sábado, 30 de março de 2013

CUMPRINDO A TRADIÇÃO















FICHA DO JOGO
























A resposta à minha dúvida, colocada na antevisão deste jogo, que Porto iríamos ter em Coimbra, os bicampeões nacionais deram-na de forma pouco clara, apesar da confortável vitória. Nem foi um claro candidato ao título, com um futebol arrasador, nem foi o ex-candidato conformado com pose de quem atirou a toalha ao chão.

Foi antes um candidato, consciente das suas fragilidades actuais, capaz de gerir o controlo sobre o adversário, mas sempre à custa de um futebol pouco dinâmico, pouco intenso, pouco esclarecido, só contrariado uma ou outra vez, por um adversário muito fechado e pouco ambicioso.

A primeira parte portista esteve impregnada destes condimentos, a que se somou pouca criatividade, pouca velocidade e pouca eficácia. Jogo lento e denunciado, fácil de anular, especialmente para quem, como a Académica, se limitou apenas a destruir.

Mangala destacou-se por ter conseguido desbloquear o resultado, num lance em que se está a tornar um especialista. Ir à área contrária cabecear com perigo. Foi assim que surgiu o golo inaugural. Moutinho cruzou para a área e o francês, bem posicionado, saltou mais alto e cabeceou certeiro. 





















Já Otamendi, regressou à sua condição de patrão da defesa. Resolveu todos os poucos lances com uma limpeza e eficácia incríveis.

No segundo tempo o jogo parecia ir cair na mesma toada, mas acabou por se alterar um pouco. Os estudantes procuraram mais a área portista, abriram mais o seu jogo, permitindo aos Dragões criar mais lances de perigo e construir um resultado mais robusto.

Aos 52 minutos Lucho fez um passe magistral, a rasgar, para a área, onde apareceu Danilo, muito oportuno, a receber bem e a rematar melhor, atirando a contar.

Os azuis e brancos ainda viriam a conseguir o terceiro golo, depois de falharem algumas oportunidades. Coube ao jovem Castro o melhor golo do jogo. Aproveitando uma bola perdida à entrada da área, o jovem formado nas escolas do FC Porto surgiu solto e decidido, rematando de primeira e colocado, sem hipóteses de defesa para Ricardo. Gostei de ver a felicidade e o orgulho estampados no rosto de Castro.





















Vitória justa, serena e importante, que mantém acesa uma ténue esperança de revalidação do título.

Os meus destaques vão par Otamendi e Mangala. O primeiro a defender e o segundo nas duas vertentes.

sexta-feira, 29 de março de 2013

QUE PORTO EM COIMBRA?








O FC Porto vai amanhã deslocar-se a Coimbra para tentar manter uma réstia de esperança na já de si difícil tarefa de renovar o título, dado o seu atraso de quatro pontos na tabela classificativa.





















Depois de algumas exibições bastante comprometedoras, que custaram a perda da liderança e a dependência de terceiros para atingir o principal objectivo, parece-me legítima a dúvida quanto ao Porto que vamos ter em Coimbra. Se o verdadeiro candidato ao título, capaz de se impor com autoridade e dar uma clara imagem de confiança e ambição ou pelo contrário, o ex-candidato, que atirou já a toalha ao chão, incapaz de reagir ao momento periclitante em que mergulhou.

A partir de agora todos os jogos serão decisivos. Não há margem de erro. Qualquer deslize significará o adeus definitivo a essa réstia de esperança.

Vítor Pereira, mais uma vez e como quase toda a época, não tem todo o plantel à sua disposição. Quiñones, Silvestre Varela e Christian Atsu encontram-se lesionados e impedidos de dar o contributo à equipa.

João Moutinho e Kelvin são as novidades no lote dos convocados para este encontro. 

