sábado, 30 de abril de 2011

NO BONFIM PARA COLORIR A HISTÓRIA

O FC Porto vai no próximo Domingo tentar, em Setúbal, manter a invencibilidade no campeonato e, se possível, concretizar a 16ª vitória consecutiva na prova, a 14ª em jogos oficiais.

Estes constituem, a par com a possibilidade de Hulk cimentar a sua posição de líder dos marcadores da Liga, bem como um eventual alargamento da diferença pontual que separa os Dragões dos seus perseguidores mais próximos, os principais factores de motivação para esta equipa que já há muito garantiu o título.
Procurando respeitar à letra o lema «VENCER É O NOSSO DESTINO», e ciente da qualidade dos departamentos Físico e Médico que com ele colaboram, o jovem treinador portista não se coíbe de utilizar os meios técnicos que maior garantia lhe proporcionam para alimentar as suas ambições e encher de orgulho os apaniguados portistas. 

Com Sapunaru e João Moutinho impedidos por castigo, André Villas-Boas operou três alterações na lista dos convocados, já que optou dar descanso a Helton.  Regressam Kieszek, Sereno e Mariano Gonzalez.

Lista dos convocados

Guarda-redes: Beto e Kieszek;
Defesas: Sereno, Rolando, Otamendi, Maicon e Álvaro Pereira;
Médios: Fernando, Guarín, Souza e Rúben Micael;
Avançados: Mariano Gonzalez, Hulk, Falcao, Walter, Silvestre Varela, James Rodríguez e Cristian Rodríguez

EQUIPA PROVÁVEL

Competição: Liga Zon Sagres - 28ª Jornada
Palco: Estádio do Bonfim - Setúbal
Data e hora: 01 de Maio de 2011, às 20:15 h
Árbitro: Rui Costa - A.F. Porto
Transmissão: SportTv1

quinta-feira, 28 de abril de 2011

BICADAS DE FALCAO FURAM SUBMARINO AMARELO!

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Foi um FC Porto demolidor, na segunda parte, que construiu um resultado robusto, capaz de o colocar com um pé na final em Dublin.

Os Dragões entraram com a disposição de colocar o Villarreal em sentido e para tal, logo na primeira jogada de ataque o guardião espanhol foi obrigado a trabalho aturado, mas a equipa espanhola, soube explorar o frequente adiantamento posicional de Álvaro Pereira para aparecer com perigo junto da baliza de Helton. Durante a primeira parte, criaram  quatro boas oportunidades para abrir o marcador, acabando mesmo por marcar um minuto antes do intervalo.

No regresso, para a segunda metade, o FC Porto entrou a todo o gás, logrando restabelecer a igualdade logo no quarto minuto, de grande penalidade a castigar o derrube do guarda-redes Diégo Lopez sobre Falcao. O colombiano marcou e não falhou.

Depois foi uma autêntica cavalgada, no assalto à baliza contrária. Galvanizados pelo golo e pelos constantes incitamentos das bancadas, o domínio portista intensificou-se e foi sem grande surpresa que apareceu o segundo golo, da autoria de Guarín, em duas tentativas. Primeiro a bola ainda foi ao poste, mas na recarga a insistência do colombiano saiu premiada.

O Villarreal, cada vez mais atarantado não conseguia reagir. Os Dragões aproveitaram essa desorientação e fizeram subir o marcador. Falcao, uma seta apontada à baliza e com fome de golos, acabou por fazer o «poker» fazendo colorir o resultado nuns claros 5-1.
Com estes quatro golos, Falcao pulverizou vários recordes: Ultrapassou Derlei na marca de golos conseguidos numa  época (11 golos), em competições europeias; tornou-se o melhor marcador portista, na Europa (neste momento com 20 golos), ultrapassando Fernando Gomes (17) e Mário Jardel (19); consolidou a liderança em golos marcados na prova (15), contra 10 de Rossi e igualou a marca do alemão Jurgen Klinsmann (15 golos), numa única edição da Taça Uefa/Liga Europa. É obra!

O resultado quase garante a ida a Dublin, mas a segunda-mão terá de ser encarada com muita responsabilidade porque o Villarreal mostrou, principalmente na primeira parte, ser uma equipa bastante perigosa que terá ainda uma palavra a dizer quanto ao destino da eliminatória.

