segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE IV



Józef Mlynarkzyc - Internacional E4: Vestiu a camisola da selecção da Polónia por 42 vezes (5 pelo OKS Odra, 25 pelo RTS Widzew, 6 pelo SEC Bastiá e 6 pelo FC Porto). Estreou-se a 18 de Fevereiro de 1979, em Tunes, num particular em que a Tunísia foi batida pela Polónia, por 2-0. Enquanto jogador do FC Porto, o jogo de estreia, que constituiu a sua 37ª internacionalização, foi em Cádiz, a 26 de Março de 1986, num amigável em que a Polónia foi derrotada pela Espanha, por 3-0.

Participou como titular da baliza da Polónia nos Campeonatos do Mundo de 1982, em Espanha, onde ajudou a conquistar o 3º lugar e no de 1986, no México, onde ajudou a derrotar a selecção portuguesa, por 1-0.

Natural de Nowa Sol, Polónia, começou a sua carreira de futebolista no clube da sua terra natal, o Dzamet Nowa Sol, passando pelo modesto BBTS Bielsko-Biala, seguindo-se o Odra Opole. Aos 27 anos chegou finalmente a um dos maiores clubes polacos, o Widzew Lodz. Durante quatro anos foi alternando entre a titularidade e o banco de suplentes, vencendo dois títulos de campeão nacional. Na edição de 1982/83, da Taça dos Clubes Campeões Europeus, ajudou o Widzew a chegar às meias-finais da competição, após ter derrotado o Liverpool nos oitavos-de-final (4-3 no conjunto das duas mãos).

Após autorização governamental, emigrou em 1984, com 31 anos, para França, transferindo-se para o SEC Bastiá. Em Janeiro de 1986, ingressou no FC Porto onde, após uma disputa interessante com Zé Beto, se tornou o guarda-redes titular indiscutível, tendo participado nas três finais internacionais ganhas pelo FC Porto, até ter começado a perder importância face à ascensão de um jovem de 18 anos que haveria de fazer história no futebol mundial, de seu nome Vítor Baía.

«Mly» personificava a escola de guarda-redes de Leste. Alto, frio, sereno, imperturbável e de uma personalidade muito forte era exímio entre os postes. A sua maior fragilidade era a saída aos cruzamentos.

Estas qualidades foram a base do seu sucesso e longevidade. Foi fundamental em todos os títulos nacionais e internacionais que disputou.

Depois de uma grave lesão pôs fim à sua carreira de futebolista, continuando no FC Porto a fazer parte da equipa técnica onde tinha a função de treinador dos guarda-redes. Alguns anos mais tarde regressou ao seu país para desempenhar idênticas funções, primeiro na selecção polaca e depois no Widzew Lodz.

Palmarés ao serviço do FC Porto: 2 Campeonatos Nacionais (1985/86 e 1987/88); 1 Taça de Portugal (1987/88); 1 Supertaça Cândido de Oliveira (1986); 1 Taça dos Campeões Europeus (1986/87); 1 Taça Intercontinental (1987) e 1 Supertaça Europeia (1987).

(Continua)
Fonte: European Football National Teams Matches 

domingo, 26 de fevereiro de 2012

LIDERANÇA, DE PARTO DIFÍCIL

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

A recuperação da liderança no Campeonato nacional não foi tarefa nada fácil, apesar de pela frente se apresentar uma das equipas piores classificadas.

Muito bem organizada na sua defesa, o Feirense foi adiando enquanto pôde a vitória portista, beneficiando de uma primeira parte pouco esclarecida, lenta, desinspirada, aqui e acolá salpicada com manifestações de ansiedade e até alguma fadiga física e psicológica, duma turma portista que tarda a encontrar a estabilidade no seu futebol.

Os Dragões voltaram a patentear algumas deficiências ao nível da construção, no passe e no remate, desperdiçando três boas oportunidades de abrir o activo. Os forasteiros foram controlando o resultado, também à custa de um guardião em noite de grande brilhantismo e só nos últimos dez minutos da primeira parte conseguiram criar alguns dissabores à defensiva portista, aparecendo com mais frequência perto da baliza azul e branca, algumas vezes com muito perigo.