LISTA DOS CONVOCADOS



















EQUIPA PROVÁVEL





















COMPETIÇÃO: Liga Zon Sagres 2012/13 - 24ª Jornada
PALCO DO JOGO: Estádio Cidade de Coimbra - Coimbra
DATA E HORA DO JOGO: 30 de Março de 2013, às 18:15 h
ÁRBITRO NOMEADO: Bruno Esteves - A.F. Setúbal
TRANSMISSÃO: SportTv1

quarta-feira, 27 de março de 2013

DRAGÃO CATEDRÁTICO - SABIA QUE...


















ORIGENS DO FUTEBOL - CURIOSIDADES

1864 - Estipulou-se a colocação das bandeirolas em cada um dos cantos do rectângulo de jogo, como informação ao público para não passar para dentro desses limites.

1865 - As balizas, anteriormente compostas por apenas dois paus verticais, passaram a ser compostas por uma corda a ligar os dois paus, a 1,83 metros de altura.

1871 - Autorizou-se a existência de um guardador da baliza, o guarda-redes, único elemento que podia tocar na bola com as mãos, dentro da sua área.

1873 - Foi criado o pontapé de canto.

1875 - A corda da baliza foi substituída por uma trave de madeira.
















1881 - Foi nomeado pela primeira vez um árbitro.

1882 - Foi criada a regra da reposição da bola em jogo com as mãos, quando ela saísse pelas linhas laterais (lançamento lateral).

1890 - Foi introduzido o pontapé de grande penalidade.

1891 - Apareceram os fiscais de linha.

1892 - Realizou-se o primeiro jogo com redes nas balizas. Para acabar com as permanentes discussões sobre se a bola passou por dentro ou por fora dos postes, resolveu-se forrá-la com uma rede de pesca. A estreia aconteceu no jogo da final da Taça de Inglaterra.






















Fonte: Futebol Clube do Porto - Fotobiografia, de Rui Guedes

terça-feira, 26 de março de 2013

VITÓRIA JUSTA MAS SEM BRILHO















FICHA DO JOGO
























Portugal cumpriu a sua obrigação vencendo a frágil equipa do Azerbaijão, mantendo a luta pelo segundo lugar no seu Grupo, lugar que em princípio, lhe poderá garantir um lugar nos «play.off», entre os segundos classificados de cada grupo. Não esquecer porém que o pior segundo classificado fica automaticamente afastado.

Sem poder contar com Cristiano Ronaldo (castigado por acumulação de cartões amarelos), Paulo Bento, promoveu duas alterações ao onze titular, em relação ao jogo em Israel. Dany, surgiu no lugar do madrileno e Vieirinha roubou o lugar a Silvestre Varela.

Era suposto Portugal dominar o encontro, controlar o adversário e somar os três pontos (em Israel também era). Foi exactamente isso que aconteceu.

Embora sem grande brilhantismo a equipa portuguesa tomou conta do jogo desde o primeiro minuto e, sem réplica à altura, fez o melhor que a fraca inspiração dos seus jogadores foi capaz. O suficiente para congeminar uma mão cheia de oportunidades, que umas vezes por imperícia, outras pelo mérito dos seus adversários foram sendo anuladas.

O resultado começou por ser desbloqueado, já no decorrer do segundo tempo, pouco mais de uma depois do pontapé inicial, por Bruno Alves, na sequência de um canto apontado pelo portista João Moutinho, que esteve bem mais próximo do seu melhor rendimento.

Depois a partida tornou-se mais simples e numa das poucas  jogadas bem esclarecidas Hugo Almeida, aproveitou para, à vontade encerrar o resultado, já Portugal jogava contra 10 por expulsão de Aliyev.

Silvestre Varela ainda teve tempo para entrar e levar algum perigo à baliza contrária e concretizar a sua 18ª internacionalização (todas enquanto jogador do FC Porto).

Já João Moutinho passou a somar 57 internacionalizações, 31 das quais enquanto atleta portista.

segunda-feira, 25 de março de 2013

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE LVIII












Jackson Martinez - Internacional E58: Vestiu a camisola da Selecção nacional da Colômbia por 20 vezes (5 pelo Independiente de Medellín, 12 pelo Jaguares Chiapas e 3 pelo FC Porto) e marcou 10 golos. A sua estreia aconteceu em 5 de Setembro de 2009, em Medellín, frente ao Equador, em jogo de qualificação para o Mundial de 2010, com vitória por 2-0. A sua estreia foi coroada com uma boa exibição e um golo.

