quarta-feira, 28 de março de 2018

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 235













JORGE ANDRADE - Goleador Nº 235

Concretizou 4 golos em 84 participações oficiais com a camisola do FC Porto, nas duas temporadas ao seu serviço (2000/01 e 2001/02).

Jorge Manuel Almeida Gomes Andrade, nasceu no dia 9 de Abril de 1978, em Lisboa.

Tendo em conta tratar-se de um atleta que já mereceu destaque aqui neste blogue, na rubrica «INTERNACIONAIS PORTISTAS», editado em 12 de Setembro de 2011, cuja carreira foi então escalpelizada (pode recordar clicando aqui), vou apenas acrescentar pequenas curiosidades.

Chegado ao FC Porto no Verão de 2000, Jorge Andrade não foi aposta inicial de Fernando Santos, face à concorrência de Aloísio e Jorge Costa.

A sua primeira aparição oficial na equipa principal aconteceu no dia 30 de Outubro de 2000, no Estádio das Antas, frente ao Alverca, em jogo da 9ª jornada do Campeonato nacional, com goleada, por 6-0. O defesa central entrou aos 82 minutos, com o resultado em 5-0, indo ocupar o lugar de Paredes que jogava a «trinco».

Só a partir do fim de Dezembro é que se fixou como titular, mostrando todos as qualidades que seduziram os responsáveis portistas para o contratarem. Tornou-se um defesa de eleição, influente e ainda mais apreciado. Chegou à selecção nacional e a cobiça exterior não se fez esperar.

Curiosamente e ao contrário de outros centrais portistas, Jorge Andrade não era um predestinado na finalização. Fez apenas 4 golos, sendo que o primeiro, de azul e branco vestido, só apareceu muito próximo do final da época, mais precisamente no dia 22 de Abril de 2001, no jogo da 29ª jornada do Campeonato nacional, disputada no Estádio das Antas, frente ao Desportivo das Aves. Jorge Andrade fez o 2º dos 4 golos, com que o FC Porto derrotou o seu adversário, no minuto 36.

Antes de voltar a marcar, sagrar-se-ia vencedor da Taça de Portugal, frente ao Marítimo, no que seria o seu primeiro título conquistado no futebol profissional. A imagem que se segue é desse jogo da final:























Voltaria a marcar só no início da época seguinte e de forma decisiva, já que foi o autor do único golo do jogo da final da Supertaça Cândido de Oliveira, efectuado no Estádio dos Arcos, em Vila do Conde, frente ao vizinho Boavista, no dia 4 de Agosto de 2001.

Foi o início de uma temporada de sonho para o defesa portista, completamente senhor do lugar, tendo sido o jogador portista mais utilizado durante toda a época (52 jogos em todas as competições).

Marcaria mais dois golos, novamente contra o Boavista, desta vez para o Campeonato (2ª jornada, vitória por 4-1, nas Antas) e mais tarde, contra o Sporting, ainda para o Campeonato (18ª jornada, empate a 2 bolas, nas Antas).










A sua performance foi alvo de cobiça e inevitavelmente Jorge Andrade foi negociado para Espanha, passando a defender a camisola azul e branca, do Deportivo de La Coruña.

Foi uma passagem efémera pelo FC Porto, suficiente no entanto para granjear a admiração da maioria dos adeptos portistas.

Palmarés ao serviço do FC Porto (2 títulos):

1 Taça de Portugal 2000/01
1 Supertaça Cândido Oliveira 2000/01)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Zeroazero.pt

quarta-feira, 21 de março de 2018

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 234













PIZZI - Goleador Nº 234

Concretizou 4 golos em 16 participações oficiais, com a camisola do FC Porto, ao longo de apenas meia temporada ao seu serviço (2000/01)

Juan António Pizzi Torroija, nasceu no dia 7 de Junho de 1968, em Santa Fé, Argentina.

A sua ligação ao futebol de competição data de 1985/86, temporada em que fez parte dos juniores da equipa da sua terra natal, o Rosário Central, clube onde se tornou profissional e cuja camisola defendeu até à época de 1989/90, com a performance de 63 jogos e 30 golos marcados, na equipa principal e em três temporadas.

