segunda-feira, 28 de novembro de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 2000) PARTE XIV

Ricardo Costa - 102º internacional:Vestiu a camisola da Selecção nacional A por dez vezes (6 enquanto jogador do FC Porto e 4 como jogador do Lille). A estreia aconteceu em 9 de Fevereiro de 2005, em Dublin, num jogo particular entre a Irlanda do Norte-Portugal, com derrota portuguesa por 1-0.

Durante a sua formação, fez parte das várias selecções jovens de Portugal, onde sempre teve um papel de destaque. A Selecção principal, foi assim apenas mais um passo e a sequência lógica na sua ascenção, como profissional.

Face ao excelente lote de defesas-centrais de que Portugal dispunha, foi ainda assim, com alguma surpresa, que fez parte dos escolhidos para participar no Mundial/2006, disputado na Alemanha, onde alinhou em apenas um jogo, precisamente contra a equipa da casa. Voltaria a estar presente na fase final do Mundial/2010, na África do Sul, onde participou em dois jogos.  Em ambos os certames foi valorizada a sua capacidade para corresponder em bom nível, quer a central como a lateral.

Natural de Vila Nova de Gaia, Ricardo Costa iniciou a sua carreira no Boavista FC, tendo-se transferido para a equipa de júniores do FC Porto, participando simultâneamente, pela equipa B, na II Divisão Nacional, onde se manteve a jogar, como profissional até 2000/01.

Em 2001/02 passou a integrar o plantel principal do FC Porto, sendo aposta do treinador Octávio Machado.

Em 2002/03, sob o comando de José Mourinho foi Campeão Nacional e vencedor da Taça Uefa. Na época seguinte voltou a conquistar o título nacional e a Liga dos Campeões. Contudo, Ricardo Costa nunca conseguiu ser titular indiscutível, tendo sido por várias ocasiões opção na equipa B. Em 2004/05 foi mais vezes utilizado como titular, alinhando em 23 jogos do Campeonato. Venceu a Supertaça e a Taça Intercontinental. Na época seguinte acrescentou ao seu palmarés o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal.

No início da época 2007/08 transferiu-se para o Wolfsburgo, do campeonato alemão, clube por quem se sagrou Campeão nacional, na época seguinte (2008/09). Em Janeiro de 2010 transferiu-se para o Lille, de França, tendo transitado para o Valência, de Espanha, no final dessa época, seu clube actual.

Palmarés ao serviço do FC Porto: 4 Campeonatos nacionais (2002/03, 2003/04, 2005/06 e 2006/07); 3 Supertaças Cândido de Oliveira (2003/04, 2004/05 e 2006/07); 1 Taça de Portugal (2005/06); 1 Taça Uefa (2002/03); 1 Taça da Liga dos Campeões (2003/04) e 1 Taça Intercontinental (2004/05).

Palmarés ao serviço de outros clubes: 1 Campeonato nacional da Alemanha (Bundesliga), em 2008/09.
(Continua)
Fonte: International Matches 2005/2010

domingo, 27 de novembro de 2011

O CAMPEÃO ESTÁ DE VOLTA!

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)
Paulatinamente o Campeão nacional vai regressando ao futebol que o catapultou para a senda dos títulos. Ainda que não tenha rubricado uma exibição exemplar, o FC Porto foi mais uma vez uma equipa lutadora, solidária e, na maior parte do tempo segura, claudicando apenas nos últimos quatro minutos finais, quando a vitória estava quase garantida.

O Braga criou  algumas dificuldades, especialmente nos primeiros minutos, mas depois de inaugurado o marcador, os Dragões foram dominadores, criando boas oportunidades para dilatar o marcador.

Já no segundo tempo, os Campeões nacionais continuaram o seu domínio, chegaram naturalmente ao 3-0 e quando parecia que o resultado ia continuar a avolumar-se até à goleada, o Braga teve uma reacção tardia e em dois minutos passou o resultado para uns perigosos 3-2.

Hulk foi o mais regular. Marcou dois belos golos e «fabricou» o terceiro. Não esteve sempre bem mas foi de novo decisivo.
Os Campeões nacionais completaram a bonita marca de 50 jogos sem conhecer o trago amargo da derrota, isto no que toca ao Campeonato Nacional.

 

sábado, 26 de novembro de 2011

PROVA DE FOGO

Mais uma prova de fogo é o que espera à equipa do FC Porto, este Domingo no Dragão.

Frente a uma equipa muito competitiva, os Dragões vão ter a oportunidade de demonstrar que o último jogo, em Donetsk, não se limitou a um interlúdio, para a privilegiada montra dos jogadores que a Champions League representa, sendo a atitude e ambição ali apresentadas, capazes de serem repetidas, agora intramuros. 

O FC Porto já não perde para o Campeonato nacional à 49 jogos, precisamente desde 28 de Fevereiro de 2010, já lá vão 21 meses! Queremos prolongar este registo, mas melhor que isso, vencer para mantermos a liderança.
Os atletas comprovaram que a garra e a atitude é meio caminho para o êxito, sendo que o talento que todos eles inegavelmente possuem será o toque final para o alcance do objectivo. por isso, vamos continuar a ser PORTO. Eu estarei lá, como sempre, para contribuir com o meu apoio. Todos não seremos de mais. Mostremos que estamos unidos e preparados para enfrentar todas as dificuldades.