Esteve presente na fase final da Copa América/2011, disputada na Argentina, onde apenas participou num jogo.

Enquanto jogador do FC Porto voltaria à Selecção principal do seu país, para concretizar a sua 18ª internacionalização, em 16 de Outubro de 2012, em Barranquilla, num amigável frente ao Camarões, com vitória por 3-0 e novo golo da sua autoria.

Natural da cidade de Quibdo, região de Choco, a cerca de 189 km da capital da Colômbia, Medellín, começou a sua carreira de futebolista representando clubes amadores, passando mais tarde pelo Deportivo Encizo Coopebombas de Medellín.

Em 2004 mudou-se para o Independiente de Medellín onde permaneceu por cinco temporadas, conquistando a Liga Apertura e a Liga Colombiana em 2004, bem como  a Liga Finalizacion em 2009, na qual se sagrou o melhor marcador e foi considerado o melhor jogador do Torneio. Neste clube participou em mais de 100 jogos e concretizou um total de 65 golos.

Depois da temporada de enormes sucessos, Jackson Martinez despertou o interesse de outros emblemas, entre os quais o River Plate e o Racing, da Argentina, mas decidiu aceitar  a proposta do Jaguares Chiapas, do México, onde continuou a patentear a sua veia goleadora. Entre Janeiro de 2010 e Junho de 2012, Chá, Chá, Chá, alcunha pela qual é conhecido, tornou-se o capitão da equipa e em 64 jogos o atacante marcou 36 golos.

Jogador muito rápido e habilidoso, faz do golo a sua vida e demonstra ter potencial para se tornar num caso sério no futebol europeu. Não sendo um prodígio de técnica, remata bem com os dois pés, tem um bom jogo de cabeça, é frio e letal dentro da área. Para além disso possuiu uma extraordinária capacidade de posicionamento, domina e recepciona bem a bola, sabe temporizar os momentos de  passe e desmarcação e combina muito bem com os colegas.

Desde a saída do seu compatriota Radamel Falcao que o FC Porto não tinha ainda encontrado um bom sucessor. O Scouting portista vinha mantendo este atleta, há já algum tempo referenciado, como alvo das suas observações. O interesse na sua contratação foi-se tornando evidente e logo que foi oportuno a SAD avançou.

Assim, em Julho de 2012, o ponta-de-lança colombiano assinou com o FC Porto um contrato válido por 4 temporadas, a troco de cerca de 9 milhões de euros pela totalidade do seu passe, fixando a cláusula de rescisão em 40 milhões de euros.

A sua estreia oficial com a camisola portista aconteceu a 11 de Agosto de 2012, no Estádio Municipal de Aveiro, frente à Académica de Coimbra, em jogo da final da Supertaça Cândido de Oliveira, que o FC Porto venceu por 1-0 com o golo da sua autoria. Estreia mais auspiciosa não podia ser, 1 golo que valeu o título.

Enquanto jogador do FC Porto Jackson Martinez apresenta já números esmagadores. Em 34 jogos disputados marcou 28 golos e neste momento é líder destacado na lista dos melhores marcadores do Campeonato Nacional. 

Segue-se mapa estatístico detalhado:






Palmarés ao serviço do FC Porto:
1 Supertaça Cândido de Oliveira (2011/12)








































(Continua)
Fontes: Fifa.com; Transfermarkt.co.uk; Worldfootball.co; FCF.com.co - Federação Colombiana de Futebol; ZeroZero.pt e Base de dados actualizados de Rui Anjos.

sexta-feira, 22 de março de 2013

COM TODA A TRANQUILIDADE...















FICHA DO JOGO
























Depois do discurso irresponsável de seleccionador nacional Paulo Bento, que considerou que este jogo não era decisivo para o apuramento de Portugal, não era de esperar um grande empenhamento dos jogadores portugueses.