Seguiu-se uma experiência no México (1990/91), representando o Desportivo Toluca F.C., com o desempenho de 14 golos em 33 jogos.

Avançado possante, com raça, grande atitude, bom jogo de cabeça e muito perigoso nos movimentos curtos dentro da área, os seus serviços rapidamente foram requisitados em Espanha, para onde se deslocou na temporada de 1991/92, para defender o emblema do Tenerife.

Na Ilha das Canárias, Pizzi continuou a dar nas vistas, com 77 jogos e 38 golos, em duas temporadas (1991/92 e 1992/93), com passagem esporádica pelo Valência (1993/94) e regresso ao Tenerife para cumprir mais duas épocas (1994/95 e 1995/96), com 81 jogos e 51 golos. 

Tal performance entusiasmou o seleccionador nacional espanhol que o convidou a nacionalizar-se e a juntar-se à equipa que, entre outros jogos, participou na campanha de apuramento para o Campeonato da Europa de 1996.

Foi também alvo da cobiça do Barcelona, clube que representou em duas temporadas seguidas (1996/97 e 1997/98). Foi feliz na primeira (49 jogos/16 golos), mas menos produtivo na segunda (23 jogos/2 golos), o que o levou a regressar à Argentina.

River Plate (1998/99) e Rosário Central (1999/2000), foram os seus destinos, com desempenhos bem aceitáveis (35 jogos/11 golos e 36 jogos/24 golos, respectivamente).

Pizzi chegou ao FC Porto em 2000/2001, como ponta-de-lança consagrado por uma carreira de gabarito, especialmente no Tenerife e Barcelona, mas com o instinto goleador esmorecido em função da veterania e de algum condicionamento físico.

























A sua estreia oficial de Dragão ao peito aconteceu no dia 18 de Agosto de 2000, no Estádio das Antas, frente ao rival Benfica, em jogo da 1ª jornada do Campeonato nacional, com vitória portista, por 2-0.  Pizzi começou no banco de suplentes e só foi chamado ao jogo a partir do minuto 62, a substituir Domingos Paciência, já o resultado estava fixado.

Os primeiros dois golos, dos quatro que rubricou de azul e branco vestido, aconteceram um mês depois, mais precisamente no dia 18 de Setembro de 2000, no Estádio Capitão César Correia, em Campo Maior, frente ao Campomaiorense, em jogo da 4ª jornada do Campeonato nacional, com goleada portista por 5-0. Pizzi entrou aos 82 minutos, a render Pena, com o resultado em 3-0, marcando os dois golos finais, aos 89' e 90'.

Pizzi, então com 32 anos de idade, parecia lançado, mas não passou a ser mais do que uma aposta  do treinador Fernando Santos, nos instantes finais dos jogos, uma espécie de arma secreta, quando os resultados apertavam.

A imagem que se segue é do jogo frente ao Partizan, disputado em Belgrado, em jogo da 1ª mão, da 1ª eliminatória da Taça UEFA, realizado no dia 14 de Setembro de 2000, com empate a um golo, um dos raros encontros em que Pizzi foi titular e mesmo assim substituído aos 77 minutos:























Só voltaria a marcar mais uma vez para o Campeonato (9ª jornada, na goleada de 6-0 ao Alverca) e outra para a Taça de Portugal (2-1 ao Atlético).

Durante a janela de transferências do mercado de Inverno que se seguiu, Pizzi e o FC Porto chegaram a acordo, regressando ao clube da sua terra natal (Rosário Central), para jogar com mais regularidade.









A sua carreira de futebolista haveria de ser encerrada em Espanha, ao serviço do Villarreal, na temporada de 2001/02, dedicando-se depois à de treinador.

Palmarés ao serviço do FC Porto (1 título):

1 Taça de Portugal (2000/01)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e ZeroaZero.pt

sábado, 17 de março de 2018

NO DERBY PORTUENSE GANHOU O MAIS FORTE
















FICHA DO JOGO





























Depois da primeira derrota no campeonato, o jogo de hoje revestia-se de primordial importância já que nova perda de pontos implicaria a perda da liderança da prova.

O técnico portista tinha prometido um reacção positiva a esse desaire e promoveu três alterações no onze titular. André André, Jesús Corona e Majeed Waris, foram preteridos dando lugar a Maxi Pereira, Herrera e Otávio.























