terça-feira, 30 de setembro de 2014

CHÁ CHÁ CHÁ ANULOU ERROS CAPITAIS














FICHA DO JOGO


























Foi graças ao desempenho de Jackson Martinez que o FC Porto evitou a sua primeira derrota da temporada, já nos últimos minutos de uma partida em que os erros primários cometidos pelos Dragões quase os crucificavam.

Julen Lopetegui voltou a surpreender na constituição do onze titular. Ivan Marcano surgiu a trinco e Aboubakar, no eixo do ataque, deixando Rúben Neves e Jackson Martinez no banco dos suplentes.

Os azuis e brancos entraram bem nos seus processos de posse e circulação da bola, jogando muito no seu meio campo, evitando que a equipa ucraniana criasse situações de perigo junto à sua área.

Em termos ofensivos é que as coisas raramente saíam a contento. A lentidão e a falta de objectividade faziam os jogadores portistas perder muitos lances à entrada da área contrária, gorando-se algumas iniciativas especialmente de Danilo, hoje bastante ofensivo e determinado, que por volta do primeiro quarto de hora testou o seu pontapé de meia distância, fazendo a bola passar muito perto da baliza. 

Tello conseguiu numa ocasião ganhar a linha de cabeceira e viu o seu cruzamento ser desviado pelo braço de um defensor adversário sem que a equipa de arbitragem (árbitro principal, auxiliar e fiscal de baliza) tivessem descortinado a falta.

Aos 35 minutos o juiz turco não teve outra alternativa que não fosse assinalar uma outra grande penalidade, agora a castigar derrube na área a Brahimi. Chamado a marcar, o argelino rematou denunciado, perdendo a oportunidade mais flagrante do jogo, até essa altura.

O intervalo chegaria com a sensação de que o FC Porto teve tudo para sair a ganhar e se não o fez foi por culpa sua.

O segundo tempo começou com o mesmo cariz. Azuis e brancos com mais bola mas sempre muito precipitado no último terço do relvado. Tello esteve especialmente desastrado no último passe perdendo algumas jogadas intencionais. 






















O segundo erro grave não demorou. Óliver Torres, dentro da área portista, perdeu-se na contenção da bola, foi desfeiteado e o Shakhtar aproveitou para fazer o 1º golo. Kucher pressionou e roubou a bola ao espanhol, fazendo uma assistência para um golo fácil de Alex Teixeira. 

Os Dragões não acusaram o toque e partiram em busca da igualdade. Lopetegui operou a alterações fazendo entrar Jackson Martinez e Quintero, para os lugares de Aboubakar e Ivan Marcano, resultando em mais capacidade ofensiva e mais remates, até porque a equipa da casa recuou o bloco e apostou mais no contra-ataque. 

A pouca objectividade na definição do último passe portista fazia abortar qualquer tentativa de chegar à igualdade. Lopetegui voltou a mexer tirando Brahimi para introduzir Adrián López e pouco depois o avançado espanhol teve nos pés a possibilidade de marcar, negada pelo guardião Pyatov, sempre atento e bem posicionado.

A cinco minutos do final, mais um erro de palmatória, desta vez da autoria de Maicon, originou o 2º golo ucraniano. Tudo parecia perdido.



















Contudo, a chama do Dragão renasceu e transformou o tempo que faltava na redenção de tantos falhanços. 

Quase em cima do final do tempo regulamentar, Adrián López cruzou para a área, Srna meteu a mão à bola e Cuneyt Çakir apontou para a marca de penalty, que Jackson Martinez converteu.

Os azuis e brancos acreditaram que ainda era possível minimizar os estragos e foram atrás do empate que surgiria no tempo de compensação, uma vez mais pelo colombiano. Quintero lançou à esquerda Cristian Tello, com o extremo portista a ir à linha de cabeceira centrar rasteiro para o Chá Chá Chá concluir à matador.

Estava reposta a igualdade e alguma justiça no resultado.

No final ficou a sensação que o FC Porto podia ter ganho este jogo se não fosse tão ingénuo, perdulário e erróneo. 

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

CHAMA E ALMA DE DAGRÃO NA UCRÂNIA









O FC Porto encontra-se desde ontem na cidade ucraniana de Lviv, onde vai defrontar o Shakhtar Donetsk, em jogo da 2º jornada da Champions League. É a primeira deslocação dos Dragões, esta temporada para esta prova, num jogo que encerra um conjunto de dificuldades que os azuis e brancos tentarão ultrapassar para somar mais 3 pontos e garantirem assim a manutenção da liderança do seu Grupo.

