quarta-feira, 31 de outubro de 2018

DA PASMACEIRA DA PRIMEIRA PARTE AO FUTEBOL DA SEGUNDA





















FICHA DO JOGO






























O FC Porto venceu o Varzim, equipa do escalão imediatamente abaixo (II Liga), num jogo muito mais complicado do que se podia supor.

O técnico portista tinha alertado para o facto de haver equipas nesse escalão com capacidades similares ou até superiores a algumas da Divisão principal e que o Varzim era uma delas.

Ainda assim, Sérgio Conceição decidiu dar um voto de confiança a um conjunto de atletas menos utilizados, apresentando um onze inédito e sem qualquer jogador, dos que actuaram nos últimos jogos.

























Essa opção acabou por marcar de forma indelével a medíocre exibição da equipa portista, a acusar faltas de ritmo e ligação, compreensíveis num conjunto de jogadores que raramente joga junto. Muita indecisão, lentidão de raciocínio e movimentos, falta de imaginação e incapacidade completa de penetrar no terço defensivo do adversário, constituíram os condimentos principais para uma primeira parte que só não foi desastrosa porque Bazoer teve um momento de discernimento para, com classe, repor a igualdade quase em cima do intervalo, depois da defesa portista ter permitido, de forma algo passiva, que o Varzim se adiantasse no marcador a partir do minuto 30.

O técnico azul e branco não podia de forma alguma estar satisfeito com o desenrolar da partida e disso já tinha dado conta quando, muito mais cedo do que é habitual, pôs a aquecer os seus principais atletas que estavam no banco dos suplentes, fazendo passar a mensagem para dentro das quatro linhas.

No segundo tempo Jesús Corona deixou Jorge nos balneários e a verdade é que se notou logo uma disposição completamente diferente. As oportunidades começaram a aparecer com maior frequência, dando a ideia que a resolução do jogo seria uma questão de tempo.

A bola teimava em não encontrar as redes da baliza dos poveiros, bem guardada pelo seu guarda-redes, que ia conseguindo adiar o golo, até à entrada de Soares, chamado ao jogo aos 65 minutos, substituindo o defesa lateral João Pedro, para desviar de cabeça aos 73 minutos, um canto cobrado por Sérgio Oliveira, dando a reviravolta ao resultado.

O resultado parecia bem encaminhado, mas um infortúnio (ou azelhíce?) de Sérgio Oliveira, na tentativa de atrasar a bola, meteu-a ao alcance de Haman, que isolado não se fez rogado, mesmo tendo atirado primeiro contra Vaná, para na insistência repor a igualdade (2-2).

O FC Porto continuou a carregar e a mais valia dos seus atletas, principalmente dos habituais titulares (Corona, Soares e Óliver), com destaque para o Tecatito, acabaria por decidir a partida com mais dois golos e uma série de falhanços.

Vitória certa, num desempenho que vai ser certamente motivo para reflexão interna, onde ficou claro, acho eu, que onze bons jogadores (na opinião do mister) podem não fazer uma boa equipa. Depois desta experiência, calculo que Sérgio Conceição não mais terá vontade de alterar o onze titular de forma tão radical.

domingo, 28 de outubro de 2018

LABORATÓRIO, ÓLIVER E CASILLAS, O TRIÂNGULO PERFEITO
















FICHA DO JOGO





























O FC Porto levou de vencida  o Feirense, melhor defesa do Campeonato, num jogo em que os fogaceiros fizeram jus a esse mérito, tornando o encontro num confronto complicado, interessante e competitivo, valorizando ainda mais a vitória dos campeões nacionais.

O técnico portista surpreendeu ao deixar Herrera no banco, apostando claramente na boa forma que o jovem Óliver Torres atravessa, cotando-se mesmo como o melhor homem em campo.

























Os Dragões cedo deram mostras de querer resolver a contenda rapidamente e não fora a má decisão do árbitro da partida, à passagem do 3º minuto, a assinalar uma falta inexistente de Marega, que acabaria em golo, até teria aberto o marcador e levado o jogo para outra dimensão. Estou convencido que se o árbitro não fosse tão rápido a apitar, o VAR teria certamente validado a jogada.

