segunda-feira, 30 de maio de 2016

BALANÇO DA TEMPORADA 2015/16

PARTE I

Mantendo a tradição neste espaço portista, vamos passar em resumo a temporada futebolista que terminou e cujos objectivos não foram cumpridos, ficando muito longe dos pergaminhos que a grandeza do Clube exige.

Depois do fiasco das duas temporadas anteriores, Pinto da Costa decidiu manter no comando técnico o treinador basco Julen Lopetegui que parecia muito mais confiante e ambientado ao futebol português.

Como de costume, o plantel teve de ser reconstituído, face à saída de alguns dos jogadores mais influentes na manobra da equipa, mas também em função das exigências e escolhas da equipa técnica, que achou por bem dispensar um lote apreciável de atletas em quem não depositava a sua plena confiança.































Oliver Torres e Campaña regressaram aos seus clubes após o empréstimo, ainda que em relação ao primeiro o FC Porto tenha envidado esforços para o manter; Casemiro foi readquirido pelo Real Madrid, depois da activação da clausula de opção de compra exercida em devido tempo pelos Dragões, deixando nos cofres portistas alguns milhões de euros; Danilo, Alex Sandro e Jackson Martinez foram negociados por bons valores e todos os restantes descartados pelo técnico espanhol, com Ricardo Quaresma à cabeça, o único desses que abalou definitivamente, regressando ao Besiktas, onde voltou a ser feliz.

Doze, foi o número de atletas que compuseram o ramalhete dos reforços, alguns deles caras já conhecidas no Dragão e outros, autênticas surpresas:































As expectativas eram mais que muitas e a confiança geral dos associados e simpatizantes foi crescendo à medida que o início das competições se aproximava. O Estádio do Dragão voltou a ser palco de assistências interessantes e tudo parecia encaminhado para um regresso às grandes conquistas.

O primeiro jogo do campeonato mostrou uma equipa motivada e competente, suficientemente capaz de lutar pelo título, ideia que foi completamente arrasada na jornada seguinte na deslocação à Madeira frente ao Marítimo com um empate desolador. Os jogos que se seguiram também não foram muito prometedores. Aboubakar e André André em bom plano iam disfarçando alguma inconsistência do futebol portista, confirmada com o segundo empate da época, em Moreira de Cónegos, após seis jogos disputados.

Era evidente a menor confiança dos atletas, a perder muitos passes, a falhar muitas ocasiões de golo e a dar «abébias» na defesa. O jogo em Tondela para a 11ª jornada foi talvez a melhor ilustração desta realidade. Exibição deplorável apesar da vitória por 1-0 e com Casillas a defender uma grande penalidade quase no final da partida. Aliás, assistir aos jogos do FC Porto foi-se tornando em espectáculos de elevado desgaste emocional, verdadeiros testes à boa funcionalidade dos corações azuis e brancos.

Apesar disto tudo, em 20 de Dezembro de 2015, a vitória no Dragão frente à Académica, por 3-1, finalmente com uma exibição de luxo, fez a equipa saltar para o primeiro lugar isolada, à 14ª jornada, abrindo uma janela de esperança para o resto da temporada. Porém, a derrota em Alvalade, seguida de mais um empate no Dragão, frente ao Rio Ave, provocaram o descontentamento geral, precipitando o despedimento de Lopetegui e a desorientação que se lhe seguiu.

Entretanto, o mercado de Inverno gerou mais algumas mudanças no plantel:























Rui Barros assumiu a orientação técnica interina começando por vencer no Bessa com uma goleada de 5-0, mas logo a seguir tropeçou em Guimarães, com uma derrota e exibição francamente inqualificáveis.

Era necessário escolher um treinador capaz de segurar o leme e conduzir a nau em mares navegáveis e seguros. Pinto da Costa demorou a decidir-se escolhendo um treinador conhecido pela sua capacidade de «perder», José Peseiro!

O técnico ribatejano estreou-se com uma vitória sobre o Marítimo, na 19ª jornada, mas nunca foi capaz de reverter a tendência da caminhada rumo ao abismo. Até final averbou mais cinco derrotas para o campeonato, cavando um fosso de 15 pontos para o primeiro lugar.



























