quinta-feira, 30 de junho de 2011

REGRESSO AO TRABALHO

O FC Porto regressou hoje ao Centro de Treinos e Formação Desportiva Porto/Gaia, no Olival, para dar o pontapé de saída na pré-época 2011/2012.

Conduzidos pela nova equipa técnica, comandada por Vítor Pereira, os 22 jogadores que hoje se apresentaram, com saliência para as presenças de duas caras novas (Bracali e Kelvin), dois regressados após empréstimo (Addy e Castro), a integração de dois ex-júniores (David e Christian) e ainda de dois sub19 (Kadú e Tiago Ferreira, submeteram-se a um ensaio matinal, estando a tarde reservada para exames médicos.
Na imagem a nova equipa técnica, da esquerda para a direita: José Semedo, Rui Quintas, Vítor Pereira, Filipe Almeida e Wil Coort

Estiveram ainda presentes, para além dos atletas referidos, Beto, Helton, Maicon, Otamendi, Emídio Rafael, Sapunaru, Sereno, Tiago Ferreira, Belluschi, Fernando, Rúben Micael, Souza, Hulk, James Rodríguez e Walter.

Registaram-se as ausências de Álvaro Pereira, Christian Rodríguez, Falcao, Guarín e Iturbe, todos ao serviço das respectivas selecções e ainda de Rolando Moutinho e Fucile, ainda de férias.

Fonte: Site oficial do FC Porto

segunda-feira, 27 de junho de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 80) - PARTE V

José Semedo - 74º internacional: Vestiu a camisola das quinas por 21 vezes, todas ao serviço do FC Porto e marcou 2 golos. Estreou-se na Selecção nacional em 25 de Janeiro de 1989, com uma vitória (2-1) frente à Grécia, em Atenas, num jogo particular.

Natural de Ovar, começou a sua carreira de futebolista com 13 anos, no S.C. Esmoriz, passou pelo G.D. Feirense de onde transitou para os juvenis do FC Porto, em 1980/81. Foi Pedroto que o lançou na equipa sénior, na época de 1983/84, tendo-se fixado no plantel durante treze épocas a fio.

Médio cerebral, elegante e dos mais criativos, teve sempre contra si algumas debilidades físicas que contrariaram a sua normal evolução, conseguindo ainda assim, superar uma série de lesões, algumas graves. Talvez por isso, Semedo evitava as jogadas de choque custando-lhe a incompreensão de uma parte da massa associativa, tornando-o num «patinho feio».

Foi Campeão nacional por 8 vezes, ganhou 4 Taças de Portugal e 7 Supertaças nacionais. Conquistou ainda 1 Taça dos Clubes Campeões Europeus, 1 Taça Intercontinental e 1 Supertaça Europeia.

Na temporada de 1996/97 mudou-se para o S.C. Salgueiros onde jogou mais 3 épocas, até terminar a carreira.

Rui Águas - 75º internacional: Com 31 internacionalizações (1 Pelo Portimonense, 6 pelo Benfica e 26 pelo FC Porto) e 10 golos marcados, estreou-se em 3 de Abril de 1985, ainda como jogador do Portimonense, num particular Itália-Portugal, com derrota por 2-0. Enquanto jogador do FC Porto, a sua primeira aparição na Selecção aconteceu em 29 de Março de 1989, num jogo particular, em que Portugal goleou a sua congénere angolana por 6-0.

Natural de Lisboa, iniciou a sua formação no Benfica, passou pelos júniores do Sporting, jogando ainda no Sesimbra e no Portimonense, antes de voltar ao Benfica.

Em 1988/89 assinou pelo FC Porto, numa resposta de Pinto da Costa, à contratação, pelo clube lisboeta, de Ademir que jogava no V. Guimarães e era pretendido nas Antas.

Rui Águas nunca se libertou do melancolismo que o caracterizava, durante as duas épocas que vestiu de azul e branco. o ex-ponta-de-lança do Benfica acusou a mudança nunca se adaptando à cidade Invicta. Ainda assim, acabou por ser o melhor marcador do FC Porto em ambas as épocas. Na primeira marcou 13 golos no Campeonato nacional, enquanto no ano seguinte, a sua veia goleadora ficou marcada pelos 17 golos marcados (2º melhor artilheiro do campeonato), contribuindo para o regresso do FC Porto ao título de Campeão nacional.