Os azuis e brancos tomaram as rédeas do jogo, como era sua obrigação, obrigando o adversário a acantonar-se no seu último terço, complicando muito as manobras ofensivas portistas, que só aos 22 minutos conseguiram festejar um golo, obtido num lance de bola parada. Jogada estudada e elaborada no «laboratório» e perfeitamente concretizada pelos intervenientes (Alex Telles, Óliver, Corona e Felipe).

O VAR pediu que o árbitro fosse verificar a jogada no ecrã disponível e preparado para esse efeito, no local próprio perto das 4 linhas e depois de alguns segundos de indecisão, optou por validar o golo. A posição de Felipe, autor do golo, é algo duvidosa, não isenta de polémica, como seria aliás a decisão contrária.

O Feirense reagiu bem ao golo sofrido e durante alguns minutos pôs a defensiva azul e branca em sentido. Casillas foi obrigado a trabalho competente e de classe para evitar o empate, aos 29 minutos.

Depois e até ao final da primeira parte o FC Porto voltou a estar por cima, desperdiçando duas boas ocasiões para dilatar o resultado. Primeiro num remate de Brahimi à barra e depois num remate de Marega, em posição privilegiada, contra o guarda-redes.

A segunda metade foi mais dividida, mas com o FC Porto sempre mais perto de marcar. Soares aos 37 minuto esteve muito perto de desfeitear Caio Secco, mas a bola saiu a rasar o poste, com o guardião batido.

Só aos 80 minutos o FC Porto pode festejar o segundo golo, dando alguma tranquilidade e conforto ao resultado.

Até ao final os Campeões nacionais desperdiçaram mais algumas boas oportunidades que poderiam ter levado o resultado para a goleada (Brahimi - 84' e Adrán López - 90'), mas foi Casillas, nos derradeiros segundos do jogo a evitar o golo do Feirense, com uma defesa magistral a um remate perigoso e outra à sua recarga.

Vitória justa e até escassa, num jogo complicado em que Óliver Torres encheu o campo com a sua classe, visão de jogo, consistência na construção e distribuição, raça e disponibilidade física na recuperação, enfim, uma exibição de encher o olho.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 223 (ACTUALIZAÇÃO)














ADRIÁN LÓPEZ - Goleador Nº 223


Apontou 5 golos em 31 participações oficiais com a camisola do FC Porto, durante as cerca de 2 temporadas ao seu serviço (2014/15, Agosto até Janeiro 2016/17 e 2018/19).

Adrián López Álvarez, nasceu no dia 8 de Janeiro de 1988, em San Martín de Taverga, nas Astúrias, Espanha.

Fez a sua formação no Real Oviedo, transferindo-se para o Deportivo da Corunha em 2006, consolidando-se como profissional na Galiza, antes de rumar ao Atlético de Madrid, em 2011.

Entre 2007 e 2009, foi emprestado ao Alavés e Málaga, clubes nos quais ganhou embalagem para uma boa temporada de despedida no Deportivo da Corunha (2010/11), na qual apontou 12 golos em 40 jogos. A primeira época de Adrián López ao serviço dos «colchoneros» (2011/12) foi verdadeiramente entusiasmante: em 57 jogos oficiais apontou 19 golos, 11 dos quais na Liga Europa, um recorde absoluto no futebol espanhol. A par  do ex-portista Radamel Falcao, foi um dos principais obreiros na conquista da segunda maior prova de clubes do Continente europeu.

Com duas internacionalizações e um golo apontado pela selecção de Espanha, Adrián López continuou, nas duas temporadas seguintes, a ser um elemento importante  dos madrilenos, se bem que menos feliz na hora de rematar à baliza.Rápido, inteligente e dotado de uma técnica refinada, Adrián López é um avançado muito móvel e versátil - prefere o remate de pé direito, mas também é forte de cabeça - característica que lhe permite actuar em qualquer posição do ataque.

