domingo, 31 de agosto de 2014

PRIMEIRA PARTE A DORMIR, SEGUNDA ACORDADO
















FICHA DO JOGO


























EQUIPA TITULAR



























Julen Lopetegui optou por proceder a 3 alterações no onze titular, relativamente ao jogo anterior, frente ao Lille. Alex,  lesionado não fora convocado e essa alteração era já uma certeza, mas para além dele também Rúben Neves e Herrera não entraram de início. José Angel, Quaresma e Adrián Lopez foram os escolhidos.

A primeira parte foi de absoluto adormecimento por parte dos jogadores do FC Porto, que nunca se conseguiram libertar do «espartilho» colocado pela equipa visitante, que com a lição bem estudada, ocupou bem os espaços, fez pressão em todas as zonas do campo e impossibilitou a fluidez natural do futebol portista.

Os Dragões sentiram em demasia essa estratégia, teimando num futebol lento, previsível e fácil de anular. O desconforto foi tão evidente que houve períodos do jogo em que os jogadores azuis e brancos cometeram erros de principiante que só não tiveram consequências dolorosas porque o Moreirense veio formatado apenas para impedir o assalto às suas redes.

O nulo do resultado no final da primeira parte traduzia com toda a justiça a ausência de jogadas de perigo em ambas as áreas.

Danilo foi nesse período o jogador mais inconformado, aquele que mais vezes tentou entrar na área contrária e até rematar à baliza.

O intervalo foi retemperador e profícuo, pois o FC Porto surgiu com outra intensidade, outra ambição, outra inspiração e, evidentemente outro desempenho. A produção atacante subiu em flecha e com ele, as jogadas de perigo, as oportunidades de golo e os golos com que se ganham os jogos, três mas poderiam ter sido mais. Para tal melhoria contribuíram também as alterações introduzidas na composição da equipa, operada pelo técnico. A troca de Casemiro, hoje muito desastrado no passe e complicado na construção ofensiva, por Rúben Neves foi tão acertada ao ponto de ser ele a iniciar a jogada que daria o golo de abertura: passe em profundidade para Quaresma, colocação da bola em Brahimi, que no interior da área flectiu para a linha de cabeceira, centrando atrasado para na passada, Óliver Torres empurrar para o fundo das malhas, provocando a primeira grande explosão de contentamento no Estádio do Dragão.





















Já com Herrera em campo, no lugar de Quaresma, surgiu o 2º golo: José Angel colocou a bola na área, Óliver Torres e Marafona disputaram o lance fora da pequena área, a bola sobrou para o defesa portista que voltou a centrar, aparecendo Jakson Martinez a saltar mais alto entre os centrais e a introduzir a bola na baliza deserta.





















Quintero, que tinha entrado para substituir Ólver Torres, lesionado na disputa de bola que dera o 2º golo, fez questão de ser ele a apontar uma grande penalidade, a castigar falta de Marcelo sobre o seu compatriota Jackson Martinez, falhando estrondosamente com um pontapé denunciado que Marafona não teve dificuldade em defender.




















O 3º golo surgiu na sequência de um belo trabalho de Quintero, na direita. Simulação seguida de invasão da área, toque para Adrián Lopez  que ao primeiro toque colocou ao centro para na passada Jackson Martinez fazer um golo fácil.




















Vitória justa, incontestável, amplamente justificada pelo futebol apresentado na segunda metade do jogo. Destaques para Danilo, Maicon, Brahimi e Jackson Martinez.

sábado, 30 de agosto de 2014

CONCENTRAÇÃO E CRIATIVIDADE, PARA MAIS UMA VITÓRIA









Ciente das dificuldades que a espera, a equipa do FC Porto está preparada para defrontar o Moreirense, equipa  complicada de bater, pela sua habitual capacidade e organização defensiva, que vai obrigar os Dragões a actuarem com muita concentração e apelar à criatividade dos seu jogadores.

Somar os três pontos é o objectivo principal, mas se a isso a equipa conseguir juntar um futebol agradável e vistoso, tanto melhor.