O técnico Julen Lopetegui apenas se encontra impedido de utilizar Casemiro, o mais recente jogador lesionado, razão pela qual o brasileiro não seguiu viagem. Para além dele, foram preteridos, Diego Reyes (não inscrito nesta prova) e Quaresma (por opção técnica). Entraram como opções o guarda-redes Ricardo Nunes, o defesa central Maicon, o médio Quintero e o avançado Ricardo Pereira, numa lista composta por 19 elementos, sendo que um vai assistir ao jogo da bancada.

QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS



















O onze titular vai ser alterado, em relação ao jogo anterior, contra o Sporting. No eixo da defesa estarão certamente os habituais Maicon e Martins Indi; no meio campo, com a ausência de Casemiro, o jovem Rúben Neves parece levar vantagem sobre os demais, e na frente de ataque Cristian Tello deverá ser o escolhido para substituir Quaresma, isto evidentemente se imperar a lógica e se o técnico portista não decidir voltar a experimentar uma rotatividade mais profunda, que me parece desaconselhável.

EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: CHAMPIONS LEAGUE -  2º JORNADA - GRUPO H
PALCO DO JOGO: ARENA LVIV STADIUM - LVIV - UCRÂNIA
DATA E HORA DO JOGO: TERÇA-FEIRA, 30 DE SETEMBRO DE 2014, ÀS 19:45 H
ÁRBITRO NOMEADO: CUNEYT ÇAKIR - TURQUIA
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SPORTTV1

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

DRAGÃO TÍMIDO SÓ CUSPIU FOGO NA 2ª PARTE
















FICHA DO JOGO


























O FC Porto não foi além do empate em Alvalade, uma vez mais, num jogo de duas faces em que os Dragões foram dominados na primeira parte e senhores do jogo na segunda.

Julen Lopetegui apostou num onze inicial alterado pelo castigo de Maicon e a recuperação física de Alex Sandro. Daqui resultou numa  nova dupla de centrais, com Martins Indi sob a direita e Ivan Marcano sob a esquerda. Rúben Neves foi um dos escolhidos para o meio campo e Quaresma para a ala.























Os azuis e brancos entraram mal, com dificuldade em circular a bola, mesmo para trás ou para os lados, já que o adversário fazia pressão muito alta, colocando os jogadores portistas em apuros para endereçarem a bola nas melhores condições aos seus companheiros.

Tal pressão acabou por dar frutos muito cedo. Numa tentativa de sair a jogar, Rúben Neves, falhou um passe, interceptado por Nani que prontamente correu em direcção à área portista aproveitando o desposicionamento da defesa azul e branca. Ganhou um ressalto na luta com Casemiro, lançou para a direita onde Carrillo apareceu livre de marcação, à saída de Fabiano o peruano levantou a bola para o centro da área onde apareceu Jonathan, à vontade, a cabecear para o golo. Jogada corrida, simples e eficaz, perante uma defensiva completamente desbaratada.

Os Dragões sentiram muito este golo, tal como o ambiente hostil vindo das bancadas. O desnorte era evidente, muitas dificuldades em segurar a bola, o meio campo contrário e de suster a avalanche atacante do adversário, que estimulado pelo golo carregou ainda mais, no sentido de voltar a marcar. Não esteve muito longe disso. Poucos minutos depois, João Mário pôs o guardião portista à prova, com um remate violento que Fabiano teve de se aplicar e defender com os punhos.

Com o Sporting a carregar, aos 11 minutos o árbitro da partida, Olegário Benquerença decidiu proteger a equipa da casa, mostrando um cartão amarelo por uma agressão (empurrão violento e ostensivo) de Slimani a Martins Indi.



















É evidente que se o lance fosse ao contrário a cor do cartão seria enevitavelmente vermelho.

Entretanto os leões continuaram ofensivamente perigosos e por volta dos treze minutos João Mário surgiu solto na área portista cabeceando com muito perigo, mas para fora. Carrilho e Nani estavam endiabrados e faziam o que queriam dos laterais portistas, enquanto o FC Porto raras vezes conseguia chegar à área adversária.