Os meus destaques vão, naturalmente para Falcao e para João Moutinho.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

VILLARREAL, «O SUBMARINO AMARELO» QUE QUEREMOS TORPEDEAR

Num bom momento de forma e com a confiança em alta, depois dos últimos êxitos, que culminou com o apuramento para a final da Taça de Portugal, conseguido na casa do principal rival, o FC Porto vai ter esta Quinta-feira, mais um exigente teste às suas capacidades, cabendo-lhe defrontar um dos principais candidatos à vitória na Liga Europa. Trata-se do Villarreal, equipa que ocupa actualmente o 4º lugar da Liga espanhola.
O Villarreal, fundado em 1923, conta com quase noventa anos de existência, mas só há cerca de uma década evoluiu para o patamar da alta competição, tornando-se num clube respeitado, nacional e internacionalmente, por acção de um empresário de sucesso, disposto a investir para o salto qualitativo, que efectivamente conseguiu.

Fernando Roig, assim se chama o principal accionista e presidente do Villarreal, clube de uma pequena cidade de cerca de 55 mil habitantes, conseguiu congregar no seu seio, cerca de 90 mil associados, recrutados em toda a região da Comunidade Valenciana, que ocupa regularmente os 22 mil lugares do estádio El Madrigal, sempre que a equipa joga em casa.

Com um orçamento inferior ao do FC Porto, o segredo do sucesso deste presidente passa por contratar bem e barato, tirando o melhor rendimento dos atletas, um pouco aliás, à imagem dos Dragões. A maior «loucura» da história do clube foi a contratação do brasileiro Nilmar que custou  12 milhões de euros! Este brasileiro e o italiano Rossi são as figuras mais destacadas do actual plantel, que conta ainda com Marchena, Capdevila e Santi Carzola.

No seu modesto palmarés conta com um título da III Divisão e duas Taças Intertoto. O máximo que conseguiu na Liga espanhola foi um segundo lugar e na Europa o maior feito foi ter chegado às meias-finais de Champios League, de 2005/2006, depois de eliminar o Manchester United e Inter de Milão.


Apesar da gritante diferença de palmarés, o Villarreal não será um adversário fácil, bem pelo contrário. É sem dúvida alguma o obstáculo mais difícil que o FC Porto vai encontrar esta época e que só poderá ultrapassar se conseguir apresentar, na sua plenitude, todos os  argumentos de que dispõe.


Helton, Guarín e Maicon estão de regresso às opções de André Villas-Boas, depois de terem falhado a 2ª mão da meia-final da Taça de Portugal, ocupando as vagas de Kieszek, Mariano Gonzalez e Sereno.


A cargo do Departamento médico continuam Emídio Rafael, Fucille e Belluschi.


Lista dos convocados

Guarda-redes: Helton e Beto;
Defesas: Sapunaru, Rolando, Otamendi, Maicon e Álvaro Pereira;
Médios: Fernando, João Moutinho, Guarín, Rúben Micael e Souza;
Avançados: Hulk, Falcao, Walter, Silvestre Varela, James Rodríguez e Cristian Rodríguez

EQUIPA PROVÁVEL


Competição: Uefa Europe League - Meia-final - 1ª Mão
Palco: Estádio do Dragão - Porto
Data e hora: 28 de Abril de 2011, às 20:05 h
Árbitro: Bjorn Kuipers - Holanda
Transmissão: SportTv1

segunda-feira, 25 de abril de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 70) - I PARTE

A década de setenta foi das mais férteis na produção de novos internacionais portistas. A Selecção nacional principal foi chamada a disputar 52 jogos, nesse período, e foram 18 os atletas do FC Porto que se estrearam envergando as cores nacionais.

Abel Maglietti - 41º internacional: Vestiu as cores nacionais por quatro vezes, com estreia em 10 de Maio de 1972, em Nicósia, contra o Chipre.

Moçambicano de nascença, Abel ingressou em 1967/68 no Benfica, clube que representou durante três épocas e onde venceu dois Campeonatos nacionais e duas Taças de Portugal.

Transferiu-se para o FC Porto na época de 1970/71, onde formou dupla atacante com o internacional brasileiro Flávio. Representou o nosso emblema durante cinco épocas, apontando 64 golos.