Os Dragões não poderiam ambicionar melhor começo, já que se colocaram em vantagem no marcador logo aos 2 minutos. Na sequência de um canto apontado por Sérgio Oliveira do lado direito do ataque portista, a bola foi afastada pela defesa boavisteira na direcção de Maxi Pereira, que recolheu o esférico devolvendo-a ao médio azul e branco para um novo cruzamento teleguiado correspondido com uma entrada fulgurante  de cabeça de Felipe, não dando qualquer hipótese de defesa ao guarda-redes axadrezado Vágner.























O golo precoce parecia antever algumas facilidades, mas não foi isso que aconteceu, bem pelo contrário. O Boavista empertigou-se mostrando que estava ali para vender muito cara a derrota e durante largos minutos da primeira parte deu uma réplica interessante, desinibida, lúcida, consistente, com laivos de classe, a colocar em apuros o último reduto portista. Renato Santos, aos 10 minutos, teve um remate acrobático, mas felizmente a bola saiu não muito longe do alvo.

A equipa portista tentou pôr fim a esse atrevimento e aos 14 minutos Felipe reeditou o «tiro» de cabeça que lhe dera o golo de abertura, mas desta vez Vágner correspondeu com uma defesa espectacular, mesmo em cima da linha fatal.

Cinco minutos depois foi Aboubakar a desperdiçar nova oportunidade. Maxi Pereira foi à linha final cruzar atrasado, o camaronês acorreu ao lance, encheu o pé e disparou, não suficientemente rápido para evitar o corte de Rossi. A bola ainda sobrou para Ricardo Pereira, mas o remate desastrado levou a bola para a bancada.

No final do primeiro tempo ficava a sensação que o FC Porto não conseguia impor o seu futebol demolidor habitual, sempre que joga em casa, face a um adversário muito competente, atrevido e consciente da valia técnica dos seus jogadores.

No recomeço, o FC Porto foi muito mais dominador, soube corrigir alguns desacertos da primeira parte e o seu adversário sofreu as consequências, raras vezes conseguindo atingir a mesma bitola. Menos consistente, menos confortável e mais errático, o Boavista viu o marcador dilatar em seu desfavor, precisamente num erro do seu guarda-redes que na tentativa de repor a bola com um passe para um dos seu defesas, fê-lo com tão pouca velocidade permitindo a intercepção de Herrera, bem colocado a fazer a pressão. O mexicano teve o mérito de estar concentrado, ser rápido a reagir, ganhar a bola e desfeitear com serenidade e classe o autor de tamanha oferta.























Outras boas ocasiões tiveram os azuis e brancos para aumentar a diferença, mas se tal não aconteceu foi apenas e só por evidente ineficácia na finalização.

Sérgio Oliveira ainda introduziu a bola, uma terceira vez, na baliza de Vágner, na marcação de uma grande penalidade a castigar jogada faltosa de Sparagna, no entanto o médio portista no momento do remate escorregou dando sem qualquer intencionalidade dois toques na bola, razão pela qual o golo foi invalidado.























Jogo bastante renhido, principalmente no primeiro tempo, com vencedor justo.

quarta-feira, 14 de março de 2018

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 233













RUI JORGE - Goleador Nº 233

Fez balançar as redes adversárias por 4 vezes, com a camisola da equipa principal do FC Porto, em jogos oficiais, durante as 6 temporadas ao seu serviço (1992/93 a 1997/98).

Rui Jorge de Sousa Dias Macedo de Oliveira, nasceu no dia 27 de Março de 1973, em Vila Nova de Gaia.

Começou nas escolinhas do FC Porto, com 9 anos de idade, tendo percorrido todos os escalões de formação até se tornar profissional, na temporada de 1991/92, época em que foi emprestado ao Rio Ave, então treinado por Augusto Inácio.

Regressaram ambos na temporada seguinte, com Inácio a coadjuvar o técnico brasileiro Carlos Alberto Silva.

