Enquanto jogador do FC Porto venceu 1 Campeonato nacional e 1 Supertaça Cândido de Oliveira.

Domingos Paciência - 76º internacional: Vestiu a camisola da Selecção nacional por 34 vezes (32 pelo FC Porto e 2 pelo Tenerife) e marcou 9 golos. Estreou-se a 29 de Março de 1989, no particular Portugal-Angola, jogado em Lisboa, com goleada por 6-0.

Natural de Leça da Palmeira, chegou ao FC Porto aos 13 anos de idade, na companhia do amigo Vítor Baía. De corpo franzino mas dotado de apuro técnico, dos mais evoluídos de sempre entre os jogadores portugueses, foi intensamente trabalhado pelo departamento do futebol juvenil do FC Porto para ganhar massa muscular e estrutura física, colmatando de algum modo essa enorme debilidade.

Domingos estreou-se nos seniores num particular, em Itália contra o Foggia, em 15 de Agosto de 1987, mas só a 13 de Abril de 1988 fez o seu primeiro jogo oficial pelos azuis e brancos, contra o Elvas, entrando aos 64' e apontando o quarto e último golo da equipa, numa recarga oportuna.

Domingos era um verdadeiro ponta-de-lança e simultâneamente um jogador de qualidade técnica notável que lhe permitia jogar nas alas, quando necessário. Possuía drible fácil e estonteante, bom jogo de cabeça, remate colocado e espontâneo, pensava e executava rapidamente.

Nas 12 épocas em que jogou pelo FC Porto, tornou-se num dos principais goleadores, ainda que não tivesse conseguido ser um titular indiscutível em algumas épocas. Depois de, em 1990/91 ter marcado 24 golos e ter perdido a Bola de Prata para Rui Águas, a quem foi contabilizado um golo fantasma, conseguiu na época de 1995/96 o seu melhor registo na Liga, com 25 golos em 29 jogos (seis dos quais incompletos), ganhando finalmente a Bola de Prata bem como o prémio de melhor jogador desse Campeonato. Em 1996/97, com a chegada de Mário Jardel e uma série de arreliadoras lesões, marcou apenas 3 golos, terminando a sua primeira ligação ao FC Porto, partindo para Espanha para representar o Tenerife.

Dois anos depois regressou ao FC Porto (apesar do assédio do Sporting) não conseguindo atingir o brilhantismo anterior. Depois de 163 jogos ao serviço dos Dragões, com 106 golos apontados, Domingos coleccionou 7 Campeonatos nacionais, 5 Taças de Portugal e 6 Supertaças. Foi distinguido com o «Dragão de Ouro», em 1988 como «Atleta do Ano» e em 1990, como «Futebolista do Ano».

Pôs fim à carreira de jogador no final da época de 2000/01 para abraçar a carreira de treinador.

MAPA RESUMO DA DÉCADA DE OITENTA
(Continua)

Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras e Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

RECORDAR É VIVER

Hoje trago a esta rubrica os cartões de sócio mais contemporâneos. Os dos anos 2000.
Frente e verso do cartão de sócio da primeira metade da década

Cartão sem grandes alterações em relação ao anterior.

Já os da 2ª metade da década, esses sim, sofreram importantes alterações.

A primeira foi a distinção da longevidade dos sócios: Sócios até 24 anos de filiação, cartão azul:
Sócios entre 25 e 49 anos de filiação, cartão prateado
Sócios a partir de 50 anos de filiação, cartão dourado
Para além deste pormenor, O FC Porto acertou, descontos directos na compra de artigos, dos parceiros comerciais (Norauto e Gamobar) e descontos em conta corrente, com os parceiros Institucionais (Dragão Mobile, Dragão Seguro, Cartão Visa FC Porto/BPI, Repsol, Meo e Superbock) permitindo a utilização do saldo, para abatimento no pagamento de quotas.

terça-feira, 21 de junho de 2011

VÍTOR PEREIRA - O TREINADOR QUE SE SEGUE!

Vítor Pereira é o novo treinador do FC Porto. Adjunto na anterior equipa técnica, assume agora o comando,   assinando um contrato válido por duas épocas,  com inicio imediato de funções.

No final da próxima época estará no Real Madrid!...

GOODBYE QUE EU GOOD FICO!

O FC Porto anunciou hoje à CMVM a intenção de André Villas-Boas sair do comando técnico dos Dragões.