António Oliveira - 42º internacional: Vestiu a camisola das quinas por 24 vezes (13 pelo FC Porto, 2 pelo Bétis de Sevilha, 2 pelo Penafiel e 7 pelo Sporting). Estreou-se na Selecção nacional em 13 de Novembro de 1974, contra a Suíça, com derrota por 3-0, num jogo amigável efectuado em Berna.

Começou a jogar futebol nas camadas jovens do FC Porto. Aos 17 anos, ainda com idade de júnior, passou a treinar com a equipa principal, por iniciativa do treinador brasileiro Paulo Amaral.

Mas foi com o «mestre» José Maria Pedroto, um dos mais competentes e sabedores técnicos portugueses de todos os tempos, que Oliveira se assumiu como uma estrela das mais cintilantes do futebol português. Aos 26 anos era um futebolista com grande visibilidade e cobiçado na Europa.

Experimentou uma fugaz passagem por Espanha, tendo sido contratado no Verão de 1978, pelo Bétis de Sevilha. Mas a sua irreverência e indisciplina acabou por influir na sua inadaptação ao campeonato espanhol, regressando ao FC Porto, que o recebeu de braços abertos.

Era um jogador rápido, desconcertante, evoluído tecnicamente que espalhava o pânico nas defesas contrárias.

No «Verão quente» de 1980, descontente com a instabilidade que as saídas de Pedroto e Pinto da Costa provocaram no Clube, deixou as Antas e ingressou no FC Penafiel, equipa da sua terra natal, como trampolim para acabar no Sporting na época seguinte.

Regressou ao FC Porto, como treinador, em 1996/97, conquistando dois títulos nacionais e uma Taça de Portugal. Ao cabo de duas épocas decidiu não aceitar a renovação do seu contrato, proposta por Pinto da Costa.

António José Oliveira Meireles (Tibi) - 43º internacional: Representou a Selecção nacional por duas vezes. Fez a estreia com apenas 21 anos, frente à Suíça, em 13 de Novembro de 1974.

Tibi iniciou a sua carreira profissional ao serviço do Leixões, na temporada de 1969/70, clube que representou durante seis épocas (3 na formação e 3 como profissional). Transferiu-se para o FC Porto em 1972/73.

Esteve nos Dragões em duas fases. Primeiro entre 1972 e 1977, e mais tarde entre 1979 e 1983. Acabou por ser mais utilizado na sua primeira passagem pelo Clube, durante a década de 70, isto porque no início dos anos 80 encontrou na concorrência de Zé Beto um forte obstáculo à titularidade.

Conquistou uma Taça de Portugal e duas Supertaças Cândido de Oliveira.

Adelino Teixeira - 44º internacional: Representou a equipa portuguesa por doze vezes, com estreia em 13 de Novembro de 1974, em Berna, contra a Suíça.

Estreou-se como profissional no Leixões, na época de 1970/71. Representou o clube matosinhense durante quatro temporadas, tendo-se transferido no início da época de 1974/75 para o FC Porto, onde jogou durante as nove temporadas que se seguiram e onde conquistou 1 Taça de Portugal, 2 Campeonatos Nacionais e 2 Supertaças Cândido de Oliveira.

Foi um jogador de grande utilidade devido à sua capacidade de adaptação a qualquer posição do meio-campo e defesa.

No final da temporada de 1982/83 deixou o FC Porto rumando ao Bessa, para jogar no Boavista. 

(Continua)
Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras e Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

LAMPIONAGEM FORA DA CARROÇA!

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

O FC Porto voltou ao estádio do clube do regime para cometer uma nova humilhação, esta ainda mais categórica, tendo em conta que se apresentou neste jogo com uma desvantagem de dois golos, diferença considerada pelos lunáticos lampiões mais que suficiente para garantirem a passagem à final.

Como se viu, mais uma vez, os Dragões não se intimidaram, nem mesmo tendo que jogar em campo inclinado.

Cientes do seu real valor, entraram no jogo, primeiro cautelosos, a tentar perceber a ideia do adversário e quando chegaram à conclusão que estava na hora de dar o golpe fatal, arregaçaram as mangas, impuseram o seu futebol criativo e eficaz, e em dez minutos construíram o resultado que mais lhe interessava: um claro 3-0, como quem muda a fralda ao bebé!