O primeiro remate portista digno desse nome pertenceu a Jackson que saltou mais alto que Maurício, mas não acertou com a baliza. Esse remate marcou uma ligeira mudança na tendência do jogo. O FC Porto passou a controlar melhor e a criar lances ofensivos com mais frequência. Até ao intervalo, ainda pertenceu no entanto à equipa da casa mais um remate com algum perigo, desta vez por Nani, aos 38 minutos.

No segundo tempo Óliver Torres e Cristian Tello deixaram Rúben Neves e Quaresma, no balneário e desde então o FC Porto ganhou  personalidade, consistência e ambição. Tomou conta do jogo e partiu decidido à procura de reverter o resultado.

Logo no primeiro minuto, Cristian Tello entrou pela esquerda, foi à linha cruzar atrasado a bola sobrou para Casemiro que foi empurrado pelas costas por Carrillo, com o homem do apito a fazer vista grossa. 

Três minutos depois, Brahimi isolou Jackson Martinez, que atirou contra o guarda-redes Rui Patrício, desperdiçando a mais clara oportunidade de golo. Era agora o FC Porto que carregava.

Aos 54 minutos foi Óliver Torres a desmarcar Herrera, só que o mexicano escorregou no momento de dominar a bola.

O golo do empate veio logo a seguir. Entrada de Danilo pela direita, depois de excelente assistência de Tello, cruzamento e a defesa sportinguista às aranhas com Sarr a desviar a bola para a sua baliza, na tentativa de impedir que a bola chegasse em boas condições a Jackson Martinez. Estava feito o empate.




















O FC Porto queria mais e continuou a carregar à procura do golo da vitória. O meio campo portista com Óliver Torres estava imparável e os Dragões dominavam como queriam.

Só aos 75 minutos o Sporting conseguiu reagir. Na sequência de um livre que Martins Indi afastou para a entrada da área, Capel, que substituíra Carrillo, atirou uma bomba que esbarrou no travessão, já Casemiro tinha dado o seu lugar a Diego Reyes, por lesão.

Aos 81 minutos, em novo ataque portista, Herrera recebeu a bola à entrada da área, enquadrou-se com a baliza e desferiu um remate em arco, obrigando Rui Patrício à defesa da noite. Sete minutos depois, novo caso do jogo, com Olegário a cometer mais um erro e mais uma vez contra o FC Porto. A bola foi cruzada da direita para a esquerda com Óliver Torres a amortecer para Jackson. O colombiano de costas para a baliza, rematou de calcanhar, sendo a bola desviada pelo braço de Maurício.

Já no tempo de compensação, Herrera fez um passe magistral a rasgar para a desmarcação de Tello. O extremo espanhol entrou na área, tirou dois adversários do caminho e decidiu rematar, mas a bola passou a raspar o poste, perdendo a última oportunidade de chegar à vitória. Brahimi e Jackson acompanharam o lance e encontravam-se desmarcados e em boa posição para rematar se a bola fosse para lá dirigida.

O que fica desta partida é a péssima primeira parte do FC Porto, com os seus jogadores demasiadamente nervosos, atarantados e desligados, incapazes de acalmar o jogo e de segurar o adversário. Foi melhorando depois dos 25 minutos, mas sem conseguir organizar o seu meio campo, com Rúben Neves e Herrera perdidos. Quaresma esteve improdutivo e ausente. Danilo e Alex Sandro viram-se e desejaram-se nos confrontos com Nani e Carrillo.

No segundo tempo todos melhoraram chegando a atingir momentos de algum brilhantismo, falhando apenas a eficácia na concretização.

Mais dois pontos perdidos num estádio onde continuamos a não ser felizes. O árbitro teve aquilo que considero uma actuação «normal», com três erros graves, sempre para o mesmo lado, que a Comunicação Social vai certamente branquear. E siga o circo.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

VENCER É POSSÍVEL, APESAR DO QUE NOS ESPERA









A deslocação a Alvalade para defrontar o Sporting é a próxima tarefa que envolve os complicados compromissos do FC Porto, no seu caminho para a discussão do título de campeão nacional.

Será evidentemente um jogo de grande responsabilidade, num clássico em que não havendo vencedores antecipados, os Dragões não são favoritos, apesar de toda a valia que reconhecemos ao seu actual plantel. Trata-se de defrontar um adversário num terreno onde os azuis e brancos, por diversas razões, não costumam ser felizes e cuja última vitória data já da temporada de 2008/09. De então para cá regista 2 derrotas e 4 empates e à 4 temporadas que o FC Porto não consegue marcar golos em Alvalade.