Os defesas Marcano e José Angel são as novidades na lista de convocados do técnico Julen Lopetegui. Diego Reyes (opção técnica) e Alex Sandro (lesionado), foram os preteridos, em relação ao jogo anterior, contra o Lille.

QUADRO COMPLETO COM OS CONVOCADOS



















EQUIPA PROVÁVEL























COMPETIÇÃO: PRIMEIRA LIGA - 3ª JORNADA
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO DO DRAGÃO - PORTO
DATA E HORA DO JOGO: 31 DE AGOSTO DE 2014, ÀS 18:00 H
ÁRBITRO NOMEADO: BRUNO ESTEVES - A.F. SETÚBAL
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SPORTTV1

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

SORTEIO CHAMPIONS LEAGUE 2014/15 - FASE GRUPOS

































O FC Porto ficou hoje a conhecer o nome dos adversários com quem vai competir na fase de Grupos da Champions League.

O sorteio realizou-se hoje no Fórum Grimaldi, no Mónaco, como habitualmente e as bolas colocaram os Dragões no grupo H, na companhia do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, do Atlético de Bilbau, de Espanha e do Bat Borisov, da Bielorússia.

Parece ser um grupo suficientemente acessível, ainda que, a este nível, todos os cuidados devam ser pouco.

Os azuis e brancos entram em acção no dia 17 de Setembro, no Dragão, frente ao Bate Borisov.

Calendário completo dos jogos do FC Porto:

1ª jornada - 17 de Setembro de 2014 - FC Porto vs Bate Borisov
2ª jornada - 30 de Setembro de 2014 - Shakhtar Donetsk vs FC Porto
3ª jornada - 21 de Outubro de 2014 - FC Porto vs Atlético de Bilbau
4ª jornada - 5 de Novembro de 2014 - Atlético de  Bilbau vs FC Porto
5ª jornada - 25 de Novembro de 2014 - Bate Borisov vs FC Porto
6ª jornada - 10 de Dezembro de 2014 - FC Porto vs Shakhtar Donestk

terça-feira, 26 de agosto de 2014

NA FASE DE GRUPOS DA CL, OBVIAMENTE

















FICHA DO JOGO


























EQUIPA TITULAR




























O FC Porto carimbou, como se esperava, o passaporte para a fase de grupos da Champions League, ao voltar a derrotar o Lille, agora por dois golos sem resposta.

Julen Lopetegui fez alinhar o mesmo onze titular que tinha utilizado no jogo da primeira mão, em França e a equipa começou a mandar no jogo e a ter mais a bola como lhe competia. No entanto, a performance portista pecava pela pouca lucidez da manobra ofensiva, especialmente no último terço do campo, onde as suas jogadas eram facilmente desfeitas, razão pela qual escassearam as oportunidades de golo, como aliás já vem sendo habitual.

Depois dos 20 minutos de jogo a equipa começou a revelar dificuldades incompreensíveis de sair para o ataque, falhou passes atrás de passes, perdeu a bola em locais e circunstâncias estranhas e perturbou-se, originando uma ocasião soberana de golo na sua baliza, superiormente desfeita «in-extremis» por Maicon, hoje, para mim, o melhor em campo. 

























Teve ainda de ultrapassar a contrariedade de ter perdido Alex Sandro, aos 39 minutos, por lesão, resolvida com a entrada de Diego Reyes, provocando a deslocação de Martins Indi para a lateral esquerda.

O tempo de intervalo foi bem aproveitado pelo técnico portista que conseguiu insuflar a confiança e determinação com que os jogadores azuis e brancos ressurgiram em campo.

Mais rápidos, mais acutilantes e mais eficazes, os Dragões dominaram, construíram jogadas perigosas e concretizaram dois bons golos.

O primeiro na cobrança de um livre directo, marcado irrepreensivelmente por Brahimi, num remate bem colocado que não hipóteses ao guardião contrário.






