Vítor Pereira continua confiante no seu trabalho, na certeza que o bom futebol acabará por aparecer mais tarde ou mais cedo, em função da subida de rendimento dos jogadores nucleares. Não mexeu no lote de eleitos que levou para Donetsk e tudo leva a crer que repetirá o onze titular.

LISTA DOS CONVOCADOS

Guarda-redes: Helton e Bracali;
Defesas: Fucile, Rolando, Otamendi, Maicon e Álvaro Pereira;
Médios: Fernando, João Moutinho, Belluschi, Souza e Defour;
Avançados: Hulk, Kléber, James Rodríguez, Silvestre Varela, Djalma e Cristian Rodríguez.


EQUIPA PROVÁVEL
Competição: Liga Zon Sagres 2011/12 - 11ª Jornada 

Palco: Estádio do Dragão - Porto
Data e hora: 27 de Novembro de 2011, às 18:15 h
Árbitro: Artur Soares Dias - A.F. Porto
Transmissão: TVI

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

TAÇA DA LIGA - SORTEIO

O FC Porto ficou enquadrado no Grupo D e vai ter como adversários o Paços de Ferreira, Estoril e Vitória de Setúbal. Foi este o resultado do sorteio da terceira fase da Bwin Cup - 2011/12, que teve lugar ontem, no Auditório da Liga Portugal, no Porto.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

RAÇA E FELICIDADE SUSTENTAM A CHAMA

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Uma noite tão fria quanto feliz, voltou a colocar o FC Porto no rumo certo para a desejada qualificação e continuidade na Europa dos milhões. Para já, garantido ficou o objectivo secundário, a Liga Europa. Para passar aos oitavos-de-final da CL, os Dragões estão obrigados a vencer o Zenit, no Dragão, na última jornada.
Tal como há três anos atrás, quando com Jesualdo Ferreira, o FC Porto foi ganhar a Kiev, vitória que acabaria por lançar a equipa na senda vitoriosa,  a Ucrânia voltou a ser redentora, ajudando Vítor Pereira a dissipar de algum modo o clima de contestação com que tem convivido de há umas semanas para cá.

Não é que os azuis e brancos tenham melhorado substancialmente táctica e tecnicamente. O que houve foi mais raça, mais solidariedade, mais ambição e muito espírito de sacrifício, acompanhados, é certo, de uma boa dose de felicidade. 

Vítor Pereira surpreendeu no escalonamento da equipa titular. Preteriu Fucile, já recuperado e insistiu em Maicon a lateral; Colocou Defour, em vez de Belluschi, no meio-campo e na frente, Hulk surgiu ao meio, com Djalma na ala direita e James na esquerda.

Os primeiros vinte minutos foram terríveis, com a equipa ucraniana a levar o perigo à baliza portista, beneficiando da já habitual tremedeira da defensiva azul e branca, que em muito pouco tempo cometeu duas «abébias» que poderiam ter sido fatais. A primeira Helton salvou com defesa espectacular, a segunda esbarrou no poste da baliza. Contudo, nesse período, os Dragões conseguiram ir lá à frente criar duas situações de algum perigo, por intermédio de Hulk e Defour.

O Shakhtar necessitava da vitória para lutar pela Liga Europa e, jogando em casa, onde em cinquenta e tal partidas das provas europeias apenas tinha perdido contra o Barcelona, mostrou-se uma equipa perigosa e dominadora. Teve mais posse de bola, controlou mais tempo o jogo, mas falhou clamorosamente na conclusão e, mais tarde, já em desespero de causa, na cobertura defensiva, permitindo os golos do FC Porto.

O futebol portista enfermou dos defeitos habituais. Muito trapalhão, pouco esclarecido, aos repelões, em determinada altura muito partido, mas desta vez mais eficaz. 

Helton foi de uma importância sublime. Manteve o nulo nas suas redes com estoicismo e muita classe, Hulk voltou e ser decisivo e Moutinho pendular. O passe a rasgar para Hulk marcar o primeiro golo foi divinal.

No final gostei de ver a forma vibrante e solidária com que jogadores, equipa técnica e dirigentes festejaram esta vitória, desmentindo de alguma forma a tese de boicote que eu vinha alimentando. Espero que este tenha sido o ponto de partida para um resto de época arrasadora. 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

E OS JOGADORES, VÃO QUERER GANHAR?...

Esta parece-me ser, neste momento, a questão fulcral da situação vivida no seio da equipa do FC Porto. Não é que eu seja um fã incondicional do treinador. Tenho até muitas dúvidas se terá sido a aposta mais razoável para substituir o «fugitivo», mas não consigo atribuir-lhe a exclusividade de tudo o que se está a passar. As razões já as expliquei no post anterior.

Creio por isso, que o desempenho da equipa do FC Porto, para o importantíssimo jogo que se segue, estará dependente do querer dos jogadores. São eles, em primeira análise, que farão pender o prato da balança, para o bem ou para o mal.

Em coerência com o que já escrevi, estou convencido que a sua atitude vai estar de acordo com a apresentada nos últimos jogos, ou seja, desinteresse, pouca concentração, nenhum esforço, pouca correria e no final, mais uma derrota para que a SAD seja obrigada a tomar uma posição. Aquela que os jogadores entendem ser necessária, a substituição da equipa técnica. Quer gostemos ou não, os jogadores têm o «pão e o queijo» na mão.

