segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 30) - II PARTE

O 10º internacional portista, ao serviço do FC Porto, foi o avançado António Soares. As informações disponíveis sobre este atleta são muito escassas. 


Consegui apurar, com as ajudas dos amigos Fernando Moreira (Dragão Azul Forte) e Armando Pinto (http://longara.blogspot.com/), a quem agradeço, tratar-se de um jogador que não era indiscutível, talvez não muito utilizado, mas apesar disso internacional por uma vez, com a idade de 22 anos, num jogo realizado na cidade do Porto, frente à Itália.


De seu nome completo António Candal Silva Soares, era avançado e conquistou no FC Porto um Campeonato de Portugal (competição que antecedeu a Taça de Portugal).

Foto gentilmente cedida por Armando Pinto

João Nova foi o nosso 11º internacional. Jogava a médio ofensivo, tendo logrado a sua única internacionalização em Março de 1934, nesse maldito jogo frente à Espanha, em que Portugal foi goleado por 9-0. Apesar da sua curta carreira internacional, cotou-se inegavelmente como um dos melhores jogadores portugueses da sua época e dos mais clássicos que envergaram a camisola portista. Foi um atleta pendular e extremamente correcto.

Jogou no FC Porto de 1932/33 a 1936/37, tendo conquistado o Campeonato da Liga de 1934/35, o Campeonato de Portugal 1936/37 e 5 Campeonatos do Porto.
Aqui fica um agradecimento muito especial aos amigos Armando Pinto (http://longara.blogspot.com/) e Fernando Moreira (Dragão Azul Forte), pela partilha de informações e fotos deste atleta.

Soares dos Reis foi o 12º internacional portista e simultaneamente o primeiro guarda-redes do nosso Clube a defender a baliza nacional. De envergadura alta e possante, foi eleito por quatro vezes para titular da Selecção Nacional. Tal como o seu companheiro João Nova, estreou-se no Espanha-Portugal, dos 9-0. Rezam as crónicas que aos 13' desse jogo já os espanhóis tinham marcado três golos e o guarda-redes portista teve de abandonar o campo por lesão. Para o seu lugar entrou o benfiquista Amaro que não evitou o descalabro.

Pelo FC Porto venceu dois títulos, o de 1938/39 e o de 1939/40, ambos sob a orientação de Mihaly Siska.
Carlos Nunes foi o 13º internacional portista. Avançado, jogava preferencialmente a extremo-esquerdo, tendo representado a Selecção Nacional por três vezes onde conseguiu um golo. Estreou-se a 5 de Maio de 1935, em Lisboa, frente à Espanha, num jogo amigável que acabou com uma igualdade a três bolas.

Foi pelo FC Porto Campeão da 1ª Liga, em 1934/35, 1938/39 e 1939/40 e Campeão de Portugal em 1936/37, onde num jogo frente ao Sporting marcou quatro dos dez golos com que os azuis e brancos brindaram o Sporting, tornando-se no primeiro jogador a conseguir quatro golos num clássico.
O 14º internacional e último da década de 30, foi Carlos Pereira. Veio do Boavista em 1933 pela mão de José Sezabo e rapidamente se transformou num dos médios mais inteligentes e criativos do futebol português. Dotado de excelente toque de bola, jogava curto mas sempre bem. Representou a Selecção Nacional por treze vezes. Foi autor de um golo frente à Espanha, no empate a duas bolas.

No FC Porto foi figura preponderante no bicampeonato de 1938/39 e 1939/40.

(Continua) 
Fontes: European Football; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras & Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias

domingo, 27 de fevereiro de 2011

COM ESTOFO DE CAMPEÃO

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)


O FC Porto continua firme na sua caminhada para o título, indiferente à verborreia do rival de estimação e seus habituais lacaios da propaganda panfletária, cada vez mais impacientes e frustrados.

