sábado, 28 de janeiro de 2017

DRAGÃO LEMBROU-SE QUE NÃO PODIA FALHAR A 20 MINUTOS DO FIM

















FICHA DO JOGO






























O FC Porto voltou a sentir as tradicionais dificuldades no Estoril, num jogo em que mais uma vez entrou pouco concentrado, demasiado desastrado e completamente inofensivo, em termos atacantes, estragando invariavelmente as poucas jogadas mais prometedoras, com passes e perdas de bola verdadeiramente irritantes.

O técnico portista promoveu duas alterações no xadrez titular, fazendo regressar o recuperado Maxi Pereira, para a lateral direita e apostando em André André, jogando no sistema 4x1x3x2.
























A primeira parte foi marcada pela incapacidade dos jogadores portistas para criarem jogadas de perigo na área adversária, apesar da maior posse de bola. O Estoril, bem organizado na defesa, dificultou com relativa facilidade os intentos azuis e brancos sempre muito tímidos e denunciados. 

Nuno Espírito Santo percebeu que o futebol praticado não fazia mossa nem cumpriria o objectivo e por isso mexeu na equipa, tirando Diogo Jota para introduzir Brahimi já que era notória a falta de gente lá à frente capaz de emprestar alguma criatividade para surpreender. Porém, deu ordens ao argelino para jogar em apoio a André Silva em vez de o colocar na ala. A qualidade do futebol portista pouco ou nada se alterou, mantendo-se as dificuldades de penetração, razão pela qual o 0-0 no fim dos primeiros 45 minutos era o resultado justo.

Apesar de uma ligeira melhoria do futebol azul e branco, a verdade é que as dificuldades para criar situações de golo eram uma constante. 

Aos 55 minutos o árbitro da partida fez vista grossa a um puxão na camisola de André Silva, impedindo-o de disputar um lance na grande área, na sequência de um livre e como a coisa não atava nem desatava, Nuno E. Santo resolveu apresentar soluções, onze minutos depois. Óliver Torres e Herrera deram os seus lugares a Jesús Corona e Rui Pedro e a partir de então, já com extremos, a equipa tornou-se muito mais ameaçadora e a criar realmente verdadeiras situações de golo. Aos 70 minutos Rui Pedro, bem solicitado por Brahimi, introduziu a bola nas redes, mas estava ligeiramente adiantado e o golo foi bem anulado.

Doze minutos depois, mais uma vez Brahimi, agora no seu lugar, desmarcou bem André Silva, Moreira derrubou-o e o árbitro desta vez não teve contemplações. O avançado portista não deu hipóteses, inaugurando o marcador. Estava finalmente desbloqueado um jogo que parecia destinado a novo empate.





















Com os dois alas (Brahimi e Corona) bem abertos, os Dragões renasceram das cinzas e o segundo golo acabaria por surgir com toda a naturalidade. 

Bola recuperada a meio campo, André Silva, aproveitando o adiantamento da defensiva do Estoril, lançou o contra ataque, colocando à direita para Corona. O ala mexicano sentou João Afonso com uma simulação e rematou com precisão, fora do alcance de Moreira, obtendo um golo espectacular.





















O Estoril ainda conseguiu reduzir, num belo gesto técnico de Dankler, mas a vitória e os três pontos da ordem não fugiram.

Destaque para mais uma arbitragem deficiente, com pelo menos dois ou três lances a prejudicar o FC Porto. Uma falsa deslocação assinalada a Diogo Jota, quando se dirigia isolado para a baliza, uma grande penalidade por assinalar sobre André Silva e outra sobre Rui Pedro, transformada em simulação e cartão amarelo.