Carlos Xistra, naturalmente, ainda tentou a ajuda da praxe ao assinalar um penalti ridículo a Sapunaru, quando a   bola ressaltou no braço do avançado adversário, mas nem assim o «campeão dos túneis» foi capaz de reverter essa oferta num resultado favorável, mesmo que Cardozo tenha concretizado o bodo dos pobres.

Quarta vitória categórica do FC Porto nos cinco confrontos, esta época frente a este adversário, duas das quais no galinheiro, uma em campo neutro e apenas uma no Dragão, com um total de 12 golos marcados contra 4 sofridos. É obra!
Numa exibição quase perfeita, destaque para João Moutinho, o melhor homem em campo, pela raça, classe e entrega ao jogo e ainda pelo belo golo que marcou, abrindo o caminho rumo à final.

terça-feira, 19 de abril de 2011

COM LUZ OU NOVO APAGÃO?

De regresso ao estádio do «apagão molhado», o FC Porto vai tentar alterar a tendência desta eliminatória da Taça de Portugal, que como se sabe, pende neste momento para o lado do adversário. Os Dragões, para se classificarem para a final, no Jamor, vão ter a ingrata tarefa de recuperar dois golos de desvantagem, não impossível mas tanto mais complicada quanto é certo que, como habitualmente terão de defrontar o adversário e ainda uma terceira equipa, sempre predisposta a beneficiar o clube do regime, fechando os olhos à sua atitude sarrafeira e inclinando o campo, como aconteceu no não muito longínquo encontro em que o FC Porto se sagrou campeão nacional, apesar dos 15 erros (conscientes) de Duarte Gomes, sempre em benefício do seu clube, que nem assim evitaram a derrota  dos lampiões fundidos.

Se nesse jogo o prejuízo foi menor, porque o objectivo foi garantir os três pontos e fazer a festa, desta vez estão em causa os golos, pelo que a falta de seriedade da arbitragem poderá ter influência determinante.

Sei que os recém campeões nacionais possuem estatuto, classe, competência e ambição, para chegar, vencer e ultrapassar o adversário, mas temo e desconfio, desconfio mesmo muito que a «tal equipa» tudo fará para garantir a final ao clube do regime.

A ver vamos!

Em relação ao último jogo, as saídas de Helton, Maicon e Guarín são o toque dominante na convocatória de André Villas-Boas. Helton encontra-se já recuperado, mas o treinador portista optou por dar a titularidade a Beto. O argentino Otamendi vai recuperar o lugar no eixo da defensiva portista, por troca com Maicon (tem havido alternância regular) e Guarín ficou de fora por não ter conseguido recuperar do toque sofrido frente o Sporting. Rúben Micael será, aparentemente, o candidato mais forte para ocupar o seu lugar.

Lista dos convocados

Guarda-redes: Beto e Kieszek;
Defesas: Sapunaru, Rolando, Otamendi, Sereno e Álvaro Pereira;
Médios: Fernando, João Moutinho, Souza e Rúben Micael;
Avançados: Mariano Gonzalez, Hulk, Falcao, Walter, Silvestre Varela, James Rodríguez e Cristian Rodríguez

EQUIPA PROVÁVEL

Competição: Taça de Portugal - Meia-final - 2ª Mão
Palco: Estádio da Luz - Lisboa
Data e hora: 20 de Abril de 2011, às 20:30 h
Árbitro: Carlos Xistra - A.F. Castelo Branco
Transmissão: SportTv1

Off-topic: A arte de bem fazer as coisas por outro lado: AQUI

segunda-feira, 18 de abril de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 60) - II PARTE

Custódio Pinto - 37º internacional: Vestiu a camisola da Selecção nacional por treze vezes, estreando-se contra a Suíça, num jogo amigável que Portugal perdeu por 3-2. Fez parte da Selecção dos «Magriços», mas apenas foi utilizado contra a Roménia, precisamente o último jogo da fase de qualificação para a fase final, em Inglaterra, onde esteve com a camisola 19, mas sem a oportunidade de se estrear.

Ainda participou num Portugal-Grécia, a 4 de Maio de 1969, a contar para o apuramento do Mundial de 1970.