O segundo numa recuperação de bola de Evandro, a meio campo, lançamento imediato para Brahimi que correu até perto da entrada da área, desmarcando Jackson Martinez, que na passada colocou a bola no fundo das redes.






















Estava garantida definitivamente a qualificação para a fase de grupos, garantindo a sua 19ª presença na Liga milionária europeia.

Boa segunda parte, bons golos e destaque para Maicon, Casemiro e Brahimi.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

CONCENTRAÇÃO MÁXIMA EM JOGO EXIGENTE









Com o pensamento numa boa performance que permita qualificar-se para a fase de grupos da Champions League, a equipa do FC Porto prepara-se afincadamente para esse objectivo.

Todos sabem da importância deste jogo pelo que se espera concentração máxima e a maior perfeição possível para que no final possamos sorrir. Que ninguém espere facilidades.

Danilo, Diego Reyes e Quaresma são as novidades na convocatória de Julen Lopetegui, para este jogo, numa lista de 18 atletas. Marcano, José Angel e Cristian Tello, foram preteridos, por razões diferentes e conhecidas.

QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS




















A equipa titular é difícil de adivinhar, tendo em conta as boas opções à disposição do técnico portista, em todo o caso creio que poderá andar muito próxima da que se indica abaixo:

EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: CHAMPIONS LEAGUE - PLAY-OFF - 2ª MÃO
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO DO DRAGÃO - PORTO
DATA E HORA DO JOGO: TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014, ÀS 19:45 H
ÁRBITRO NOMEADO: SVEIN ODDVAR MOEN - NORUEGA
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: TVI

sábado, 23 de agosto de 2014

VITÓRIA LISONJEIRA EM JOGO SOFRÍVEL
















FICHA DO JOGO


























EQUIPA TITULAR























Com quatro alterações na equipa principal,  Ricardo, Evandro, Tello e Adrián Lopez, o FC Porto arrancou uma vitória muito complicada, na sempre difícil deslocação a Paços de Ferreira.

Como já vem sendo apanágio da equipa de Lopetegui, a posse e circulação da bola foram os aspectos mais vincados durante a primeira parte, período do jogo em que os azuis e brancos conseguiram superiorizar-se ao seu antagonista, não lhe permitindo quaisquer tipo de veleidades. 

Futebol muito apoiado, com imensos passes, bola a circular para os lados e repetidas vezes para trás, sem progressão e sem perigo, sempre com grandes dificuldades de penetração, gerou uma exibição descolorida, lenta, aborrecida, sem oportunidades de remate e muito menos de golo. A excepção aconteceu ao minuto 40, momento em que o Chá, Chá, Chá, emendou com êxito um cruzamento teleguiado do seu compatriota Juan Quintero, que tinha entrado aos 18 minutos a substituir o lesionado Tello.



















Primeira parte entediante, em que apenas o controlo do adversário e o lance do golo foram perfeitos.

Esperava-se uma segunda parte mais equilibrada, tendo em conta que a equipa da casa nada teria a ganhar em manter o seu bloco muito recuado e por conseguinte, também mais espaço para os jogadores portistas, mais dotados tecnicamente, poderem explorar e aparecer com mais perigo na zona de finalização.

O que se assistiu foi a uma reacção consistente do Paços de Ferreira que apenas falhou na eficácia do remate. Colocou a defensiva portista em apuros e por três ocasiões, na baliza de Fabiano o golo esteve iminente. 

Os Dragões, que na primeira parte, já tinham dado uma pálida imagem das suas capacidades, nesta segunda metade conseguiram piorar, apesar das mexidas do treinador, lançando no jogo Herrera primeiro e depois Óliver Torres. A equipa mostrou-se desunida, algumas vezes atarantada, outras aparentemente cansada. 

O resultado final é por isso lisonjeiro e conseguido com alguma sorte à mistura. Um mau ensaio para Terça-feira, onde vai ser necessário muito mais talento, competência e ambição.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

MOTIVAÇÃO E MENTALIDADE COMPETITIVA ELEVADA - LEMA PARA MAIS UMA VITÓRIA









Sem tempo a perder, Julen Lopetegui prepara o jogo seguinte, que é já amanhã, na Mata Real, em Paços de Ferreira, frente ao clube local, agora e de novo treinado pelo nosso conhecido Paulo Fonseca.