Em resumo, um jogo algo inconveniente dos azuis e brancos, que não se podem dar ao luxo de esbanjar mais pontos. Não se percebe a aposta de Nuno E. Santo de jogar sem alas, em jogos desta natureza. Felizmente teve tempo de corrigir, mas o melhor é não arriscar tanto.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 172













DANILO PEREIRA - Goleador Nº 172

Com o golo apontado no Sábado passado, frente ao Rio Ave, Danilo acumula já um total de 8 golos, em 71 participações com a camisola do FC Porto, durante a época e meia que leva ao seu serviço, logrando ultrapassar nesta tabela, duma assentada, Carlos Mesquita, Vlk, Latapy, Fernando Mendes e Paredes, os mais recentes apresentados neste ranking, todos com 7 golos apontados.

Danilo Pereira é um dos mais recentes internacionais portistas, por sinal o único campeão europeu da história portista, em termos de selecção principal e teve por isso o justo destaque neste espaço, na rubrica «INTERNACIONAIS PORTISTAS», editado em 12 de Julho de 2016, onde constam as principais incidências da sua carreira, que poderá recordar clicando aqui.

Por essa razão e para não me repetir, vou apenas acrescentar algumas curiosidades.

Proveniente do Marítimo, onde jogou duas temporadas (2013/14 e 2014/15) em muito bom nível, foi disputado por vários emblemas tendo sido o FC Porto a conseguir o seu concurso.

























A sua estreia oficial de Dragão ao peito coincidiu com o arranque do Campeonato (Liga NOS 2015/16), em jogo realizado no dia 15 de Agosto de 2015, no Estádio do Dragão, frente ao Vitória de Guimarães, com triunfo azul e branco, por 3-0. A imagem abaixo é desse jogo.

























A sua adaptação aos novos processos e à equipa foi relativamente fácil de tal modo que a partir de Outubro, Danilo conseguiu fixar-se como o trinco principal do plantel e da equipa.

O seu primeiro golo foi obtido no dia 2 de Dezembro de 2015, no Estádio da Madeira, Choupana, Funchal, frente ao União da Madeira, em jogo da 9ª jornada da Liga NOS 2015/16, com vitória portista, por 4-0.  O médio portista apontou o último golo do jogo aos 91 minutos, na sequência de um livre indirecto cobrado por Miguel Layún, a que Danilo correspondeu com um soberbo remate de cabeça, como a foto abaixo documenta.
































Falta agora colorir o seu palmarés com os títulos que todos os portistas ambicionam.

sábado, 21 de janeiro de 2017

SONOLÊNCIA INADMISSÍVEL QUASE ACABAVA EM PESADELO
















FICHA DO JOGO






























No virar do Campeonato e com quatro pontos para recuperar em relação à equipa do regime, líder artificial da prova, o FC Porto recebeu a equipa do Rio Ave, agora comandado pelo conhecido Luís Castro, perante uma excelente plateia de 43.328 espectadores.

Era suposto a equipa entrar com o fato macaco e procurar rapidamente resolver a contenda a seu favor. Ao invés, os Dragões apresentaram-se de pijama e pantufas, atacados de forte sonolência que ocasionou jogadas bastante confusas, com futebol sem nexo, sem organização e completamente desconcentrado. Foram 15 minutos de inexplicável desorientação onde os portistas acumularam erros uns atrás dos outros, bem demonstrativos de como não se deve jogar futebol.

Miguel Layún foi a única alteração no onze titular, em relação ao jogo anterior, jogando no lugar do lesionado Maxi Pereira. E melhor fora que não tivesse sido utilizado já que a sua prestação foi deveras medíocre.
























A entrada dormente do FC Porto permitiu aos vilacondenses jogar no campo todo e dividir o jogo da forma mais natural que se possa imaginar. É verdade que nesse período não dispuseram de uma única real oportunidade de marcar, apesar de uma tímida ameaça de Roderick, que num cruzamento meteu mal a cabeça à bola, não constituindo qualquer perigo.

Só ao 16 minutos os azuis e brancos despertaram e criaram a sua primeira grande oportunidade de abrir o activo, com Jesús Corona a arrancar bem para a área mas a rematar defeituosamente, desperdiçando um golo quase certo.