Vai ser pois necessário o apelo à máxima concentração, à competência e à eficácia e ainda ao espírito de sacrifício para conseguir uma superioridade capaz de superar, para além do adversário, eventuais influências nefastas do homem do apito.

Alex Sandro, Diego Reyes e Óliver Torres são as novidades na lista de convocados para este jogo, em prejuízo das saídas de Maicon, a cumprir 1 jogo de suspensão pelo cartão vermelho visto no jogo anterior, José Angel e Quintero, estes por opção técnica.

QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS



















O onze titular vai mais uma vez ser sujeita a alterações, desde logo em função da ausência de Maicon e José Angel, que deverão ser rendidos por Marcano e Alex Sandro, respectivamente. Óliver Torres, completamente recuperado, será o candidato mais provável a fazer companhia a Casemiro e Herrera no meio campo. Se na dianteira, Jackson Martinez e Brahimi, são de pedra e cal, já o terceiro elemento é a grande dúvida. Não faltam boas opções mas a minha intuição vai para a aposta em Quaresma.

EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: PRIMEIRA LIGA - 6º JORNADA
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE - LISBOA
DATA E HORA DO JOGO: SEXTA-FEIRA, 26 DE SETEMBRO DE 2014, ÀS 20:30 H
ÁRBITRO NOMEADO: OLEGÁRIO BENQUERENÇA - A.F. LEIRIA
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SPORTTV1

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

MAIS UM GOLPE NOS ALIENADOS, FRUSTRADOS E INVEJOSOS




















PROCESSO DISCIPLINAR Nº 41-07/08 - Julgar improcedente, por não provada a Acusação dos factos alegadamente praticados com referência ao jogo nº01.168, entre a «Futebol Clube do Porto - Futebol SAD e o «Clube de Futebol Estrela da Amadora, realizado em 2004.01.24 a contar para a 19ª jornada da Super Liga «Galp Energia» e, consequentemente, absolver:

a) Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa, Presidente do Conselho de Administração da Futebol Clube do Porto, Futebol, SAD, da prática de infracção disciplinar muito grave de "corrupção" p. e p. pelo artigo 100º, nº 1 e 3 do RD 2003/2004, na forma de tentativa;

Excerto do Comunicado Oficial nº 89/14-15, da Liga Portugal, de 23/09/2014.


Aos poucos, Pinto da Costa e o FC Porto vão sendo ressarcidos da infame tentativa de assassínio desportivo, levada a cabo por uma marioneta, estrategicamente colocada no Conselho de Disciplina da Liga, com o único intuito de difamar, denegrir, desprestigiar e desvalorizar, o Presidente, o Clube e as suas vitórias.

A justiça civil já tinha desmontado todo este esquema, arrasando todos os argumentos da escumalha desportiva deste país, faltava a redenção da justiça desportiva, expurgada dos malfeitores.

Vi ontem na RTP Informação o mal estar que o teor desta decisão provocou no benfiquista de Paredes, defendendo que a referida condenação não tinha sido baseada nas ilegais escutas telefónicas, colocadas na Internet por um tal de «tripulha», nick name com que assina essas escutas no You Tube.

A propósito, ouvi atentamente essas escutas e não encontro a causa/efeito que pudesse determinar tal castigo, para além de todas elas puderem ser montagens para por em causa a dignidade dos intervenientes.

Ainda estes dias ouvi uma pseudo entrevista a Paulo Bento, apresentada na Rádio Comercial, pelo Nilton, uma montagem perfeita, que os mais incautos e os de má fé, poderiam jurar ser verdadeira.

Voltando ao lampião de Paredes e à sua azia, não sei se a condenação se baseou ou não nas escutas telefónicas, do que não tenho dúvidas é que todo este processo que conduziu aos castigos impostos pela marioneta, foram sustentados nas declarações de uma prostituta despeitada, passadas a livro, devidamente adaptadas e ficcionadas pelo «travesti» Leonor, obra fortemente patrocinada pelo Kadafi dos pneus, um dos principais beneficiados com essa tentativa de assassínio desportivo de Pinto da Costa, sendo que os outros seriam o seu congénere e vizinho da 2ª Circular, mais a Morgadinha dos canaviais, sequiosa em oferecer numa bandeja de ouro, o troféu mais cobiçado, para assim esconder a sua incompetência na resolução do problema mais grave que o país enfrenta: A corrupção.

