sábado, 30 de junho de 2012

PARTICIPAÇÃO PORTISTA NO EURO/2012 - SILVESTRE VARELA

O Médio ala portista Silvestre Varela, apesar de não ter tido uma época brilhante no FC Porto, foi aposta do seleccionador Paulo Bento que o escolheu, contra algumas expectativas, para fazer parte do plantel da equipa nacional, na fase final do EURO/2012.

O portista sabia que, face à concorrência de Nani, não seria a aposta inicial pelo que encarou com toda a naturalidade o seu lugar de suplente.

Foi nessa condição que Paulo Bento o utilizou, no decorrer de três jogos. Entrou aos 80' no primeiro jogo, frente à Alemanha, já Portugal perdia por 1-0, e foi um jogador muito activo na reacção portuguesa, na tentativa de alterar o resultado. Dispôs de uma boa ocasião para marcar, quando aos 88' apareceu solto na área, rematando forte mas à figura de Neuer e foi ainda protagonista de um excelente remate de cabeça.

No segundo jogo, frente à Dinamarca, voltou a entrar, agora aos 84', quando o resultado acusava um empate a 1-1. Silvestre Varela entrou confiante e activo. Na primeira oportunidade que teve para rematar fez o golo da vitória, exuberantemente festejado, pela importância do resultado. Foi o salvador da Pátria elevado à condição de herói, ele que tinha sido fortemente criticado pelo golo falhado no jogo anterior.


Com o nº 18 nas costas, Varela só voltaria a ser chamado para fazer os últimos 7 minutos do prolongamento, contra a Espanha, mas num jogo muito táctico e numa altura em que Portugal já só defendia, o extremo português teve de se preocupar em tentar anular o avanço espanhol.

(Clicar no quadro para ampliar)

Silvestre Varela concluiu a sua 9ª internacionalização (todas ao serviço do FC Porto), desta vez somando apenas 23 minutos, que lhe garantiram um importante e decisivo golo.

IMAGENS MARCANTES DE SILVESTRE VARELA EM ACÇÃO
No Alemanha-Portugal
No Dinamarca-Portugal (Lance do golo)

sexta-feira, 29 de junho de 2012

PARTICIPAÇÃO PORTISTA NO EURO/2012 - JOÃO MOUTINHO

Com poucos jogadores portugueses no plantel, factor transversal nas principais equipas portuguesas, o FC Porto foi, ainda assim um dos maiores fornecedores de atletas à Selecção nacional que esteve na fase final do EURO/2012.

Rolando, Silvestre Varela e João Moutinho converteram-se nos três mosqueteiros portistas que ajudaram Portugal no seu trajecto que terminou nas grandes penalidades, na meia-final da prova, contra a poderosa Espanha.

Sobre o desempenho de cada um dos três atletas portistas, vai este espaço dar conta, nos próximos três posts.

E porque foi um dos melhores jogadores portugueses, arrisco até dizer, um dos melhores jogadores de todo o torneio, que passeou o seu talento nos estádios polacos e ucranianos, durante este mês, é justo que comece por JOÃO MOUTINHO.

Com o número 8 nas costas, o médio do FC Porto e da Selecção nacional cotou-se como o elemento mais pendular em todos os 5 jogos que Portugal disputou nesta fase final.


Senhor de uma capacidade física impressionante, entregou-se com raça, empenho, dedicação, entusiasmo, solidariedade, talento e ambição a cada minuto que disputou. Ele foi o «motor» da equipa. Exímio a recuperar a bola e a entregá-la nas melhores condições, Moutinho foi «músculo» mas também «cérebro». Foi dos que mais correu (59,512 Km), o que mais passes fez (289), com uma percentagem de acerto de 71%. Efectuou 6 cruzamentos,  fez duas excelentes assistências para golo e dois remates que levaram muito perigo às balizas contrárias. Números que ajudam a perceber o alto rendimento deste atleta, depois de uma época trabalhosa e desgastante (10 jogos pela Selecção nacional, entre amigáveis de preparação e jogos de qualificação para esta fase final, mais 44 jogos com a camisola do FC Porto).


João Moutinho é por tudo isto um jogador à FC Porto, como Pinto da Costa o catalogou.

Como se pode constatar pelo mapa, o nº 8 portista e da Selecção, atingiu a sua 48ª internacionalização (22ª enquanto jogador azul e branco), somando, nos 5 jogos disputados 480 minutos.