No segundo tempo os Dragões entraram com outra disposição. Mais confiantes e decididos, os lances de penetração surgiram com naturalidade, numa sucessão de oportunidades desperdiçadas. Até que aos 57' o defesa Luciano fez grande penalidade, derrubando Janko, sendo por isso expulso. Hulk, em noite completamente desastrada, falhou a conclusão com um remate fraco e denunciado.

Se o Porto já dominava claramente o seu adversário, a jogar em superioridade numérica esse domínio acentuou-se e os golos apareceram como corolário. O Porto marcou dois golos mas criou inúmeras oportunidades que, umas vezes por mérito do guardião Paulo Lopes, outras por  aselhice dos jogadores portistas, não foram concretizadas.

Vitória justa da única equipa que tudo fez para vencer o jogo, embora nem sempre da melhor maneira.
Destaque para a boa exibição de Maicon, o melhor jogador portista, talvez dos poucos que se apresenta num pico de forma verdadeiramente exemplar. Defendeu sempre bem e foi da sua cabeça que saiu o primeiro golo do encontro. Mas o melhor em campo foi mesmo o guarda-redes do Feirense, Paulo Lopes, que com um punhado de defesas espectaculares, evitou uma goleada. 

O FC Porto volta assim à liderança, cinco jornadas depois. Espero que seja para se manter até ao final da prova. Não vai ser fácil!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

TRISTEZAS NÃO PAGAM DIVIDAS, POR ISSO ARREGACEMOS AS MANGAS

Nada como uma vitória convincente para fazer esquecer as agruras da recente eliminação da Liga Europa. Agora apenas focados no objectivo da renovação do título, alimentada pela escorregadela do clube das papoilas saltitantes no berço da nacionalidade, os Dragões, voltando a depender de si próprios, vão encontrar pela frente uma das turmas que lhes roubou pontos na 1ª volta.

Desta vez, estou convencido que a equipa vai encontrar os caminhos para uma vitória clara e rectificar o resultado averbado em Aveiro.
Álvaro Pereira e Marc Janko estão de regresso aos eleitos, depois do afastamento do embate em Manchester, o defesa por castigo e o avançado por não poder ser inscrito.

As grandes novidades são mesmo as ausências, por opção do treinador, de Kléber e Iturbe, bem como a inclusão de Otamendi que recuperou da lesão sofrida em Inglaterra.

Quem continua entregue ao Departamento médico são Danilo e Mangala.

LISTA DOS CONVOCADOS
EQUIPA PROVÁVEL
Competição: Liga Zon Sagres 2011/12 - 20ª Jornada
Palco do jogo: Estádio do Dragão - Porto
Data e hora do jogo: 26 de Fevereiro de 2012 às 20:15 h
Árbitro: João Ferreira - A.F. Setúbal
Transmissão: SportTv1

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

RESULTADO HUMILHANTE...

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

A tarefa não era nada fácil, mas depois de um golo a frio, logo no primeiro minuto, ficou ainda mais difícil e transformou-se em humilhação, quando aos 77' Rolando foi expulso.

Por paradoxo que possa parecer, o nível exibicional do FC Porto até nem foi tão medíocre como o resultado sugere. No entanto, os Dragões falharam de forma flagrante em dois vectores fundamentais: na competência defensiva e na ofensiva. Na defesa abriram auto-estradas, com falhas clamorosas, que podiam até ter sido mais corrosivas, em termos de resultado, no ataque incapacidade completa para burilar uma verdadeira ocasião de golo.

O City, cedo percebeu que não necessitava de grande aplicação para conquistar um resultado positivo. Sabia bem das deficiências do seu opositor, ofereceu a condução do jogo, defendeu com enorme competência as frágeis tentativas portistas e esperou as anunciadas ofertas, que começaram logo no minuto 1.