Não foi Pinto da Costa que inventou a promiscuidade entre os agentes desportivos, entre estes e o poder político, o poder judicial,  com as Finanças, com o poder financeiro e com a Comunicação Social. Tudo isto foi, é e continuará a ser praticado em grande escala pelo Clube do Regime, sediado na Capital, centro do poder, onde sempre foi «cozinhado» o destino dos portugueses, em todos os sectores da vida nacional.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 73












LOPES CARNEIRO - Goleador Nª 73

Apontou 30 golos em 100 jogos, com a camisola do FC Porto, durante as 9 temporadas ao seu serviço.

Fez ainda mais 36 golos em 61 jogos correspondentes à sua participação no Campeonato Regional do Porto, sagrando-se 9 vezes Campeão Regional.

Armando Lopes Carneiro nasceu em 14 de Junho de 1913, na Feira, Distrito de Aveiro. Atleta de baixa estatura, era no entanto muito lutador,  rápido e hábil, transformando-se num extremo direito importante e rematador.

Ingressou no FC Porto na temporada de 1930/31, estreando-se oficialmente com a camisola do FC Porto, no dia 7 de Fevereiro de 1930, no Campo da Constituição, contra o Candal, em jogo da 4ª jornada do Campeonato Regional do Porto, com vitória portista por 6-2, com um dos golos da sua lavra. Em provas de âmbito nacional a sua estreia aconteceu no dia 22 de Março de 1931, em Viana do Castelo, frente ao Vianense, em jogo da 1ª eliminatória do Campeonato de Portugal, com vitória portista, por 7-0.























Foi sempre um jogador importante e um bom municiador de jogo para o famoso Pinga, com quem fazia dupla.
















Palmarés ao serviço do FC Porto (5 títulos):
2 Campeonatos de Portugal (1931/32 e 1936/37)
3 Campeonatos Nacionais (1934/35, 1938/39 e 1939/40) 

Fonte: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar

domingo, 21 de setembro de 2014

ATADO NUM AUTOCARRO CHEIO DE TEIAS
















FICHA DO JOGO


























Se na antevisão deste jogo eu tinha imaginado apenas três alterações no onze titular, Lopetegui foi mais além e procedeu a seis. O guarda-redes Andrés Fernández e o defesa central Iván Marcano fizeram a sua estreia com a camisola do FC Porto, Rúben Neves foi a outra que não esperava,  confirmando-se as inclusões de José Angel, Evandro e C. Tello.






















Outro facto que também não previ foi a forte chuvada que fustigou a cidade do Porto em geral e o Estádio do Dragão em particular, que deixou o relvado impraticável tendo sido necessária a acção dos tratadores da relva, provocando o atraso no inicio da partida em três quartos de hora.




















Começado o jogo, cedo se perceberam as intenções do Boavista. Defender com unhas e dentes e evitar sofrer golos, desta vez até sem recorrer à sua tradicional «sarrafada».

Os jogadores azuis e brancos, talvez ainda toldados pelas facilidades encontradas no jogo anterior, frente ao Bate Borisov, entraram descontraídos a jogar o seu futebol de posse e circulação, mesmo que em alguns locais do relvado a bola não rolasse normalmente, por força da intempérie. Por certo, com alguma paciência e fé nas artes mágicas de Brahimi, o golo aparecesse e a equipa visitante fosse obrigada a desmontar o autocarro.

Só que desta vez houve Brahimi mas sem magia capaz de desatar o nó das teias deste Boavista que lhe bastou ser "Petit" para atrofiar os movimentos ofensivos dos azuis e brancos que raramente conseguiram ser esclarecidos mas sempre ineficazes.























O FC Porto teve durante todo o jogo, mesmo depois da expulsão tão ridícula quanto injusta de Maicon, aos 25 minutos, uma percentagem de posse de bola superior a 80%, mas nunca foi capaz de a transformar num proveito contundente. Não foi por esta expulsão nem tão pouco pelo estado do relvado que os Dragões não ganharam o jogo. Não ganharam porque não foram suficientemente competentes para o fazer, até na escolha do campo, quando decidiram começar o jogo atacando para Norte, ao contrário do que é costume no Dragão, precisamente onde se encontrava a área mais danificada pela chuva, quando eram previsíveis as intenções do Boavista de não sair do seu meio campo. Nesta perspectiva creio que seria de muito bom senso atacar para o lado mais poupado do relvado onde o futebol portista poderia ser desenvolvido com menos interferências. Já cá atrás, não correria grandes riscos dada a falta de ambição dos axadrezados, como se verificou.