Espero poder contar com todo este conjunto de qualidades, na próxima época, ao serviço do FC Porto, apesar dos rumores.

IMAGENS MARCANTES DE JOÃO MOUTINHO EM ACÇÃO
No Alemanha-Portugal
No Dinamarca-Portugal
No Holanda-Portugal
No Espanha-Portugal

quarta-feira, 27 de junho de 2012

LEI DO MAIS FORTE DITOU FIM DO SONHO

FICHA DO JOGO
(Clicar nos quadros para ampliar)

Acabou-se o sonho que alguns portugueses acalentavam de ver a Selecção nacional na final deste EURO/2012. Foi por pouco, é certo, mas a verdade é que nos momentos capitais do jogo os portugueses falharam e por isso vieram mais cedo para casa.

Foi um jogo com muito poucas oportunidades de golo em que os espanhóis sentiram sérias dificuldades para impor o seu jogo habitual. Os lusos, com a lição bem estudada, não deram grandes espaços, pressionando alto, montando uma teia bem urdida de que a equipa campeã europeia e mundial jamais se libertou.

Durante o tempo regulamentar, Arbeloa (8´) e Iniesta (28') dispuseram das duas únicas oportunidades para criar perigo, enquanto Cristiano Ronaldo (30' e 89') falhou as oportunidades criadas por Portugal, sendo que a falhada no último minuto da partida poderia ter dado outro desfecho à eliminatória.

Dentro das limitações naturais, Portugal fez um bom jogo, muito concentrado, com muita coesão e solidariedade, mas falhou no capítulo do remate. 

O prolongamento foi diferente. Portugal pareceu mais desgastado fisicamente e, especialmente nos últimos 15 minutos, a Espanha cresceu e podia ter arrumado a questão. Iniesta, aos 103' perdeu a oportunidade mais flagrante de todo o jogo, fazendo com que fosse necessário recorrer à lotaria das grandes penalidades.

Aí, a serenidade espanhola ditou a sua lei. Moutinho e Bruno Alves falharam e Fàbregas, com alguma sorte sentenciou o resultado final.

Venceu a melhor equipa mas também a mais feliz.

João Moutinho voltou a encher o campo, fazendo mais uma grande exibição. Pena que tenha falhado a sua grande penalidade.

terça-feira, 26 de junho de 2012

COM MEIAS IBÉRICAS, QUEM VAI FICAR DESCALÇO?

Atingidas as meias finais, Portugal não tem agora quaisquer responsabilidades, frente à actual detentora do titulo, que é simultaneamente Campeã do Mundo, argumentos mais que suficientes para que o favoritismo vá «inteirinho» para a Espanha.

Não quer isto dizer obviamente que Portugal esteja antecipadamente derrotado. Estes argumentos podem até funcionar como motivação extra para que os atletas lusos consigam entrar em campo livres de obrigações e pressões megalómanas e produzam o futebol de excelência que está ao seu alcance. E depois, quem sabe, o futebol é fértil em surpresas, não aconteça mais uma?

Torço naturalmente para que Portugal tenha um comportamento digno, como até aqui e discuta olhos nos olhos, sem medo, o acesso à final. Será necessária uma exibição sem falhas, concentrada, com espírito de união e sacrifício e sobretudo com grande eficácia. Neste jogo não se podem falhar lances de golo como os que Portugal falhou nos jogos anteriores.

Com Hélder Postiga lesionado, Paulo Bento vai colocar Hugo Almeida no seu lugar, sendo esta a única alteração ao onze titular.

EQUIPA PROVÁVEL
Competição: EURO/2012 - Fase Final - Meias-finais
Palco do Jogo: Donbass Arena - Donetsk - Ucrânia
Data e hora (Portugal): 27 de Junho de 2012, às 19:45 h
Árbitro: Kuneyt Çakir - Turquia
Transmissão: SIC/SportTv1

segunda-feira, 25 de junho de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE XXI


Grzegorz Mielcarsky - Internacional E21: Representou por 10 ocasiões a Selecção nacional principal da Polónia (8 pelo GSK Olimpia Poznan e 2 pelo FC Porto), com estreia a 21 de Agosto de de 1991, em Gdynia, num amigável entre a Polónia e a Suécia, com vitória polaca por 2-0. Enquanto jogador do FC Porto voltou à selecção para concretizar a sua 9ª internacionalização, em Varsóvia, no Polónia-Eslovénia, jogo particular que terminou com nova vitória polaca, também por 2-0.