Chegou ao FC Porto no Verão de 2014, como uma das escolhas do treinador Julen Lopetegui.


























A sua estreia oficial de Dragão ao peito aconteceu no dia 23 de Agosto de 2014, no estádio Capital do Móvel, frente ao Paços de Ferreira, em jogo da 2ª jornada do Campeonato nacional (Liga NOS 2014/15), com vitória portista por 1-0.

É desse jogo a foto que se segue, ilustrando a titularidade do atleta:























Adrián López desde cedo foi demonstrando alguma instabilidade emocional e sobretudo  dificuldades de adaptação, pelo que foi sendo utilizado de forma selectiva. Dos 18 jogos a que foi chamado durante a época, só em 5 esteve até ao fim, foi titular substituído em mais 4 e suplente utilizado nos restantes 9 jogos.

O seu único golo da temporada aconteceu no dia 17 de Setembro de 2017, no Estádio do Dragão, frente ao conjunto bielorrusso do Bate Borisov, em jogo da 1ª jornada do grupo H, da fase de grupos da Liga dos Campeões, com goleada portista por 6-0. O avançado espanhol foi o autor do 5º golo, aos 61 minutos.
























Na temporada seguinte (2015/16), o técnico basco Julen Lopetegui decidiu não apostar nele. sendo cedido por empréstimo aos espanhóis do Villareal, onde pode actuar com mais regularidade e readquirir a confiança nas suas capacidades, concretizando 5 golos em 23 presenças.

Regressou ao Dragão na época de 2016/17, agora sob o comando técnico de Nuno Espírito Santo, sendo aposta regular na primeira fase da época, principalmente como suplente utilizado,  tendo realizado de Agosto a Novembro 9 jogos,  dos quais 3 com titular substituído e os restantes 6 como suplente utilizado.

As suas performances não convenceram o técnico português e um novo empréstimo ao Villareal, na janela de transferências de Inverno, foi a solução encontrada para o atleta poder terminar a temporada. 

Em 2017/18 continuou em Espanha, mas ao serviço do Deportivo da Corunha, onde marcou 9 golos em 31 jogos e esta temporada (2018/19) Sérgio Conceição decidiu agregá-lo no plantel.

Não tem sido muito utilizado, mas o técnico tem procurado insuflar-lhe confiança e a verdade é que nos poucos minutos de que dispôs até agora, Adrián López parece um atleta mais comprometido com a equipa e mais solto.

Foi chamado ao jogo da 1ª jornada do Campeonato, frente ao Chaves, a partir do minuto  74  e foi titular na 1º jornada da Taça da Liga, frente ao mesmo adversário, sendo substituído aos 72 minutos. Em ambas as aparições o atleta mostrou apontamentos interessantes e prometedores, porém só voltaria a ser utilizado, após a última paragem das provas internas, para dar lugar aos jogos das selecções.

Foi um regresso em grande já que foi o autor de 4 dos 6 golos com que o FC Porto goleou a equipa dos Distritais, o SC Vila Real, em jogo da 3ª eliminatória da Taça de Portugal.

Adrián López mostrou-se muito concentrado e oportunista (nos seus 2º e 3º golos) mas também de elevada capacidade técnica (nos seus 1º e 4º golos).

Será este saboroso «póker»  o lenitivo que lhe faltava para novas proezas? Tem a palavra o Adrián López.

Tal proeza proporcionou-lhe dar um enorme salto neste ranking de goleadores portistas. Ocupava um dos últimos lugares (410º) e passou, num ápice, a ser o melhor marcador portista desta época, a par com Aboubakar (4 golos), até ao momento.


Fontes: Site oficial do FC Porto e Zeroazero.pt

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

TRIUNFO NATURAL DÁ A LIDERANÇA ISOLADA

















FICHA DO JOGO


























Mais uma noite gloriosa em Moscovo, garantiu ao FC Porto a liderança isolada do seu grupo e um passo importante para a qualificação para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

Sem poder contar com Aboubakar (lesionado), Otávio (ainda em recuperação) e Soares (não inscrito), Sérgio Conceição procedeu a duas alterações no onze titular, relativamente ao jogo efectuado na Luz, para a Liga NOS, com a introdução de Óliver Torres e Jesús Corona, em vez de Otávio e Soares.

