Depois foi só ir aproveitando com inteligência as incidências do jogo e aplicar o golpe de misericórdia.  O resultado peca até por escasso. Em conclusão, os ingleses limitaram-se a fazer a gestão das «abébias» portistas, sem necessitarem de fazer uma grande exibição.

A imagem dos Dragões, em terras de «Sua Magestade», sai novamente beliscada, vergada por mais uma derrota humilhante.

Sobra agora tempo para a equipa se dedicar a 100% às Ligas Nacionais e apesar de voltar depender dela própria, não me parece, que com este tipo de futebol, vá conseguir os seus objectivos.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

REMAR CONTRA A MARÉ


Um grande desafio é o que espera ao FC Porto, na sua difícil deslocação a Manchester, na tentativa de rectificar o resultado negativo, averbado no Dragão, e desta forma manter a ambição da renovação do titulo da Uefa Europa League .

Convenhamos que a tarefa é gigantesca, quase impossível, se nos recordarmos que pela frente está a melhor equipa inglesa da actualidade e que os azuis e brancos nunca venceram em Inglaterra. A par disso, os Dragões não conseguiram, ainda, esta temporada, apresentar índices exibicionais consistentes e duradouros, capazes de alimentar, com legitimidade, tal desiderato.

Resta-nos a esperança, que a sabedoria popular diz ser a última a morrer.

Privado de Danilo e Mangala, ambos lesionados e de Álvaro Pereira, afastado por acumulação de cartões amarelos, Vítor Pereira, que também não pode contar com o ponta-de-lança Marc Janko para esta competição, vai ter que operar a modificações no xadrez.

Se para a lateral esquerda da defesa, parece não haver quaisquer dúvidas, já para o lado contrário só o treinador sabe quem vai utilizar. Sapunaru e Maicon são os candidatos sendo que o brasileiro é também possível no seu lugar natural, onde agora tem a concorrência de Otamendi.

A maior surpresa da convocatória é a inclusão do jovem médio defensivo Tomás Podstawski, o capitão dos «Sub-17», internacional português (Sub-16 e Sub-17), filho de mãe portuguesa e pai polaco. Natural do Porto, o jovem atleta sente-se português de corpo inteiro, apesar dos convites da selecção polaca.

LISTA DOS CONVOCADOS
EQUIPA PROVÁVEL

Competição: Uefa Europa League 2011/12 - Dezasseis-avos-de-final - 2ª Mão
Palco do jogo: Ettihad Stadium - Manchester - Inglaterra
Data e hora do jogo: 22 de Fevereiro de 2012, às 17:00 h
Árbitro: Wolfgang Stark - Alemanha
Transmissão: SportTv1

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE III


NOTA PRÉVIA - Não tendo sido possível efectuar a reconstituição de toda a carreira do atleta em causa, na selecção nacional principal do seu país, decidi correr o risco e apresentar o quadro de jogos habitual, apenas com os jogos em que o atleta actuou, enquanto jogador do FC Porto, informação colhida no site da FIFA, que ainda assim pode pecar por defeito.

Rabah Madjer - Internacional E3: Vestiu a camisola da selecção nacional da Argélia por 87 vezes, 23 das quais enquanto jogador do FC Porto (pelo menos as que foram possíveis confirmar no site acima referido).

Madjer foi considerado o melhor jogador argelino de toda a história, jogando na selecção do seu país durante 14 anos, pertencendo-lhe o recorde de golos marcados, 40 golos nos 87 jogos disputados. Foi fundamental na caminhada da Argélia para o Mundial de Espanha em 1982, ao apontar o último golo da vitória por 2-1, sobre a Nigéria, que confirmou a primeira presença dos magrebinos num Campeonato do Mundo. Reincidiu em 1986 na qualificação para o Mundial de 1986, no México.

Rabah Mustapha Madjer, nasceu em Hussein Dey, nos arredores de Argel, em 1958. Aos 14 anos começou a jogar futebol nas escolas do Onalait d'Hussein-Dey. Dois anos depois estreou-se com a camisola do NA Hussein Dey, iniciando a sua carreira como profissional. Em 1978 o clube vence a final da Taça da Argélia e qualifica-se para a Taça Africana dos Vencedores das Taças. Para surpresa de muitos, no ano seguinte chega à final desta competição, onde perde os dois jogos com os guineenses do Horoya AC.