Pouco depois, num livre marcado por Alex Telles, Felipe saltou mais alto que a concorrência e não perdoou, abrindo o marcador, numa altura em que os Dragões começavam a justificar a vantagem.






















Aos 21 minutos o FC Porto poderia até ter aumentado a contagem se Diogo Jota, apenas com Cássio pela frente e em posição frontal, tivesse tido a serenidade e classe para escolher o lado e atirar a contar, em vez do remate forte e precipitado para o ferro horizontal. Aliás Jota tem vindo a comportar-se nos últimos jogos como um i grego, tal o desacerto que vem evidenciando.

Pouco depois desta jogada a sonolência voltou a abater-se nos azuis e brancos, de forma que, depois de uma perda de bola absolutamente irresponsável de Layún, pela lateral, e da fraca oposição do mexicano, a permitir o cruzamento-remate, o Rio Ave chegou ao golo do empate também com a colaboração de Casillas, mal colocado na baliza, a meter os punhos à bola numa defesa de emergência, fazendo-a ressaltar para o centro da pequena área onde Guedes, livre de oposição, se limitou a encostar para o golo do empate.

Até ao intervalo a equipa portista andou à deriva, ansiosa, desorientada e sem talento.

A estadia nas cabines não foi suficiente para os jogadores azuis e brancos corrigirem o que não estava a correr bem. Corona já não reentrou, supostamente por se ter ressentido de um toque que o obrigou a assistência médica, entrando para o seu lugar André André, mas o futebol dos da casa continuou lento e sem nexo. Para piorar, Layún teve uma entrada  tão desastrada quanto escusada, provocando grande penalidade nas barbas do árbitro.

Roderick não teve dificuldades em colocar o Rio Ave em vantagem no marcador, batendo Casillas sem apelo nem agravo.

Os Dragões bem apoiados pelo seu público voltaram a acordar e recomeçaram à procura do golo do empate que surgiu em mais uma bola parada. Alex Telles a cobrar uma falta para a área contrária e desta vez Ivan Marcano a dar seguimento ao lance com cabeçada certeira, restabelecendo a igualdade.





















Embalada pelo entusiasmo das bancadas, a equipa azul e branca voltaria a festejar o golo de nova vantagem. Alex Telles a cobrar um canto na direita para Danilo Pereira cabecear com maestria e deixar o Dragão em efervescência.





















Parecia estar encontrada a fórmula para a equipa do FC Porto encarar o resto da partida com autoridade e empurrar o Rio Ave para o seu último reduto, mas infelizmente a bipolaridade dos azuis e brancos voltou a fazer-se sentir. A equipa comandada por Luís Castro nunca se rendeu, nunca baixou os braços e continuou a jogar olhos nos olhos. Se aos 85 minutos Diogo Jota obrigou Cássio a uma defesa vistosa, também Marcelo, dois minutos depois quase marcava.

O golo da confirmação surgiu na combinação de dois dos substitutos introduzidos por Nuno. João C. Teixeira desenhou uma excelente jogada pela esquerda, entrou na área, levantou a cabeça, cruzou para a entrada da pequena área onde Rui Pedro, de cabeça, apontou o quarto golo portista. Estava finalmente selada mais uma vitória importante.





















Destaque para Alex Telles, para mim o jogador VIP deste encontro. Esteve nos três primeiros golos e foi sempre um dos mais inconformados.

O negativo deste jogo vai mais uma vez para o fraco rendimento da equipa em momentos largos do jogo, a manifestar pouca personalidade e uma bipolaridade atroz. A jogar desta forma, mais cedo do que tarde os objectivos que ainda restam serão rapidamente uma miragem.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 176













CARLOS PAREDES - Goleador Nº 176

Apontou 7 golos em 92 participações com a camisola do FC Porto, durante as duas temporadas ao seu serviço (2000/01 e 2001/02).