Natural de Chelmno (Polónia), iniciou a sua carreira profissional no GKS Olimpia Poznan, onde permaneceu durante três temporadas e meia (1989-1992), destacando-se pela regularidade e capacidade goleadora.

Em 1993 transferiu-se para o Servette, da Suíça, mas a sua aventura helvética terminou seis meses depois, por clara inadaptação, com Mielcarski a regressar à Polónia, desta vez para representar o Gornik Zabrez, onde apenas esteve uma temporada (1993/94), regressando na época seguinte ao Olimpia Poznan, para iniciar a época de 1994/95. A meio da temporada, O Widzew Lodz, um dos grandes do futebol polaco, interessou-se no seu concurso, tendo o avançado terminado a época em grande estilo, marcando 7 golos em 17 jogos.

As boas exibições no campeonato polaco, aliadas à conquista da medalha de prata, nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, fizeram despertar o natural interesse do FC Porto.

Mielcarski chegou ao clube azul e branco antes do início da época de 1995/96, para envergar o emblema do Dragão durante quatro épocas. Apesar da sua imponente compleição física, o avançado polaco patenteou uma enorme fragilidade, a esse nível, já que foi fustigado por diversas lesões graves e de longa recuperação, que o impediram de confirmar todas as qualidades de que vinha referenciado.

Com a camisola portista participou em 56 jogos, apontando 11 golos (8 no Campeonato e 3 na Taça), com estreia oficial em 6 de Agosto de 1995, em Alvalade, em jogo da 1ª mão da Supertaça Cândido de Oliveira, cujo resultado se cifrou numa igualdade sem golos. Mesmo sem ser muito utilizado, venceu as três provas mais importantes do calendário português (Campeonato, Taça e Supertaça).


Depois de deixar o FC Porto, Mielcarski representou sucessivamente, durante uma época, três clubes diferentes: Salamanca, Espanha; Pogon Szczecin, Polónia e AEK de Atenas, Grécia,  acabando depois por regressar ao seu país, desta vez para jogar no Amica Wronki, onde encerrou a carreira, em 2002/03.

Palmarés ao serviço do FC Porto: 4 Campeonatos nacionais (1995/96, 1996/97, 1997/98 e 1998/99); 1 Taça de Portugal (1997/98) e 1 Supertaça Cândido de Oliveira (1998/99).
(Continua)
Fontes: European Football National Teams Matches e Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar

quinta-feira, 21 de junho de 2012

TRIUNFO MAIS QUE JUSTO

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Portugal qualificou-se pela quarta vez para as meias-finais do Campeonato da Europa, depois do triunfo hoje frente à Rep. Checa.

Os lusitanos sentiram bastantes dificuldades para explanar o seu futebol, principalmente na primeira meia hora do jogo, face ao posicionamento da selecção checa. Foi aliás um período de futebol incaracterístico, pouco brilhante e de menor interesse, com os jogadores de ambas as equipas a falharem muitos passes não dando sequência às jogadas. Depois e até ao intervalo Portugal ganhou algum ascendente e criou duas boas jogadas para golo, com a trave a devolver um remate de Ronaldo.

Para o segundo tempo os jogadores portugueses entraram com outra convicção e o futebol praticado ganhou outra dimensão. Portugal mostrou então toda a sua classe, dominando durante toda a segunda parte, em todos os capítulos do jogo. A baliza checa esteve em constante sobressalto, os ataque lusos sucediam-se cada vez mais perigosos e só a habitual incapacidade de transformar as inúmeras oportunidades em golo fizeram com que o resultado final se cifrasse no magro e mentiroso 1-0.

Objectivo alcançado com algum brilho e muito mérito, fruto de uma exibição colectiva de muito boa qualidade. Ronaldo esteve à altura do estatuto de que goza e João Moutinho foi, uma vez mais, o elemento mais preponderante do meio campo nacional. Rolando foi de novo chamado a competir nos últimos minutos da partida.

O próximo adversário sairá do jogo entre a Espanha e a França. Venha o diabo e escolha!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

NOS QUARTOS PARA ASSUMIR AS MEIAS?

Portugal conquistou por mérito próprio o seu lugar nos quartos-de-final, cabendo-lhe discutir até aos seus limites a passagem à eliminatória seguinte.

Trata-se de um jogo a eliminar e por isso de características ligeiramente diferentes das disputadas até aqui. As possibilidades estão repartidas pelo que se espera um jogo muito competitivo, que nos vai colocar sérias dificuldades. A equipa nacional já mostrou ter argumentos de sobra para aspirar a dar mais um passo em frente, assim os atletas se apresentem inspirados e consigam fazer fluir o futebol de excelência de que são capazes.