Gostaria que esta minha tese não se confirmasse, que a equipa do FC Porto mostrasse amanhã, em Donetsk, a fibra, a raça e a classe de campeão, que é e nos brindasse com uma exibição brilhante, obrigando-me a «meter a viola no saco». Adoraria, mas sinceramente não acredito.

As contas da qualificação podem só ficar definidas na última jornada, de acordo com a conjugação dos resultados que se verificarem. Ao Apoel, líder actual do Grupo, bastará um empate em St. Petersburgo para garantir a passagem; O Zenit garante a passagem vencendo o Apoel, se o FC Porto não vencer em Donetsk; Para o FC Porto, ganhar significará manter-se na corrida, empatar pode significar a eliminação, se o Zenit vencer o Apoel e a derrota só não representará a eliminação imediata se o Apoel ganhar ao Zenit.
Vítor Pereira promoveu dois regressos à lista dos convocados, os uruguaios Fucile e Cristian Rodríguez. O lateral direito recuperou da lesão que o atormentava e o médio-ala volta às cogitações do treinador, após afastamento por opção técnica.

De fora ficaram Walter (não inscrito) e Mangala, por lesão.

A cargo do Departamento médico continuam Emídio Rafael, Iturbe, Alex Sandro e Guarín. O romeno Sapunaru já não faz parte do boletim clínico, contudo não foi convocado.

LISTA DOS CONVOCADOS

Guarda-redes: Helton e Bracali;
Defesas: Fucile, Rolando, Otamendi, Maicon e Álvaro Pereira;
Médios: Fernando, João Moutinho, Belluschi, Souza e Defour;
Avançados: Hulk, Kléber, James Rodríguez, Silvestre Varela, Djalma e Cristian Rodríguez.

EQUIPA PROVÁVEL
Competição: Champions League - Grupo G - 5ª Jornada 
Palco: Estádio Donbass Arena - Donetsk - Ucrânia
Data e hora: 23 de Novembro de 2011, às 19:45 h
Árbitro: Craig Thomson - Escócia
Transmissão: SportTv1

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 2000) PARTE XIII

Ricardo Quaresma - 101º internacional: Conta, até este momento, com 32 internacionalizações (1 pelo Sporting, 22 pelo FC Porto, 2 pelo Inter de Milão e 7 pelo Besiktas). A estreia aconteceu em 10 de Junho de 2003, num amigável contra a Bolívia, ainda como jogador do Sporting. Foi ao serviço do FC Porto que voltou a envergar a camisola das quinas, em 17 de Novembro de 2004, no Luxemburgo-Portugal, jogo de qualificação para o Mundial/2006, com expressiva vitória portuguesa por 5-0.

Natural de Lisboa, fez a sua formação nas escolas do Sporting CP, tendo-se estreado na equipa principal com apenas 17 anos, pelas mãos do treinador László Boloni, em 2001/2002. Após duas épocas de bom nível, rumou a Barcelona onde não foi muito feliz. A sua imaturidade e saída precoce acabaram por pesar demasiado, num clube e campeonato de enormes exigências, pelo que a aventura durou apenas uma época, tendo participado em cerca de 20 jogos pelos «culés», obtendo apenas um golo. Entretanto incompatibilizou-se com o treinador Frank Rijkaard, que o colocou na lista dos dispensáveis.

Foram vários os clubes interessados na sua aquisição, mas foi o FC Porto que levou vantagem, entrando no negócio da cedência de Deco, no Verão de 2004.

De Dragão ao peito, Quaresma rubricou, durante quatro temporadas, os principais momentos de magia da sua carreira, coleccionando títulos importantes no seu palmarés.

Fantasista e imprevisível, tendo sempre a baliza como principal ponto de referência, não tirava coelhos da cartola, mas fazia números quase impossíveis com a bola nos pés, quer para fazer fintas, quer para deixar os adversários pregados ao relvado ou para apontar golos fantásticos, ou ainda para efectuar cruzamentos letais e brilhantes, de «trivela», gesto técnico só ao alcance dos predestinados, que é ainda a sua imagem de marca. Continua a ser o Harry Potter dos estádios de futebol, tal o poder mágico dos seus pés.

A sua ambição conjugada com a força do «vil metal», levaram-no a uma nova aventura internacional. Em Agosto de 2008, depois de muita pressão para sair, Quaresma assinou pelo Inter de Milão, então treinado por José Mourinho, mas mais uma vez, sentiu dificuldades de adaptação, raras vezes conseguindo expressar o seu talento e irreverência.

Em Fevereiro de 2009 foi emprestado ao Chelsea, onde também não convenceu, acabando por participar em poucos jogos. Na época seguinte regressou ao Inter de Milão onde voltou a não entrar nos planos de Mourinho.

Foi então que, ao transferir-se para o Besiktas, ressurgiu todo o seu talento. O «Mustang» está na sua segunda época ao serviço da formação turca, onde é considerado uma das estrelas principais da equipa, voltando ao seu futebol alegre, virtuoso e irreverente que lhe garantiram grandes exibições e o reaparecimento na Selecção nacional.

Palmarés ao serviço do FC Porto: Campeão Nacional em 2005/06, 2006/07 e 2007/08; Vencedor da Taça de Portugal em 2005/06; Vencedor da Supertaça Cândido de Oliveira em 2004/05 e 2006/07 e vencedor da Taça Intercontinental em 2004/05.