O treinador notificou a Sad portista da intenção de rescindir unilateralmente o contrato entre as duas partes, accionando de imediato a cláusula de rescisão. O FC Porto considerará o contrato de trabalho resolvido quando for depositada a quantia nele prevista.

Ver comunicado aqui.

A força do dinheiro sobrepôs-se ao propalado amor clubista, fazendo com que André Villas-Boas se deixasse cair da sua «cadeira do poder», abandonando abrupta e prematuramente o projecto apaixonante e ambicioso, iniciado na época passada, para se dedicar a outro, provavelmente mais motivador, tendo em consideração as reconhecidas diferenças de potencial financeiro dos clubes em questão.

A surpreendente e tentadora proposta do Chelsea abalou e traiu a fidelidade tão amplamente anunciada pelo jovem técnico, tendo em conta as afirmações arrojadas e juras de amor eterno proferidas ainda recentemente.

Ele sai, outro ocupará o seu lugar. Nada a que não estejamos já habituados. Nós, verdadeiros portistas, cá continuaremos a vibrar com as nossas vitórias e a sofrer com as nossas derrotas.

Quem não sairá é o nosso Presidente, que estou certo, saberá dar a volta à situação, com a mesma mestria de sempre.

Nós somos Porto e continuaremos a prosseguir o nosso destino: Vencer!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 80) - PARTE IV

António André - 70º internacional: Foi por 20 vezes que envergou a camisola da Selecção nacional. Estreou-se em 30 de Janeiro de 1985, com uma derrota por 3-2, num jogo particular com a Roménia, em Lisboa.

Natural de Vila do Conde, fez toda a sua formação no Rio-Ave, transferindo-se para o Varzim, em 1979/80, com 17 anos, para assumir a titularidade da equipa sénior, onde começou a despertar a cobiça de outros clubes. Foi o FC Porto que venceu a corrida da sua contratação, na época de 1984/85, para colmatar a deserção de Jaime Pacheco para o Sporting.

Nas Antas, André encarnou o espírito do Dragão, tornando-se num modelo de profissionalismo e dedicação, a que juntou doses consideráveis de talento e garra. Fez a sua estreia com a camisola azul e branca em 8 de Agosto de 1985, nas Antas, num encontro particular com a equipa francesa do Metz (3-0).

Pôs fim à sua carreira de futebolista em 1994/95, continuando ligado à equipa técnica do FC Porto.

André construiu um palmarés recheado de títulos: 7 Campeonatos nacionais (1984/85, 1985/86, 1987/88, 1989/90, 1991/92, 1992/93 e 1993/94), 3 Taças de Portugal (1987/88, 1990/91 e 1993/94), 5 Supertaças nacionais, 1 Taça dos Clubes Campeões Europeus (1986/87), 1 Taça Intercontinental (1987/88) e 1 Supertaça europeia (1987/88). Foi ainda «Dragão de Ouro», como «Futebolista do ano», em 1986.

Joaquim Carvalho Azevedo (Quim) - 71º internacional: Representou a Selecção nacional por 4 vezes, com estreia a 30 de Janeiro de 1985, frente à Roménia, com derrota por 3-2, num particular jogado em Lisboa, ocupando um dos lugares da linha média, ao lado de André.

Natural de Vila do Conde, transferiu-se para o FC Porto na época de 1984/85, tal como o seu conterrâneo André, para ocupar o lugar do outro dos desertores que fugiram para o Sporting (Sousa), impondo-se desde logo como elemento preponderante do meio-campo portista, formando com André uma barreira quase intransponível.

Dotado de um bom pé esquerdo, possuía um razoável pontapé de meia distância. Era do melhor que havia no futebol português, a recuperar a bola no sector intermediário.

Foi Campeão nacional em 1984/85, 1985/86 e 1987/88, venceu a Supertaça nacional de 1983/84 e 1985/86, foi Campeão europeu em 1986/87, venceu a Supertaça europeia de 1987/88 e a Taça Intercontinental da mesma época.

Zé Beto - 72º internacional: Vestiu a camisola da Selecção nacional por 3 vezes. A sua estreia aconteceu a 12 de Outubro de 1986, num Portugal-Suécia, com empate a uma bola, num jogo a contar para a qualificação do Campeonato da Europa.