Face às performances de ambas as equipas até ao momento, o favoritismo recaía claramente para os azuis e brancos, mas era fundamental confirmá-lo dentro das quatro linhas.

Foi precisamente isso que os campeões nacionais fizeram, sustentado numa exibição autoritária, consistente, mas não isenta de erros, alguns bastante comprometedores, que custaram inclusivamente uma grande penalidade que Iker Casillas conseguiu defender com enorme classe e dois golos, um dos quais mal invalidado por pretenso fora de jogo.

Foi um jogo complicado, pela postura hiper-defensiva da equipa russa, comportando-se como equipa de segundo plano, apostando essencialmente no erro do adversário.

Um FC Porto melhor ofensivamente mas a cometer erros defensivos de palmatória, que só não foram mais penalizadores porque a menor qualidade do adversário não o permitiu.

De resto, resultado justo, mesmo na diferença de golos, com uma demonstração de grande espírito de equipa e com alguns jogadores (Casillas, Danilo Pereira, Herrera, Óliver Torres, Brahimi e Corona) a rubricarem exibições muito agradáveis.

Bom proveito desportivo (liderança com 2 pontos de vantagem sobre o Schalk 04, 3 sobre o Galatasaray e 7 sobre o Lokomotiv)  e financeiro (dois milhões e setecentos mil euros).

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

RESSURREIÇÃO DE ADRIÁN LÓPEZ?

















FICHA DO JOGO






























O FC Porto goleou a modesta equipa do SC Vila Real, equipa dos Distritais, como era de sua obrigação, com uma exibição séria que permitiu ao espanhol Adrián López reencontrar-se com os golos, de Dragão ao peito, em dose quadrupla, ele que só tinha conseguido um golo nas 29 participações anteriores, concretizado no dia 17 de Setembro de 2014, frente ao Bate Borisov, em jogo da Liga dos Campeões.

Sérgio Conceição aproveitou a fragilidade do adversário para fazer uma revolução no onze titular, apresentando sete alterações, em relação ao jogo anterior no estádio da Luz. Fabiano, Jorge e Bazoer tiveram a sua estreia, juntando-se a João Pedro, Óliver Torres, André Pereira e Adrián López.

























Foi um jogo sem grande história, da luta contra o gato e o rato. O FC Porto encarou a partida com a responsabilidade que a competição pedia, jogando todo o tempo na metade do terreno adversário, fazendo de Fabiano um autêntico espectador.

O grande destaque vai mesmo para os 4 golos de Adrián López, patenteando grande sentido de oportunismo e uma técnica acima da média. Vamos a ver se este desempenho o fortalece animicamente e o recupera definitivamente para um desempenho mais condizente com o rótulo que o fez vestir de azul e branco.

Os reforços tiveram uma noite razoável mas a modéstia do adversário não permitiu tirar grandes conclusões. 

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 257













HERÉDIA - Goleador Nº 257

Concretizou 3 golos em 7 participações oficiais, com a camisola do FC Porto, ao longo de cerca de meia temporada ao seu serviço (1972/73).

Juan Carlos Herrédia, nasceu no dia 1 de Maio de 1952, em Córdoba, Argentina. Começou a sua carreira de futebolista no clube da sua terra natal, o Belgrano e em 1972 passou para o Rosário Central, que nessa mesma época o vendeu ao Barcelona.

Chegado ao Camp Nou no Verão desse ano, para alinhar sob a orientação técnica do holandês Rinus Michels, viu a sua inscrição ser negada pela Federação Espanhola de Futebol. 

Foi treinando com o plantel, sem poder jogar até Janeiro, altura em que o FC Porto conseguiu o seu empréstimo por meio ano, graças ao conhecimento que o treinador portista Fernando Riera, que tinha orientado o Boca Juniors e o tinha defrontado pelo Rosário Central, possuía relativamente às suas potencialidades.

