Palmarés ao serviço de outros clubes: Campeão Nacional em 2001/02; Vencedor da Taça de Portugal em 2001/02; Vencedor da Supertaça Cândido de Oliveira em 2002/03; Campeão de Itália em 2008/09; Vencedor da Taça de Inglaterra em 2008/09 e vencedor da Taça da Turquia em 2010/11.
(Continua)

Fonte: International Matches 2003 a 2011.

domingo, 20 de novembro de 2011

BOICOTE AO TRABALHO DO TREINADOR?


É uma pergunta que me assalta ao espírito, cada vez que vejo jogadores, com a qualidade dos que fazem parte do plantel do FC Porto, oferecerem espectáculos tão degradantes como o que se viu ontem em Coimbra.

Se pensarmos que o conjunto de jogadores azuis e brancos é constituído pela maioria dos que  concluiram a época passada,  com os êxitos retumbantes que todos conhecemos e que daí para cá apenas saiu Falcao e passaram apenas sete meses, não se compreende que os mesmos jogadores apresentem deficiências básicas, já nem sequer desculpáveis aos jovens da formação do escalão mais adiantado.

O que tenho vindo a constatar de jogo para jogo, é que receber a bola, dominá-la, fintar, desmarcar e rematar (com os pés ou com a cabeça), passaram a ser repentinamente, acções muito difíceis de realizar, pelos profissionais do FC Porto. Para que servem os treinos? que tipo de trabalho lhes é imposto diariamente? Mesmo que o treinador não seja suficientemente competente, como podem jogadores internacionais falhar de forma sistemática estas acções básicas, ao ponto de parecer que a bola tem picos, que é quadrada ou que é um objecto estranho, com que os atletas não se sentem confortáveis. Remates com a bola a sair pelas linhas laterais, já nem nos jogos de amadores se admitem!

Depois de todas as críticas positivas ao trabalho dos internacionais portistas, ao serviço das suas selecções, só posso concluir que as suas actuações no Clube, passam por um movimento de rejeição ao trabalho, carácter e personalidade do treinador Vítor Pereira e provavelmente dos restantes elementos da equipa técnica.

Para mim está cada vez mais clara esta situação. Os jogadores não aceitaram as ideias do treinador, não o estimam, não são com ele solidários e não vêm nele um líder.

Vítor Pereira pode não passar de um bom adjunto. Pode nunca vir a ter qualidades para se assumir como treinador principal, mas a culpa não é só dele.

Os próximos jogos irão ou não confirmar esta minha tese.

sábado, 19 de novembro de 2011

SEM PONTA POR ONDE SE LHE PEGUE!

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Hoje vou pegar nas palavras de Vítor Pereira para descrever o espectáculo a que acabei de assistir: «Perante um jogo destes... não há qualquer justificação possível. Fizemos um jogo muito mau».

Eu pergunto, qual jogo? É que não consigo vislumbrar qualquer tipo de jogo! O que eu vi foi uma primeira parte completamente desperdiçada, com os jogadores de ambas as equipas a «pastar a toura». As maiores responsabilidades são evidentemente das equipas do FC Porto (jogadores e técnicos). Onde é que já se viu uma equipa passar 45 minutos sem fazer um remate à baliza?  Como é que um treinador consegue deixar passar tanto tempo sem esboçar qualquer tipo de correcção, de intervenção, da mínima tentativa para alterar tal pasmaceira. Se não sabe, não pode ou não quer, então só tem um caminho, demita-se.

Na segunda parte, só a partir dos 50 minutos, se viu um FC Porto mais agressivo e a chegar finalmente com a bola à baliza, mas quase sempre sem grande perigo. Foi Sol de pouca dura. A Académica nem precisou de forçar muito para chegar à vantagem no marcador. Bastou explorar um conjunto de erros criados pela desorientada formação portista e «voilá» o golo apareceu.

Vítor Pereira foi pronto a reagir a esse golo. Fez entrar James Rodríguez, tirando Belluschi. O colombiano conseguiu de algum modo fazer chegar a bola em melhores condições para os avançados, mas em contra-ataque os estudantes deram a estocada final, conseguindo o segundo golo. Com a «sapiência» que alguns portistas lhe reconhecem, Vítor Pereira respondeu mandando Moutinho para o banco juntamente com o «zero à esquerda» Varela, metendo Kléber e Defour. A confusão a meio campo aumentou alastrando aos outros sectores da equipa. O terceiro golo da Académica foi o corolário de uma exibição portista a roçar o caricato.

A jogar desta maneira, o futuro será certamente penoso. E fico-me por aqui, para não desancar a torto e a direito.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

EM COIMBRA PARA TER MAIS ENCANTO

Depois de um longo interregno de 14 dias, para compromissos das selecções nacionais, o FC Porto vai voltar amanhã às competições nacionais, para defrontar a equipa da Académica, jogo da 4ª eliminatória da Taça de Portugal.

Vítor Pereira tem em mãos a difícil tarefa da gestão do plantel, tendo em conta o exigente calendário que se avizinha, o desgaste dos jogadores internacionais que estiveram ausentes do trabalho da equipa, o desgaste das viagens e jogos por eles disputados e das lesões que continuam a ser muitas.

A propósito, cinco atletas estão no «estaleiro». Guarín, lesionado ao serviço da sua selecção, juntou-se ao quarteto constituído por Sapunaru, Fucile, Iturbe e Emídio Rafael. 