Esta temporada o FC Porto possui um plantel mais equilibrado e mais homogéneo, pelo que a gestão se torna mais apelativa e consciente. O treinador espanhol parece satisfeito, de momento, mesmo sabendo que ainda lhe faltam duas peças para fechar o plantel e por isso procedeu a três alterações na sua lista de convocados.

Danilo, Diego Reyes e Quaresma ficaram de fora e apenas entrou Ivan Marcano, num lote de 18 atletas.

QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS




















A ambição é vencer mais um jogo e somar os respectivos 3 pontos para manter a liderança repartida, característica de cada início de temporada.

A equipa titular vai ser um pouco diferente, em função do lote escolhido, mas não deverá andar muito longe da que indico a seguir:

EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: PRIMEIRA LIGA - 2ª JORNADA
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO CAPITAL DO MÓVEL - PAÇOS DE FERREIRA
DATA E HORA DO JOGO: SÁBADO, 23 DE AGOSTO DE 2014, ÀS 18:00 H
ÁRBITRO NOMEADO: MANUEL MOTA - A.F. BRAGA
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SPORTTV1

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

VITÓRIA IMPORTANTE NA LUTA POR UM LUGAR NA CL















FICHA DO JOGO


























EQUIPA TITULAR
Da esquerda para a direita, em cima: Fabiano, Indi, Jackson, Danilo, Casemiro e Maicon; em baixo: Óliver Torres, Alex Sandro, Herrera, Rúben Neves e Brahimi

FC Porto conseguiu um triunfo importante na sua deslocação ao terreno do Lille, ganhando assim vantagem para o jogo da 2ª mão, que vai decidir quem avança para a fase de grupos da Champions League.

Julen Lopetegui fez alinhar uma equipa muito povoada no meio campo com apenas Jackson lá na frente e cedo tomou conta das operações, desfrutando de uma percentagem esmagadora de posse de bola, mas sem criar reais situações de golo.

A equipa francesa, ciente da menor qualidade da sua equipa, recuou muito no terreno, preferindo defender em bloco e esperar poder explorar algum erro portista. Erro que efectivamente aconteceu, já muito perto do intervalo, mas felizmente mal aproveitado por Corchia, que com tudo para facturar, atirou sobre a barra, desperdiçando a melhor oportunidade de golo da primeira parte.

No segundo tempo os azuis e brancos entraram mais ameaçadores e a construir jogadas ofensivas melhor delineadas que levaram algum perigo à baliza francesa onde Enyeama começou a brilhar.

Porém, ao minuto 61 não foi capaz de evitar o golo portista. Cristian Tello, acabado de entrar para o lugar de Brahimi, hoje menos exuberante, combinou bem com Rúben Neves, centrando para um  excelente cabeceamento de Jackson, superiormente parada pelo guardião contrário, sobrando a bola para Herrera, que na passada recargou para o golo.





















A turma do Lille procurou reagir mas os Dragões souberam guardar a vantagem e controlar o adversário até final da partida.

Destaques para a estreia do «menino» Rúben Neves, que depois de ter tornado no jogador mais jovem de sempre a marcar pelo FC Porto, passou a ser também o jogador português mais novo de sempre a jogar na Liga dos Campeões, batendo o recorde que era de Cristiano Ronaldo. Também para as exibições de Maicon (apesar de implicado com a falha defensiva que podia ter dado o golo do Lille, na primeira parte, de Alex Sandro, de Herrera e Óliver Torres.

A 2ª mão via disputar-se na próxima Terça-feira, no Estádio do Dragão.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

POR UM LUGAR NA EUROPA DOS GRANDES









Encontra-se já em França a comitiva portista que se prepara para enfrentar o Lille, na 1ª mão do play-off de acesso à fase de grupos da Champions League.

