












Apontou 53 golos em 90 jogos disputados com a camisola do FC Porto, durante as 4 épocas em que representou este Clube (1971/72 a 1974/75).

Flávio Almeida Fonseca nasceu em 9 de Setembro de 1944, em Porto Alegre, Brasil. Desde criança alimentava o sonho de se tornar um goleador como alguns dos seus ídolos brasileiros da época e por isso foi praticando a modalidade num pequeno clube da sua terra natal, curiosamente chamado de Real Madrid de Porto Alegre, onde os seus dotes de concretizador de golos foram admirados pelo seu treinador, conhecido pelo «seu girafa» que o aconselhou a tentar a sua sorte na equipa de formação do SC Internacional.

No teste a que foi submetido nesse clube, em apenas 35 minutos, a sua capacidade goleadora funcionou por três vezes, dissipando quaisquer dúvidas quanto à sua valia. Ao lado da sua mãe assinou o seu primeiro contrato em 1961, fazendo parte do grupo que conquistou o estadual desse ano. Era então conhecido por Flávio bicudo.

Em 1963 Flávio teve a sua primeira convocatória para a Selecção nacional do Brasil, que se tornou habitual ao longo dessa década.

A sua cotação subiu em flecha e em 1964, depois de aturadas negociações, o avançado assinou pelo Corinthias, que já não vencia o estadual há dez anos. Com a camisola do timão, Flávio marcava, mas também perdia golos com a mesma facilidade e por isso, tão depressa era idolatrado como a seguir questionado.

Em 1969 transferiu-se para o Fluminense, logo se transformando num verdadeiro talismã para a torcida tricolor. A sua passagem por este clube proporcionou-lhe a conquista da Taça de Prata de 1970 e do campeonato carioca de 1971. Nesse período o avançado registou a impressionante marca de 92 golos em 115 partidas.

No Verão de 1971, Flávio foi negociado com o FC Porto e em pouco tempo conquistou a massa adepta portista, com os seus importantes golos.























Estreou-se oficialmente com a camisola do FC Porto, em 26 de Setembro de 1971, no Estádio das Antas, contra o Boavista, em jogo da 3ª jornada do Campeonato nacional 1971/72, apontando dois dos seis golos com que os Dragões venceram os axadrezados. Flávio demonstrou desde logo a sua apetência para o golo, realizando as duas primeira épocas com um bom índice de concretizações.

Contudo, nas duas restantes começou a perder influência e a ser pouco utilizado, talvez porque as saudades do seu Brasil lhe retiravam algum discernimento.












Regressou ao Brasil em 1975, sem ter conquistado qualquer título no FC Porto, para representar o SC Internacional, sagrando-se campeão gaúcho, campeão nacional do Brasil e  melhor marcador do campeonato nacional.

Em 1977 mudou-se para o SC Pelotas, voltando a ser o melhor marcador do campeonato gaúcho. Flávio teve ainda uma curta passagem pelo Santos, nesse ano.

Antes de pôr fim à sua longa carreira, ainda actuou no Figueirense FC, no Brasília FC e no Jorge Wilstermann da Bolívia.

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Blogue Tardes de Pacaembu.

domingo, 15 de dezembro de 2013

VITÓRIA SEM GRANDE BRILHANTISMO, MAS JUSTÍSSIMA















FICHA DO JOGO

























EQUIPA TITULAR























Da esquerda para a direita, em cima: Helton, Fernando, Maicon, Jackson Martinez, Danilo e Otamendi; Em baixo: Carlos Eduardo, Licá, Lucho Gonzalez, Alex Sandro e Silvestre Varela.

O FC Porto voltou às vitórias, fora de casa,  depois de dois empates (Estoril e Belenenses) e uma derrota (Académica), para o Campeonato nacional.

Paulo Fonseca apostou de início na inclusão de Carlos Eduardo, que muito prometera na segunda parte frente ao Braga, introduzindo ainda Licá, em vez de Josué e Otamendi, este por castigo de Mangala.