A verdade é que aos 15 minutos o FC Porto perdeu um lance de golo iminente quando C. Tello recuperou uma bola no meio campo, avançou para a baliza e na tentativa de assistir Brahimi que acompanhou a jogada, a bola ficou presa num charco dessa mesma área, gorando-se a possibilidade de fazer um golo fácil.



















Lopetegui, inteligentemente reorganizou a equipa, depois da expulsão de Maicon, não fazendo substituições, mas depois demorou demasiado a tirar Tello e Herrera, ambos muito precipitados e pouco produtivos.

No final sobrou um empate sem golos, resultado que a equipa mereceu pela sua frágil exibição.

Fui dos que não me iludi com os 6-0 frente ao fraco Bate Borisov, e não quero saber se os pasquins amestrados e os comentadores alienados aproveitaram para menosprezar essa nossa vitória, é para o lado que durmo melhor. Penso com a minha cabeça e não sou influenciável, muito menos por atrasados mentais.

Confesso que este futebol de Lopetegui ainda não me convenceu. Não gosto do excesso da circulação da bola, entre os defesas, para trás e para os lados, sem progressão, numa manifestação clara de falta de soluções. Não gosto da forma como os médios se movimentam, nessas alturas, ficando demasiado fixos, não oferecendo linhas de passe entre linhas. Também não gosto da falta de confiança da maioria dos atletas, incapazes de assumirem o jogo ofensivo, preferindo atrasar o jogo.

Eu sei que esta equipa necessita de tempo para crescer, que ainda é cedo para tirar conclusões, mas ainda assim não me parece que este futebol possa ter grandes resultados, num campeonato em que a maioria das equipas baixa muito os seus blocos, não dando grandes espaços.

sábado, 20 de setembro de 2014

O DERBY DO «AUTOCARRO E SARRAFADA»?









Este Domingo voltamos a ter o derby no Dragão, que esteve arredado do Campeonato nacional depois da temporada de 2007/2008, pelas razões sobejamente conhecidas.

Apesar de bastante afectada financeiramente e por arrasto na qualidade do seu plantel, a equipa do Boavista não deixará de reacender a rivalidade sempre existente e certamente, à falta de qualidade vai recorrer aos argumentos que possui (bloco baixo, vulgo autocarro e agressividade, quanta o árbitro da partida permitir) procurando assim colher os dividendos que ambiciona.

Espera-se portanto um jogo de sentido único, para homens de barba rija, com as habituais dificuldades para encontrar espaços, fundamentais para os atletas portistas aparecerem em zonas de finalização.

Na lista dos convocados há apenas a troca de Alex Sandro por José Angel, mas o onze titular deverá registar outras alterações, tendo em conta o provável desgaste do jogo de Quarta-feira passada.

QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS



















Na zona defensiva a única mexida prevista será então na lateral esquerda, onde reaparecerá o espanhol José Angel. Daí para a frente Lopetegui deverá muito provavelmente mexer em duas ou três unidades. Adivinhar o que vai na cabeça do técnico será sempre um exercício quase impossível, no entanto vou arriscar no onze que se segue:

EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: PRIMEIRA LIGA - 5ª JORNADA
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO DO DRAGÃO - PORTO
DATA E HORA DO JOGO: DOMINGO 21 DE SETEMBRO DE 2014, ÀS 20:15 H
ÁRBITRO NOMEADO: ANTÓNIO FERREIRA - A.F. BRAGA
TRANSMISSÃO TELEVISIVA. SPORTTV1

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

MAGIA DE BRAHIMI DESFEZ ESTRATÉGIA ADVERSÁRIA















FICHA DO JOGO


























EQUIPA TITULAR























Como era previsto, Julen Lopetegui fez alinhar um onze titular, um pouco diferente da do jogo anterior, mantendo a sua política de rotação dos atletas disponíveis do seu plantel. Desta vez, Quaresma e Adrián López foram os eleitos, mais Alex Sandro, único lateral esquerdo convocado, logo obviamente o titular.