Os Dragões estão bem e recomendam-se. Prova disso foi a excelente exibição com resultado a condizer, num estádio onde ninguém esta época tinha conseguido vencer. 

Não foi fácil, claro, principalmente na primeira parte em que o Olhanense se apresentou muito bem organizado defensivamente, a tapar quase todos os espaços. Nesse período Hulk tentou vários dos seus temíveis remates (8'; 10'; 16' e 37'), mas sem conseguir desfeitear o guarda-redes algarvio. Também Falcao por duas vezes (50' e 57') tentou o golo mas o poste, na primeira tentativa, evitou a abertura do marcador, mantendo-se o nulo no resultado até ao final da primeira parte.

André Villas-Boas resolveu fazer duas substituições após o intervalo, fazendo entrar Fucile e James Rodríguez para os lugares de Sapunaru e Silvestre Varela. A verdade é que o futebol portista subiu uns furos de qualidade. Ganhou mais vivacidade, mais dinâmica, mais profundidade e melhor apoio aos avançados. A entrada de James foi fundamental. O FC Porto passou a fazer um autêntico assalto à baliza contrária, que começou a abanar, a dar espaços, a descontrolar-se e num ápice dois belos golos fizeram vibrar as hostes portistas.

O primeiro num trabalho perfeito de técnica de Belluschi. James endossou-lhe a bola, na entrada da área, o argentino matou no peito e rematou de pronto, à meia-volta para o ângulo mais longe do guarda-redes algarvio, que nada podia fazer. O segundo por Falcao em mais uma assistência perfeita de James Rodríguez, que lhe colocou a bola dentro da área, com o matador portista a evitar dois defesas, a enquadrar-se com a baliza e a disparar bem desviado do guarda-redes, tanto que a bola ainda roçou o poste antes de entrar.
Foi o coroar de um período de luxo do futebol azul e branco. Depois o Porto baixou o ritmo e a intensidade, não deixando porém de construir mais alguns lances de efectivo perigo.

Num desses lances e já em tempo de descontos, mais uma vez o jovem James Rodríguez transportou a bola em velocidade, invadiu o meio campo algarvio, desposicionou a defesa, endossou a Hulk que flectiu para a esquerda que de pé esquerdo rematou mais um dos seu petardos. Batista ainda defendeu, mas a bola sobrou para o oportuno Falcao atirar para as redes.

Vitória difícil, cristalina e justa a premiar a única equipa capaz de jogar para ganhar.
Os meus destaques vão para James Rodríguez, cuja utilização foi fundamental para a clarificação do futebol portista que se apresentou no segundo tempo mais dinâmico, rápido, incisivo, inteligente e eficaz; para Hulk pela sua importante capacidade de explosão e potência e naturalmente para o regressado matador Falcao.

Entretanto, os cães ladram e a caravana passa, impávida e serena!


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

OLHÃO, ROTA DO CAMPEÃO!

O FC Porto vai tentar amanhã arrecadar mais três pontos para somar ao pecúlio e manter pelo menos os oito que tem de vantagem, para assim continuar a sua luta rumo ao ambicionado título, que um certo túnel nos roubou a época passada.


Olhão será pois o próximo obstáculo nesse caminho. 


Como não há jogos fáceis e as nossas vitórias só se conseguem nos relvados, vai ser necessário que os atletas ponham em prática um conjunto de qualidades, das quais destaco o regresso à eficácia, para que não hajam surpresas desagradáveis.


André Villas-Boas fez apenas uma alteração na convocatória, em relação ao último jogo, com o Sevilha. Sai Cristian Rodríguez e entra Mariano Gonzalez.