Os Dragões começaram o jogo como habitualmente, trocando a bola para trás e para os lados, sem grande progressão, com alguns lampejos para chegar à área da bem organizada defensiva do Rio Ave.

O marcador funcionou cedo, numa dessas tentativas, travada em falta sobre Carlos Eduardo, que caminhava rápido, sobre a esquerda, para área. O próprio apontou cruzado, com peso conta e medida para a cabeça de Maicon, que surgiu muito oportuno a fazer o primeiro golo estavam decorridos apenas 6 minutos de jogo.




















Tudo indicava que os azuis e brancos poderiam desde então tirar algum partido para uma gestão mais favorável do jogo, mas o seu futebol, apesar dos bons apontamentos de Carlos Eduardo, ia-se esbatendo na acostumada falta de ligação, nos constantes passes transviados e nas imbecis perdas de bola. Disso se aproveitou a equipa da casa para correr atrás do prejuízo. Aos 21 minutos, numa boa combinação ofensiva, o Rio Ave chegou ao empate, num lance corrido, bonito, bem congeminado e melhor concretizado, beneficiando de mais uma dessincronização defensiva (Maicon não foi rápido a sair para colocar Edimar em fora de jogo). 

Maicon voltou a subir mais alto na área contrária mas viu o seu golpe de cabeça esbarrar no ferro, enquanto  o Rio Ave desfrutou de mais uma boa ocasião para facturar, mas Helton defendeu superiormente o remate venenoso de Braga. O intervalo chegou com uma igualdade perfeitamente aceitável.

O segundo tempo mostrou um FC Porto mais esclarecido e mais dinâmico, ainda e sempre com Carlos Eduardo em bom plano. As oportunidade de golo apareceram com mais frequência e o  avolumar do resultado foi a sequência lógica dessa melhoria global. Assim, aos 51 minutos, Varela, depois de num belo e vistoso bailado sentar Lionn, cruzou perfeito (finalmente depois de ter tentado algumas vezes contra os defesas) para de cabeça, Jackson Martinez acertar com as redes. 























Cinco minutos depois, mais um magnífico passe de Carlos Eduardo para Licá atirar com perigo contra o guarda-redes contrário, desperdiçando uma bela oportunidade. Deveria ter chutado com o pé esquerdo em vez do direito.

O terceiro golo chegaria aos 82 minutos na sequência de um livre batido à entrada da área por Carlos Eduardo. A bola esbarrou na barreira, sobrou para Danilo que prontamente atirou violentamente para o fundo da baliza. Estava feito o resultado. 





















Danilo ainda haveria de pôr à prova o guardião vilacondense que brilhou defendendo mais uma bomba do lateral brasileiro.

Vitória certa e justa, numa exibição ainda assim sem grande brilhantismo, que mostrou o reconhecimento prático do regresso à utilização de apenas um trinco (Fernando), com Lucho um pouco mais na sua frente e com Carlos Eduardo não tão encostado a Jackson, permitindo-lhe deambular com relativa à vontade entre as faixas e as zonas interiores, garantindo assim uma dinâmica bem mais proveitosa.

Por tudo o que foi dito, o meu eleito para destaque na equipa portista é, naturalmente Carlos Eduardo.

sábado, 14 de dezembro de 2013

PERTO DO MAR PARA CONSERVAR O LUGAR?








Os campeões nacionais estão de regresso ao Campeonato nacional, agora na difícil deslocação a Vila do Conde, onde costumam perder pontos.

A equipa estará ansiosa, depois da derrota em Madrid, de corrigir esse resultado negativo e lutar dignamente pela obtenção de mais 3 pontos, para poder segurar o segundo lugar que actualmente ocupa. 






