Depois da surpreendente prestação da Argélia no Campeonato do Mundo de 1982, o nome de Madjer tornou-se conhecido fora de África e em 1983 foi contratado pelo clube francês, o Clube Racing de Paris. Em apenas dois anos completou 50 jogos, nos quais apontou 23 golos, despertando o interesse do Tours FC, para onde se transferiu em 1985.

Na época de 1985/86, voltou a despertar a cobiça do mercado e desta vez saiu de França para jogar no FC Porto, talvez sem imaginar o alcance de tal passo na sua carreira.

Em 1987, o FC Porto fez história e pela primeira vez chegou à final da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Pela frente estava o Bayern de Munique, um gigante do futebol europeu. Aí o argelino escreveu uma das mais belas páginas do futebol portista e mundial. Aos 77 minutos, uma assistência de Juary pela direita, foi magistralmente finalizada por Madjer, com um mágico remate de calcanhar que ainda hoje é anunciado como um momento de rara beleza e apuro técnico. Como que não satisfeito com um dos mais belos golos de sempre, dois minutos depois, Madjer avançou pela esquerda e centrou, com peso, conta e medida para Juary fazer o 2-1. O FC Porto tornava-se Campeão Europeu e Madjer numa estrela refulgente no firmamento do futebol mundial.

No ano seguinte os Dragões disputaram e conquistaram a Taça Intercontinental em Tóquio, batendo o Peñarol, do Uruguai, numa final jogada sob forte nevão. Mais uma vez o golo decisivo foi apontado pelo argelino. No fim foi premiado como o melhor jogador em campo, recebendo do patrocinador da prova uma viatura de marca Toyota.

Depois seguiu para Valência, onde o esperava um contrato milionário. Desta vez Madjer não foi feliz. A sua estadia em Espanha limitou-se a 14 jogos e quatro golos.

Regressou então à cidade do Porto, a uma casa onde fora feliz. Vitoriado e amado pelos adeptos, envergou a camisola azul e branca até 1991, ano em que foi experimentar outras sensações, no SC Qatar, onde terminou a sua carreira.

Com um palmarés riquíssimo, Madjer conquistou a Bola de Ouro de África em 1987, tendo sido 2º em 1985 e 3º em 1990. Ganhou uma Taça das Nações Africanas em 1990, uma Taça da Argélia em 1979, foi eleito o melhor jogador argelino em 1987 e o quinto melhor jogador africano do século XX.

Palmarés ao serviço do FC Porto: 1 Taça dos Clubes Campeões Europeus em 1986/87; 1 Taça Intercontinental em 1987/88; 1 Supertaça Europeia em 1987/88; 2 Campeonatos nacionais em 1986 e 1990; 1 Taça de Portugal em 1991 e 2 Supertaças Cândido de Oliveira em 1986 e 1991.
(Clicar no quadro para ampliar)
(Continua)
Fontes: Fifa.com; Worldfootball.net e Zero a Zero

domingo, 19 de fevereiro de 2012

VITÓRIA ESPERADA NUM JOGO COM POUCO FUTEBOL

FICHA DO JOGO
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O jogo de hoje foi sobretudo um conjunto de surpresas. Desde logo na formação do onze inicial, onde Sapunaru fez a sua reaparição, após prolongada ausência, relegando Maicon para o banco, de certa forma contrariando a ideia do treinador, quanto ao denominado  «príncipio da chiclete»! Depois tivemos um golo madrugador (3') que provavelmente terá desmontado o chamado «autocarro» sadino e finalmente um golo de Fernando!
De resto, o jogo, a valer alguma coisa, terá sido apenas e só pelos golos. É que se na primeira metade ainda se viram algumas (poucas) jogadas com ligação, na segunda nem isso. O «Vitinho» queixou-se da fadiga provocado pelo confronto com o Manchester City, de Quinta-feira passada e do fraco estado do relvado (muito alto e irregular). Desculpas!