Carlos Humberto Paredes Monges, nasceu no dia 16 de Julho de 1976, em Assunción Paraguai.

Atendendo ao facto de se tratar de um atleta internacional que foi já objecto de destaque individual neste blogue, na rubrica «INTERNACIONAIS PORTISTAS», editado em 23 de Julho de 2012, onde constam as incidências biográficas deste atleta, que convido a recordar clicando aqui, pouco sobra para acrescentar.

























Vou apenas lembrar, já que estamos na rubrica dos goleadores portistas, o seu primeiro golo de Dragão ao peito, obtido no dia 30 de Dezembro de 2000, no Estádio Machado Matos, em Felgueiras, frente ao clube local, em jogo da 5ª eliminatória da Taça de Portugal, com vitória portista por 3-0. Paredes inaugurou o marcador aos 14 minutos e bisaria aos 32, como corolário de uma grande exibição.

A imagem que se segue foi captada no dia 10 de Junho de 2001, no Estádio nacional do Jamor, antes do jogo da final da Taça de Portugal, frente ao Marítimo, com vitória azul e branca, por 2-0. Paredes foi titular, substituído por Paulinho Santos aos 45 minutos.






















O último dos 7 golos apontados pelo médio paraguaio, aconteceu no dia 3 de Março de 2002, no Estádio Vidal Pinheiro, frente ao Salgueiros, em jogo da 25ª jornada do Campeonato nacional, com vitória portista por 3-0. Paredes marcou aos 37 minutos, elevando para 2-0, enquanto os outros dois foram da autoria de McCarthy.









Fonte: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

ACTUALIZAÇÃO DO RANKING DOS GOLEADORES PORTISTAS

Tendo em conta que a anterior actualização foi efectuada em 26 de Outubro passado, é tempo de acertar as contas e posições nesta tabela dinâmica dos golos obtidos por jogadores do FC Porto, que tem vindo a ser aqui apresentada semanalmente, com a inclusão de uma nova figura.

Como nos 38 primeiros lugares não houve mexidas, vou centrar esta actualização nos atletas do actual plantel que já atingiram o número de golos suficientes para terem sido já apresentados neste espaço.



















Brahimi, André Silva e Jesús Corona deram um pulo na classificação, registando subidas de 9, 31 e 10 lugares, respectivamente, com os dois primeiros a subir ligeiramente a média por jogo.

Danilo Perereira é neste momento o candidato mais bem posicionado para merecer honras de apresentação, ele que leva 7 golos apontados, precisamente o patamar actual deste ranking.

domingo, 15 de janeiro de 2017

EFICÁCIA FACILITOU A VITÓRIA
















FICHA DO JOGO






























O FC Porto voltou às vitórias no Campeonato, na recepção ao Moreirense que acabou vítima da melhor eficácia rematadora dos Dragões, qualidade decisiva num triunfo tranquilo e natural, apesar de uma exibição pouco diferente das anteriores,  em que perdeu pontos.

A maior novidade foi uma arbitragem sem grandes reparos e sem interferência no resultado, algo muito pouco frequente nesta temporada.

Com a possibilidade de reduzir distância pontual para o líder artificial e aumentá-la em relação ao outro rival, ambos perdedores de pontos no dia anterior, Nuno E. Santo fez regressar Danilo Pereira, após castigo, mantendo todos ou outros no onze titular.
























Os azuis e brancos custaram a engrenar, permitindo ao adversário o lance mais vistoso, logo aos três minutos, a obrigar Casillas a plicar-se. A pouco e pouco a equipa serenou e tomou conta do jogo definitivamente para não mais lhe perder a iniciativa e o controlo. No entanto voltou a ser notória a dificuldade na ligação do jogo ofensivo especialmente no último terço do relvado, onde se perdiam a maior parte dos lances, por razões diversas (deficiência na definição, má opção no remate ou assistência, precipitação, má abordagem técnica), enfim, aquele reportório que tem ensombrado a performance portista em alguns jogos.