Representou o FC Porto da época de 1961/62 a 1970/71. Começou por jogar a médio, mas José Maria Pedroto descobriu-lhe talento para avançado, lugar que ocupou nos últimos anos da sua carreira, conseguindo belos golos de cabeça que lhe valeram o epíteto de «cabecinha de ouro».

Disputou 242 jogos no campeonato, marcando um total de 80 golos. Foi capitão da equipa durante alguns anos e nessa condição coube-lhe erguer a Taça de Portugal conquistada em 1967/68, o único título do longo jejum de 19 anos.

Terminada a carreira de futebolista ainda foi treinador dos júniores do FC Porto.
Francisco Nóbrega - 38º internacional: Alcançou quatro internacionalizações. Fez a sua estreia na equipa nacional a 15 de Novembro de 1964, no Porto, contra a Espanha (vitória por 2-1) e despediu-se a 12 de Novembro de 1967, também no Porto, frente à Noruega (vitória por 2-1).

Foi curiosamente em 1966/67 que o extremo-esquerdo azul e branco realizou as melhores exibições da sua carreira, cotando-se como um dos jogadores portistas que mais assistências realizou para golo. Djalma, o ponta-de-lança do FC Porto, foi o principal beneficiário logrando sagrar-se o melhor marcador da equipa durante esse período.

O final da época 1967/68 marcou o ponto alto dessa geração de jogadores do FC Porto. O Clube conquistou a Taça de Portugal e Nóbrega foi um dos principais protagonistas dessa final ao marcar um dos dois golos com que o FC Porto derrotou o Vitória de Setúbal, no Jamor. 2-1 foi o resultado final.

No início da década de 70, Nóbrega começaria a ser utilizado com menor regularidade no «onze». Ainda assim permaneceria nas Antas até ao final da época de 1973/74. Com 31 anos ainda realizou alguns jogos na sua última época ao serviço do FC  Porto.
Fernando Pascoal das Neves (Pavão) - 39º internacional: Após duas internacionalizações como júnior e três na equipa de esperanças, viria a estrear-se na Selecção A, com uma exibição memorável, num Portugal-Brasil, disputado a 30 de Maio de 1969, em Lourenço Marques (a actual Maputo), capital de Moçambique. Integraria por mais cinco vezes a equipa das quinas ao mais alto nível. O facto de ter sido jogador do FC Porto, tê-lo-à impedido de alcançar uma maior projecção ao nível da Selecção nacional.

Deu os primeiros passos no Desportivo de Chaves, clube da sua terra natal. O mestre Artur Baeta viu nele talento e levou-o para as Antas. Corria então o ano de 1964. Ingressou nos júniores, ainda com idade de juvenil e foi logo campeão nacional da categoria. A chamada à equipa principal do FC Porto não tardou. Flávio Costa iria lança-lo, com apenas 18 anos, num jogo contra o Benfica, nas Antas, com a tarefa de vigiar Mário Coluna, considerado o «motor» da equipa lisboeta, missão extraordinariamente executada pois não permitiu ao benfiquista explanar o seu futebol, para além de rubricar uma grande exibição que esteve na base de uma saborosa vitória portista, por 2-0.

Chegou mesmo a capitão, assumindo-se como a estrela mais cintilante da «companhia».

Pavão tornou-se um ídolo para a maior parte dos portistas. Era um jogador genial, com uma visão de jogo impressionante, um predestinado dos mais dotados jogadores portugueses que vi jogar. Sempre de cabeça levantada, pose elegante, Pavão personificava a vertente artística do futebol.

A auspiciosa carreira viria no entanto a ser brutalmente interrompida pela morte em pleno estádio, aos 13 minutos do fatídico jogo FC Porto-Setúbal, em 16 de Dezembro de 1973, que deixou a família portista consternada.
Rolando - 40º internacional: Chamado a representar a Selecção nacional, por oito vezes, estreou-se a 11 de Dezembro de 1968, num jogo de qualificação para o Campeonato do Mundo, contra a Grécia (derrota por 4-2), em Atenas.

Verdadeiro capitão da equipa, foi um oásis no FC Porto durante cerca de 10 anos. Médio/defesa, de compleição física robusta, entrega total ao jogo, visão de jogo extraordinária, posicionamento perfeito dentro do campo, cabelos loiros, foi às vezes o único jogador portista a ser distinguido com a chamada à Selecção nacional.