James Rodríguez apenas treinou esta sexta-feira, depois de dois jogos pela Colômbia.

O treinador fez apenas duas alterações à lista de convocados, relativamente ao último encontro contra o Olhanense. Djalma e Souza entram e saem Alex Sandro e Guarín.

LISTA DOS CONVOCADOS

Guarda-redes: Helton e Bracali;
Defesas: Maicon, Rolando, Otamendi, Mangala e Álvaro Pereira;
Médios: Fernando, João Moutinho, Souza, Belluschi e Defour;
Avançados: Hulk, Kléber, Walter, Djalma, Silvestre Varela e James Rodríguez

EQUIPA PROVÁVEL

Competição: Taça de Portugal - 4ª Eliminatória
Palco: Estádio Cidade de Coimbra - Coimbra
Data e hora: 19 de Novembro de 2011, às 20:15 h
Árbitro: Bruno Paixão - A.F. Setúbal
Transmissão: SportTv1

terça-feira, 15 de novembro de 2011

SEM ESPINHAS!

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Portugal conseguiu finalmente a tão ambicionada qualificação para a fase final do Euro/2012, ao derrotar categoricamente a sua congénere da Bósnia, com uma exibição agradável e um resultado a condizer.

Tal como tinha adiantado na antevisão deste jogo, os bósnios demonstraram não estar à altura da maior valia técnica dos nossos jogadores. A equipa portuguesa é de longe muito superior e tinha a obrigação de se qualificar face a uma equipa  que, defendeu muito e explorou os erros do adversário e do árbitro. O seu primeiro golo surgiu em resultado de uma grande penalidade cometida por Fábio Coentrão, sem qualquer necessidade e o segundo golo foi obtido em nítida posição de fora de jogo. Fora isso teve um outro lance esporádico que fez a bola bater na barra, mas foi uma equipa que a jogar com os onze foi dominada e depois com dez, cilindrada.

Não consigo perceber os receios, antes do jogo, dos responsáveis portugueses, quando estava na cara a clara superioridade da equipa portuguesa.

Portugal marcou seis golos mas poderia ter conseguido mais alguns. Foi uma exibição muito bem conseguida, onde foi notório o espírito de equipa, a raça e a ambição. Todos estiveram em bom nível e apenas vou destacar os as execuções maravilhosas de Ronaldo e Nani, nos dois primeiros golos. E porque sou portista, não quero deixar de destacar e bela exibição de João Moutinho, única presença azul e branca neste jogo, já que Rolando não saiu do banco.

Portugal concretiza assim mais uma qualificação para um grande certame, que já não falha desde 2000.

TUDO OU NADA

No jogo do tudo ou nada, Portugal volta a encontrar a Bósnia, para decidir, de uma vez por todas, se participa ou não na fase final do Euro/2012, que se irá realizar na Polónia e Ucrânia.

Depois de uma exibição pouco esclarecedora, no batatal de Zenica, os portugueses, vão ter à sua disposição o excelente relvado do estádio da Luz, cenário alterado há algumas semanas, já que inicialmente tinha sido escolhido para palco deste encontro o estádio de Alvalade, quiçá para, em plena fase de eleições para a FPF, permitir a determinado candidato (estou a pensar na candidatura comprometida com o clube do regime), oferecer, numa acção de charme (portuguesmente falando, exercer o tráfico de influências), entradas livres a quem pode ajudar a fazer pender o prato da balança, nuns camarotes recheados dessas e de outras «histórias», de um estádio  cuja lotação dá para tudo.

O seleccionador Paulo Bento, lá vai dando um no cravo  e outro na ferradura. Por um lado com alguma confiança, procurando  transmitir a sua convicção de que a equipa está bem preparada para atingir o objectivo, mas por outro receoso de poder sofrer um golo e que a  equipa e o público não tenham a confiança e a paciência necessárias para dar a volta! Até parece que vamos defrontar uma grande potência do futebol mundial!.

Compete aos jogadores portugueses demonstrarem em campo a inegável superioridade técnica que realmente possuem e construírem, de forma categórica, uma exibição e um resultado que espelhe a justeza do apuramento, que ambicionamos. Afinal, a Bósnia é uma selecção da segunda ou terceira divisões do futebol mundial.

EQUIPA PROVÁVEL

Competição: Euro/2012 - Fase de apuramento - Play-off  2ª Mão
Palco: Estádio da Luz - Lisboa
Data e hora: 15 de Novembro de 2011, às 21:00 h
Árbitro: Wolfgang Stark - Alemanha
Transmissão: RTP 1

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 2000) PARTE XII

Ricardo Carvalho - 100º internacional: Vestiu a camisola da Selecção nacional A por 75 vezes, com a estreia a acontecer em 11 de Outubro de 2003, em jogo amigável que pôs frente a frente Portugal e Albânia, no qual se marcaram oito golos, com o resultado final de 5-3, favorável a Portugal.

Sinónimo de solidez, eficiência e sobriedade, Ricardo Carvalho foi um dos esteios da defesa portuguesa nos Europeus de 2004 e 2008 e nos Mundiais de 2006 e 2010. Incompatibilizou-se recentemente com o seleccionador nacional Paulo Bento, durante a fase decisiva de apuramento para o Campeonato Europeu, tendo abandonado o estágio da selecção, antes da partida para o Chipre, renunciando de seguida à selecção.