Começou nas camadas jovens do FC Porto, tendo alcançado rapidamente a titularidade na equipa sénior, depois do empréstimo ao Beira-Mar, por uma época.

De feitio irreverente e forte instabilidade psicológica, viu-se envolvido numa discussão com um dos árbitros assistentes, na final da Taça das Taças, em Basileia, contestando com alguma razão, mas de forma exasperada, um golo da Juventus, ferido de ilegalidade, que o trio de arbitragem validou, tendo sido acusado de agressão e duramente castigado pela UEFA, com a suspensão de um ano. 

Chegou ainda a dividir a baliza portista com o polaco Mlynarczyk, dando o seu contributo para a conquista da Taça dos Campeões europeus, em 1986/87.

Desapareceu prematuramente, aos 29 anos de idade, num violento acidente de automóvel, que lhe ceifou a vida.

Foi Campeão Nacional em 1987/88, venceu a Taça de Portugal em 1983/84 e foi Campeão europeu em 1986/87.

Rui Barros - 73º internacional: Foi 36 vezes internacional (1 pelo Varzim, 6 pelo FC Porto, 10 pela Juventus, 15 pelo Mónaco e 4 pelo Marselha). Fez a sua estreia na equipa das quinas em 29 de Março de 1987, como atleta do Varzim, no Portugal-Malta (2-2), jogado no Funchal, partida de qualificação para o Campeonato da Europa.

Depois de se sagrar campeão nacional de júniores, pelo FC Porto, em meados da década de 80, Rui Barros não se fixou logo na equipa principal, tendo sido emprestado ao Covilhã, da 2ª Divisão e mais tarde ao Varzim, onde conquistou o título da 2ª Divisão (Zona Norte).

Regressou em Agosto de 1987, tornando-se então uma peça fulcral no esquema de Tomislav Ivic, que construiu a equipa em seu torno, explorando a sua técnica e velocidade explosiva. Jogou 34 dos 38 jogos e marcou 12 golos. Contribuiu para as conquistas da Taça Intercontinental e Supertaça europeia.

Rui Barros constituiu a mais meteórica explosão de um jogador em Portugal. As suas qualidades despertaram de imediato o interesse dos grandes clubes europeus, sendo a Juventus o seu primeiro destino. Jogou dois anos em Itália a grande nível, vencendo uma Taça de Itália e uma Taça UEFA.

Jogou ainda no Mónaco e no Marselha antes de regressar ao FC Porto, em 1994, sendo um dos seis jogadores que conquistaram os cinco campeonatos do Penta.

Pôs fim à carreira em 2000, com 34 anos.

Enquanto jogador do FC Porto, venceu o Campeonato nacional por 6 vezes (1987/88 e os cinco do Penta (de 1994/95 a 1998/99), 2 Taças de Portugal (1987/88 e 1997/98), 2 Supertaças nacionais (1995/96 e 1997/98), 1 Taça Intercontinental (1987/88) e 1 Supertaça europeia (1987/88). Foi ainda distinguido com o «Dragão de Ouro» como «Atleta do Ano», em 1988.

Trabalhou alguns anos no departamento de observação e prospecção do Clube, passando depois a integrar algumas equipas técnicas do FC Porto, tendo assumido o comando da equipa, na fase de transição de Co Adriaanse para Jesualdo Ferreira, de quem foi adjunto, conquistando a Supertaça 2005/2006, frente ao V. Setúbal, por 3-0.

(Continua)

Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras e Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

RECORDAR É VIVER

De volta a esta rubrica, hoje deixo aqui os cartões de associado da década de 90: 
Frente e verso do cartão de sócio da primeira metade da década de 90

De dimensões ligeiramente maiores, mantinha as características do anterior: Em papel e  plastificado.

Frente e verso do cartão de sócio da segunda metade da década de 90

Este foi o primeiro cartão da era digital e informática. Um salto tecnológico, a acompanhar a expansão informática. Dotado de banda magnética e código de barras, à sua passagem, accionava os torniquetes de acesso ao Estádio permitindo desde logo o controlo, na hora, do nº de assistentes presentes, para além de outras vantagens burocráticas na relação com o Clube.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 80) - PARTE III

Jaime Pacheco - 66º internacional: Com 25 internacionalizações (11 pelo FC Porto, 13 pelo Sporting e 1 pelo V. Setúbal), fez a sua estreia na Selecção nacional em 23 de Fevereiro de 1983, num jogo particular com a Alemanha, em Lisboa, com vitória por 1-0.