Adivinhava onde a bola ia cair, estava atento aos lances ofensivos adversários, sendo muitas vezes o pronto-socorro dos laterais, era quase intransponível e ainda saía a jogar a preceito, organizando e distribuindo jogo. Foi um ídolo dos adeptos do FC Porto e uma referência do futebol português.

Injustamente, o saldo que conseguiu ao serviço do FC Porto não foi além de uma Taça de Portugal, conquistada na época de 1967/68, mas até por isso o seu mérito será tanto maior. Em plena travessia do deserto, conseguiu tornar-se numa estrela bem cintilante, marcando uma época.
RESUMO DA DÉCADA DE 60
(continua)
Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras e Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.

15ª VITÓRIA CONSECUTIVA

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)
O FC Porto continua a perseguir o segundo objectivo do Campeonato, a invencibilidade, até agora com êxito, uma vez que conseguiu nova vitória, frente ao Sporting, de forma justa e categórica, ainda que o resultado tenha sido tangencial.

A isso se deve especialmente a magnífica exibição de Rui Patrício, o principal obstáculo para que o resultado fosse mais desnivelado. O guardião leonino manteve um interessante duelo com Falcao, negando-lhe mais alguns golos. Foram aliás, os melhores homens em campo.

O FC Porto começou a perder, com um golo muito fortuito, de André Santos beneficiando de um desvio em Matías Fernández, que tirou Helton do lance. Os Dragões não desanimaram e partiram com convicção à procura do empate. Desperdiçaram três ou quatro boas ocasiões para alterar o resultado, porque Patrício em dia sim e o poste retardaram o inevitável. Falcao haveria de empatar num belo golpe de cabeça. O empate ao intervalo era absolutamente lisonjeiro para os Sportinguistas.
Veio o segundo tempo e a exibição portista fazia adivinhar o que se seguiria. Um autêntico assalto à baliza contrária, no sentido de garantir a 15ª vitória consecutiva e a manutenção da invencibilidade. Falcao e Walter, que entretanto rendera o colombiano, davam uma expressão mais justa ao marcador com dois golos que definem a classe dos seus autores.

O desafio parecia ter conhecido, nessa altura o seu epílogo, mas o Sporting, tirando partido de alguma desconcentração provocada pelos festejos do terceiro golo, voltou ao jogo de imediato com o segundo golo muito consentido.

Os Dragões voltaram a carregar no acelerador e criaram mais um conjunto de boas oportunidades que o guardião leonino foi resolvendo.

Houve ainda uma jogada na área dos azuis e brancos, polémica, porque o árbitro entendeu e bem, que Rolando não colocou a mão na bola intencionalmente. Artur Soares Dias, bem perto do lance viu o defesa portista escorregar e no movimento da queda tocar com a mão na bola sem qualquer intenção.

Claro que a mentalidade de calimero vai fazer correr muita tinta.

No final, vitória mais que justa, pecando por escasso numa exibição muito agradável., perante 47.109 espectadores.

Destaque para Falcao, para mim o melhor portista em campo.

sábado, 16 de abril de 2011

PROSSEGUIR O DESTINO

O Sporting é o adversário que se segue nesta já longa caminhada futebolística do FC Porto. Será o 50º jogo oficial da época, o 27º da Liga Zon Sagres, única prova em que os portistas ainda se mantêm invictos.

Os Dragões vão pois entrar em campo para defender essa invencibilidade, frente a um adversário que não tem mais nada a perder, mas ainda se encontra na luta pelo terceiro lugar.

Vai por isso ser um adversário incómodo, num mês de calendário apertado para os Dragões, que acumulam 4 jogos em 15 dias e têm mais 4 até ao final do mês.
A par do natural desgaste (Fernando foi poupado), os azuis e brancos estão confrontados com lesões (Emídio Rafael, Belluschi e Fucile) e castigos (Sapunaru). 

Assim, sem  lateral direito de raiz, Sereno, um central já utilizado à esquerda, parece ser o escolhido por AVB para ocupar a posição. Otamendi poderá ser outra boa opção, ele que na Selecção da Argentina jogou como lateral.