O jogo até tinha tudo para se tornar agradável e bem jogado. A jogar contra a pior equipa do campeonato e a vencer desde o 3º minuto, esperava-se um futebol sereno mas de boa qualidade técnica. Os jogadores portistas optaram por uma toada de treino, de futebol aos repelões, sem grande ligação, com momentos de desconcentração e pouca aplicação que não dignificam o emblema que envergam. O treinador gostou da exibição! Eu não.  Os amantes das estatísticas apoiar-se-ao nos números esmagadores para falarem em superioridade. Incontestável mas sem brilho. Não será seguramente a jogar desta forma que teremos chances de lutar pelo título.

Destaque para mais um golo de Marc Janko, o terceiro consecutivo em três jogos disputados.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

ULTRAPASSAR O AUTOCARRO, SÓ UM PORTO COMPETENTE

Continuar a manter uma réstia de esperança na revalidação do título (tarefa quase impossível em função da passadeira encarnada, há muito estendida pela APAF), passa naturalmente por uma vitória no Bonfim.

A tarefa prioritária, no entanto, é defender a segunda posição, face à vitória do Sp. de Braga, hoje em Barcelos, que coloca os minhotos com o mesmo numero de pontos dos Dragões.
Creio que não será difícil imaginar que o Vitória de Setúbal vai colocar o autocarro perto da sua baliza para procurar tirar dividendos. Cabe ao FC Porto saber desmontar este esquema super-defensivo e ultrapassar com competência as dificuldades que lhe vão ser colocadas.

Danilo e Mangala, que sofreram lesões no jogo da Liga Europa, são, juntamente com o castigado Álvaro Pereira, as ausências mais notadas da lista de convocados de Vítor Pereira. Sapunaru, Otamendi, Marc Janko e Iturbe, são as novidades.

Pensando no «princípio da chiclete», rejeitado pelo treinador Vítor Pereira na gestão do plantel, tudo leva a crer que Maicon estará de regresso à lateral direita e Silvestre Varela ganhará vantagem, em relação a James Rodríguez. Hulk também regressará ao seu lugar natural na ala e Marc Janko será o ponta-de-lança.

LISTA DOS CONVOCADOS
EQUIPA PROVÁVEL
Competição: Liga Zon Sagres 2011/12 - 19ª Jornada
Palco do jogo: Estádio do Bonfim - Setúbal
Data e hora do jogo: 19 de Fevereiro de 2012, às 18:15 h
Árbitro: Paulo Baptista - A.F. Portalegre
Transmissão: TVI

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

DRAGÃO DE DUAS FACES HIPOTECA CANDIDATURA

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Foi um Dragão de duas faces o que hoje se apresentou no bem tratado relvado do anfiteatro portista. O da primeira parte, um convicto e categorizado conjunto que puxou dos seus galões de Campeão da Liga Europa e praticou um futebol intenso, incisivo, prático e ofensivo, que deixou os «citizens» em estado de alerta. Pena que esta fase do Porto de gala só tenha rendido um golo, numa bela jogada colectiva, de futebol corrido, finalizada a preceito pelo ressuscitado Silvestre Varela.
Antes porém, um cabeceamento de Rolando, acorrendo a um cruzamento tele-guiado de James Rodriguez, foi salvo «in-extremis» por Clichy, quase em cima da linha fatal.  Hulk foi protagonista de um lance, dentro da área, em que o defesa forasteiro Kompany o afasta com os braços, impedindo-o de discutir o lance. Grande penalidade clara que o árbitro turco sonegou ao conjunto azul e branco.