A sua estreia aconteceu no dia 27 de Dezembro de 1992, no Estádio das Antas, frente ao Juventude de Évora, em jogo a contar para a 5ª eliminatória da Taça de Portugal, com vitória portista, por 4-0. A foto que se segue documenta esse momento:























Defesa lateral esquerdo bastante ofensivo, Rui Jorge foi-se impondo aos poucos tendo como períodos de maior fulgor, as temporadas  de 1993/94 e 1995/96, que lhe valeu a primeira internacionalização A, das 45 conseguidas ao longo da sua carreira (ver aqui).

O seu primeiro golo de Dragão ao peito foi alcançado no dia 24 de Novembro de 1993, no Estádio das Antas, frente ao Werder Bremen, em jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões, com vitória portista, por 3-2. Rui Jorge seria o autor do 2º golo portista, aos 34 minutos.

Nessa mesma temporada apontaria o seu segundo golo no último jogo da época, mais precisamente, no dia 10 de Junho de 1994. Foi na finalíssima da Taça de Portugal, disputada no Jamor, após o empate sem golos, ao fim do prolongamento, na final, realizada 5 dias antes. Também foi necessário recorrer ao prolongamento e só aí foi possível encontrar o vencedor do troféu. Rui Jorge abriu o activo aos 35 minutos, mas o sportinguista Vujacic empatou 20 minutos depois. No prolongamento Aloísio, de grande penalidade, resolveu a contenda.

O promissor lateral portista só voltaria a marcar, em dose dupla, em 26 de Novembro de 1995, novamente no Estádio das Antas, contra o Marítimo, em jogo da jornada 12 do Campeonato nacional, cujo resultado terminou com uma goleada, por 6-0. Rui Jorge abriu a contagem aos 26 minutos e repetiria a dose no minuto 70, fazendo então o 4-0.

Acabaria por perder o protagonismo a partir de 1996, altura em que o treinador António Oliveira pegou na equipa e apostou num atleta com outra maturidade competitiva no aspecto defensivo, de seu nome Fernando Mendes. O treinador chegou a colocá-lo mais tarde como médio ala esquerdo, mas as experiências saíram goradas, tendo a sua dispensa ficado consumada depois da festa do tetra-campeonato.













Acabou envolvido num negócio de troca de jogadores com o Sporting, juntamente com Bino, que rumaram a Alvalade, enquanto em sentido contrário chegavam Peixe e o guarda-redes Costinha.

Seria mesmo no clube da capital que Rui Jorge se projectaria como defesa de grande nível, corrigindo os seus defeitos defensivos, tornando-o num dos eleitos do seleccionador nacional.

Em Alvalade jogou ao mais alto nível durante 7 temporadas (1998/99 a 2004/2005) e terminaria a sua carreira de futebolista na temporada de 2005/06, na defesa da camisola do Belenenses.

Seguiu-se a de treinador.

Palmarés ao serviço do FC Porto (9 títulos):

5 Campeonatos nacionais (1992/93 e o tetra-campeonato de 1994/95 a 1997/98)
2 Taças de Portugal (1993/94 e 1997/98)
2 Supertaças Cândido de Oliveira (1993/94 e 1995/96)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e ZeroaZero.pt

domingo, 11 de março de 2018

ENGOLIDOS PELA LAMA, PELA CHUVA, PELO ANTI-JOGO, PELA INCAPACIDADE PRÓPRIA E PELO «HABILIDOSO»

















FICHA DO JOGO






























O FC Porto conheceu hoje o amargo sabor da derrota,  ao fim de 35 jogos das competições nacionais e ao 26º jogo da Liga NOS.

Mais uma vez com limitações para formar o onze principal, decorrente de uma série de jogadores lesionados (Alex Telles, Danilo Pereira, Marega e Soares) a que se juntou o castigado Herrera, Sérgio Conceição recuperou Ricardo Pereira, Ivan Marcano, Sérgio Oliveira e Brahimi, relativamente à anterior partida em Liverpool.
























Num terreno muito fustigado e com alguns charcos, bastante vento e muita chuva, os Dragões manifestaram imensos problemas de adaptação a estas condições do terreno e climatéricas que impediram a prática do seu habitual futebol fluído, criterioso e lúcido.