Mas o tom ameaçador acabaria por dar os seus frutos à passagem da meia hora. Livre directo apontado por Alex Telles que Macaridze afastou com os punhos. Ivan Marcano não desistiu do lance, recolheu a bola que tinha fugido para a cabeceira, venceu a oposição de um adversário, fez um cruzamento recuado aparecendo Óliver Torres a corresponder com um remate colocado, certeiro e sem hipóteses de defesa.





















Conseguido o mais difícil, o FC Porto continuou na ofensiva a forçar o segundo golo que haveria de aparecer muito próximo do intervalo. Felipe cortou a bola na entrada da sua área, colocando-a um pouco mais à frente em Diogo Jota. O avançado portista aproveitando o adiantamento dos jogadores do Moreirense, ligou o turbo, avançou forte e decidido, ultrapassando vários adversários, soltou para a entrada de Corona que acompanhou o lance, o mexicano evitou um defensor contrário com  recepção orientada seguida de remate, o guarda-redes estirou-se a evitar o golo, mas fez a bola sobrar para a entrada oportuna de André Silva, que de cabeça e em voo, fez balançar as redes adversárias pela segunda vez.





















Ainda antes do apito do árbitro para o intervalo, Francisco Geraldes fez falta para o segundo amarelo e foi expulso, deixando o seu clube a jogar em inferioridade numérica.

A segunda parte não foi muito diferente, com o FC Porto a dominar a seu belo prazer, mas nem sempre bem. Ainda assim criou mais algumas boas oportunidades de golo, suficientes para lhe permitir dilatar o marcador por mais um golo. Desta vez, na sequência de um pontapé de canto apontado por Herrera, com Ivan Marcano bem colocado e livre de marcação, a cabecear com eficácia para o terceiro.





















André André, substituto de Óliver Torres aos 69 minutos, teve duas boas ocasiões para facturar, bem como André Silva, mas o marcador não sofreria alteração.

Destaque para a estreia de Kélvin, um regresso saudado entusiasticamente pela plateia, mas sem correspondência em termos exibicionais, pelo jovem brasileiro.





















No final vitória tranquila e natural mas sem grandes alardes.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 175













FERNANDO MENDES - Goleador Nº 175

Fez balançar as redes por 7 vezes em 91 participações com a camisola do FC Porto, durante as três temporadas ao seu serviço (1996/97 a 1998/99).

Fernando Manuel Antunes Mendes nasceu no dia 5 de Novembro de 1966 em Setúbal. Começou a sua formação de futebolista nos Sub15 do CD Montijo na temporada de 1979/80 tendo na época seguinte transitado para o Sporting, Clube onde se tornou profissional em 1984/85, passando a integrar o plantel principal. Permaneceu em Alvalade até à temporada de 1988/89, tendo conquistado apenas uma Supertaça Cândido de Oliveira (1987).

Seguiu-se depois a aventura no Benfica onde esteve duas temporadas (1989/90 e 1990/91), conquistando o Campeonato nacional na sua segunda época. Boavista foi o emblema que o recebeu na temporada 1991/92, tendo conquistado a sua primeira Taça de Portugal. Regressou ao Benfica na temporada seguinte (1992/93), conquistando de novo a Taça de Portugal.

O seu espírito irrequieto levou-o a mudar de ares nas quatro temporadas seguintes. Estrela da Amadora (1993/94), Boavista (1994/95), Belenenses (1995/96) e finalmente o FC Porto (1996/97).

























A sua estreia oficial com a camisola do FC Porto, então orientado por António Oliveira, aconteceu no dia 11 de Setembro de 1996, no Estádio Giuseppe Meazza, em Milão, frente ao AC Milan, em jogo da 1ª jornada da fase de grupos da Champions League, com vitória surpreendente dos Dragões, por 3-2.