Lista dos convocados:

Guarda-redes: Helton e Beto;
Defesas: Sapunaru, Fucile, Rolando, Otamendi, Maicon e Álvaro Pereira;
Médios: Fernando, Guarín, João Moutinho, Belluschi e Rúben Micael;
Avançados: Mariano Gonzalez, Hulk, Falcao, Silvestre Varela e James Rodríguez 

EQUIPA PROVÁVEL

Competição: Liga Zone Sagres 2010/2011 - 21ª Jornada
Palco: Estádio José Arcanjo - Olhão
Data e hora: 26 de Fevereiro de 2011, às 20:15 h
Árbitro: João Capela - A.F. Lisboa
Transmissão: TVI

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

NÓDOA NO PASSAPORTE NÃO IMPEDE PASSAGEM AOS OITAVOS

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Só uma irritante e preocupante desafinação no remate impediu que o FC Porto chegasse aos oitavos-de-final, de forma imaculada.

Apesar da derrota, o FC Porto demonstrou superioridade, especialmente na construção de jogo ofensivo, criando uma mão cheia de jogadas capazes de conduzir a um resultado folgado e inequívoco.

Mas estava escrito que a estrelinha da sorte ficaria por terras andaluzas e pior que isso,  também a eficácia azul e branca.

Em vantagem na eliminatória, os Dragões transportaram para o relvado a serenidade e responsabilidade que o embate exigia. Entraram  a assumir o controlo do jogo, impondo  pressão alta,  não permitindo ao Sevilha a construção de lances ofensivos. Os jogadores portistas trocaram bem a bola e as jogadas de perigo ameaçaram a área espanhola. Belluschi e Álvaro Pereira foram protagonistas de dois bons remates e o regressado Falcao não foi feliz, por volta da meia hora de jogo, ao ver um seu cabeceamento esbarrar no travessão.

O intervalo chegou, com o muito domínio portista não expresso no resultado.

O Sevilha tinha de arriscar mais se queria discutir a eliminatória. Foi o que fez no reinício. Essa ousadia permitiu a natural abertura de espaços para o contra-ataque azul e branco. Falcao, Moutinho e Hulk beneficiaram dessa maior liberdade, mas falharam clamorosamente na concretização, desperdiçando as melhores oportunidades de golo. 

Quem não desperdiçou foi o nosso conhecido Luís Fabiano, que com toda a classe, simplicidade e oportunismo, mostrou como se remata para a baliza com êxito. Balde de água fria no Dragão e resultado injustíssimo.

Para piorar a situação, Álvaro Pereira foi expulso, imediatamente a seguir, num lance de apreciação rigorosa, tanto mais que o juiz da partida, havia perdoado o segundo amarelo ao defesa espanhol Alexis, por falta cometida aos 37', quando Hulk se preparava para se isolar na direcção da baliza. 

Com mais de quinze minutos para jogar, André Villas-Boas fez os ajustes indispensáveis. Sapunaru, Maicon e Guarín, foram chamados e Moutinho, Falcao e Varela sacrificados à nova estratégia, gizada para assegurar a passagem aos oitavos-de-final, em função dos golos marcados fora de casa.

Aos 77' com a expulsão de Alexis voltou o reequilíbrio de forças e o FC Porto continuou a explorar bem o contra-ataque mas com a mesma displicência no remate. Hulk e Guarín voltaram a falhar de forma exasperante o golo e o resultado não se alterou.

Derrota  castigadora da ineficácia no remate, mas insuficiente para afastar o FC Porto da próxima eliminatória onde vai encontrar o CSKA de Moscovo, com jogos agendados para 10 de Março em Moscovo e 17 de Março, no Porto.

O meu destaque vai para Fernando, para mim o melhor portista em campo. 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

À CONQUISTA DA EUROPA

O FC Porto vai entrar para a segunda-mão dos dezasseis-avos-de-final, da Liga Europa, consciente que a vitória em Sevilha não resolveu em definitivo a eliminatória e que ainda muito trabalho tem pela frente para cumprir esse objectivo.

Será pois necessária a mesma concentração, raça e ambição, pois os andaluzes vêm dispostos a vender cara a derrota.