Natural de Amarante, começou por jogar no clube da terra, o Amarante FC, tendo transitado para as escolas do FC Porto para jogar nos sub 19, onde começou a sobressair. Mas tal como outras estrelas, teve de passar por um período de crescimento e maturação, sendo emprestado a diversos clubes, antes de se impor definitivamente na equipa principal do FC Porto.

Começou por ser emprestado ao FC Leça, na temporada de 1997/98. Regressou na temporada seguinte, estreando-se com a camisola portista contra o Salgueiros. Em 1999/00, foi novamente emprestado, desta feita ao Vitória de Setúbal e na época seguinte ao Alverca. Fixou-se no plantel azul e branco na temporada de 2001/02.

O salto para o estrelato aconteceu nas duas épocas seguintes, sob a égide de  José Mourinho, protagonizando exibições de encher o olho, tendo sido considerado pela crítica especializada, como um dos melhores defesas-centrais mundiais. Foram duas épocas de sonho, com a conquista de vários títulos nacionais e internacionais, coroadas com a conquista da Liga dos Campeões Europeus, em Gelsenkirchen, por sinal, último jogo com o Dragão ao peito.

Foi sem qualquer tipo de surpresa que a Liga Inglesa, justamente considerada a melhor do Mundo, reclamasse a sua presença, acompanhando José Mourinho, através de uma proposta irrecusável do Chelsea, que rendeu aos cofres portistas a verba recorde, em Portugal, de 30 milhões de euros.

Em terras de Sua Majestade, Ricardo Carvalho confirmou todo o potencial demonstrado, jogando cinco temporadas ao mais alto nível, adicionando mais uma série de títulos ao seu palmarés.

Em 2010/11 rumou a Espanha para representar o Real Madrid, reencontrando o «Special One», clube que ainda hoje defende, com toda a classe e prestígio que o seu talento justifica. Talento alicerçado na inteligência, sobriedade, elegância, agilidade, segurança, eficácia e técnica, apoiada numa «arrogante» plenitude física. Em Espanha faz jus ao estatuto de galáctico que conseguiu por mérito próprio.

Palmarés ao serviço do FC Porto: Liga dos Campeões Europeus em 2003/04, Taça Uefa em 2002/03; Campeonato Nacional em 1998/99, 2002/03 e 2003/04; Taça de Portugal em 2002/03; Supertaça Cândido de Oliveira em 1998, 2001 e 2003. Dragão de Ouro em 2002, como Futebolista do Ano.

Palmarés ao serviço de Chelsea e Real Madrid: Campeão da Premier League inglesa em 2004/05, 2005/06 e 2009/10; Taça de Inglaterra em 2006/07, 2008/09 e 2009/10; Supertaça de Inglaterra em 2004/05 e 2008/09; Taça da Liga Inglesa em 2004/05 e 2006/07 e Taça do Rei de Espanha em 2010/11.
(Continua)
Fonte: International Matches 2003 a 2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

DECISÃO ADIADA PARA 15 DE NOVEMBRO

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Portugal adiou, para a segunda-mão, a decisão do apuramento para a fase final do Euro/2012, ao empatar a zero em Zenica, frente a um adversário modesto, mas que se organizou bem defensivamente e, nos últimos vinte minutos do encontro, colocou sérias dificuldades à defesa portuguesa, desperdiçando duas ou três soberanas ocasiões para resolver o jogo e quiçá a eliminatória.

A Selecção nacional produziu uma exibição pouco mais que sofrível, com os atletas mais cotados a serem uma sombra de si mesmos. Coentrão foi o chamado, com toda a propriedade, zero à esquerda e Nani foi outra nulidade. Hélder Postiga andou perdido, trapalhão e inclusivamente a estorvar a acção dos seus companheiros, conseguindo tirar o «pão da boca» a Moutinho, numa das melhores ocasiões em que os portugueses criaram perigo, impedindo o remate do médio portista. Cristiano Ronaldo raramente conseguiu desequilibrar.

O homem do jogo foi sem margem para quaisquer dúvidas, Pepe. Imperial, categórico, rápido a reagir ou a recuperar, pujante, inteligente e imbatível. Uma exibição para recordar.

Rolando não saiu do banco e João Moutinho foi a formiguinha habitual.
Portugal vai ter a derradeira oportunidade de conseguir a qualificação na próxima semana, jogando na capital do império e na catedral do clube do regime. Mais uma oportunidade para juntar a nata nacionalista e fazer uma festa de arromba.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

HORAS DE GRANDES DECISÕES - I PARTE

A Selecção nacional vai entrar nas horas das grandes decisões quanto ao apuramento para a fase final do Campeonato da Europa/2012, que se vai disputar na Polónia e na Ucrânia.

Falhada a qualificação directa, no seu Grupo, Portugal, na condição de um dos melhores segundos lugares, vai disputar os play-off, em duas mãos, frente à Bósnia-Herzgovina, tal como já tinha acontecido em 2009, então discutindo o apuramento para a fase final do Campeonato do Mundo/2010, na África do Sul, com vitórias portuguesas nos dois jogos, por 1-0.

Com Pepe, Fábio Coentrão e Hugo Almeida recuperados das lesões que os impediram de dar os seus contributos, num momento decisivo da fase de Grupos, Paulo Bento tem agora um leque mais alargado à sua disposição.