Tudo pode acontecer, mas acredito na ambição e competência da rapaziada.

Paulo Bento tem todo o plantel à disposição não se prevendo qualquer alteração ao onze inicial. Por isso, boa sorte!

EQUIPA PROVÁVEL
Competição: EURO/2012 - Fase final - Quartos-de-final
Palco do jogo: National Stadium Varsóvia - Varsóvia - Polónia
Data e hora (Portugal): 21 de Junho de 2012, às 19:45 h
Árbitro: Howard Webb - Inglaterra
Transmissão: RTP1/SportTv1

segunda-feira, 18 de junho de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE XX


Doriva - Internacional E20: Representou por 15 vezes a Selecção nacional principal do Brasil (8 pelo Atlético de Minas Gerais e 7 pelo FC Porto), com estreia a 27 de Abril de 1995, em Valência, num amigável entre o clube local e o Brasil, com vitória brasileira por 4-2. Enquanto jogador do FC Porto voltou à Selecção nacional para concretizar a sua 9ª internacionalização, em 7 de Fevereiro de 1998, em Los Angeles, na Gold Cup dos E.U.A., no jogo El Salvador-Brasil, que terminou com o resultado de 4-2, a favorecer a equipa canarinha.

Esteve presente no Mundial de 1998, sagrando-se vice-campeão do Mundo, depois do memorável confronto frente à França de Zidane.

Natural de Nhandeara, pequena cidade situada a 500 km de São Paulo - Brasil, iniciou a sua carreira de futebolista profissional no São Paulo, em 1991, que o emprestou para rodar em clubes como o Anapolina e Goiânia. Duas épocas depois, regressou mostrando outra desenvoltura e potencial, conquistando rapidamente lugar na equipa e no coração dos adeptos, ajudando o São Paulo a vencer a Taça dos Libertadores e a bater o AC Milan, por 3-2, na final da Taça Intercontinental, em Tóquio.

Depois de uma passagem fugaz, numa opção no mínimo surpreendente, pela 3ª Divisão do futebol brasileiro, em 1995, ao serviço da modesta equipa XV Novembro Piracicaba, Doriva regressou na mesma época ao escalão maior, para defender as cores do Atlético Mineiro. Foi neste clube que atingiu mais um dos seus grandes sonhos: representar a Selecção brasileira.

No início da temporada de 1997/98 transferiu-se para o FC Porto, onde foi inserido num meio campo portista de enorme qualidade, onde despontavam igualmente Zahovic e Deco, tornando-se num dos pilares da equipa portista que venceu o Campeonato nacional e a Taça de Portugal. Na temporada seguinte repetiu a conquista do Campeonato nacional a que juntou a vitória na Supertaça Cândido de Oliveira.

As suas exibições e capacidades geraram enorme assédio de emblemas europeus, dispostos a desembolsar a verba que o FC Porto exigia. Foi a Sampdória, de Itália, que se chegou à frente, na janela de mercado de Inverno de 1998, pagando aos Dragões cerca de oito milhões de dólares, o dobro do que tinha custado.

Em Itália esteve apenas uma época, seguindo para Espanha para vestir a camisola do Celta de Vigo, durante duas temporadas. Cumprindo o sonho de jogar nos melhores campeonatos do Mundo, em 2002/03 rumou a Inglaterra ingressando no Middlesbrough, clube onde se manteve durante quatro temporadas e onde conquistou a Taça da Liga, em 2004.

Na época de 2006/07 esteve dois meses ao serviço do Blackpool, até que regressou ao Brasil para defender as cores do América de São Paulo. Antes de terminar a carreira passaria ainda pelo Mirassol.

Uma arritmia cardíaca, detectada durante os exames médicos no Mirassol, antecipou o ponto final na sua carreira, aos 35 anos.

Palmarés ao serviço do FC Porto: 2 Campeonatos nacionais, 1 Taça de Portugal e 1 Supertaça Cândido de Oliveira.