Influenciados ou não por esta postura, a verdade é que a equipa nacional, apesar de ter entrado a ganhar, cedo se acomodou e foi vendo, com a maior das tranquilidades, o seu adversário construir um resultado, à partida impensável.

João Moutinho, finalmente recuperado da lesão que o atormentava, mas ainda sem o ritmo ideal de competição, foi aposta inicial de Paulo Bento. O médio portista acabou por completar os 94 minutos da partida, mas sem o fulgor habitual.





















Surpreendentemente, ou talvez não, também Silvestre Varela entrou no onze inicial e só foi substituído aos 60 minutos. Foi o jogador indolente, amorfo, trapalhão e inconsistente que nos tem habituado nesta temporada.





















O que estava em discussão era a luta pelo 2º lugar e, neste aspecto, o empate final mantém Portugal nessa luta, desde que não se repitam exibições como a de hoje.

A equipa necessita de ter os pés bem assentes no chão, ideias concretas e a atitude correcta, para continuar a aspirar a um lugar na fase final.

Não será com certeza com o espírito de hoje que lá chegará. A ver vamos

quarta-feira, 20 de março de 2013

DRAGÃO CATEDRÁTICO - SABIA QUE...

















AS ORIGENS DO FUTEBOL

Apesar de não se saber com toda a segurança, como nem onde nasceu o Futebol, os especialistas e historiadores parecem inclinados a admitir que terá sido em Inglaterra, de forma um tanto nebulosa quanto selvática.

Parece que tudo se deveu a um ataque Viking, no século VIII, a Kingstone-on-Thames, na costa inglesa. Depois de um ataque bárbaro, onde os Vikings se deram ao luxo de matarem, violarem e saquearem, de forma sádica, os ingleses conseguiram matar o chefe inimigo e, num acto de repúdio e vingança, decapitaram-no e atravessaram toda a aldeia dando pontapés à cabeça, até à sua deterioração total.

Nos anos seguintes, para comemorar este facto, os ingleses enchiam uma bexiga de porco que simbolizava a cabeça do chefe Viking, fazendo o mesmo percurso pela aldeia.






















Tendo em conta a violência que esta comemoração gerava, transformando-a quase numa batalha campal, acabou por ser proibida por decreto.

Mais tarde começou a limitar-se a um local específico, a reduzir-se o número de intervenientes a dois grupos, passando a chamar-se Hurling at Goals.

Daí até se tornar num jogo como prática desportiva nas universidades inglesas foi um ápice. A prática, no princípio do século XIX, ficou limitada aos pátios das próprias universidades mas já com o estabelecimento de várias regras de disciplina e ordem, transformando um jogo quase brutal em Futebol.

Em 26 de Novembro de 1863, fez-se a unificação geral dos vários regulamentos, que entretanto foram surgindo, com a criação da Foot-Ball Association.

Estava criado o Futebol moderno como jogo e modalidade desportiva, embora com algumas adaptações às suas regras viessem a fazer-se posteriormente.

Fonte: FC Porto - Fotobiografia, de Rui Guedes

segunda-feira, 18 de março de 2013

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE LVII












Christian Atsu - internacional E57: Vestiu a camisola da Selecção nacional do Gana por 15 vezes (2 pelo Rio Ave FC e 13 pelo FC Porto). O seu baptismo como internacional A do seu país aconteceu em 11 de Junho de 2012, em Kumasi, frente ao Lesoto, em jogo de qualificação para o Mundial/2014, com vitória confortável, por 7-0. A sua estreia foi coroada com uma soberba exibição e um golo. Desde então, tornou-se numa peça preponderante na manobra ofensiva dos africanos.

Enquanto atleta do FC Porto, voltaria à Selecção, para concretizar a sua 3ª internacionalização, em 15 de Agosto de 2012, em Xian, num amigável de preparação, frente à China, que terminou com um empate (1-1).

Atsu esteve recentemente presente no Torneio das Nações Africanas (CAN), que se disputou na África do Sul, tendo sido titular em todos os jogos, terminando no 4º lugar.