André Villas-Boas reduziu a lista de convocados para 18, em vez dos 20 que levou a Sevilha. Saem Sereno, Souza e Walter e entra Maicon, numa lista que continua a contar com Álvaro Pereira e Falcao.

Lista dos convocados:

Guarda-redes: Helton e Beto;
Defesas: Sapunaru, Fucile, Rolando, Otamendi, Maicon e Álvaro Pereira;
Médios: Fernando, Guarín, João Moutinho, Belluschi e Rúben Micael;
Avançados: Hulk, Falcao, Silvestre Varela, James Rodríguez e Cristian Rodríguez

EQUIPA PROVÁVEL


Competição: Uefa Europa League - Dezasseis-avos-de-final - 2ª Mão
Palco: Estádio do Dragão - Porto
Data e hora: 23 de Fevereiro de 2011, às 17:00 h
Árbitro: Howard Webb - Inglaterra
Transmissão: SportTv1

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 30) - I PARTE

Se nos anos 20, a Selecção principal portuguesa, acolheu em 21 jogos disputados, apenas quatro Dragões, na década seguinte, no mesmo número de jogos, consagrou 10  novos atletas portistas.

Acácio Mesquita, tornou-se o 5º internacional azul e branco, fazendo a sua estreia com a camisola das quinas a 23 de Fevereiro de 1930.

Avançado-centro de recorte moderno, tecnicista, veloz e eficaz foi produto da Escola de infantis do FC Porto. Foi ainda praticante de atletismo ao mais alto nível. Jogou apenas dois jogos pela Selecção!

Pelo FC Porto foi campeão infantil, campeão do Norte (seniores) repetidas vezes, Campeão de Portugal (1931/32) e Campeão da Primeira Liga (1931/35).
Avelino Martins, defesa-central, foi o 6º internacional ao serviço do FC Porto. Atleta fortalhaço e voluntarioso na acção, tinha o curioso e sintomático apelido de «Cara de Aço». Foi, no FC Porto, Campeão de Portugal em 1931/32.

O 7º internacional portista foi Francisco Castro, curiosamente, o bisavô materno do nosso actual Castro que se encontra emprestado ao Sp. Gijon. Dele se escreveu na altura, tratar-se de um dos melhores na sua posição, «ponta-esquerdo». Representou a Selecção Nacional por duas vezes enquanto jogador do FC Porto, tendo sido pelo Clube Campeão de Portugal, em 1931/32 e da Primeira Liga, em 1934/35. 
Álvaro Pereira (o popular Alvarito), foi o 8º internacional do FC Porto. Médio (direito, central e esquerdo) de alta craveira que o Clube e a Selecção não dispensavam.  Esta polivalência aliada à sua classe levaram-no a integrar por sete vezes a Selecção nacional, ao serviço da qual se estreou, no Campo do Ameal, num particular contra a Espanha, em que participaram mais três portistas: Avelino Martins, Waldemar Mota e Francisco Castro.

Foi Campeão pelo FC Porto em 1931/32.

Artur de Sousa (Pinga) foi o 9º internacional do FC Porto. Um dos mais emblemáticos futebolistas de sempre do futebol nacional, foi considerado pela crítica um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos. Dotado de um extraordinário e letal pé esquerdo, Pinga caracterizava-se ainda por uma lúcida visão de jogo.

Estreou-se na Selecção Nacional em 30 de Novembro de 1930, ainda como jogador do Marítimo, Clube onde o FC Porto o foi «pescar». Pelos Dragões, voltou a envergar a camisola nacional por mais vinte vezes. Marcou nove golos e foi capitão de equipa em dois jogos.

Pelo FC Porto, venceu quatro títulos nacionais: Campeonatos de Portugal de 1931/32, 1936/37 e 1938/39 e o Campeonato da Primeira Liga de 1934/35. Foi o primeiro goleador portista a consagrar-se como melhor marcador do campeonato, em 1935/36, ao apontar 21 golos.