Lateral esquerdo rápido e muito ofensivo, boa visão de jogo, exímia capacidade para cruzar e assistir os seus companheiros, generoso, aplicado e competente nas tarefas defensivas, Fernando Mendes foi muitas vezes solicitado para defender a camisola azul e branca.

A imagem curiosa que se segue, refere-se à efeméride da conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, conseguida no Estádio da Luz, no dia 18 de Setembro de 1996, com a goleada por 5-0, depois do FC Porto ter ganho por 1-0, um mês antes, no Estádio das Antas.

A curiosidade da foto tem a ver com os factos de ter sido tirada posteriormente em pleno Estádio das Antas, contar com todos os jogadores que participaram nessa goleada (titulares e suplentes utilizados), para além do treinador e director e ainda de todos os marcadores dos golos desse jogo mostrarem uma bola na mão, ilustrando a sua autoria.



































Após três temporadas de Dragão ao peito e um palmarés  enriquecido com mais 6 títulos, Fernando Mendes voltou ao seu périplo de emblemas nacionais. Belenenses (1999/2000), V. Setúbal (2000/2001 e 2001/02), Montijo (2204/05), São Marcos (2005/2006 a 2007/08) e finalmente Olímpico Montijo (2008/09).

Fernando Mendes vestiu a camisola da selecção nacional A por 11 vezes, mas nenhuma enquanto jogador do FC Porto.

Palmarés ao serviço do FC Porto (6 títulos):
3 Campeonatos Nacionais (1996/97, 1997/98 e 1998/1999)
1 Taça de Portugal (1997/98)
2 Supertaças Cândido de Oliveira (1995/96 e 1997/98)

Fonte: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar

sábado, 7 de janeiro de 2017

EQUIPA SEM ESTOFO É CANDIDATA DA TRETA

















FICHA DO JOGO






























A verdade é como o azeite, cedo ou tarde vem ao de cima. Se é verdade que o FC Porto tem tido muitas razões de queixa das arbitragens enviezadas de que tem sido vítima e que já custaram a perda de alguns importantes pontos, também não deixa de ser menos verdade que esta equipa não tem estofo para lutar por qualquer título.

Hoje isso ficou mais uma vez demonstrado, num jogo em que o árbitro cometendo alguns erros, teve a decência de aplicar um único critério para os dois lados, ilibando-se de quaisquer culpas.

Sem poder contar com o castigado Danilo Pereira e o ausente Brahimi (seleccionado para disputar a CAN), Nuno E. Santo recorreu a Rúben Neves e Herrera.
















A equipa azul e branca conseguiu produzir um futebol interessante, durante a primeira parte, período do jogo em que dominou territorialmente, criando situações para marcar, suficientes para resolver a contenda a seu favor. No entanto, a incapacidade para fazer golo, por precipitação,  ansiedade ou por falta de classe, impediram que o marcador tivesse funcionado.

Depois no segundo tempo tivemos um FC Porto cinzento, amorfo, sem arte nem engenho, para poder alterar o rumo dos acontecimentos. O Paços de Ferreira conseguiu em alguns momentos dividir o jogo e os Dragões demonstraram claramente que não possuem argumentos para discutir qualquer título, perdendo mais dois pontos importantes para o líder do campeonato, que para além do manto protector contam ainda com a confortável incapacidade dos seus perseguidores para lhe darem luta.

Defendo a intransigente luta pela verdade desportiva, a responsabilização dos agentes desportivos que não a garantem assim como também exijo seriedade a todos os responsáveis do FC Porto que de uma forma ou doutra contribuíram e contribuem para este estado de coisas,  principalmente para a falta de qualidade que a equipa de trabalho tem vindo a manifestar, pondo em causa mais uma época desportiva, para além da financeira.

Repetindo o que afirmei na crónica do jogo anterior, assim não é possível confiar nesta equipa.