A categorizada equipa inglesa, neste período,  mostrou imenso respeito pelo FC Porto, aventurando-se muito pouco nas acções ofensivas. Só depois da lesão de Danilo, que foi forçado a abandonar, sem que não antes tivesse visto um cartão amarelo completamente ridículo, e enquanto a turma portista estava momentaneamente reduzida a 10 elementos, o City  aproveitou para fazer duas incursões muito perigosas à área portista, superiormente resolvidas por Helton, com duas excelentes defesas.
O da segunda metade do encontro que trouxe as equipas completamente transfiguradas. O FC Porto perdera o seu fulgor a aparecia agora com aquela fatiota foleira que tem apresentado internamente, com desconcentrações e erros fatais, que não se podem ter contra equipas do nível do actual Manchester City. Incapaz de manter a intensidade de jogo da primeira parte, os Dragões cedo começaram a cometer os erros do costume, disso se aproveitando a equipa inglesa. Richards deu o primeiro aviso, aos 50 minutos, aparecendo solto na direita a atirar ao poste. Cinco minutos depois, num momento de infortúnio, misturado com alguma atrapalhação, Álvaro Pereira ao tentar cortar um lance, em disputa com Balotelli, viu a bola ressaltar-lhe no braço, enganar Helton (que não estava bem colocado) e encaminhar-se para a baliza deserta. Balde de água fria que a equipa acusou permitindo novas veleidades ao ataque, cada vez mais intenso, dos «citizens».

Aos 85' os ingleses sentenciaram o destino da partida e quiçá desta eliminatória ao aproveitaram mais uma falha colectiva da defesa portista que abriu uma auto-estrada por onde passaram Y. Toré que ofereceu de bandeja o golo a Aguero. Foi a estocada final.

O Porto hipotecou, de forma quase decisiva, a aspiração de renovar o título. Agora, só um milagre, que eu não acredito que aconteça, poderá inverter o rumo da eliminatória. 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

MISSÃO IMPOSSÍVEL? TALVEZ NÃO...


De regresso às lides europeias, desta vez não na prova rainha mas naquela em que é o campeão em título,  o FC Porto vai medir forças com uma das equipas mais fortes da competição, fruto de um sorteio demasiado exigente, que colocou o Manchester City, actual líder da Premier League, no caminho dos Dragões.

A tarefa de eliminar tão cotado adversário, um dos principais candidatos à vitória na prova, também ele relegado da Champions League, não vai ser nada fácil. Missão impossível? Talvez não, mas a verdade é que se o FC Porto da época passada era claramente uma equipa de nível da CL, esta época ainda não atingiu esses parâmetros e, se calhar, nem mesmo os da UEL.


Fundado em 1880 por oficiais da Igreja de St Mark e Gorton Oeste, numa tentativa de refrear a violência de gangues e o alcoolismo entre os homens em Manchester Leste, o clube foi conhecido como Gorton AFC e Ardwick AFC, antes de adoptar o nome actual em 1894.  A subida à primeira Liga Inglesa consumou-se em 1899.

O City venceu o seu primeiro campeonato em 1937, tendo sido despromovido na época seguinte (facto inédito na história do futebol inglês). Antes já tinha conquistado a Taça de Inglaterra por duas vezes (1904 e 1934). O clube conquistou ao longo da sua existência outros títulos. Voltou a ser campeão nacional em 1967/68,  ganhou mais duas Taças de Inglaterra, em 1956 e 1969 e a Taça dos Vencedores das Taças, na temporada seguinte.

As glórias do passado viriam a pesar sobre os ombros do City, nos anos seguintes, altura em que se afundou até ao terceiro escalão, em 1998, mas no espaço de dois anos o clube estava de regresso à Premier League, onde permaneceu apenas uma época antes de nova descida. Voltou a subir em 2001/02 e a chegada de novos milionários no Verão de 2009, transformou-a numa equipa capaz de competir em pé de igualdade com os maiores clubes de Inglaterra.


Quanto ao FC Porto, Vítor Pereira vai ter de fazer alterações na equipa, em relação aos dois últimos jogos. É sabido que não pode contar com o ponta-de-lança austríaco Marc Janko, que não foi inscrito na UEFA, por ter já jogado esta competição pelo seu anterior clube. Entretanto já pode contar com Rolando e Kléber. O primeiro, depois do impedimento por castigo e o segundo já recuperado de lesão. São eles as principais novidades da convocatória para este jogo.