(Continua)
Fontes: Arquivo da Selecção brasileira; Fifa.com

CR7, A CHAVE DOS QUARTOS

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)
Na foto da esquerda para a direita, em cima: Nani, H.Postiga,
Bruno Alves, Pepe, C.Ronaldo e Rui Patrício; Em baixo:         
 J.Moutinho, F.Coentrão, R.Meireles, J.Pereira e M.Veloso 


Portugal garantiu a sua passagem aos quartos-de-final do EURO/2012, ao bater a Holanda, na 3ª e última jornada do Grupo B, assegurando o 2º lugar, atrás da Alemanha que também venceu o seu jogo.
Apresentando o onze titular habitual, os portugueses não entraram bem no jogo permitindo um assédio inicial dos holandeses, a quem só a vitória interessava para alimentar o sonho da passagem, que culminou com um golo logo aos 11 minutos, num belo remate de Van der Vaart, deixando a ideia de pretenderem resolver cedo, a seu favor, a contenda.

A equipa nacional recompôs-se e de imediato respondeu à adversidade mostrando argumentos mais que suficientes para poder superar o seu adversário. Primeiro C. Ronaldo, com um remate na trave e mais tarde H. Postiga, com um remate perigoso, deram sinais de inconformismo, numa altura em que Portugal era dono e senhor do jogo.

CR7, depois de uma excelente desmarcação a passe de João Pereira, empatou o jogo, aos 28 minutos e Portugal continuou a dominar e a levar bastante perigo à área contrária, deixando em pânico a defesa adversária. 

Ao intervalo o empate era sem dúvida um resultado lisonjeiro para os holandeses face às oportunidades de golo criadas pelos jogadores portugueses.

No segundo tempo os holandeses voltaram a entrar melhor e foram deles as primeiras jogadas de perigo, mas os portugueses queriam a vitória e voltaram a criar novas oportunidades para marcar. Foi novamente o CR7 a ter melhor pontaria e a fazer a remontada na partida. Golo merecido e tardio. 

Depois foi gerir o resultado, com alguns sustos mas também com incríveis perdidas.

Vitória justa e escassa, num jogo em que estiveram envolvidos dois jogadores portistas. João Moutinho, a tempo inteiro, com uma exibição pendular e Rolando, suplente utilizado nos últimos momentos da partida, para garantir coesão na defesa, às investidas desesperadas dos holandeses.
Portugal vai defrontar na próxima quinta-feira a Rep. Checa, em Varsóvia, para os quartos-de-final.

sábado, 16 de junho de 2012

LARANJA DOCE OU AMARGA?

A Selecção nacional de Portugal parte para a 3ª e última jornada do Grupo B, com uma tarefa complicada de gerir, tanto mais que uma vitória pode não garantir o apuramento para os quartos-de-final.

Apesar disso, cabe à turma lusa lutar empenhadamente pela vitória, com inteligência, concentração e eficácia, num jogo à partida muito complicado, pela real valia do seu opositor, que apesar de não ter ainda pontuado, não perdeu a inegável e reconhecida qualidade.

A equipa portuguesa terá pois de estar ao seu melhor nível para construir um resultado que lhe permita acalentar a esperança de atingir o objectivo, no chamado «grupo da morte», onde  ainda todos têm hipóteses de ser apurados ou não, dependendo da conjugação de resultados.
EQUIPA PROVÁVEL
Competição: EURO/2012 - Fase final - 3ª Jornada, Grupo B
Palco do Jogo: Metalist Stadium - Kharkiv - Ucrânia
Data e hora (Portugal): 17 de Junho de 2012, às 19:45 h
Árbitro: Nicola Rizzoli - Itália
Transmissão: TVI

sexta-feira, 15 de junho de 2012

RESUMO HISTÓRICO DOS CAMPEONATOS DA EUROPA - PARTE VI (ÚLTIMA)

Este resumo não ficaria completo sem os quadros dos títulos e dos melhores marcadores. 

No primeiro, o grande destaque vai para os três títulos da Alemanha e para os seus perseguidores, França e Espanha, com dois títulos e com possibilidades de, um dos dois, igualar os germânicos.

Desta lista de campeões, todos os países se encontram em prova (U.Soviética e Checoslováquia, com designações diferentes, depois de transformações políticas).

No quadro dos melhores marcadores, convém lembrar que o figurino da prova sofreu  várias alterações, pelo que o número de jogos começou por ser inferior aos actuais 6, em vigor   desde 1996.
Em todo o caso o destaque vai para os 9 golos de Platini, em 5 jogos, contra os 4 golos dos alemães Gerd e Dieter Muller, em apenas 2 jogos/cada.

De notar a ausência de avançados portugueses, nesta lista, apesar de Portugal ter chegado à final do Euro/2004, disputado em casa.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

VARELA, O SALVADOR DA PÁTRIA!