(Continua)


Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras & Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias; Revista Dragões.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A FELICIDADE EM SEVILHA, OUTRA VEZ!

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

A felicidade conquista-se, não cai do Céu! Foi precisamente o que os Dragões fizeram hoje em Sevilha, cidade em que voltaram a ser felizes.

Ainda sem Falcao  e Álvaro Pereira, André Villas-Boas fez alinhar a mesma equipa de Braga, mas desta vez com uma estratégia diferente. Pressão alta para matar à nascença todas as veleidades dos espanhóis. Daqui resultou um FC Porto rápido e solidário a defender, com Blluschi, James e Varela muito atentos à construção ofensiva dos jogadores do Sevilha.

Em termos ofensivos é que as coisas não funcionaram grande coisa por culpa dos constantes passes errados dos médios Moutinho e Belluschi, excessivamente perdulários e estragadores de jogadas perfeitas para pôr à prova a defensiva contrária. Só por volta dos 23' o FC Porto construiu a sua melhor oportunidade num remate de James Rodríguez, desfeita sob a linha de golo pela cabeça oportuna de Medel, já o Sevilha tinha forçado duas excelentes intervenções de Rolando, a negar o remate no último momento, primeiro a Luís Fabiano e depois a Kanoute. Também Helton, por volta da meia hora de jogo, teve de se aprimorar para defender um remate venenoso de Jesús Navas. O marcador chegaria ao intervalo sem funcionar.

No segundo tempo, o FC Porto perdeu um pouco da sua condição física, tendo como primeira consequência a menor pressão,  permitindo aos andaluzes surgir com mais frequência perto da área portista, onde o perigo passou a ser uma constante. O FC Porto bem procurou aliviar o assalto à sua área, mas o meio-campo continuava a servir pessimamente os jogadores mais avançados, com passes verdadeiramente infelizes, às vezes em situações de superioridade numérica.

Kanouté e Fabiano tornavam-se um bico de obra, mas a falta de pontaria e o acerto da defensiva portista foi conseguindo evitar estragos. Foi mesmo o FC Porto a abrir o marcador. James Rodríguez marcou um livre sobre a direita e Rolando, mais rápido a reagir, desviou para as redes com peso, conta e medida.

A vantagem porém durou apenas sete minutos. Na cobrança de uma falta, Kanouté saltou mais alto, impedindo com o seu braço esquerdo que Otamendi disputá-se o lance, cabeceando sem oposição e fazendo o golo da igualdade, de forma irregular.

Helton esteve soberbo a impedir a reviravolta no marcador, num remate potente de Fabiano. Hulk não lhe quis ficar atrás e na marcação de um livre directo deixou as mãos de Palop a fumegar.

Já com Cristian Rodríguez e Guarín em campo, o FC Porto chegaria à vitória. Cristian Rodríguez recuperou a bola perto da área, invadiu-a, foi carregado pelo guarda-redes, a bola sobrou para Guarín que na passada rematou com êxito para a baliza, corporizando uma vitória feliz.

Helton, Rolando e Otamendi foi o trio que segurou este triunfo e merecem o destaque. Gostei da pressão alta da primeira parte mas detestei a ineficácia ofensiva do meio-campo portista, excessivamente perdulário e estragador, com relevo nesse particular, para Moutinho e Belluschi.

A primeira parte da eliminatória está conseguida. Falta agora a segunda. Apesar da vantagem, nada está garantido. Não esperem um jogo fácil!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

VOLTAR A SER FELIZ EM SEVILHA


Quis o destino que Sevilha se tornasse para os portistas um dos altares das glórias azuis e brancas. Foi lá que os Dragões gravaram o seu nome no Troféu, na altura designada Taça Uefa , precursora da actual Liga Europa, na tarde inolvidável de 21 de Maio de 2003, onde a classe, a raça e a ambição escreveram mais uma maravilhosa página na história do futebol português. 