LISTA DOS CONVOCADOS
EQUIPA PROVÁVEL
Competição: Uefa Europe League - Dezasseis-avos de final - 1ª Mão
Palco do jogo: Estádio do Dragão - Porto
Data e hora do jogo: 16 de Fevereiro de 2012, às 20:05 h
Árbitro: Cuneyt Çakir - Turquia
Transmissão: SIC

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE II



Mike Walsh - Internacional E2: Foi internacional pela Republica da Irlanda por 21 ocasiões (4 pelo Blackpool FC, 1 pelo Everton FC, 3 pelo Queens Park Rangers e 13 pelo FC Porto), concretizando três golos.

Estrou-se a 24 de Março de 1976, em Dublin, num amigável frente à Noruega, com vitória por 3-0, com um golo da sua autoria. Enquanto jogador do FC Porto, faria a sua 9ª internacionalização, em 25 de Março de 1981, em Bruxelas, contra a Bélgica, em jogo de qualificação para o Mundial de 1982, com derrota da sua selecção, por 1-0.

A sua carreira na Selecção ficou marcada pelo golo apontado à União Soviética (URSS), em Setembro de 1984, que garantiu uma preciosa vitória (1-0), na qualificação para o Campeonato do Mundo do México.

Natural de Chorley Lancashire - Rep. Irlanda, Walsh profissionalizou-se com apenas 19 anos, ao serviço do Blackpool, clube do Norte de Inglaterra, onde permaneceu durante cinco épocas. Antes de chegar ao FC Porto, representou ainda dois históricos do futebol inglês: o Everton FC e o Queens Park Rangers.

Ingressou no FC Porto em 1980, com 25 anos de idade, vindo substituir Fernando Gomes que, na sequência do Verão quente desse ano, partiu para Espanha para jogar no Sporting de Gijon.

Jogador tipicamente britânico, caracterizava-se pela robustez física, pela capacidade de jogar de cabeça e pelas naturais dificuldades com a bola nos pés. A sua adaptação ao futebol português foi rápida e fácil, tendo-se consagrado, no imediato, o melhor marcador da equipa ao apontar 14 golos. A época seguinte foi menos produtiva em função da escolha do treinador austríaco Hermann Stessl que o preteriu em relação a um avançado mais móvel e produtivo, o pequenino Jacques, entretanto contratado ao Braga, que viria a tornar-se o rei dos marcadores do Campeonato.

Na época de 1982/83, com José Maria Pedroto ao leme do comando técnico, a sua melhor marca (15 golos) só foi superado pelo regressado Fernando Gomes (36 golos). Na época seguinte voltou a ser pouco utilizado, mas conseguiu o seu momento de glória em Donetsk, na Ucrânia, nos quartos-de-final da Taça das Taças, ao apontar o golo que colocou o FC Porto nas meias-finais da competição, traçando a trajectória da primeira final europeia portista.

Nas duas temporadas seguintes, com Artur Jorge como treinador, Mike Walsh, para além de algumas lesões teve ainda uma concorrência de alto nível e por isso foi ainda menos utilizado.

Walsh deixou o FC Porto com 31 anos, mas continuou em Portugal nas épocas seguintes, em representação do Salgueiros, do Sp. Espinho e do Rio Ave.

Palmarés ao serviço do FC Porto: 2 Campeonatos nacionais (1984/85 e 1985/86); 1 Taça de Portugal (1983/84) e 2 Supertaças Cândido de Oliveira (1981/82 e 1984/85)

(Clicar no quadro para ampliar)


(Continua)

Fonte: European Football National Team Matches 1872-2011

domingo, 12 de fevereiro de 2012

MISSÃO CUMPRIDA...

FICHA DO JOGO
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O FC Porto subiu hoje ao relvado do Dragão com o espírito de treino com que tinha realizado o último encontro para a Taça da Liga. Só que desta vez encontrou pela frente uma equipa mais organizada e competente na defesa da sua baliza. Os leirienses assumiram o «autocarro» ao jogar com três defesas-centrais,  povoando  o seu meio-campo, roubando espaços para a manobra portista e quase abdicando do ataque.