Frente a uma equipa que se revelou mais fraca do que o esperado, o resultado começou a funcionar cedo, mais pelos rasgos individuais do «mágico» Brahimi, do que pela acção colectiva, que mais uma vez evidenciou, em largos períodos da primeira parte, uma clara dificuldade em ligar jogadas no último terço do campo e assim aparecer em boas condições nas zonas de finalização.

A fragilidade do adversário somada à codícia  do argelino, alimentada por imensa qualidade técnica, visão de jogo, rapidez de raciocínio e de execução e faro de golo apurado, foram os condimentos que ajudaram a desmontar a estratégia montada pelos bielorrussos. E assim, ao fim dos primeiros 37 minutos o FC Porto vencia já por 3-0.

O primeiro golo nasceu de uma falha do guarda-redes Chernik, que na tentativa de repor a bola em jogo não fez mais que a entregar de bandeja a Brahimi. O argelino não se fez rogado, entrou na área desguarnecida, evitou facilmente um adversário e, descaído sob o lado esquerdo arrancou um soberbo remate que não deu hipóteses para o guardião se redimir.























O Bate Borisov reagiu e chegou com muito perigo à baliza portista, por volta dos 12 minutos, com Fabiano em grande a opor-se com muita segurança a um adversário que lhe surgiu isolado. Na resposta, Jackson Martinez atirou ao ferro, na sequência de um bom cruzamento da direita de Danilo. Também Maicon teve a sua oportunidade para marcar mas viu Chernik negar-lhe o golo numa defesa instintiva do remate de cabeça do central portista, depois de novo cruzamento, agora do lado esquerdo, por Alex Sandro.

O segundo golo viria logo a seguir numa jogada magistral da estrela da noite. Brahimi pegou na bola correu até à área adversária ultrapassando todos os que lhe apareceram pela frente e no momento certo atirou com êxito para a baliza. Um golo à Maradona!
























O jogo foi-se tornando mais fácil e o terceiro não demorou muito. Danilo correu pela direita,  foi à linha cruzar com qualidade e Jackson Martinez, bem colocado, só teve que encostar de cabeça.

Até ao final do primeiro tempo os Dragões dominaram sempre e nunca mais deixaram que o adversário se acercasse com perigo da sua área, com Maicon a impor-se implacavelmente, saindo para o descanso com margem confortável, numa exibição que nem necessitou de ser brilhante colectivamente.

No segundo tempo os azuis e brancos continuaram a dominar e com alguma facilidade avolumaram o resultado. Aos 51 minutos Jackson deixou o aviso com mais uma bola no ferro, a cruzamento de Quaresma e seis minutos depois as redes voltaram a abanar. Brahimi, na execução de um livre directo aumentou para 4-0, fazendo o hat-trick.

As facilidades eram tantas que até Adrián Lopez, o jogador mais apagado da formação portista, também molhou a sopa. Cruzamento para a área, confusão, a bola sobrou para o espanhol, que com frieza e classe apontou o 5-0.
























Com a goleada garantida Lopetegui lançou Tello e Aboubakar, dupla que fabricou o último golo.  Tello entrou na área e entre um cacho de jogadores contrários teve engenho e arte para assistir o camaronense que não enjeitou a oportunidade.

























O resultado podia ter-se avolumado não fora a precipitação de alguns atletas portistas contribuir para o falhanço de boas oportunidades.


Resultado amplo numa exibição agradável mas mesmo assim com muitas situações para corrigir. Destaques para o homem do jogo, Brahimi, um craque que não vai ficar muito tempo no Dragão, para Maicon, hoje o pilar da defesa, para Danilo e Jackson Martinez.

terça-feira, 16 de setembro de 2014









O FC Porto vai iniciar amanhã, no Dragão, a sua campanha na Liga dos Campeões, recebendo os bielorrussos do Bate Borisov.

Escusado será dizer que a este nível todos os jogos encerram dificuldades especiais e este não fugirá à regra. Compete aos Dragões encontrar as soluções para as ultrapassar e construir o resultado que melhor servirá as suas pretensões, obviamente a vitória.

Para tal terá de apresentar um futebol mais intenso, mais objectivo e mais contundente, no que diz respeito às acções ofensivas e manter a capacidade defensiva que vem patenteando, mas desta vez sem as também já habituais «abébias».