Cedo se percebeu esse desconforto, razão pelo qual a exibição portista não passou de uma gritante mediocridade, que a turma da casa soube explorar de forma engenhosa, despudorada e excessivamente anti-desportiva, recorrendo às formas mais primárias e ridículas de queimar tempo, com atletas a passarem mais tempo esticados no terreno do que em pé, tudo isto com a complacência do «apitador da treta». Os cartões só foram mostrados no tempo de descontos e muito timidamente.

O espectáculo, por todas estas razões saiu defraudado, constituindo um insulto ao futebol, com as maiores culpas a recaírem obviamente nos azuis e brancos, tendo em conta o seu maior poderio, responsabilidade e ambição, por não terem sido capazes de contornar, como é da obrigação de um verdadeiro candidato ao título, todos estes obstáculos.

A perder desde o minuto 34, num lance em que a defensiva portista se deixou surpreender, a equipa portista não foi capaz de materializar alguns lances mais prometedores, por manifesta falta de discernimento e eficácia, falhando inclusivamente uma grande penalidade.





















Enfim, noite negra do futebol portista, que apesar disso não abala a convicção de atingir o objectivo.

quinta-feira, 8 de março de 2018

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 232













BINO - Goleador Nº 232

Apontou 4 golos em 35 participações oficiais, com a camisola da equipa principal do FC Porto, durante as 4 temporadas em que esteve ao seu serviço (1990/91, 1992/93, 1995/96 e 1996/97).

Manuel Albino Morim Maçães (Bino), nasceu no dia 19 de Dezembro de 1972, na Póvoa de Varzim. Começou a sua carreira de futebolista nas escolas de formação do clube mais representativo da sua terra natal, o Varzim Sport Clube, em 1983/84. 

Transitou para o FC Porto na temporada de 1987/88 para se juntar à equipa de juvenis, clube onde concluiu a formação, na temporada de 1990/91 e se tornou profissional.

























Terminado o seu percurso no futebol jovem, foi integrado no plantel principal, sob a orientação técnica de Artur Jorge na temporada de 1990/91. Raras vezes escolhido para fazer parte da ficha do jogo, Bino acabou por se estrear no dia 30 de Março de 1991, no Estádio das Antas frente ao Sporting de Braga, em jogo da 29ª jornada do Campeonato nacional, com vitória portista por 2-0. O médio portista saiu então do banco para cumprir toda a segunda parte, tendo substituído Semedo.

Na temporada seguinte foi emprestado ao Rio Ave, onde com a regularidade de utilização pode mostrar as suas reais capacidades, participando em 33 jogos e 11 golos apontados.

Regressou às Antas na temporada de 1992/93, agora sob o comando técnico do brasileiro Carlos Alberto Silva, mas também não foi muito feliz. Participou em 7 jogos (4 deles na Liga dos Campeões), tendo apontado os seus primeiros golos, ambos no dia 26 de Setembro de 1992, frente ao FC Famalicão, jogado no Estádio Municipal de Coimbra (casa emprestada aos famalicenses), a contar para a 6ª jornada do Campeonato nacional, com vitória portista, por 3-0. Bino foi chamado ao jogo a partir do minuto 67, a substituir António Carlos, quando os Dragões venciam por 1-0, facturando aos 83 e 90 minutos.

Para o Campeonato apenas jogaria mais uma vez, na 30ª jornada, o suficiente para se sagrar Campeão nacional.

Face à sua pouca utilização, Bino voltou a ser emprestado, agora duas temporadas consecutivas. Primeiro ao Salgueiros (1993/94 - 35 jogos/2 golos) e depois ao Belenenses (1994/95 - 27 jogos/2 golos).

Novo regresso em 1995/96, às ordens de Sir Bobby Robson, para fazer a sua melhor época de Dragão ao peito (23 jogos/2 golos), conquistando o seu segundo título nacional.

A imagem que se segue ilustra a sua titularidade no dia 20 de Abril de 1996, no Estádio Abel Alves Figueiredo, em Santo Tirso, frente ao Tirsense, em jogo da 31ª jornada do Campeonato nacional, com vitória portista, por 4-2.
























Na temporada seguinte (1996/97), agora com António Oliveira como treinador, Bino perdeu o pouco protagonismo que tinha conquistado e foi utilizado episodicamente, cumprindo apenas 4 participações, uma em cada prova e no final da temporada aconteceu o inevitável, mais um empréstimo.