Um jogo de muita responsabilidade, mais complicado que o nome do adversário pode sugerir, tendo em conta que se trata do 3º classificado do último campeonato gaulês, logo atrás de Mónaco e Paris Ste. Germain.

Vai ser pois necessário um Porto unido, solidário e competente para trazer para o Dragão um resultado que permita encarar com confiança a qualificação que todos os apaniguados azuis e brancos ambicionam.

Julen Lopetegui convocou um lote de 20 jogadores, tendo como novidade as inclusões de José Angel e Quintero.


QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS





















A formação titular não deverá ser muito diferente da que actuou na Sexta-feira passada, contra o Marítimo. A maior dúvida será se o treinador vai continuar a entregar o lugar de trinco ao jovem Rúben Neves e se Tello  desta vez começará a titular, tendo em conta as suas características.

EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: CHAMPIONS LEAGUE - PLAY-OFF - 1ª MÃO
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO PIERRE-MAUROY - LILLE - FRANÇA
DATA E HORA DO JOGO: QUARTA-FEIRA, 20 DE AGOSTO DE 2014, ÁS 19:45 H
ÁRBITRO NOMEADO: BJORN KUIPERS - HOLANDA
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: TVI

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

GOLEADORES PORTISTAS - Nª 69












JOSÉ PEDROTO - Goleador Nº 69

Apontou 32 golos em 176 jogos em que participou com a camisola do FC Porto, durante as oito temporadas em que esteve ao seu serviço (1952/53 a 1959/60).

José Maria de Carvalho Pedroto, nasceu no dia 21 de Outubro de 1928, em Almacave, concelho de Lamego, local onde, segundo reza a História de Portugal, o Rei D. Afonso Henriques realizou as suas primeiras Cortes com vista à fundação do nosso país.

Filho de um capitão do exército, Pedroto rumou à cidade do Porto, com sete anos de idade, acompanhando o seu progenitor que tinha sido colocado num quartel desta cidade. Frequentou um colégio bem próximo do Campo da Constituição, onde terá  alimentado o sonho de se tornar jogador de futebol. Foi mesmo nos infantis portistas que começou a desenvolver as suas capacidades técnicas.

Com 10 anos foi viver para Pedras Rubras e as dificuldades de deslocação motivaram a sua saída das escolas portistas. Mas o seu amor pelo futebol não esmoreceu. Passados alguns anos, conjuntamente com alguns amigos fundou o Pedras Rubras, clube do qual se tornaria Presidente e capitão da equipa.

Pedroto tinha no entanto outras ambições e em 1946 ingressou nos júniores do Leixões onde pôde patentear todo o seu potencial futebolístico, actuando na linha média, como interior. Jogou na equipa sénior, na categoria de reservas até ao final da temporada de 1948/49.

A tropa obrigou-o a rumar ao Sul do país, motivo pelo qual ingressou no Lusitano FC, de Vila Real de Santo António, na temporada de 1949/50. As suas excelentes exibições despertaram o interesse de Belenenses, FC Porto, Benfica, Académica de Coimbra e dos dois Vitórias, o de Setúbal e o de Guimarães. Pedroto optou pelo clube azul de Lisboa por ter sido o primeiro com quem se tinha comprometido, apesar do FC Porto lhe oferecer melhor contrato.

Na equipa da Cruz de Cristo, Pedroto voltou a deslumbrar. Compensava a sua franzina compleição física, com um enorme talento, técnica apurada, rapidez e simplicidade de execução. Inteligência, magnifica leitura de jogo, grande qualidade de passe e hábil nas desmarcações, faziam dele um jogador de eleição. Estreou-se na Selecção Nacional em Abril de 1952, pela mão do seleccionador nacional Cândido de Oliveira.

Por isso, o FC Porto não desistiu de o contratar e antes do início da época de 1952/53 Pedroto assinou finalmente pelos Dragões, protagonizando a transferência mais cara do futebol português, até então (150.000 escudos).