(Continua)

quarta-feira, 25 de maio de 2016

GOLEADORES PORTISTAS - RETROSPECTIVA ACTUALIZADA













Neste final de temporada e apresentados que estão os primeiros 150 goleadores que fazem parte do ranking portista, é tempo de fazer a retrospectiva actualizada, tendo em conta que se trata de uma tabela dinâmica em que as posições se vão alterando em função dos golos que os atletas em actividade vão conseguindo.

Chamada de atenção para a presença de apenas 3 atletas do actual plantel, Silvestre Varela que é agora o 39º com 51 golos apontados, Aboubakar 78º com 26 golos e Brahimi 92º com 22 golos.

É pois com todo o gosto que apresento a tabela actual:








































domingo, 22 de maio de 2016

DRAGÃO SEM ASAS PARA ALTOS VOOS ENTREGA A TAÇA NUMA BANDEJA

















FICHA DO JOGO































Foi um Dragão sem asas, impreparado para altos voos, que se apresentou no Estádio do Jamor para discutir a derradeira oportunidade de alcançar um título nesta mal fadada época.

Mais uma derrota por culpas próprias que ilustra de resto o péssimo planeamento e as apostas erradas de quem teve a responsabilidade de decidir.

Depois da derrota contra o Tondela, em 4 de Abril, o Presidente Pinto da Costa reconheceu o fracasso da temporada, anunciando uma pré-época antecipada para aquilatar do carácter dos jogadores e preparar esta final.

O técnico José Peseiro, teve então quase todo o plantel à disposição, sem pressões, com mais tempo para consolidar os seus processos de jogo e a sua estratégia. Preferiu fazer experiências e gestão do plantel em vez de apostar num onze pré-definido no sentido de garantir coesão, estabilidade e mecanização.

Hoje voltou a mexer no onze titular, promovendo três alterações em relação ao jogo anterior no Bessa. Helton, Sérgio Oliveira e Brahimi voltaram aos eleitos, remetendo para o banco Casillas, André André e Jesús Corona.




















O FC Porto entrou bem no jogo, a pressionar e a empurrar o Braga para bem junto da sua área, durante os primeiros seis minutos, conquistando três cantos. No minuto seguinte a defensiva azul e branca deu mostras da sua habitual incompetência. Saída rápida da equipa minhota, conduzida por Rafa com intervenção faltosa de Chidozie a provocar livre. Josué marcou com pontapé cruzado para o segundo poste, surgindo completamente soltos de marcação Mauro e Hassan, com este último a cabecear deficientemente e a desperdiçar a primeira grande ocasião de golo. Imperdoável o «adormecimento», de Maxi de Chidozie e do próprio Helton.

A partir deste lance os minhotos começaram a trocar melhor a bola, a aprimorar as marcações e a dificultar as tentativas dos azuis e brancos, obrigando-os a recorrer a passes para os lados e para trás ou a passes longos geralmente mal dirigidos, tornando o jogo num espectáculo pobre, cinzento, sem ideias, muito mal jogado.

A ideia de jogo do Braga estava bem estudado e era nitidamente fechar lá atrás o seu bloco baixo, coeso e solidário e esperar pelas habituais «abébias defensivas» do seu adversário. Era só uma questão de tempo e o minuto doze confirmou isso mesmo. Do nada o Braga viu-se em vantagem no marcador. Bola recuperada no circulo central por Hassan, pontapé sem muita convicção para a frente a cair entre a linha de meio campo e a linha de grande área portista, Helton a sair ao seu encontro  com Marcano e Chidozie aparentemente com o controlo da situação, indecisão entre os três aproveitada por Rui Fonte que se limitou a tocar para a frente isolando-se para de seguida cabecear sem oposição para a baliza deserta. Erro tão ridículo quanto imperdoável, muito mais cometido a este nível. Inexplicável a abordagem dos experientes Helton e Marcano já que a de Chidozie a atribuo, sem desculpar, à sua juventude e inexperiência.

Os Dragões sentiram o rude golpe perdendo ainda mais consistência enquanto os minhotos se limitavam a controlar lá atrás, sem grandes dificuldades ou aflições. No final da primeira parte os azuis e brancos não tinham construído qualquer jogada de perigo e cometido duas asneiras grosseiras das quais uma resultou no golo sofrido.

A equipa regressou para o segundo tempo com uma alteração. Chidozie foi para o banco dos suplentes e Rúben Neves foi chamado para ocupar o lugar de Danilo, recuando este para central.