Funchal foi o destino, para defender a camisola do Marítimo. Foram uma temporada e meia em que conseguiu mostrar as suas potencialidades que no entanto não convenceram o novo técnico portista, Fernando Santos, acabando por servir de moeda de troca, juntamente com Rui Jorge, para a aquisição dos sportinguistas Peixe e Costinha.

Em Alvalade cumpriu 3 temporadas (de 1998/99 a 2000/01), passando depois pelo Tenerife (2001/02 e 2002/03), regresso ao Marítimo (2003/04 e 2004/05) e finalmente o Moreirense (2005/06 a 2008/09), terminando aí a sua carreira de futebolista com 3 internacionalizações A, começando mais tarde a de treinador, passando pelas camadas jovens do FC Porto.

Palmarés ao serviço do FC Porto (4 títulos):

3 Campeonatos nacionais (1992/93, 1995/96 e 1996/97)
1 Supertaça Cândido de Oliveira (1995/96)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e ZeroaZero.pt

terça-feira, 6 de março de 2018

DEFENDIDA A HONRA


















FICHA DO JOGO






























Com a eliminatória já resolvida a favor dos ingleses em função da goleada sofrida no Dragão, o FC Porto pisou o relvado de Anfield Road com grande dose de pragmatismo, aceitando a superioridade do adversário, ao ponto de actuar com todas as cautelas defensivas possíveis.

Sérgio Conceição, pelas limitações conhecidas a que somou alguma gestão, fazendo descansar alguns dos habituais titulares disponíveis, promoveu dez alterações, em relação ao jogo da 1ª mão. Só Diego Reyes foi titular nos dois jogos. Destaque para a utilização, em estreia absoluta na equipa principal, do jovem médio da equipa B, Bruno Costa e para os regressos à titularidade de Jesús Corona e Aboubakar.

























Perante adversário tão poderoso, os Dragões enveredaram por um jogo mais controlado, mais seguro e por isso com menos erros, salvaguardando de algum modo o descalabro da 1ª mão.  

Tal atitude provocou incomparavelmente menos capacidade ofensiva, contando-se pelos dedos de uma mão as saídas organizadas  com remates à baliza e quase uma nulidade de oportunidades sérias criadas, durante todo o jogo.

O Liverpool também não foi muito agressivo, apesar de não ter feito muitas mexidas no seu onze inicial, jogando com o resultado conseguido no Dragão. Mesmo assim, tentou obviamente vencer este encontro, mas não foi capaz de criar mais de duas boas ocasiões para marcar, uma das quais com a bola a esbarrar no ferro da baliza de Casillas.

Foi portanto um jogo de muitas expectativas, relativamente ao comportamento da turma liderada por Sérgio Conceição, que conseguiu rectificar a má imagem da 1ª mão, mostrando principalmente nos últimos 15 minutos da partida, que esta eliminatória podia e devia ter sido bem mais equilibrada.

Parabéns para o comportamento dos cerca de 3 mil apoiantes portistas que nunca se calaram durante a partida, dando um exemplo fantástico e admirável, muito apreciado pelos nossos adversários de hoje.




















Agora, afastados dos grandes palcos europeus, EU QUERO O PORTO CAMPEÃO!!!!

domingo, 4 de março de 2018

RETOQUES NO PLANTEL 2017/18 (MERCADO DE INVERNO)

O FC Porto, fez mais uma vez, apenas uns pequenos retoques no seu plantel principal, na última janela de transferências, sinal de que a temporada foi previamente preparada com bastante rigor e competência.

Deste modo, a Administração da SAD, em consonância com o Staff técnico, decidiram emprestar dois atletas, o guarda-redes João Costa e o defesa Miguel Layún e apenas recorreram ao mercado para obter por empréstimo 1 defesa central, 1 médio e 1 avançado, fazendo regressar um avançado seu que se encontrava emprestado.

SAÍDAS























ENTRADAS















Sérgio Conceição fica agora com 27 atletas à sua disposição para atacar este final de época, que se espera de sucesso.

