No Grupo dos convocados pelo seleccionador Paulo Bento, encontravam-se inicialmente Sílvio e Danny, mas lesões confirmadas afastaram-nos definitivamente destes dois jogos. Para os seus lugares foram chamados Eliseu e Vieirinha.


LISTA DOS CONVOCADOS


FC Porto (Portugal): Rolando e João Moutinho
SC Braga (Portugal): Nuno Gomes
Sporting CP (Portugal): Rui Patrício e João Pereira
SL Benfica (Portugal): Eduardo e Rúben Amorim
Real Madrid (Espanha): Pepe, Fábio Coentrão e Cristiano Ronaldo
Málaga (Espanha): Eliseu
Granada (Espanha): Carlos Martins
Real Saragoça (Espanha): Rúben Micael e Hélder Postiga
Chelsea (Inglaterra ): Raúl Meireles
Manchester United (Inglaterra): Nani
Génova (Itália): Miguel Veloso
Colónia (Alemanha): Sereno
Cluj (Roménia): Beto
Zenit (Rússia): Bruno Alves
Besiktas (Turquia): Hugo Almeida e Ricardo Quaresma
Paok (Grécia): Vieirinha

EQUIPA PROVÁVEL


Competição: Euro/2012 - Fase apuramento - Play-off 1ª Mão
Palco: Estádio Belino Polje - Zenica- Bósnia-Herzegovina
Data e hora: 11 de Novembro de 2011, às 19:00 h
Árbitro: Howard Webb - Inglaterra
Transmissão: RTP 1

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 2000) PARTE XI

Bruno Vale - 99º internacional: Jogador ainda em actividade, vestiu a camisola da Selecção nacional A, apenas por uma vez, num jogo amigável que serviu de preparação para o Euro/2004, frente ao Cazaquistão, com vitória portuguesa por 1-0, em 20 de Agosto de 2003, jogando apenas 22 minutos.

Terceira opção para a baliza, no FC Porto, a sua escolha por Luiz Felipe Scolari foi considerada, por alguns sectores da vida desportiva, como uma provocação a Vítor Baía, incompreensivelmente ostracizado pelo seleccionador brasileiro. Scolari escudou-se no facto de querer ter, no seu lote de guarda-redes, um jovem de qualidade. A verdade é que Bruno Vale foi o titular da Selecção nacional de Sub 21, efectuando todos os jogos da fase de apuramento para o Euro/2006, da categoria, rubricando excelentes exibições e sem ter sofrido qualquer golo, mas não fez parte do lote de guarda-redes escolhidos para disputar a fase final do Euro/2004.

Natural de Mafamude, Vila Nova de Gaia, fez toda a sua formação nas escolas do FC Porto. Como profissional não foi feliz na Invicta, passando por uma série de sucessivos empréstimos, tendo efectuado passagens pelo Estrela da Amadora (2005/06), União de Leiria (2006/07), Varzim (2007/08) e Vitória de Setúbal ( 2008/09). Em 2009/10 quebrou a sua ligação ao FC Porto assinando contrato com o Belenenses. Joga actualmente na Oliveirense da II Divisão nacional.
(Continua)
Fonte: International Matches 2003

sábado, 5 de novembro de 2011

EM QUEDA LIVRE!

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Mais um jogo para esquecer tal a mediocridade patenteada ao longo dos noventa minutos. A história deste jogo conta-se pelo que o FC Porto não conseguiu fazer. Esta equipa transmite em cada minuto uma imagem deplorável e nada dignificante. Este Porto não tem alma, não tem raça, não tem identidade, não tem fio de jogo, não tem ambição, não tem arte e também não tem vergonha! Estes atletas não jogam futebol, empurram a bola desordenadamente, aos repelões, com muita atrapalhação. A bola estorva, ninguém tem a noção do que deve fazer. Esta é a real imagem deste conjunto de «matrecos» que nem correr conseguem.

No primeiro tempo só conseguiram criar uma verdadeira situação de real perigo, logo aos 4 minutos, quando Kléber foi derrubado dentro da área com o árbitro muito pronto a sancionar mas a ser condescendente com o infractor, mostrando-lhe apenas o cartão amarelo quando se exigia o vermelho. Hulk conseguiu ser incrível ao falhar de forma displicente esta oportunidade de marcar, já que o guardião inclinou o corpo para o lado esquerdo, dando a possibilidade para o brasileiro atirar para o lado contrário. Mas Hulk, tal como todos os seus companheiros, devem andar preocupados com outras vidas.

E assim se passaram  longos e entediantes 45'.  

Os primeiros minutos do segundo tempo mostraram mais do mesmo, muita hesitação e atrapalhação, descoordenação e uma tremenda falta de inspiração. 

Por volta dos 50', surgiram finalmente três momentos, em que o FC Porto poderia ter resolvido o encontro a seu favor. Hulk por duas vezes e Mangala falharam por falta de discernimento.  Foi o canto do cisne, pois até final, apesar de se mostrarem menos sonolentos, os dragões não conseguiram desequilibrar e pertenceu a Helton a melhor defesa da noite a evitar o golo que a acontecer seria o do escândalo.

Não sei o que se passa no seio da equipa, mas já não consigo ouvir o treinador a justificar estes desaires. Parece que não viu o mesmo jogo que eu. Francamente!

É verdade que houve mais um lance na área do Olhanense passível de grande penalidade, mas sinceramente, o FC Porto deve este desaire a si próprio.