Lista dos convocados

Guarda-redes: Helton e Beto;
Defesas: Rolando, Otamendi, Maicon, Sereno e Álvaro Pereira;
Médios: João Moutinho, Guarín, Souza e Rúben Micael;
Avançados: Mariano Gonzalez, Hulk, Falcao, Walter, Silvestre Varela, James Rodríguez e Cristian Rodríguez

EQUIPA PROVÁVEL
Competição: Liga Zon Sagres - 27ª Jornada
Palco: Estádio do Dragão - Porto
Data e hora: 17 de Abril de 2011, às 20:15 h
Árbitro: Artur Soares Dias - A.F. Porto
Transmissão: SportTv1

quinta-feira, 14 de abril de 2011

CHAPA CINCO NO CARIMBO DAS MEIAS DA UEFA

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

O FC Porto selou a sua passagem às meias-finais da Uefa Europa League, com nova goleada, agora fora de casa, em Moscovo, que continua uma cidade em estado de graça para os Dragões. Quatro vitórias em outros tantos jogos, sendo que esta foi a mais robusta.

Os azuis e brancos tomaram desde cedo a postura correcta, alinhando com a melhor equipa, apenas com Cristian Rodríguez no lugar de Varela, demonstrando que não tinham ido a Moscovo para fazer turismo. Isso mesmo ficou demonstrado com o decorrer do jogo, onde a maior valia técnica e ambição veio ao de cima, influenciando a marcha do marcador.
Hulk abriu as hostilidades antes da meia-hora de jogo e logo se percebeu que o Spartak não tinha andamento para acompanhar.

O FC Porto dominou, controlou e marcou numa cadência que mais lhe convinha, construindo um resultado, que apesar de tudo, estava longe das cogitações.
Talvez por isso, depois do terceiro golo, da autoria de Guarín, a equipa portista relaxou, sofreu um golo muito consentido, respondeu por Falcao e voltou a passar por momentos de aflição para as suas redes, sofrendo um segundo golo, mais uma vez com algumas culpas para a defesa.

No cômputo geral pode dizer-se que foi uma exibição agradável, elogiar a atitude responsável e ambiciosa de toda a equipa e dar os parabéns a estes campeões que continuam a querer alcançar mais títulos.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

QUE MOSCOVO CONTINUE BELA!

De regresso à capital da Rússia, o FC Porto leva na bagagem o confortável resultado conseguido no Dragão e uma boa dose de confiança e ambição, para trazer para Portugal mais uma vitória e o carimbo no passaporte para a meia-final da prova.

Os Dragões vão pisar pela segunda vez o relvado sintético do estádio moscovita Luzhniki, onde sentiram algumas dificuldades de adaptação, frente ao CSKA mas que não obstou para construir um triunfo (1-0).

Para além da motivação de uma nova vitória em terras russas, onde aliás nunca perdeu, a equipa azul e branca pode perseguir outro objectivo. Refiro-me à ajuda a Falcao, para cimentar a sua condição de melhor marcador nesta prova. Para isso vai ser necessário jogar para ganhar, para marcar, se possível por vários golos, servindo na perfeição o colombiano para que este possa alvejar a baliza com êxito.

Não vai ser fácil, porque para além das dificuldades do relvado e da temperatura negativa, o Spartak vai querer corrigir a impressão negativa deixada no Dragão.

Apesar do resultado confortável da 1ª Mão (5-1), André Villas-Boas não fez poupanças e levou consigo o lote de jogadores mais utilizados ao longo da época. Só Belluschi foi dispensado por se ter lesionado em Portimão, que o afastará dos próximos jogos.

Lista dos convocados

Guarda-redes: Helton e Beto;
Defesas: Fucile, Sapunaru, Rolando, Otamendi, Maicon e Álvaro Pereira;
Médios: Fernando, João Moutinho, Guarín, Rúben Micael e Souza;
Avançados: Hulk, Falcao, Walter, Silvestre Varela, James Rodríguez e Cristian Rodríguez

EQUIPA PROVÁVEL
Competição: Uefa Europe League - Quartos-de-final - 2ª Mão
Palco: Estádio Luzhniki - Moscovo
Data e hora: 14 de Abril de 2011, às 18:00 h
Árbitro: Viktor Kassai  - Hungria
Transmissão: SportTv1