A sua entrada na equipa não foi imediata porque teve dois episódios de saúde que o impediram. Uma forte gripe e uma intervenção cirúrgica ao apêndice, retardaram a sua utilização.

Como cabeça de cartaz, Herédia foi apresentado aos sócios portistas num jogo particular frente ao Manchester United (0-0), realizado no Estádio das Antas, no mês de Fevereiro, quando ainda procurava restabelecer-se fisicamente, deixando muito boa impressão, pela sua técnica e estampa física.

A sua estreia oficial aconteceu no dia 11 de Março de 1973, no Estádio Municipal de Guimarães, frente ao Vitória S.C., em jogo da 23ª jornada do Campeonato nacional, com empate a 1 golo. Herédia saiu do banco aos 60 minutos mas acabaria expulso pouco depois. Era um jogador possante, muito temperamental e ai de quem lhe tocasse nos seus cabelos longos. José Carlos, defesa dos vimaranenses, viu-se aflito para o travar e num movimento de recurso puxou-lhe pela farta cabeleira, recebendo de imediato um safanão, entendido pelo árbitro lisboeta Henrique Silva ser motivo para expulsar os dois atletas.

Herédia cumpriu o castigo no encontro seguinte, em 18 de Março de 1973, a contar para os 16 avos-de-final da Taça de Portugal, permitindo ser utilizado na jornada imediata do Campeonato Nacional, frente ao Benfica.

Nesse jogo, disputado no Estádio das Antas, no dia 1 de Abril de 1973, Herédia foi a estrela mais reluzente do firmamento azul e branco. Praticamente sozinho pôs em sentido a defensiva benfiquista, estreando-se a marcar aos 26 minutos, repondo a igualdade no resultado (1-1). Eusébio ainda adiantaria os lisboetas aos 57 minutos, mas Herédia, em mais uma das suas incursões exuberantes na grande área benfiquista, sofreu falta para penalty que Flávio concretizaria, fixando o resultado final num empate a dois golos.

Voltaria a marcar por mais duas vezes, a primeira das quais no dia 8 de Abril de 1973, no Estádio das Antas, frente ao Beira-Mar, em jogo dos oitavos-de-final da Taça de Portugal, com vitória portista, por 3-1. O avançado argentino abriu a contagem aos 3 minutos.

Finalmente, em 22 de Abril, ainda no Estádio das Antas, desta vez contra o Montijo, em jogo da 26ª jornada do Campeonato nacional. Herédia encerrou a contagem portista ao apontar, aos 69 minutos o seu último golo de Dragão ao peito, na vitória por 4-1.

Herédia acabou a época com um misto de emoções. As negativas por ter acabado com a equipa no 4º lugar e fora dos lugares de acesso às provas europeias. As positivas por se sentir adorado pela massa adepta portista que o tratava como um príncipe, o elogiava e acarinhava, reconhecendo nele a chancela do craque que realmente era e o levou a ser considerado na maior parte dos jogos, como o melhor em campo.

No final da temporada sentiu-se dividido entre o Porto e o Barcelona, mas o seu preço era demasiado alto para os cofres azuis e brancos, pelo que teve de voltar para Espanha.

Em baixo uma foto (sacada no blogue memória azul, a quem faço uma vénia) da maior parte dos atletas do plantel do FC Porto da temporada 1972/73, com a presença de Herédia:





























De novo em Barcelona, para finalmente fazer parte do plantel, pensava ele. Porém, a chegada de Crujff reduziu-lhe as hipóteses. 

Chegou a pensar em novo empréstimo ao FC Porto, mas o Barcelona tinha outros planos e emprestou-o ao Elche, um clube que lutava pela manutenção.

Só na temporada de 1974/75, Herédia viu finalmente o seu sonho concretizado. Com a aquisição da dupla nacionalidade o possante avançado pôde demonstrar todas as suas capacidades técnicas e físicas, durante 6 épocas a fio (1974/75 a 1979/80), tendo sido inclusivamente internacional pela Espanha por 3 vezes.