Só Helton merece os meus elogios. Todos os outros foram jogadores medíocres e banais. Quem quer ser campeão tem que o mostrar em campo.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

VAMOS LÁ JOGAR À PORTO?

Parece-me que já basta de andar a disfarçar em equipa de segundo plano. Chega de brincadeiras, vamos lá acabar com o recreio. Chegou a hora de tirarmos os adereços e vestirmos-nos com o traje de Campeão Nacional. Aquele com que na época passada desbaratamos a concorrência. 

Olhão tem de ser o ponto de viragem. Viragem para exibições à Porto e resultados a condizer. Temos um titulo para defender, um prestígio para manter e uma liderança para consolidar. Arregacemos as mangas e vamos à luta, com coragem, raça, solidariedade, coesão, ambição, competência e paixão. 
A estreia de Alex Sandro na lista dos convocados de Vítor Pereira, para este jogo do Campeonato Nacional, é a nota mais saliente, se tivermos em linha de conta que Sapunaru e Fucile não aparecem por estarem lesionados. Destaque ainda para os regressos de Maicon e Walter. Djalma, a contas com uma gastroenterite é também um dos ausentes. Iturbe e Emídio Rafael continuam sob a alçada do Departamento Médico.

LISTA DOS CONVOCADOS

Guarda-redes: Helton e Bracali;
Defesas: Rolando, Mangala, Otamendi, Maicon, Álvaro Pereira e Alex SAndro;
Médios: Fernando, João Moutinho, Belluschi, Guarín e Defour;
Avançados: Hulk, Kléber, Walter, Silvestre Varela e James Rodríguez.

EQUIPA PROVÁVEL

Competição: Liga Zon Sagres 2011/12 - 10ª Jornada
Palco: Estádio José Arcanjo - Olhão
Data e hora: 05 de Novembro de 2011, às 20:30 h
Árbitro: João Capela - A.F. Lisboa
Transmissão: TVI

terça-feira, 1 de novembro de 2011

DEPLORÁVEL E VERGONHOSA EXIBIÇÃO

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Se na época passada se dizia, com toda a propriedade, que a equipa do FC Porto, nas suas prestações na Liga Europa, possuía nível para a Liga dos Campeões, esta temporada pode muito bem afirmar-se que nem para a Liga Europa esta equipa tem bagagem.

Hoje, mais uma vez, a exibição portista foi de uma vulgaridade tão abissal que não deixa margem para quaisquer dúvidas, ainda por cima frente a um adversário sem credenciais internacionais (trata-se do 78º do ranking do futebol europeu!). Quem perde desta forma categórica contra o Apoel, meus amigos, não merece participar nas provas europeias.

O FC Porto de hoje, foi um conjunto de jogadores sem ambição, sem classe, sem organização, incapazes de realizar dois passes certos seguidos, de rematar na direcção da baliza (dois remates saíram, imagine-se pelas linhas laterais!), duma vulgaridade tal que envergonharam o futebol nacional e desprestigiaram o emblema que ostentaram.

Frente a uma equipa consciente das suas debilidades, que por isso usou do cinismo italiano, fechando os espaços, com inteligência e organização à espera dos habituais e inúmeros  erros da equipa teoricamente mais forte, os Dragões mostraram-se incapazes de criar desequilíbrios, não conseguindo, durante todo o jogo, importunar verdadeiramente o guarda-redes cipriota.

Os azuis e brancos tiveram mais posse de bola, mas nunca souberam o que fazer com ela. Trataram-na da pior maneira possível, praticando um «futebolzito» de trazer por casa, daquele que já nem nos jogos entre amadores se vê.

O Apoel aproveitou bem a desarrumação e desorientação portista, começando a construir a vitória muito cedo. Tenho na retina três ocasiões em que os cipriotas poderiam ter marcado. A primeira num remate perigosíssimo que Helton defendeu, com a bola ainda a roçar no poste, a segunda num lance interrompido erradamente pelo árbitro auxiliar, quando Aílton  se isolava na direcção da baliza e a terceira numa intervenção faltosa de Rolando, dentro da área, que o árbitro não sancionou. Com tanta «abébia», o golo na sua baliza haveria de chegar, antes do intervalo, a castigar falta de Mangala, dentro da área.

O FC Porto foi para as cabines com um resultado lisonjeiro. Apesar de ter tido mais a bola foi sempre inconsistente e irritantemente incompetente.

Na segunda parte nada se alterou até aos 60 minutos, altura em que Vítor Pereira entendeu chamar ao jogo James Rodríguez e Guarín. James mexeu um pouco com o futebol portista, que finalmente começou a dar uma imagem menos desoladora, conseguindo inclusivamente, cavar o penalty que haveria de dar a igualdade, a apenas um minuto do fim. Empate completamente injusto face ao que se estava a passar dentro das quatro linhas. 

Contudo, no minuto seguinte, Manduca sentenciou o resultado final, colocando alguma justiça no resultado, num golo de contra-ataque bem delineado e muito consentido pela defesa portista. Creio que a saída de Fernando foi mais uma calinada do treinador portista.

Derrota preocupante, que não sendo ainda decisiva, coloca o FC Porto numa posição ingrata e delicada, principalmente se tivermos em conta o nível de exibições produzidas, que não auguram nada de bom para as próximas jornadas. Os Dragões estão proibidos de perder mais pontos.

Hoje foi tudo tão mau que destaques só se fosse pela negativa. Fico-me por aqui...