Mas nem sempre querer é poder. Os azuis e brancos continuam a executar um futebol pouco acutilante e pouco profundo, perdendo-se na habitual posse de bola inconsequente, com passes para trás e para os lados, sem progressão, caindo de seguida em perdas de bola frequentes, algumas das quais comprometedoras, que têm feito mossa na baliza à guarda de Helton.

Paulo Fonseca acha que o problema se situa no fraco aproveitamento ofensivo e nas falhas defensivas, pelo que vai continuar a insistir nos seus conceitos, no seu sistema e nos mesmos atletas. Mais do mesmo, portanto!

Os regressos de Carlos Eduardo e Kelvin são as notas de destaque na lista de convocados, para este jogo, rendendo Mangala (a cumprir castigo por limite de cartões amarelos) e Ricardo (por opção técnica)

LISTA COMPLETA DOS CONVOCADOS




















EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: Liga Zon Sagres 2013/14 - 13ª Jornada
PALCO DO JOGO: Estádio dos Arcos - Vila do Conde
DATA E HORA DO JOGO: Domingo, 15 de Dezembro de 2013, às 20:15 h
ÁRBITRO NOMEADO: Bruno Esteves - A.F. Setúbal
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SportTv1

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

ECOS DA ELIMINAÇÃO DA CHAMPIONS LEAGUE

A recente eliminação do FC Porto, na fase de grupos da Champions League, esteve na base de umas das piores performances dos Dragões, na prova rainha da Europa, no formato actual, constituído à partida por oito grupos, com o apuramento dos dois primeiros de cada grupo para os oitavos-de-final, em vigor desde a temporada 2003/04, época em que os azuis e brancos se sagraram Campeões Europeus, na final em Gelsenkirchen.

De lá para cá,  os azuis e brancos só falharam a presença nesta prova na temporada de 2010/11, quando venceram em Dublin,  a final da Liga Europa. Qualificaram-se para os oitavos por 6 vezes, das quais uma vez, caíram nos quartos-de-final.

Por três vezes o FC Porto não passou da fase de grupos. Co Adrianse, Vítor Pereira e agora Paulo Fonseca foram os infelizes contemplados.














Os três «manquiteiros». Da esquerda para a direita: Co Adrianse, Vítor Pereira e Paulo Fonseca



O actual treinador livrou-se por uma unha negra de ostentar o pior registo, graças ao 4º lugar de Co Adrianse, em 2005/06, apesar de ter feito uma trajectória semelhante, como pode ser constatado no mapa abaixo














Resta acrescentar que na primeira época de Vítor Pereira já vigorava a entrada directa do 3º classificado de cada grupo para a Liga Europa, calhando ao FC Porto defrontar o Manchester City, com o FC Porto a averbar duas derrotas (1-2, no Dragão e 4-0 em Manchester).

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

EQUIPAS DO PASSADO - DÉCADA DE 90

ÉPOCA 1997/98

As últimas conquistas nacionais tinham deixado os responsáveis portistas e seus adeptos entusiasmados e ansiosos por mais uma época futebolística, cuja meta estabelecida passava pela manutenção da ambição e vontade férrea de voltar a ganhar.

O treinador António Oliveira manteve-se no comando da equipa técnica, avaliou o plantel e fizeram-se algumas aquisições. Oito portugueses e dois estrangeiros entraram como reforços, uns logo no inicio outros já no decorrer da época.

Rui Correia (ex-Braga) e Costinha (ex-Sporting), dois guarda-redes para tentarem fazer esquecer de vez Vítor Baía, um problema ainda não resolvido.

Secretário (ex-Real-Madrid), Neves (ex-Marítimo), Gaspar (ex-Setúbal), Capucho (ex-Guimarães), Kenedy (ex-Paris St. Germain) e Peixe (ex-Sporting), mais o brasileiro Doriva e o marroquino Chippo.






