Os azuis e brancos apareceram transfigurados, bem mais agressivos e determinados, mas ainda assim sem grande inspiração. Aos 57 minutos Herrera desperdiçou a melhor ocasião de golo. Canto do lado direito do ataque portista cobrado por Sérgio Oliveira, a bola cruzou em arco a pequena área, indo ao encontro do mexicano que dominou com a coxa e rematou de pronto, fazendo a bola sair a rasar o poste, com Marafona pregado ao solo, completamente batido.

O guardião bracarense bateu o respectivo pontapé de baliza, a bola caiu na cabeça de Herrera indo na direcção de Marcano que recolheu e atrasou para Helton. Acossado por um adversário, devolveu ao defesa espanhol que quando sentiu Josué nas suas costas, assustou-se, não dominou a bola e deixou-se desarmar, oferecendo de bandeja a oportunidade que o arsenalista não enjeitou, fazendo o 0-2 com a maior frieza do mundo.

Terceira falha defensiva grosseira, dois golos sofridos. Esta a crueldade dos números determinados sobretudo pela diferença de competência defensiva. O FC Porto era a equipa que mais fazia para ganhar o jogo, mas também a que mais erros cometia.

Parecia tudo perdido, mas os Dragões empertigaram-se e foram à procura de minimizar o prejuízo. Voltaram a carregar no ataque. O Braga cada vez mais confiante e mais fechado socorria-se do anti-jogo, simulando lesões para parar o assalto portista à sua área, até que, aos 61 minutos, Varela foi à linha cruzar, Brahimi recolheu e rematou de pronto, Marafona deu uma sapatada para evitar o golo, a bola sobrou para André Silva que à vontade empurrou para a baliza, reduzindo para 1-2 relançando o jogo.





















A partir de então a equipa portista sentiu que podia virar o resultado e intensificou mais o ataque, com mais confiança e convicção. Peseiro tirou Sérgio Oliveira e Varela, metendo André André e Aboubakar. 

As acções ofensivas bracarenses eram cada vez mais escassas, mas mesmo assim, aos 68 minutos, em novo atraso de bola, agora efectuado por Danilo Pereira, Helton falhou a recepção, trocou os pés e perante a pressão de um adversário, driblou-o salvando-se «in extremis» de mais uma situação embaraçosa.

O FC Porto entrou então no seu melhor período do jogo, praticando um futebol rápido, acutilante, ameaçador e coerente, «fabricando» jogadas de muito perigo. 

Em cima dos 90 minutos, canto marcado por Layún já com Helton na área adversária a disputar de cabeça o lance, a bola sobrou para a meia lua onde estava Brahimi, remate desviado para a direita do ataque azul e branco, Herrera a recolher e a cruzar em esforço para o coração da pequena área e aí, o «menino», de costas para a baliza, elevou-se acrobaticamente no ar e aplicou o chamado pontapé de bicicleta, marcando um golo espectacular,saudado entusiasticamente pelas hostes portista, perante o desespero dos restantes. 









































Estava finalmente reposta alguma justiça no marcador. O Dragão ressuscitava depois de cometer suicídio em dose dupla. 

Os minutos que se seguiram até ao final do tempo dos descontos concedidos pelo árbitro da partida (5 minutos), foram jogados com muitas cautelas por ambas as equipas, preferindo levar o jogo para prolongamento.

Nesse período de meia hora as equipas acusaram algum desgaste, mais o Braga que o Porto, daí o maior domínio  ter pertencido aos portistas, mas o resultado não se alterou, forçando a decisão final para a marca dos onze metros.

Aí os jogadores do Braga mostraram-se bem mais competentes, concretizando as 4 grandes penalidades enquanto do lado do FC Porto, Herrera e Maxi Pereira permitiram a defesa de Marafona.

Os Dragões saíram derrotados em todas as frentes numa época para reflectir no sentido de arrepiar caminho. Muita coisa vai ter de mudar.

sábado, 21 de maio de 2016

TRAGAM DE LÁ ESSE CANECO










O FC Porto vai fechar a época desportiva oficial com a deslocação ao Estádio Nacional do Jamor, para disputar a sua 29ª final da Taça de Portugal, das quais venceu 16. Será a terceira vez que reencontrará o SC Braga. Nas anteriores finais entre as duas equipas o triunfo sorriu sempre aos azuis e brancos, 1-0 em 1976/77 e 3-1 em 1997/98.