Natural de Ada Foha, no Gana, Atsu chegou ao FC Porto com 17 anos de idade, depois de ter passado pelas escolas de formação do clube ganês Feyenoord Academy.

Nos Dragões, o jovem extremo africano prosseguiu e concluiu  a sua formação, ganhando reconhecimento ao serviço dos juniores, contribuindo decisivamente para a conquista do título nacional, nesse escalão, na temporada de 2010/11.

Na época seguinte (2011/12), ainda sem espaço no plantel principal, a equipa técnica liderada por Vítor Pereira, entendeu ser mais útil fazê-lo rodar noutro clube do escalão maior do futebol nacional, tendo sido emprestado por uma temporada ao Rio Ave FC, onde sob a batuta de Carlos Brito, o atleta conseguiu criar rotinas de jogo que contribuíram para o seu crescimento e ajudaram o clube vila-condense a realizar uma excelente campanha, durante a qual obteve seis golos importantes, quatro dos quais aos três grandes (FC Porto, Benfica e Sporting).

As qualidades e o desempenho de Christian Atsu, como atleta de alta competição, não passaram desapercebidas à equipa técnica do FC Porto, que o chamou para fazer a pré-época, tendo o ganês correspondido às expectativas, garantindo um lugar no plantel principal, para a actual temporada.

Atsu é um extremo que gosta de actuar colado à linha, preferencialmente à esquerda. É um atacante explosivo, eléctrico, muito rápido, de finta curta e fácil, vertical, incisivo e com boa qualidade técnica e de passe. Inteligente e de grande pulmão, é incansável, perseguindo cada bola na procura do erro do adversário.

Apesar de ser um extremo de características "puras", o ganês também utiliza com toda a propriedade as diagonais para o centro, de forma às vezes fulgurante, mostrando-se bastante perigoso, tirando partido da sua capacidade de finalizador.

Neste momento, aos 21 anos, trata-se de uma das pérolas mais promissoras do futebol ganês e espera-se naturalmente que seja bem aproveitado pela estrutura portista.

Atsu estreou-se a titular, na equipa principal do FC Porto, em 11 de Agosto de 2012, no Estádio Municipal de Aveiro, frente à Académica, em jogo de final da Supertaça Cândido de Oliveira, que os azuis e brancos venceram por 1-0. Desde então, foi titular em 11 partidas ( 3 vezes a tempo inteiro), suplente utilizado em 17 jogos e uma vez suplente não utilizado. Concretizou, até ao momento, apenas 1 golo. 

Segue-se mapa estatístico.






Palmarés ao serviço do FC Porto:
1 Campeonato Nacional de Juniores A (2010/11)
1 Supertaça Cândido de Oliveira (2011/12)




































(Continua)
Fontes: Fifa.com; Transfermarkt.co.uk; Worldfootball.net; Ghana Football Association; Liberian Soccer. com; ZeroZero.pt e Base de dados actualizados de Rui Anjos

domingo, 17 de março de 2013

MARÇO MARÇAGÃO NA QUEDA DO CAMPEÃO















FICHA DO JOGO

























Março tem-se revelado, para o FC Porto, um mês fatídico, de queda livre, em termos de resultados e exibições. Começou com o empate desolador em Alvalade, frente ao Sporting mais fraco das últimas décadas, seguiu-se a frágil exibição, no Dragão frente ao Estoril, que apesar da vitória, não deixou de evidenciar dificuldades, depois foi a surpreendente eliminação da CL, em Málaga, com mais uma exibição confrangedora e para terminar, novo deslize, agora nos Barreiros, onde os Dragões não foram além de um empate num jogo que era obrigatório vencer. 

Hoje, o FC Porto confirmou o mau momento que atravessa, com mais uma exibição cinzenta, sem chama, sem inspiração, sem entusiasmo, sem força física nem anímica, em síntese, sem estofo.

A equipa parece espremida, desgastada e incapaz de criar a dinâmica necessária para obrigar o adversário a abrir espaços. A jogar a duas velocidades (devagar e devagarinho), os azuis e brancos facilitaram a tarefa adversária, que deste modo, se organizaram bem na defesa e ainda tiveram tempo para, de vez em quando, levar o pânico à área portista.