O título começou a ser desenhado durante a primeira volta, altura em que os Dragões cimentaram uma vantagem confortável de 14 pontos, que lhes permitiu gerir as emoções na recta final do campeonato, onde perderam pontos inesperados que felizmente nunca foram aproveitados pela concorrência.























Equipa que à 2ª jornada derrotou o Belenenses, nas Antas, por 2-0. Da esquerda para a direita, em cima: Lula, Paulinho Santos, Capucho, Aloísio, Jardel e Rui Correia; Em baixo: Rui Barros, Fernando Mendes, Zahovic, Drulovic e Sérgio Conceição.


A primeira derrota só aconteceu à 19ª jornada, no Restelo frente ao Belenenses, por 1-0, num jogo em que os portistas tudo fizeram para ganhar mas não tiveram a sorte pelo seu lado, para além de terem de lutar contra uma arbitragem defeituosa de um "artista" chamado José Pratas. Na jornada seguinte nova derrota, na Reboleira, diante do Estrela da Amadora, por 3-2, com mais uma arbitragem escandalosa da autoria de Jorge Coroado. Era a ajuda tentada aos perseguidores que ganhavam novas esperanças de um campeonato relançado. Voltaria a perder mais três vezes: à 26ª jornada, em Alvalade por 2-0; na 32ª jornada, na Luz por 3-0 e na 34ª e última jornada no Funchal, frente ao Marítimo por 3-2. 






















Equipa titular no jogo da Luz, com derrota por 3-0. Da esquerda para a direita, em cima: Rui Correia, Lula, Kenedy, João Manuel Pinto, Capucho e Chippo; Em baixo: Doriva, Artur, Sérgio Conceição, Paulinho Santos e Rui Barros.

Foram 5 derrotas que no final deixaram os seus adversários directos a uma pequena distância de "apenas" 9 pontos do segundo, o Benfica e 18 pontos do terceiro, o Guimarães. O Sporting acabou em quarto lugar a 21 pontos!

O tetracampeonato foi garantido na 31ª jornada, nas Antas frente ao Boavista. O Estádio das Antas encheu numa prova de confiança dos adeptos que sempre acreditaram nas potencialidades da equipa e quiseram viver a festa. Queriam principalmente "in loco" presenciar um feito histórico só antes alcançado pelo Sporting entre 1950 e 1954.

Foi um grande jogo de campeonato, com festa, espectáculo e muitos golos. Sérgio Conceição foi o primeiro a abrir a contagem, Paulinho Santos de grande penalidade aumentou o pecúlio, Martelinho reduziu para 2-1, Zahovic apontou o terceiro e já em tempo de descontos o ex-dragão Timofte encerrou a contagem em 3-2.

Para não variar, o S. João assentaria arraiais na baixa portuense com dois meses de antecedência. O último jogo nas Antas foi o penúltimo do campeonato. O vizinho Salgueiros foi o visitante. Neste jogo, o FC Porto já com o título no bornal, proporcionou uma despedida carregada de golos, de modo a acentuar nos adeptos a vontade de ver a equipa rapidamente de regresso. Jardel foi a figura do encontro ao apontar cinco dos sete golos, cimentando a sua posição de artilheiro-mor do campeonato. Foi também neste jogo que se estrearam os ex-sportinguistas Costinha e Peixe.

O jogo na Madeira, já acima referido, encerrou um campeonato em que o FC Porto se confirmou como indiscutível e claro vencedor, apesar de um número de derrotas pouco vulgar, todas fora de portas já que nas Antas os azuis-e-brancos apenas consentiram um empate frente ao Sporting. Os Dragões concluíram com 77 pontos, averbando 24 vitórias, 5 empates e 5 derrotas. Foi o melhor ataque com 75 golos marcados, 26 dos quais marcados por Jardel e sofreu 38 golos, cotando-se como a sexta do campeonato! A falta de Baía era por demais evidente. Continuava a faltar um substituto à altura.