A última presença portista na final deste troféu tem já cinco anos (Maio de 2011), altura em que concluiu um TRI ao vencer o Vitória de Guimarães, por 6-2.

Já com todos os outros títulos perdidos esta temporada, os Dragões têm nesta Taça a derradeira oportunidade de acabar a temporada com alguma dignidade, amealhando mais um troféu para o Museu.

O trajecto até esta final foi imaculado pois conta por vitórias os jogos disputados:


















Segue-se então o jogo decisivo que irá decidir o vencedor da prova. Trata-se de uma final e por isso sem vencedor antecipado, mesmo que a equipa teoricamente mais favorita, em função do seu potencial, seja a do FC Porto, a verdade é que em termos reais, nos confrontos directos para o Campeonato nacional o Braga superiorizou-se com uma vitória (3-1 em casa) e um empate (0-0 fora).

José Peseiro convocou os 22 jogadores disponíveis do plantel principal para esta deslocação a Oeiras. Só Alberto Bueno ficou de fora, por lesão.


QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS

































EQUIPA PROVÁVEL
























COMPETIÇÃO: TAÇA DE PORTUGAL 2015/16 - FINAL
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO NACIONAL - VALE DO JAMOR - OEIRAS
DATA E HORA DO JOGO: DOMINGO, 22 DE MAIO DE 2016, ÀS 17:15 H
ÁRBITRO NOMEADO: ARTUR SOARES DIAS - A.F. PORTO
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SPORT.TV1

quarta-feira, 18 de maio de 2016

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 150













CARLOS SECRETÁRIO - Goleador Nº 150

Apontou 10 golos em 309 participações com a camisola do FC Porto, durante as 10 temporadas ao seu serviço (1992/93 a 1995/96 e 1997/98 a 2003/04).

Carlos Alberto Oliveira Secretário, nasceu no dia 12 de Maio de 1970, em São João da Madeira.

Iniciou a sua carreira de futebolista nas escolas de formação do clube da sua terra natal, o A. D. Sanjoanense, onde esteve até  à temporada de 1984/85. Prosseguiu nas escolas do Sporting, como juvenil, fazendo apenas uma época (1985/86), integrando a equipa de júniores do FC Porto, onde concluiu a sua formação (1986/87 a 1987/88).

Secretário começou por ser médio-direito, mas a sua polivalência levou-o a ser utilizado, primeiro como extremo direito e mais tarde como defesa direito. Em rigor, evoluiu por toda a ala direita com determinação, raça, rapidez, pujança física e muita qualidade.

A sua ascensão à primeira equipa do FC Porto não foi fácil em função da qualidade da concorrência então existente. Por isso teve de sair, por empréstimo, para ganhar ritmo competitivo e experiência, tendo passado pelo Gil Vicente (1988/89), Penafiel (1989/90 a 1991/92), Famalicão (1991/92) e finalmente o Braga (1992/93).

Regressou às Antas na temporada de 1993/94, sob a orientação técnica do croata Tomislav Ivic.

























A sua estreia oficial na equipa principal aconteceu no dia 11 de Setembro de 1993, no Estádio das Antas, frente ao Famalicão, em jogo da 3ª jornada do campeonato nacional, com empate sem golos. Secretário saiu do banco aos 64 minutos para substituir Jorge Couto, na extrema direita, actuando como médio-ala.

Depois foi em crescendo até se tornar num jogador cobiçado pelos grandes emblemas internacionais. O Real Madrid apresentou argumentos fortes e Secretário não resistiu, mudando-se para a capital espanhola no Verão de 1996.

Transferência que acabou por ser uma desilusão já que o treinador merengue, Fábio Capello optou pelo seu compatriota Panucci, deixando Secretário sem espaço.

O regresso ao FC Porto foi a saída mais feliz para o atleta, que reencontrou a felicidade de poder fazer o que mais gostava. Fixou-se na equipa, continuou a crescer, contribuindo para as conquistas do Tetra e do Penta.























Manteve um nível bastante satisfatório durante as épocas seguintes, mas com a chegada de José Mourinho foi perdendo influência para o eleito Paulo Ferreira. Ainda assim apareceu algumas vezes a dar o seu contributo, impondo a sua experiência. A sua última aparição de azul e branco vestido, foi mesmo o último jogo do campeonato da temporada de 2003/04, frente ao Paços de Ferreira, com vitória portista, por 3-1.