Este pode muito bem ser o mote para, entre outros, motivar os atletas chamados à liça. Vai ser necessária muita competência e muita ambição para construir um resultado que nos permita manter a chama do Dragão bem acesa, frente ao Sevilha do nosso conhecido Luís Fabiano.


Álvaro Pereira e Falcao encontram-se finalmente recuperados das arreliadoras e prolongadas lesões, ao ponto de se tornarem imediatas opções para este compromisso. Porém, a natural falta de ritmo poderá colocá-los no banco dos suplentes, com possibilidades de darem os seus contributos na última fase da partida.

André Villas-Boas procedeu a alguns ajustes na convocatória, deixando de fora Maicon, a contas com uma lombalgia e Mariano Gonzalez, por opção. Entraram  Cristian Rodríguez e os já mencionados Álvaro Pereira e Falcão.


Lista dos convocados:


Guarda-redes: Helton e Beto;
Defesas: Sapunaru, Fucile, Rolando, Otamendi, Sereno e Álvaro Pereira;
Médios: Fernando, Guarín, João Moutinho, Souza, Belluschi e Rúben Micael;
Avançados: Hulk, Falcao, Walter, Silvestre Varela, James Rodríguez e Cristian Rodríguez


EQUIPA PROVÁVEL


Competição: Uefa Europa League - Dezasseis-avos-de-final - 1ª Mão
Palco: Estádio Ramón Sánchez  Pizjuán - Sevilha - Espanha
Data e hora: 17 de Fevereiro de 2011, às 20:05 h
Árbitro: Craig Thomson - Escócia
Transmissão: SIC

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 20)

Hoje dou início a esta nova rubrica semanal, por sugestão do amigo Armando Pinto, do blog Lôngara - Actividade literária, que eu achei do maior interesse para complementar a recheada história do FC Porto.


O FC Porto é de há muito, um fornecedor de matéria-prima da melhor qualidade, para abastecer as selecções nacionais. Pena que alguns seleccionadores nem sempre tenham olhado, com olhos de ver, para apreciar e aproveitar os dotes técnicos de alguns predestinados que vestiram de azul e branco.


Ainda assim, são muitos os que por lá passaram e continuam a passar, espalhando o perfume do seu futebol.

A primeira vez que uma representação nacional de futebol entrou em campo com a camisola das quinas, aconteceu em 18 de Dezembro de 1921. Ricardo Ornellas foi um dos principais responsáveis pelo seu aparecimento.

A selecção portuguesa de futebol defrontou, em Madrid, a sua congénere espanhola e perdeu por 3-1. Desta equipa fez parte o portista Artur Augusto, um jogador de enorme capacidade técnica e invulgar capacidade de adaptação a qualquer lugar, dentro da equipa. Foi o percursor dos jogadores polivalentes e, durante a sua carreira, ocupou vários lugares, sempre com igual eficácia. Neste jogo ocupou o lugar de interior-direito, mas no Clube jogou a extremo-esquerdo, interior-esquerdo e mesmo a defesa-esquerdo.























O segundo internacional portista foi Balbino, numa equipa nacional constituída basicamente por jogadores de clubes de Lisboa, tal como as duas formações anteriores. 

José Balbino foi um bom interior-direito, várias vezes utilizado ao centro e à esquerda do ataque portista. Era um jogador robusto e ágil, apesar da sua baixa estatura. Era um dominador da bola por excelência, do melhor que terá passado pelo FC Porto e pelo futebol nacional. Pelos Dragões venceu o Campeonato de Portugal em 1921/22 e 1924/25.Na selecção foi apenas utilizado num jogo.




