Pertenceu ao Marítimo a primeira jogada de perigo, mas foi o FC Porto o primeiro a marcar. Defour foi à linha de fundo, levantou a cabeça, cruzou com peso conta e medida para o coração da área, James Rodríguez recebeu bem a bola e disparou colocado, dando vantagem aos bi-campeões nacionais. Quatro minutos depois, o Marítimo repôs a igualdade. Briguel sob o flanco direito cruzou para a área portista, Mangala no momento do salto escorregou, permitindo a Suk receber a bola, ainda que defeituosamente já que a bola lhe fugiu para a frente,  perante a passividade de toda a defensiva, incluindo a de Helton que reagiu tardiamente, permitindo ao avançado chegar primeiro à bola e desvia-la para a baliza.





















O jogo prosseguiu com as mesmas características, sem grandes realces até ao intervalo.

Depois do intervalo o Marítimo surgiu mais ambicioso e ameaçador. Helton desfez dois lances de golo eminente, redimindo-se de algum modo do golo em que foi co-responsável.

O mau momento portista não se ficou por aqui. Danilo foi rasteirado dentro da área de rigor e o árbitro João Capela assinalou de pronto a respectiva penalidade. Jackson atirou denunciado e permitiu a defesa, gorando-se a maior oportunidade portista para construir a vitória, que acabou por lhe fugir, castigando de forma justa a imperícia do seu fraco futebol.

Mais um queda comprometedora que coloca o FC Porto numa posição ainda mais complicada na sua tentativa de revalidar o título, porque a partir desta jornada já não dependerá apenas de si próprio.

sábado, 16 de março de 2013

A PRIMEIRA DE OITO FINAIS








Surpreendente e prematuramente afastado da Champions League, às mãos de um adversário reconhecidamente mais fraco, resta agora ao FC Porto, defender com unhas e dentes a sua condição de campeão nacional em título e lutar com todas as forças pela sua revalidação.

Para tal, tendo em conta a sua desvantagem na classificação geral actual, todos os jogos até final da prova deverão ser encarados com a máxima entrega, maior determinação, grande carácter, extrema ambição e incomparável competência.





















A equipa, depois de ter atingido o seu pico de forma no mês de Janeiro, altura em que conseguiu empolgar a sua massa adepta, aparece agora em curva descendente, em momento inoportuno, uma vez que todas as provas se encaminham rapidamente para o seu epílogo.

A batalha que se segue, vai ser esgrimida na Ilha da Madeira, frente ao Marítimo, adversário tradicionalmente difícil, que vai certamente colocar imensas dificuldades.

Os Dragões terão que ter já digerido o insucesso recente em Málaga e insuflado uma boa dose de confiança para lutar denodadamente pela obtenção dos três pontos. 

João Moutinho é maior preocupação de Vítor Pereira que não vai poder contar com o seu concurso. O médio portista, que saiu lesionado do último jogo na Champions, não recuperou, ao contrário de Danilo que recuperou de uma contusão na perna esquerda, contraída também em Espanha.

LISTA DOS CONVOCADOS



















EQUIPA PROVÁVEL





















COMPETIÇÃO: Liga Zon Sagres 2012/13 - 23ª Jornada
PALCO DO JOGO: Estádio dos Barreiros - Funchal
DATA E HORA DO JOGO : 17 de Março de 2013, às 18:00
ÁRBITRO NOMEADO: João Capela - A.F. Lisboa
TRANSMISSÃO: SportTV1

quarta-feira, 13 de março de 2013

FALTA DE ESTOFO DITA FIM DE LINHA















FICHA DO JOGO
























O jogo desta noite no La Rosaleda deixou evidente o mau momento por que passa a equipa do FC Porto, com mais uma exibição desequilibrada e comprometedora que a afastou da Champions League, apesar de se apresentar no reduto do adversário com uma ligeira vantagem, que não soube explorar.