A sua estreia oficial com a camisola portista aconteceu no dia 28 de Setembro de 1952, em Guimarães, contra o Vitória local, em jogo da 1ª jornada do Campeonato nacional, com vitória azul e branca, por 1-0.

Ao serviço dos Dragões viria a conquistar dois campeonatos nacionais e duas taças de Portugal, tornando-se num dos principais pilares da equipa. Voltaria à selecção nacional por mais 16 ocasiões (ver aqui).
















No final da temporada de 1959/60, Pedroto pôs o ponto final na carreira de jogador de futebol para se dedicar à de treinador, com enorme sucesso,  um bom assunto aliás para um novo post, tanto o que há a dizer sobre essa outra faceta desta figura ímpar do futebol nacional.

Palmarés ao serviço do FC Porto (4 títulos):
2 Campeonatos nacionais (1955/56 e 1958/59)
2 Taças de Portugal (1955/56 e 1957/58)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar; História Oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa e Figuras e Factos, de J. Tamagnini Barbosa e Manuel Dias. 

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

RÚBEN, O MENINO DE OURO - BRAHIMI, A ESTRELA
















FICHA DO JOGO


























EQUIPA TITULAR
























O FC Porto entrou a vencer nesta Primeira Liga, ao derrotar hoje no Dragão o Marítimo por duas bolas sem resposta.

Julen Lopetegui fez alinhar na equipa titular três novos reforços (Martins Indi, Óliver Torres e Brahimi) e mais o jovem de 17 anos (Rúben Neves), oriundo das escolas de formação do Clube, que tem treinado com o plantel principal, que assim fez história, passando a ser o atleta mais jovem a estrear-se como titular da equipa do FC Porto.

Rúben Neves, intitulado pelo João Ricardo Pateiro, da TSF, como o admirável Rúben das Neves foi mesmo o «menino de ouro», pois foi dele o primeiro golo portista, aos 11 minutos, na sequência de um canto, marcado do lado esquerdo por Quaresma,  para a esquina mais próxima da área adversária, onde surgiu Alex Sandro a meter cruzado no interior. Jackson cabeceou contra um defesa do Marítimo, tabelou para a direita onde surgiu Rúben Neves, livre de marcação a desferir o remate certeiro, inaugurando o marcador.























Trava-se a final de consolidar uma entrada autoritária no jogo, que tinha tido o seu ponto mais alto num remate de primeira de Quaresma para as nuvens, num falhanço pouco habitual, depois de um magnífico trabalho de Brahimi. Foram cerca de 15 minutos de futebol bem jogado, com boa ligação entre os sectores e boa qualidade de passe.

Depois do golo, a equipa perdeu alguma intensidade, a bola circulou muito, cometeram-se alguns erros primários, felizmente sem consequências, e perdeu-se alguma profundidade atacante que só o irrequieto e inconformado Ibrahim tratou de contrariar. Por isso, o resultado tangencial foi o que se registou ao intervalo.

No segundo tempo os Dragões viveram alguns momentos de instabilidade defensiva, provocada pela pressão alta que a equipa insular passou a fazer, resultando alguma atrapalhação, desconforto e mesmo desconcentração, completamente evitáveis.

Notou-se então maior dificuldade na organização ofensiva, o jogo saiu menos fluído e a qualidade do futebol portista baixou bastante. Julen Lopetegui procedeu então à primeira substituição. Tirou Herrera e colocou Casemiro e mais tarde saiu Rúben Neves para entrar Evandro. A equipa mostrou-se mais consistente, mais capaz no ataque mas com dificuldades no momento da definição do remate, que fizeram perder algumas boas jogadas.

O segundo golo surgiu já no final do tempo doe descontos. Jogada individual de Tello, que tinha rendido Brahimi, pela direita, flectindo para o centro para desmarcação soberba de Jackson, que em posição frontal atirou primeiro contra o guarda-redes e depois na recarga não perdoou. 
























Vitória justa e correcta, num jogo em que houve um menino de ouro (Rúben Neves) e uma estrela muito cintilante (Brahim).