Contra este sistema, é dos livros, a melhor arma é a velocidade, conjugada com intensidade e criatividade. Os Dragões, ao contrário, abordaram o jogo com demasiada apatia, sem velocidade, abusando dos passes para trás e para o lado, sem qualquer progressão. 

Os primeiros 45 minutos foram caracterizados pelo futebol abúlico, previsível e fastidioso, que provocou algum descontentamento na massa «assobiativa». Um suplício!

A segunda parte parecia levar o mesmo caminho. Vítor Pereira fez entrar os mesmos onze jogadores com que começara a partida! Parecia conformado.

Mas as coisas começaram a mudar, não que os azuis e brancos mostrassem grande melhoria.  Uma entrada ríspida  do lateral esquerdo Shaffer sobre João Moutinho foi castigada com cartão vermelho directo, fazendo com que o União de Leiria se unisse mais junto da sua área.

Como a coisa, ainda assim, não saía da cepa torta, eis senão quando, Vítor Pereira, num rasgo de inteligência, descobriu que tinha a solução no banco (mais vale tarde que nunca). Vai daí, retirou o complicado e improdutivo Silvestre Varela para introduzir no jogo «El bandido», esse mesmo, o puto maravilha, James, James Rodríguez - ordem para jogar e fazer jogar.

Foi remédio santo. O «puto» entrou aos 60' e começou logo a fazer estragos e a definir o resultado. Primeiro na assistência para o primeiro golo, num cruzamento com peso conta e medida, que ao gigante Marco Janko, só lhe restou encostar para as redes; depois foi um distribuir de bola, daquela forma que na gíria dizemos «até tem olhinhos»;  como se não bastasse, apontou o segundo golo, na sequência de uma bonita jogada colectiva que Lucho, com o guarda-redes pela frente, não conseguiu ser feliz, sobrando a bola para que o colombiano, muito oportuno, não perdoasse; finalmente teve ainda tempo para assistir para o quarto golo, num livre por si marcado para a área que proporcionou a cabeçada certeira de Maicon que encerrou a contagem.

É caso para perguntar: O que faz uma « jóia» destas no banco?

Vitória certa num jogo que valeu pela última meia-hora, desde a entrada de James Rodríguez, o elemento VIP deste jogo.  

sábado, 11 de fevereiro de 2012

UNIDOS PARA DERROTAR A UNIÃO!


O título deste post pode parecer um paradoxo mas reflecte a realidade. O FC Porto vai receber a União de Leiria para mais uma jornada do Campeonato nacional e só com a união de todo o grupo de trabalho será possível pensar na vitória, único resultado que alimentará uma réstia de esperança para o atingir do principal objectivo traçado para esta época.

Enquanto há vida há esperança e por isso não vamos atirar a toalha ao chão. Por outro lado, manter para já o 2º lugar, é no imediato,  missão prioritária, tendo em conta a pressão exercida pelo Braga, que já jogou e venceu o seu jogo da 18ª jornada, igualando os Dragões nos 40 pontos.


O regresso de Hulk, finalmente recuperado de lesão muscular, é a principal novidade na lista dos convocados para o jogo deste domingo. Djalma é também um dos regressados, depois do seu afastamento para participar na Taça das Nações Africanas.

Kléber, lesionado no ombro direito, Rolando e Otamendi, a cumprir castigo por acumulação de amarelos e Souza, emprestado ao Grémio, do Brasil, não fazem parte das escolhas de Vítor Pereira.

LISTA DOS CONVOCADOS
EQUIPA PROVÁVEL
Competição: Liga Zon Sagres 2011/12 - 18ª Jornada
Palco: Estádio do Dragão - Porto
Data e Hora do jogo: 12 de Fevereiro de 2012, às 20:15 h
Árbitro: Rui Silva - A.F. Vila Real
Transmissão: SportTv1