Jogar em casa, aumenta a responsabilidade e será necessário um grande controlo emocional, que a juventude da equipa pode trair. Se é muito importante começar a vencer, não perder pontos em casa é fundamental.

Alex Sandro, já recuperado da lesão que o apoquentava e Adrián López estão de regresso à lista dos convocados, determinando as saídas de José Angel e Ricardo.

QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS




















A constituição do onze titular vai sofrer alteração, em relação ao último encontro em Guimarães. Desde logo a entrada de Alex Sandro está garantida. No meio campo estarão as maiores dúvidas. Rúben Neves poderá continuar a ser a aposta de Lopetegui e a ser assim deverá ter a companhia de Casemiro e Herrera. Mas, tendo em conta o jogo recente, o técnico portista poderá optar por dar descanso a alguns dos elementos e contrariar esta lógica. Também na frente poderá haver alterações, mantendo-se Jackson Martinez com lugar cativo.

EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: CHAMPIONS LEAGUE - GRUPO H - 1ª JORNADA
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO DO DRAGÃO - PORTO - PORTUGAL
DATA E HORA DO JOGO: QUARTA-FEIRA, 17 DE SETEMBRO DE 2014, ÀS 19:45 H
ÁRBITRO NOMEADO: BAS NIJHUIS - HOLANDA
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SPORTTV1

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 72












ANTÓNIO ANDRÉ - Goleador Nº 72

Apontou 31 golos em 382 jogos com a camisola do FC Porto, durante as 11 épocas em que esteve ao seu serviço (1984/85 a 1994/95).

António dos Santos Ferreira André, nasceu em 24 de Dezembro de 1957, em Vila do Conde. Nascido e criado para o futebol nas escolas do Rio Ave, clube da sua terra natal, tornou-se num médio defensivo de grande qualidade já ao serviço do vizinho Varzim SC para onde transitou ainda com idade de júnior, na temporada de 1975/76 e onde se fez profissional. Serviu a equipa poveira durante 9 épocas, com duas passagens episódicas pelo Ribeirão.

Chegou ao FC Porto na época de 1984/85, juntamente com o seu colega Quim, também médio, para colmatarem as «fugas» de Jaime Pacheco e Sousa, que se deixaram seduzir pelos cantos de sereia com origens em Alvalade.

Artur Jorge, treinador de então dos Dragões, viu nele grandes potencialidades e conseguiu explorar todas as suas capacidades de grande recuperador da bola, solidez defensiva, capacidade física inesgotável, espírito de sacrifício inexcedível e ainda faro pelo golo. Um trinco muito completo sem se dar muito por ele.

A sua estreia em provas oficiais aconteceu no dia 21 de Outubro de 1984, no Estádio das Antas, frente ao Farense, em jogo a contar para a 7ª jornada do campeonato nacional. A vitória por 5-0, teve a marca de André, autor precisamente do último golo da partida, ele que tinha entrado no início da segunda parte a render Frasco.






















A sua regularidade exibicional fez dele um dos pilares do meio-campo portista, durante largas temporadas, contribuindo decisivamente para a conquista de uma colecção invejável de títulos. Nesse particular, André faz ainda hoje, parte do top-ten portista com 19 conquistas, só superado por Jorge Costa (20), Jaime Magalhães (21), João Pinto (24) e Vítor Baía (25).

Também não escapou ao olhar dos diversos seleccionadores nacionais, fazendo com que o categorizado atleta vestisse por 20 vezes a camisola da principal selecção nacional portuguesa, percurso que poderá recordar aqui.

Terminou a sua carreira no final da temporada de 1994/95, época em que apenas foi utilizado em 9 jogos, com a consciência do dever cumprido com muita classe e dedicação, razão pela qual foi convidado a integrar a equipa técnica da temporada seguinte.















Palmarés ao serviço do FC Porto (19 títulos):
7 Campeonatos nacionais (1984/85, 1985/86, 1987/88, 1989/90, 1991/92, 1992/93 e          1994/95);
3 Taças de Portugal (1987/88, 1990/91 e 1993/94);
6 Supertaças C. Oliveira (1985/86, 1989/90, 1990/91, 1992/93 e 1993/94);
1 Taça dos Clubes Campeões Europeus (1986/87);
1 Supertaça Europeia (1986/87) e
1 Taça Intercontinental (1988)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Arquivo do Blogue