16 títulos conquistados com o Dragão ao peito e 31 das 35 internacionalizações pela selecção principal de Portugal (pode recordar aqui), são a melhor ilustração daquilo que foi a sua brilhante carreira de futebolista.

















Carlos Secretário decidiu jogar mais uma temporada, antes de acabar a carreira, transferindo-se para o F. C. da Maia.

Fonte: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar.


sábado, 14 de maio de 2016

ACABAR EM BELEZA
















FICHA DO JOGO





























Caiu o pano sob a Liga NOS 2015/16, com mais uma temporada de frustrações para o emblema do Dragão, que perdeu muito cedo o comboio do título, por culpas próprias mas também, há que dizê-lo sem rodeios, com o grande empurrão dos «artistas do apito», que pela terceira época consecutiva estenderam o manto protector, cada vez mais sem pudores de qualquer espécie, contribuindo para a dita «verdade desportiva» vermelha.

No seu último jogo para o Campeonato, o FC Porto recebeu e bateu o Boavista, num jogo cuja grande diferença se revelou no horário em que foi disputado.

É verdade que Peseiro introduziu algumas alterações no onze principal (Casillas, Danilo Pereira, Herrera e Corona, voltaram à titularidade), a pensar na gestão para a final da Taça de Portugal, deixando de fora, Helton, Rúben Neves, Sérgio Oliveira e Brahimi.

























O FC Porto marcou cedo, aos 11 minutos por Danilo Pereira a aproveitar um ressalto dentro da área axadrezada, na sequência de um canto apontado por Layún. A bola resvalou em Marcano e o médio português, bem colocado só teve que desviar para as redes.






















Foi um bom tónico para o desenvolvimento de um bom futebol, mas curiosamente a primeira parte foi jogada sem grande qualidade e com poucas oportunidades. Chidozie de cabeça fez o remate mais perigoso, por volta dos dezanove minutos; Casillas evitou o empate, oito minutos volvidos e até ao apito de Xistra para o intervalo, nada de mais interessante houve para assinalar.

Peseiro também não devia estar a gostar do desempenho e no reatamento procedeu de imediato a duas alterações. Danilo e Corona ficaram nos balneários dando os seus lugares a Rúben Neves e Brahimi.

Os azuis e brancos entraram bem e dilataram o marcador aos 56 minutos. Tudo começou num lançamento da linha lateral, perto da área adversária, efectuado por Maxi Pereira a solicitar a entrada de Herrera, o mexicano foi batido pelo defesa contrário, que na ânsia de despachar deixou a bola nos pés de André Silva. O jovem avançado recolheu, evitou dois adversários, levantou a cabeça e fez um passe de bandeja para Layún que surgiu isolado, na meia lua a desferir um remate forte e colocado, sem hipóteses de defesa. Bom momento da equipa azul e branca.























No minuto seguinte, mais uma iniciativa portista quase deu golo, não fora o chapéu de Brahimi ter saído ligeiramente alto, depois de mais um trabalho exemplar de Layún.

Aos 74 André Silva, numa boa rotação dentro da área, obrigou Mika a uma grande defesa e aos 83 minutos Carlos Xistra apontou a marca de grande penalidade a castigar falta clara de Rúben Ribeiro. Brahimi cobrou e colocou o marcador nos 3-0. Curiosidade para a atenção e rigor do árbitro da partida, que em situações bem mais fáceis de ajuizar tem feito vista grossa recorrentemente. Será porque este jogo já não aquecia nem arrefecia?





















O FC Porto não tirou o pé do acelerador frente a um Boavista cada vez mais frágil e sem argumentos. Rúben Neves tentou a sua sorte de longe e a bola não passou muito longe da baliza até que já perto do fim surgiu o momento porque muitos portistas ansiavam.

A equipa portista cortou um lance a meio campo, Brahimi tirando partido do adiantamento da defensiva do Boavista, lançou para a corrida de André Silva. O avançado, em diagonal foi receber a bola perto da linha de grande área, Mika saiu dos postes e foi ao seu encontro, mas André soube evitá-lo, contornou-o e de pronto rematou cruzado, fazendo um belo golo, estreando-se a marcar com a camisola da equipa principal. Estava assim concretizada a goleada de 4-0.























Boa segunda parte, mas esta equipa tem de jogar bem o jogo todo.