O comportamento da equipa do FC Porto, na Taça de Portugal, foi coroada de êxito, na tarde de 24 de Maio de 1998, no Estádio Nacional, com os jogadores portistas a erguerem mais um troféu.

A campanha começou no Estádio das Antas, frente ao Valonguense, da III Divisão, num jogo de sentido único, recheado de golos (8-0) e de futebol vistoso. Seguiu-se, ainda nas Antas, o Juventude de Évora, jogo marcado pela excelente exibição do goleador Mário Jardel, que só entrou depois do intervalo para estabelecer um recorde impressionante, a marcação de 7 golos em apenas 45 minutos. É obra! O resultado final foi de 9-1.

O sorteio colocou no caminho portista, o Maia, da II Divisão. O jogo disputado na Maia, acabou por revelar dificuldades inesperadas, com o resultado num surpreendente 4-4, no final do tempo regulamentar. Os Dragões decidiram a eliminatória a seu favor aos 27 minutos do prolongamento, com golo de Zahovic.

Nos quartos-de-final, o FC Porto foi a Freamunde carimbar o passaporte de acesso às meias-finais. A equipa local, da III Divisão,  não foi um adversário fácil e obrigou a equipa portista a um grande empenho para desenharem uma vitória por 4-0. Fácil também não foi o União de Leiria, adversário que se seguiu, que em sua casa se bateu com muita galhardia, tudo fazendo para tentar vencer o encontro. Os Dragões foram obrigados a trabalho suplementar, num verdadeiro jogo de Taça, com incerteza no marcador e necessidade de prolongamento. Mielcarski, aos 21 minutos desse prolongamento, sentenciou o destino da eliminatória. O resultado final de 2-3 garantia a presença portista na final.

A final entre o FC Porto e o Braga ficou para a história das grandes finais disputadas em Portugal. Duas equipas com elevada capacidade de sofrimento, fizeram uma entrega total ao jogo, construíram momentos de excepcional nível técnico e expressão plástica e provaram a razão pela qual o futebol é o maior espectáculo do mundo. 

Foi um jogo emocionante, com o FC Porto sempre em vantagem, muitas vezes dominador, altivo, e imponente na sua condição de favorito. A vitória por 3-1, assentou como uma luva na exibição de luxo portista, garantindo mais uma «dobradinha».

























Na foto a equipa que disputou a final da taça de Portugal. Em cima: João Manuel Pinto, Kenedy, Rui Correia, Aloísio e Jardel; Em baixo: Paulinho Santos, Zahovic, Drulovic, Doriva, Secretário e Sérgio Conceição.


A Supertaça Cândido de Oliveira voltou a ter honras de abertura da época. Disputada em duas mãos, coube ao FC Porto deslocar-se ao Estádio do Bessa, para esgrimir com o Boavista a 1ª Mão.

Os axadrezados apresentaram-se em estado de preparação bem mais adiantado e foi sem grande surpresa que conseguiu uma vitória tranquila, por 2-0, que no entanto deixava algumas esperanças para o jogo da 2ª Mão.

























Equipa titular, no Bessa, na 1ª Mão da Supertaça. Da esquerda para a direita, em cima: Lula, Jardel, Neves, João Manuel Pinto, Barroso e Rui Correia; Em baixo: Paulinho Santos, Sérgio Conceição, Rui Jorge, Rui Barros e Folha.

O jogo da segunda mão mostrou um FC Porto ambicioso e determinado em marcar o número de golos que revertesse o resultado desfavorável que trazia do Bessa. O início do jogo foi promissor, com um golo logo aos 7 minutos, por Fernando Mendes. Porém, muitas falhas na concretização e uma tremenda falta de sorte, associadas ao sistema ultra defensivo dos axadrezados, impediram que o FC Porto conseguisse o seu objectivo.