O FC Porto precisou de esperar pelo 12º jogo da Selecção Nacional para ter o terceiro jogador internacional. Waldemar Mota, considerado um dos melhores futebolistas de sempre.O goleador portista conseguiu um número notável de internacionalizações: 21! Feito tanto maior tendo em conta a escassez de jogos internacionais por essa altura. Foi o primeiro jogador olímpico do FC Porto e também o primeiro capitão portista, da Selecção Nacional. Marcou quatro golos nos 21 jogos.























O quarto internacional portista foi o defesa-central Pedro Themudo, atleta de elevada estatura (perto de dois metros), revelou-se um atleta de eleição, numa carreira longa em que esteve sempre entre os campeões da época pioneira. Foi campeão de Portugal em 1924/25 e 1931/32. Os seleccionadores só o chamaram por uma vez!












Agradecimento especial ao amigo Armando Pinto pela amável partilha da imagem do Pedro Themudo.
(Continua)


Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa e FC Porto -Figuras & Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias

domingo, 13 de fevereiro de 2011

NÃO HÁ FALCAO? HÁ OTAMENDI!

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Quem não tem cão, caça com gato. Foi esta a máxima popular com que o FC Porto foi a Braga buscar os três pontos da ordem, com todo o mérito, conquistando uma saborosa,  importante e justa vitória, dando mais um passo rumo ao objectivo final.

Foi uma exibição serena, tranquila, inteligente, controladora e dominadora que não permitiu espaço nem veleidades ao seu adversário.

O FC Porto foi a única equipa capaz de jogar com o intuito de marcar e resolver o jogo a seu favor, criando as jogadas e as oportunidades mais flagrantes de perigo.

Foi superior em todos os capítulos do jogo e quando assim é, só resta dar os parabéns aos jogadores portistas e desejar-lhes que continuem a caminhada para o título com esta mesma atitude.

Hoje todos mostraram empenho, solidariedade e a serenidade necessárias para desfazer a teia montada por Domingos Paciência, vencer a agressividade, ás vezes excessiva, dos jogadores bracarenses  e inventar espaços para a baliza contrária. Hulk e Bellushi estiveram perto do golo, mas foi Otamendi que logrou alvejar com êxito as redes minhotas e logo em dose dupla, demonstrando um faro especial pelo golo.


O resultado peca por escasso face às oportunidades desperdiçadas. O FC Porto actuou como um bloco certo e afinado. O destaque vai naturalmente para o autor dos dois golos, pois serviram para materializar a superioridade portista.

Tem que ser esta a resposta ao latido dos cães, enquanto a caravana passa!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

CIMENTAR LIDERANÇA


O FC Porto vai tentar em Braga, a sua oitava vitória consecutiva, na Liga Zone Sagres e assim manter a vantagem pontual que o separa dos seus perseguidores.


Trata-se de uma deslocação de dificuldade máxima, a suscitar aplicação, carácter, imaginação, espírito de campeão e eficácia.

Falcao continua indisponível e ainda não é opção para este jogo, apesar de já se treinar ainda que condicionado. Sapunaru conseguiu recuperar e está apto.

Álvaro Pereira continua a sua recuperação e Emídio Rafael está entregue ao departamento médico.

André Villas-Boas elegeu dezanove jogadores para a viajem a Braga, destacando-se os regressos de Belluschi e Walter e a saída de Cristian Rodríguez. 

Lista dos convocados:

Guarda-redes: Helton e Beto;
Defesas: Fucile, Sapunaru, Rolando, Maicon, Otamendi, e Sereno;
Médios: Fernando, Guarín, João Moutinho, Belluschi, Souza e Rúben Micael;
Avançados: Mariano Gonzalez, Hulk, Walter, Silvestre Varela e James Rodríguez

EQUIPA PROVÁVEL

Competição: Liga Zon Sagres - 19ª Jornada
Palco: Estádio Axa - Braga
Data e hora: 13 de Fevereiro de 2011, às 20:15 h
Árbitro: Duarte Gomes - A.F. Lisboa
Transmissão: SportTV1