Resta desejar muito boa sorte, contra tudo e contra todos.

sexta-feira, 2 de março de 2018

VITÓRIA DA EFICÁCIA
















FICHA DO JOGO





























A vitória frente a um dos candidatos foi ouro sobre azul. Num jogo muito equilibrado, muito mais que nos 3 confrontos anteriores desta época entre as duas equipas, o FC Porto conseguiu ser mais eficaz e com isso garantir um triunfo importante na corrida para o título.

Sérgio Conceição voltou a ser obrigado a alterar o onze titular em função da lesão recente de Soares, elegendo Gonçalo Paciência para o substituir.























Entrada autoritária do FC Porto que durou cerca de 15 minutos, esbanjando um ocasião clara de golo. Canto do lado direito, bola a ressaltar para o remate de Marega contra o poste e a voltar a si, com nova tentativa de cabeça e desta vez a ser cortada em cima da linha de baliza.

Seguiu-se depois um período em que a equipa leonina conseguiu equilibrar a partida e criar algum perigo junto da baliza de Casillas. Aos 17 minutos lance discutível na área portista, entre Dalot e Doumbia, analisado pelo árbitro da partida com recurso ao monitor instalado perto do relvado, considerado normal.

Aos 21 minutos o mesmo Doumbia voltou a surgir com perigo na cara de Casillas, mas o guardião portista desfez o lance com autoridade.

O FC Porto respondeu 5 minutos depois com um grande passe de Gonçalo Paciência a lançar Marega. O maliano fugiu pela direita rumo à baliza e na cara de Patrício rematou cruzado com a bola a sair rente ao poste mais distante, desperdiçando mais uma oportunidade soberana.

Aos 28 minutos os Dragões chegaram à vantagem no marcador. Canto do lado esquerdo cobrado por Sérgio Oliveira, Patrício socou para a direita, junto do bico da área Herrera recolheu, colocou em Maxi desmarcando-se para recolher a tabela mais à frente, onde cruzou com peso, conta e medida para a entrada fulgurante de Ivan Marcano que rematou de cabeça, sem hipóteses de defesa.





















Poucos minutos depois, Diogo Dalot não desistiu de uma bola lançada em profundidade, conseguindo domina-la mesmo em cima da linha de cabeceira, cruzando de seguida para Gonçalo rematar de pronto, com a bola a sair contra as malhas laterais.

O FC Porto voltava a estar por cima no controlo do jogo, mas foi o Sporting a conseguir o golo do empate. Perda de bola a meio campo de Brahimi, que parece ter sido carregado por Bryan Ruiz, a bola sobrou para William Carvalho que tocou para Ruiz, com este a lançar o recém entrado Rafael Leão. O jovem avançado sportinguista surgiu entre Dalot e Marcano, mas mais rápido rematou certeiro, restituindo a igualdade ao marcador, já em cima do tempo de descontos para o intervalo.

No regresso dos balneários a equipa azul e branca voltou determinada e aos 49 minutos Brahimi, com toda a classe que o caracteriza concretizou o golo da vitória portista. Lançamento de Otávio para Gonçalo Paciência sobre a direita, condução de bola pelo avançado quase até à linha de fundo, vencendo a oposição de Mathieu com cruzamento atrasado, Sérgio Oliveira deixou a bola passar na direcção de Brahimi e o resto foi uma obra de arte do argelino. Bola penteada com o pé direito para o pé esquerdo, seguido de remate triunfante, batendo o impotente Patrício.





















A vencer, o FC Porto baixou a intensidade e disso se aproveitou a equipa adversária para voltar a dominar a partida. Coates e Bryan Ruiz surgiram na área portista a cabecear com perigo mas sem direcção, mas o FC Porto reagiu aos 79 minutos com a bola a ser cortada in-extremis por Battaglia, em cima da linha de baliza.

No minuto seguinte Marega teve de ser substituído por lesão. Sérgio Conceição preferiu meter mais um defesa e o eleito foi Diego Reyes.

Desta substituição resultou um baixar do bloco portista, permitindo ao Sporting jogar mais perto da área azul e branca. Casillas teve de desfazer com alguma sorte um lance junto ao poste e aos 89 minutos Rafael Leão falhou de forma quase escandalosa o golo do empate.

No final sobrou um bom jogo de futebol, marcado pelo equilíbrio entre dois candidatos, e uma vitória da equipa que melhor soube aproveitar as oportunidades de golo criadas.