Em Fevereiro de 1980 regressou à Argentina, para representar o River Plate (1980 e 1981), passando ainda pelo Argentino Juniores (1981) e Talleres (1982).

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui MIguel Tovar e ZeroaZero.pt

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

ENTRAR A PERDER E REVIRAVOLTA CATEGÓRICA



















FICHA DO JOGO





























Portugal venceu na Polónia, dando um passo significativo para a qualificação da próxima fase.

A selecção nacional tem agora 5 pontos de avanço da Polónia e Itália, num encontro em que até começou a perder quando aos 18 minutos Piatek fez de cabeça, na sequência de um pontapé de canto, o seu primeiro golo pela selecção polaca.

Mas ao intervalo Portugal já tinha dado a cambalhota no resultado (2-1), com um golo oportuno de André Silva numa assistência de Pizzi e aos 42 minutos num autogolo de Kamil Glik, ao tentar evitar que Rafa desse sequência a um passe longo e teleguiado de Rúben Neves.

Um excelente trabalho individual de Bernardo Silva elevou o marcador para 3-1, provocando uma reacção polaca que reduziu para 3-2 pelo suplente chamado ao jogo, Kuba. 

Portugal teve então que defender, resistindo no primeiro impacto e controlando depois, tendo-lhe pertencido as duas mais claras oportunidades para voltar a marcar.

O técnico Fernando Santos teve ainda no banco os seguintes jogadores não utilizados: Cláudio Ramos (Tondela) e Beto (Goztepe); Cédric Soares (Southampton), Luís Neto (Zenit) e Kévin Rodrigues (Real Sociedad); Sérgio Oliveira (FC Porto); Éder (Locomotiv) e Hélder Costa (Wolverhampton): Bruma (Leipzig) também foi convocado mas foi afastado deste jogo aparentemente por indisposição.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 256













CHICO GORDO - Goleador Nº 256

Apontou 3 golos em 35 jogos, com a camisola da equipa principal do FC Porto, em jogos oficiais, ao longo das 3 temporadas ao seu serviço (1968/69 a 1970/71).

Bernardo Francisco da Silva (Chico Gordo), nasceu no dia 2 de Outubro de 1949, em Benguela, Angola. Começou a sua carreira de futebolista ainda muito novo, no FC Lobito, de onde transitou para o FC Porto na temporada de 1965/66 para integrar a equipa de júniores.

























Avançado com futebol subtil, feito de golos acrobáticos que ficavam na retina de quem  o acompanhava, foi integrado no plantel principal na época de 1968/69, pelo «mestre» José Maria Pedroto, que lhe deu a primeira oportunidade logo na segunda jornada do campeonato nacional, jogo disputado no dia 15 de Setembro de 1968, no Estádio do Bonfim, em Setúbal, frente ao Vitória local.  Chico Gordo foi chamado ao jogo depois do intervalo, deixando nos balneários o médio Rolando, quando o FC Porto perdia já por 2-0. O resultado acabaria com a derrota por 3-1, mas o avançado portista ganharia o lugar de titular para as 5 partidas seguintes.

A sua estreia a marcar aconteceu no dia 6 de Outubro de 1968, no Estádio das Antas, frente ao Varzim, em jogo da 5ª jornada do Campeonato nacional, com vitória portista por 2-0. Chico fechou a contagem aos 55 minutos.

Foi de resto, o único golo seu da temporada, apesar de ter participado em mais 10 jogos.

A segunda temporada de Chico Gordo no FC Porto, ficou marcada pela passagem de três treinadores, após o desenlace com Pedroto nas últimas jornadas da época anterior (EleK Schwartz, Vieirinha e Tomy Docherty), acabando o campeonato no 9ª lugar.

Apesar disso, o avançado continuou a fazer pela vida, tendo sido utilizado em 17 jogos (14 a titular) com mais dois golos da sua lavra.

O primeiro foi conseguido no dia 14 de Setembro de 1969, no Estádio das Antas, frente à Académica de Coimbra, em jogo da 2ª jornada do Campeonato Nacional, no empate a 3 golos. Chico Gordo foi o autor do 2º golo portista, aos 38 minutos, adiantando na altura o FC Porto no resultado (2-1).