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Silvestre Varela entrou aos 84 minutos e três minutos depois marcou o golo da vitória portuguesa, candidatando Portugal a um eventual apuramento para a fase seguinte do EURO/2012.

Paulo Bento apostou no mesmo onze titular que tinha defrontado a Alemanha, começando por sofrer a pressão inicial da Dinamarca que conquistou três cantos nos primeiros minutos do jogo. Não se confirmava a suposta postura de equipa passiva à espera que os portugueses tomassem conta do jogo. 
Demorou alguns minutos para que Portugal conseguisse assentar o seu jogo e obrigasse os dinamarqueses a atenções defensivas redobradas. Apesar de mais ofensivo, o futebol luso patenteava algumas dificuldades de penetração e poucas oportunidades para o remate. 

À primeira oportunidade, Portugal não falhou. João Moutinho cobrou um canto e Pepe, muito oportuno, cabeceou para o golo. Os lusitanos intensificaram o assédio às redes contrárias e 12 minutos depois Nani arrancou um bom cruzamento, Postiga foi ao encontro da bola e em antecipação ao defesa contrário, rematou colocado sem hipóteses para o guardião dinamarquês, fazendo o 2-0.

O jogo parecia controlado, mas numa jogada em que a defesa portuguesa ficou parada, o inevitável Bentner reduziu a contagem, perto do intervalo.

Os dinamarqueses acreditaram que era possível dar a volta ao marcador e entraram para o segundo tempo com essa intenção. O jogo passou a ser mais dividido, mas foi Portugal que criou e desperdiçou as melhores oportunidades para matar o jogo. Cristiano Ronaldo esteve particularmente perdulário, especialmente quando, a 12 minutos do fim, apareceu isolado frente a Andersen, atirando para fora, quando já tivera uma outra possibilidade que enjeitou atirando contra o guarda-redes.

Quem não marca arrisca-se a sofrer. Foi o que aconteceu. Bentner aproveitou da melhor maneira um cruzamento e bateu Rui Patrício, colocando no marcador uma igualdade por 2-2, que não interessava a Portugal. 

Paulo Bento apostou então em Silvestre Varela e o ala portista não se fez rogado. Desta vez, na primeira possibilidade para facturar não falhou, apontando o golo da tão ansiada vitória.
Três pontos conquistados com sofrimento escusado mas que recoloca a Selecção nacional em posição para poder lutar pelo apuramento até ao último jogo.

De referir que os três mosqueteiros portistas (João Moutinho, Silvestre Varela e Rolando), deram neste jogo o seu contributo. Moutinho a tempo inteiro, dentro da bitola habitual, Varela desde o minuto 84 para marcar o golo do triunfo e Rolando nos 5 minutos finais (contando com os descontos) para suster eventuais veleidades dinamarquesas.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Após a derrota frente à Alemanha, a equipa das quinas ficou praticamente sem margem para gerir a sua qualificação para os quartos-de-final da prova, pelo que, em princípio, só a vitória a poderá recolocar em posição de atingir esse objectivo.

A Dinamarca, próximo adversário, encontra-se em posição antagónica, face à vitória conseguida frente à Holanda, que lhe permite «obrigar» Portugal a assumir as despesas do jogo, procurando com isso explorar eventuais falhas.

Falta saber se esta equipa nacional estará neste momento capacitada para tomar em suas mãos as rédeas do jogo, com inteligência, sem precipitações, com competência, ambição e eficácia, atributos que ainda não se viram desde que começou este ano civil.

Paulo Bento e os seus atletas terão de escolher entre a passividade do costume, aguardando que as coisas caiam do Céu e a conjugação de resultados decorra de forma a que na última jornada Portugal some as condições necessárias para seguir em frente, mesmo que em igualdade pontual ou assumir uma postura corajosa, consciente e conquistadora, para tentar não permitir que sejam os outros a definir o seu apuramento.
O seleccionador nacional tem todos os seus atletas disponíveis para este confronto. Conservador como é, não será difícil admitir que vai insistir com os mesmos titulares, com uma ou outra alteração.

EQUIPA PROVÁVEL
Competição: EURO/2012 - Fase final - 2ª Jornada Grupo B
Palco do jogo: Arena Lviv - Lviv - Ucrânia
Data e hora (Portugal): 13 de Junho de 2012, às 17:00 h
Árbitro: Craig Thomson - Escócia
Transmissão: RTP1