Saltou do Aliados de Lordelo, clube da sua terra natal, para a fama e êxito no FC Porto. Depois da final de Basileia, desertou com Sousa, de forma polémica, para o Sporting, despoletando a célebre e pronta resposta de Pinto da Costa, com a surpreendente contratação de Paulo Futre. Por isso, ambos falharam a conquista do bicampeonato conquistado por Artur Jorge, entre 1984 e 1986. Arrependido, regressou às Antas, tal como Sousa, duas épocas depois, para ser Campeão Europeu e Mundial.

Pacheco não era apenas um «guerreiro», tinha também bons pés e dimensão futebolística acima da média, quer a defender como a organizar ou a atacar.

Venceu no FC Porto 1 Taça Intercontinental, 1 Taça dos Clubes Campeões Europeus, 1 Supertaça Europeia, 1 Campeonato Nacional e 2 Taças de Portugal.
Eduardo Luís - 67º internacional: Vestiu a camisola das quinas por 8 vezes (1 pelo Marítimo e 7 pelo FC Porto), com estreia a 24 de Setembro de 1980, em jogo particular contra a Itália, em Génova, representava então a equipa insular. Em 2 de Junho de 1984, já como atleta de FC Porto, voltou à Selecção nacional, num particular contra a Jugoslávia.

Natural de Loures, iniciou-se no Olivais e Moscavide, passando depois pelo Benfica e pelo Marítimo, clube onde o FC Porto o foi contratar, na temporada de 1982/83.

Jogador de grande rigor táctico e eficácia, actuava ao seu melhor nível quer na zona central da defesa como a lateral esquerdo, lugares que desempenhou sempre com grande lucidez.

Ao serviço dos Dragões, Eduardo Luís venceu 3 Campeonatos Nacionais, 2 Taças de Portugal e 3 Supertaças Nacionais. A nível internacional esteve presente na primeira final europeia da história do FC Porto, em Basileia/1984, quando os portistas defrontaram e perderam contra os italianos da Juventus. Venceu a Taça dos Clubes Campeões Europeus, em Viena de Áustria e a Taça Intercontinental, em Tóquio.
Carlos Manuel O. Silva (Vermelhinho) - 68º internacional: Vestiu a camisola da Selecção nacional em duas ocasiões, com estreia em 2 de Junho de 1984, num particular contra a Jugoslávia.

Natural de S. João da Madeira, iniciou a sua carreira em 1977/78 na A.D. Sanjoanense. Jogou ainda no R.D. Águeda, transferindo-se a meio da temporada de 1982/83 para o FC Porto.

Foi o autor do golo inesquecível, em Aberdeen (Escócia), que projectou a equipa portista para a final da Taça das Taças de 1984.

A sua passagem pelos Dragões foi curta, pois em 1987/88, Vermelhinho foi emprestado ao G.D. Chaves, ficando na história do clube transmontano que pela primeira vez disputou uma prova europeia. Na temporada seguinte regressou às Antas, mas em 1989/90 transferiu-se para o Braga. Jogou ainda no Espinho e terminou a sua carreira ao serviço no seu primeiro clube, a Sanjoanense.

No FC Porto venceu 1 Taça dos Clubes Campeões Europeus (jogou apenas 90 minutos), 2 Campeonatos Nacionais, 1 Taça de Portugal e 2 Supertaças Nacionais.
Paulo Futre - 69º internacional: 41 internacionalizações (1 pelo Sporting, 12 Pelo FC Porto, 19 pelo Atlético de Madrid, 4 pelo Benfica, 2 pelo Marselha e 3 pela Reggiana). Estreou-se pela Selecção nacional em 21 de Agosto de 1983, num jogo de apuramento para o Campeonato da Europa, com goleada (5-0), frente à Finlândia, representava então o Sporting. Como atleta do FC Porto, fez o primeiro jogo em 5 de Setembro de 1984, no amigável Portugal-Bulgária, com vitória portuguesa, por 1-0. Apontou um total de 6 golos.

Atleta da formação do Sporting, foi contratado por Pinto da Costa em 1984, numa operação relâmpago, como resposta à investida dos leões aos dois jogadores do FC Porto, Sousa e Jaime Pacheco, que tornaram tensas as relações entre os dois clubes. O clube lisboeta propunha-se emprestar nessa época o atleta à Académica de Coimbra.

Dotado de um pé esquerdo fabuloso, rapidez de execução e drible estonteante, Futre encantou as Antas, Portugal e a Europa. Viria a ter uma exibição memorável na final dos Clubes Campeões Europeus de 1987, em Viena frente ao colosso Bayern de Munique, despertando a cobiça de vários clubes.

Foi impossível segurá-lo por mais tempo, tendo sido transferido para o Atlético de Madrid pela
louca verba de 100 mil contos (500 mil euros), protagonizando a transferência mais cara, até então, do futebol português.

Foi bicampeão nacional pelo FC Porto (1984/85 e 1985/86), ganhou duas Supertaças nacionais (1984 e 1986) e foi Campeão Europeu (1986/87).
(Continua)

Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras e Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O GOLO DO ANO FOI O DE GUARÍN

Freddy Guarín venceu a votação popular levada a cabo pelo jornal inglês «The Guardian», na eleição do melhor golo do ano.

O remate fulminante e espectacular do colombiano, frente ao Marítimo recebeu 47,2% das preferências, ficando a longa distância o pontapé de bicicleta de Wayne Rooney, no derby de Manchester.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O ANO DO DRAGÃO

Quando a época começou, as expectativas dos portistas, habituados a ganhar, era naturalmente forte mas creio que poucos esperariam  resultados tão arrasadores.

Resultados que só tiveram paralelo noutras duas ocasiões: 1998/99 e 2003/04, com o FC Porto a fazer o pleno no futebol, andebol, basquetebol e hóquei em patins, feito que mais nenhum clube português alcançou.

Pois esta época, depois dos quatro títulos do futebol sénior, a formação adicionou-lhe os títulos de Júniores e Iniciados e as modalidades de pavilhão, não lhes ficaram atrás. O Hóquei em patins rubricou o  histórico decacampeonato, alargando o seu próprio recorde, o Andebol assinou o tri e o Basquetebol voltou ao título que lhe escapava há sete temporadas.

Imune à maledicência de frustrados e invejosos, o FC Porto tem vindo a consolidar os seus pilares do sucesso, enunciados recentemente pelo nosso timoneiro Pinto da Costa (rigor, competência, ambição e paixão),  num compromisso constante com as vitórias, validando de forma clara e inequívoca o lema «VENCER É O NOSSO DESTINO».

segunda-feira, 6 de junho de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 80) - PARTE II

Augusto Inácio - 63º internacional: Envergou a camisola da Selecção nacional por 25 vezes (4 pelo Sporting e 21 pelo FC Porto). A sua estreia aconteceu a 5 de Dezembro de 1976, no Chipre 1 - Portugal 2, para qualificação do Campeonato do Mundo, ainda como atleta da equipa leonina, enquanto que, como atleta do FC Porto, tenha feito o primeiro jogo em 22 de Setembro de 1982, no Finlândia 0 - Portugal 2, para a mesma competição.

Natural de Lisboa, iniciou a sua carreira de futebolista no Sporting CP, tendo passado por todos os escalões da formação até se fixar na equipa principal. Depois de sete temporadas na primeira equipa, Inácio aceitou o convite para jogar no FC Porto, na época de 1981/82, onde a sua carreira atingiu o maior relevo, afirmando-se igualmente como titular da Selecção nacional.

Foi uma das «vítimas» do célebre e triste «caso Saltillo», na fase final do Campeonato do Mundo, que se disputou, em 1986, no México, tendo como consequência o seu afastamento prematuro e definitivo da Selecção nacional.

Defesa lateral-esquerdo de grande potencial, manteve sempre uma regularidade exibicional notável, que lhe permitiu evidenciar todas as suas qualidades futebolísticas, nos grandes momentos que viveu e nos títulos nacionais e internacionais que conquistou, sobretudo ao serviço do FC Porto.

Ao serviço dos Dragões coleccionou 1 Taça Intercontinental (1987/88), 1 Taça dos Clubes Campeões Europeus (1986/87), 1 Supertaça Europeia (1987/88), 3 Campeonatos nacionais (1984/85, 1985/86 e 1987/88), 1 Taça de Portugal (1987/88) e 3 Supertaças Cândido de Oliveira (1983/84, 1984/85 e 1985/86).