O seu último golo de azul e branco vestido, aconteceria no dia 18 de Janeiro de 1970, no Estádio Municipal de Coimbra, mais uma vez frente à Académica, novamente para o Campeonato nacional, 15ª jornada. Chico inaugurou o marcador aos 13 minutos, contribuindo para a vitória portista por 2-1.

Em baixo, uma das fotos possíveis a ilustrar a titularidade de Chico Gordo:
























A sua terceira e última época de Dragão ao peito foi a menos produtiva. Nova mudança de treinador (António Teixeira) e destacamento militar para Angola, influíram decisivamente para tal.












Na temporada seguinte (1971/72) passou a representar o Tirsense, onde jogou com mais regularidade (28 jogos/8 golos), mas não conseguiu evitar a descida de Divisão. Seguiu-se uma viagem aos pelados do futebol secundário, com passagem esporádica pelo Lusitânia de Lourosa (1974/75), renascendo finalmente e em força no SC Braga, a partir da temporada de 1975/76 até 1979/80, conseguindo a proeza de marcar 24 golos (1977/78) e 21 golos (1978/79), cotando-se na altura como o melhor marcador de sempre do clube, com a marca de 60 golos.

Uma arreliador lesão levou-o a não ser aposta do treinador bracarense,  abalando até  Setúbal para representar o Vitória local, nas duas temporadas seguintes (1980/81 e 1981/82), mas já sem o mesmo brilhantismo.

Terminou a carreira na temporada de 1982/83 ao serviço do Beira-Mar, na II Divisão.

Faleceu em Novembro de 2000.

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e ZeroaZero.pt

domingo, 7 de outubro de 2018

TOUPEIRAS VENCEM DRAGÃO, PASME-SE, SEM A INTERFERÊNCIA DO PADRE!

















FICHA DO JOGO






























O FC Porto saiu derrotado na sua deslocação ao Toupeiral, sem a interferência do padre, que até teve a ousadia de, nas barbas de cerca de 58.000 "lampiolhospolvotoupeiras", expulsar o central argentino Lesma, perdão Lema, aos 83 minutos por duplo amarelo.

Sérgio Conceição fez uma única alteração ao onze titular, em relação ao jogo anterior, colocando Soares e remetendo Corona para o banco.
























A primeira parte foi um espectáculo de futebol muito pobrezinho, com as equipas muito receosas uma da outra, muito encaixadas, sem espaços, sem criatividade, com os jogadores muito marcados, originando um futebol sem critério, aos repelões e com muitas faltas. Pareceu-me que os campeões nacionais estavam pouco interessados em puxar dos galões, preferindo deixar correr o tempo, na expectativa de não haver alteração no marcador. Isto obviamente, pela forma como Casillas cedo começou a demorar a colocar a bola, tendo por isso visto o cartão amarelo aos 19 minutos.

Poucos remates e nenhum lance de perigo junto da ambas as balizas, foi o fraco pecúlio do primeiro tempo.

No segundo tempo as toupeiras apareceram mais esclarecidas enquanto os Dragões pareciam menos confortáveis. Seferovic pôs à prova os reflexos de Casillas, aos 60 minutos, no primeiro remate digno desse nome, num lance precedido de fora de jogo que o padre não assinalou, mas dois minutos depois o mesmo jogador acabaria por marcar, perante a passividade da defensiva portista.

Só a partir de então os azuis e brancos tentaram fazer pela vida e aos 74 minuto Danilo Pereira cabeceou com algum perigo. Logo a seguir Lema viu o segundo cartão amarelo, ao tentar travar André Pereira (no primeiro foi por tentar travar Marega) e foi expulso.

A jogar com menos um as Toupeiras recuaram no terreno mas o FC Porto não teve arte nem engenho para alterar o marcador. Brahimi aos 84 minutos foi quem esteve mais perto de o conseguir num remate em arco que falhou o alvo por pouco.

Segunda derrota no Campeonato que atira a equipa para a terceira posição a dois pontos dos lideres.