Em termos internacionais coube ao FC Porto integrar o Grupo D da Liga dos Campeões, juntamente com Olympiakos, Real Madrid e Rosenborg. Tendo em conta o desempenho portista na anterior edição, tudo indicava que os oitavos-de-final estariam perfeitamente ao alcance. Mas não foi assim. 

A primeira jornada levou o FC Porto até Atenas, para defrontar os gregos do Olympiakos. Sofrendo um golo logo aos 6 minutos, os azuis e brancos tomaram conta do jogo, dominaram, massacraram, mas sem acertar com o caminho para o golo, numa baliza superiormente defendida por Tchouroglou. O Olympikos marcou o golo e limitou-se a defender.


















Equipa titular em Atenas. Da esquerda para a direita, em cima: Sérgio Conceição, Rui Correia, Jardel, João Manuel Pinto, Aloísio e Folha; Em baixo: Zahovic, Drulovic, Rui Barros, Fernando Mendes e Paulinho Santos.

Na 2ª Jornada o FC Porto recebeu o todo poderoso Real Madrid. E como seria de prever, os campeões espanhóis passearam toda a sua classe pelo relvado das Antas, dominaram, estabeleceram os ritmos do jogo e marcaram (0-2) nos momentos decisivos. O FC Porto deu a réplica possível, mas a diferença de orçamento entre as duas equipas ficou bem evidente.






















Equipa titular, frente ao Real Madrid, nas Antas. Da esquerda para a direita, em cima: Kenedy, Barroso, Neves, João MAnuel Pinto, Aloísio e Rui Correia; Em baixo: Paulinho Santos, Rui Barros, Zahovic, Sérgio Conceição e Jardel.

Em condições climatéricas muito desfavoráveis, com muita neve e muito frio, o FC Porto não teve argumentos para o Rosenborg, no Estádio Lerkendal, em Trondheim. Derrota por 2-0, a terceira consecutiva na prova, numa exibição fraca.

Nas Antas, os Dragões deram a ideia que seriam capazes de concretizar a primeira vitória, mas deixaram-na escapar a dois minutos do fim, hipotecando quase definitivamente a possibilidade de se qualificar para a fase seguinte. Jardel marcou cedo, aos oito minutos e o FC Porto desde logo assumiu o comando do jogo, mas quando já ninguém esperava surgiu o golo do empate.

A primeira vitória aconteceria na 5ª jornada frente ao Olympiakos, nas Antas. Ainda assim os gregos voltaram a estar em vantagem no marcador, mas foi Sol de pouca dura. Os portistas reagiram bem, comandaram as operações e depois Jardel fez o resto, marcando os dois golos da equipa.

Na deslocação a Madrid, na última jornada, o FC Porto voltou a não ser feliz. Teve duas bolas no ferro, mostrou-se desinibido e ambicioso, mas a superioridade espanhola acabou por fazer a diferença. A derrota pesada de 4-0, não traduz a verdade do jogo.

O último lugar do grupo a 9 pontos do primeiro, diz bem da decepcionante participação portista.



































(Clicar no quadro para ampliar)

Nos 48 jogos oficiais, relativos às 4 provas em que o FC Porto esteve envolvido, a equipa técnica liderada por António Oliveira utilizou 30 atletas, aqui referenciados por ordem decrescente dessa utilização: Capucho (44 jogos), Drulovic (42), Jardel (41), Artur e Zahovic (40), Rui Correia e Sérgio Conceição (39), Aloísio (38), Paulinho Santos (37), Rui Barros (34), João Manuel Pinto (32), Fernando Mendes (28), Secretário (24), Folha (22), Chippo (20), Barroso (19), Jorge Costa (17), Doriva e Mielcarski(16), Kenedy (14), Gaspar (13), Rui Jorge (11), Neves (10), Costa (8), Lula e Butorovic (7), Eriksson (5), Hilário (4), Costinha e Peixe (1).

Fontes: Baú de Memórias, de Rui Anjos; Revista Dragões; Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar