FICHA DO JOGO
Ainda não
foi desta que o FC Porto venceu um jogo em casa, nas provas europeias e mais
uma vez por sua responsabilidade exclusiva. Falhar defensivamente com lances
caricatos foi novamente a pena capital que pode ter determinado o afastamento
prematuro desta prova.
Da esquerda para a direita, em cima: Helton, Fernando, Maicon, Mangala, Jackson Martinez e Danilo; Em baixo: Quaresma, Herrera, Josué, Alex Sandro e Silvestre Varela.
A equipa em que Paulo Fonseca apostou, de forma consensual, entrou bem no jogo e conseguiu fazer uma exibição agradável na maior parte do jogo, só comprometendo nos vinte minutos finais, quando tinha já uma vantagem confortável de dois golos e não era previsível um desfecho tão comprometedor.
A
exibição portista até então tinha sido razoável, com alguns bons momentos de
futebol, algumas boas oportunidades para conseguir mais golos, mas ainda assim
com demasiadas perdas de bola, principalmente nas acções ofensivas. Os alemães
apenas por uma vez obrigaram Helton a aplicar-se.
Apesar do
domínio quase territorial dos azuis e brancos, o golo só surgiria quase em cima
do intervalo, num golpe de magia do incontornável Ricardo Quaresma. O extremo
portista roubou a bola a um defesa germânico, junto à linha lateral, do lado
esquerdo, fez um movimento interior e de fora da área rematou em arco, com o pé
direito, fazendo a bola sobrevoar até ao segundo poste, onde ainda bateu,
ressaltando para o interior das redes, sob o
olhar estupefacto do guarda-redes contrário, impotente para
eliminar esta autêntica obra de arte. Estava conseguido o mais importante e
logo a seguir o apito do árbitro para o intervalo.
Os Dragões regressaram com a mesma atitude mas com menos velocidade, permitindo algumas incursões atacantes dos jogadores do Eintracht. Mas foi o FC Porto a criar novas oportunidades de golo com Jackson Martinez muito perdulário a enjeitar duas ou três boas ocasiões. O 2º golo apareceria como corolário do maior pendor ofensivo portista. Livre cobrado a meio campo, sob a direita, por Quaresma, Jackson, no limite da área cabeceou para a pequena área, surgindo Maicon a transformar o seu remate deficiente numa assistência perfeita para a entrada oportuna de Varela que atirou com eficácia.
Com dois golos de vantagem, Paulo Fonseca decidiu fazer a primeira alteração trocando Josué por Carlos Eduardo. O médio brasileiro entrou sem ritmo e pouco activo. O jogo parecia controlado e decidido, mas em apenas cinco minutos a defesa portista, com dois erros de palmatória, que a este nível não pode cometer, ofereceu o empate ao adversário. Primeiro foi Mangala que ao aliviar mal a bola da área a colocou redondinha para o remate pronto e certeiro de Joselu reduzir para 2-1, depois, na sequência de um canto, Mangala saltou mais alto mas cabeceou fraco para a sua baliza, surpreendendo Helton. O guardião em vez de socar forte apenas sacudiu a bola quase em cima da linha fatal onde estavam dois jogadores adversários e Alex Sandro. O defesa portista, desajeitada e precipitadamente introduziu a bola na própria baliza, entregando o ouro ao bandido.
Já em tempo de desconto Ghilas enjeitou o golo da vitória.
Destaques para Herrera e Quaresma, sem dúvida os melhores elementos portistas.
Os
Dragões vão agora à Alemanha com um resultado desfavorável e com a obrigação de
vencer, isto se ambicionarem continuar na prova.
Desta vez
Paulo Fonseca é o menos culpado, pois ninguém resiste a falhas tão clamorosas!
ResponderEliminarcaro Rui,
no fundamental:
penso que ganhámos todos com a exibição desta Quinta-feira, i.e., que, nos dias que correm, o nosso Portismo está a ser testado diariamente.
teremos que ser fortes o suficiente para sucumbir à «gloriosa» tentação de passarmos a duvidar de tudo e de todos no nosso clube do coração.
somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
abr@ços
Miguel | Tomo II