Sabia-se que não iria ser fácil lidar com a habitual «fúria» espanhola, mas os campeões nacionais voltaram a falhar e a cometer erros que não estavam nas previsões.

Os Dragões até entraram bem no jogo e conseguiram, durante um largo período da primeira parte, pressionar alto, conter a agressividade do adversário, dominá-lo, mas sempre com muito pouca profundidade ofensiva. Adormecer o jogo era então a maior preocupação portista.

Depois da meia hora de jogo o Málaga começou a ganhar a luta a meio campo e a criar situações de perigo na área portista, muito por culpa dos erros que os jogadores portistas iam acumulando, com perdas de bola em locais proibidos,  faltas de comunicação em alguns lances e alguma descoordenação defensiva. 

Os  espanhóis tornaram-se mais ameaçadores e chegaram mesmo a marcar num lance confuso em que Helton não esteve particularmente isento de culpas ao largar a bola, que ao alcance de Saviola não perdoou, porém o árbitro italiano Nicola Rizzola anulou por pretensa falta.

O aviso estava dado, mas os jogadores portistas ou não acreditaram ou não foram  capazes de acompanhar a cavalgada do Málaga. Daí até ao golo foi um ver se te avias. Isco perfeitamente livre de marcação, recebeu a bola, enquadrou-se com a baliza e atirou a contar, a três minutos do intervalo.

Nada estava perdido. O FC Porto tinha ainda 45 minutos para tentar resolver a situação. Bastava-lhe ser mais ousado, mais equilibrado e mais demolidor, para marcar o golo da redenção.

Vítor Pereira deixou Moutinho no balneário (supostamente por lesão) e fez entrar James Rodríguez. Porém, um novo contratempo deitou tudo a perder. Defour, que já tinha visto um amarelo, fez uma falta desnecessária e viu o segundo amarelo, seguido do vermelho, aos 49 minutos, hipotecando de forma decisiva uma hipotética reacção da sua equipa.






















Estimulada com estes acontecimentos favoráveis, a equipa do Málaga cresceu e partiu na procura de novo golo, que viria a conseguir aos 77 minutos, na sequência de um pontapé de canto cedido escusadamente por Danilo, já que a bola se dirigia para fora.























Entretanto já Vítor Pereira tinha feito entrar Maicon, tirando Varela. O central brasileiro foi para o seu lugar habitual, Mangala descaiu para a lateral e Alex Sandro adiantou-se no terreno, cedendo o seu lugar um pouco mais tarde a Atsu.

O jogo partiu-se, o Málaga criou outras oportunidades e o FC Porto, já sem mais nada a perder apostou nas transições rápidas e no lançamento de bolas lá para a frente na esperança que alguma fosse bem aproveitada por Jackson. O colombiano teve mesmo a sua grande oportunidade errando o alvo por pouco.

A derrota e respectiva eliminação da prova castiga o mau momento do futebol azul e branco que patenteou neste jogo, como nos últimos do campeonato nacional, uma manifesta falta de estofo.   

terça-feira, 12 de março de 2013

QUEREMOS OS QUARTOS








É já amanhã que o destino do FC Porto vai ficar traçado, quanto à continuidade ou não na prova rainha do futebol europeu.

Os Dragões contam com uma ligeira vantagem, angariada na primeira mão, em casa, naquela que terá sido a melhor exibição azul e branca da temporada, a ponto de ter deixado estupefacta a generalidade da crítica desportiva espanhola.

Para esta segunda mão, espera-se naturalmente o maior empenho e concentração dos atletas portistas, uma grande ambição, coragem, solidariedade e evidentemente a demonstração da classe que indubitavelmente possuem, para garantirem a passagem à fase seguinte.

Acredito que, com maior ou menor dificuldade, os bi-campeões nacionais sejam capazes de voltar a escrever com letras douradas, mais uma página gloriosa da história do nosso Clube.

Pela primeira vez esta época, Vítor Pereira pode contar com todo o seu plantel disponível, depois de, durante a semana ter assistido à recuperação dos lesionados João Moutinho, Mangala e Kélvin. Falta saber se todos estão aptos, em termos de ritmo de jogo, a dar o seu contributo.