Inácio terminaria a sua carreira, despedindo-se no final da época de 1988/89, então com 34 anos, abraçando a carreira de treinador, na equipa Júnior do FC Porto. Foi também treinador-adjunto de Bobby Robson, no FC Porto, bisando a conquista do Campeonato nacional (1994/95 e 1995/96).

João Pinto - 64º internacional: O mais internacional de todos os jogadores portistas, com 70 internacionalizações, todas como jogador do FC Porto (Vítor Baía somou 80, mas apenas 65 como atleta portista). Estreou-se na Selecção nacional A, em 1983, contra a França, quando tinha pouco mais de 21 anos, mas já contava com 34 internacionalizações nas selecções jovens. Foi autor de um golo contra a Suíça, numa partida de qualificação para o Mundial de 1990. Portugal não se qualificou para o referido mundial, mas João Pinto já havia feito parte da convocatória nacional, em duas grandes competições: jogou as quatro partidas que Portugal disputou no Euro/84, enquanto no Mundial/86, lutando contra uma pleurisia, foi apenas suplente não utilizado.

Tornou-se, temporariamente, o futebolista português mais internacional de sempre, ao disputar a sua 67ª partida pela Selecção nacional principal. Despediu-se da Selecção «em casa», no Estádio das Antas, no Portugal-Ucrânia, com uma vitória por 1-0, em 1996.

João Pinto começou a jogar futebol aos 12 anos, no CF Oliveira do Douro, tendo chegado ao FC Porto com 14 anos. Cumpriu ainda grande parte da sua formação nas Antas. Em 1981/82 integrou, pela primeira vez, a equipa sénior, mas só na época seguinte conquistou a titularidade, no lado direito da defesa, sob o comando de Pedroto.

Jogador de fibra e garra, de antes quebrar que torcer, foi titular durante mais de uma década e, grande parte da sua carreira, o grande capitão, bem como o transportador e transmissor da famosa mística azul e branca.

Em 1984 jogou a final da Taça das Taças, que o FC Porto perdeu frente à Juventus. Três anos depois, já como capitão da equipa, levantou a Taça dos Clubes Campeões Europeus, em Viena, ficando para a história por não ter largado o troféu, nem por um momento sequer, desde que este lhe foi entregue, até recolher aos balneários. A Taça intercontinental e a Supertaça Europeia, completam o seu palmarés internacional.

A nível interno jogou 407 jogos e venceu mais de vinte títulos:

9 Campeonatos nacionais (1984/85, 1985/86, 1987/88, 1989/90, 1991/92, 1992/93, 1994/95, 1995/96 e 1996/97), 4 Taças de Portugal (1983/84, 1987/88, 1990/91 e 1993/94) e 8 Supertaças Cândido de Oliveira (1983, 1984, 1986, 1990, 1991, 1993, 1994 e 1996).

João Pinto foi treinador dos Júniores do FC Porto, passou pelo departamento de prospecção e observação e foi recentemente treinador-adjunto de Jesualdo Ferreira.

Eurico Gomes - 65º internacional: 38 vezes internacional (5 pelo Benfica, 15 pelo Sporting e 18 pelo FC Porto), estreou-se na Selecção nacional em 20 de Setembro de 1978, então representando o Benfica. Enquanto atleta do FC Porto, fez o seu primeiro jogo em 16 de Fevereiro de 1983, num jogo amigável, contra a França.

Foi um dos raros jogadores portugueses, campeão nacional nos três grandes. Começou no Benfica, mudou-se para o Sporting e acabou no FC Porto. A sua primeira época nas Antas foi em 1982/83, juntamente com Inácio, numa aposta forte de Pinto da Costa (primeiro ano da sua presidência) e Pedroto.

No FC Porto, realizou as melhores exibições da sua carreira, chegando a ser considerado um dos melhores centrais da Europa, especialmente depois da magnífica exibição na final da Taça das Taças, frente à Juventus e da prestação ao serviço da Selecção nacional, no Europeu de França, onde se cotou como um dos principais pilares da equipa.

Terminou a sua carreira um tanto prematuramente, ao lesionar-se com gravidade, em Agosto de 1985, nas Antas, na 1ª jornada do Campeonato, na sequência de um choque com o benfiquista Nunes, acabando por fracturar uma perna.

(Continua)

Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras e Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.