Certo é que dos três, apenas Kelvin, não entrou nas opções do treinador para este jogo.

LISTA DOS CONVOCADOS



















EQUIPA PROVÁVEL





















COMPETIÇÃO: Champions League - Oitavos-de-final - 2ª Mão
PALCO DO JOGO: Estádio La Rosaleda - Málaga - Espanha
DATA E HORA DO JOGO: 13 de Março de 2013, às 19:45 h
ÁRBITRO NOMEADO: Nicola Rizzola - Itália
TRANSMISSÃO: TVI

segunda-feira, 11 de março de 2013

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE LVI












Emmanuel Mbola - Internacional E56: Este é talvez um dos fenómenos raros de internacionalização precoce, em todo o Mundo. Conta já com 24 internacionalizações (3 pelo Zanaco FC, 10 pelo Pyunic FC, 1 pelo TP Mazembe e 10 pelo FC Porto).

Estreou-se pela Selecção nacional principal da Zâmbia com 15 anos, 10 meses e 19 dias, tornando-se no segundo jogador mais jovem de sempre a participar na Taça de África das Nações. Foi exactamente em 29 de Março de 2009, no Cairo, frente ao Egipto, em jogo de qualificação para o Mundial de 2010 que serviu simultaneamente de apuramento para a fase final da CAN/2010.

Mbola, apesar da sua juventude e inexperiência viria a cotar-se como elemento preponderante e indiscutível do seleccionado Chipolopolo, durante toda a CAN/2010, revelando-se um dos melhores jogadores do torneio, onde a Zâmbia viria a ser eliminada nos quartos-de-final, no desempate por grandes penalidades, frente à Nigéria.

Enquanto jogador do FC Porto, voltaria à selecção principal do seu país, concretizando a sua 15ª internacionalização, em 9 de Junho de 2012, em Ndola, frente ao Gana, em jogo de qualificação para o Mundial de 2014, com vitória por 1-0. 

Recentemente esteve na África do Sul a disputar a fase final da CAN/2013, tendo participado em dois dos três jogos da sua selecção, que integrada no Grupo B, não foi além do 3º lugar, ficando eliminada na 1ª fase.

Natural de Kabwe, Zâmbia, começou a sua carreira nas escolas de formação do Mining Rangers, clube que representou até Junho de 2008, tendo-se transferido para o Zanaco FC para jogar a época de 2008/09.

Defesa lateral esquerdo de baixa estatura mas fisicamente possante, rápido, com bom domínio de bola, bastante agressivo e ofensivo, procura com pertinácia a linha de fundo para os seus cruzamentos perigosos ou deriva para o interior para desferir os seus potentes remates e tem como outra importante característica a versatilidade pois pode desempenhar qualquer lugar do seu corredor, com a mesma eficácia. Apesar de tudo ataca melhor do que defende e foi considerado um diamante em bruto pronto a ser lapidado, pelos responsáveis do Pyunic Yerevan, da Arménia, que o contrataram em Julho de 2009, com 16 anos apenas.

Na Arménia, venceu a Taça e o Campeonato, tornando-se o primeiro jogador do seu país a competir numa eliminatória da Champions League, mas viria a ser suspenso pela FIFA, por ter feito um contrato profissional, aos 16 anos, que inviabilizou a sua participação no CAN/2012 e fez estagnar a sua progressão durante alguns meses. Inicialmente disputado por Tottenham Hotspur e Arsenal de Londres, acabou no TP Mazembe, da República do Congo que o acarinhou neste período difícil e onde jogou de Janeiro de 2010 a Dezembro de 2011.

Em Janeiro de 2012 foi autorizado a cumprir um período de testes no FC Porto para treinar nos escalões de formação. Juntou-se então à equipa Sub-19, realizando alguns jogos da fase final do campeonato nacional.

Mbola continua emprestado até Junho deste ano, com opção de compra, fazendo actualmente parte do plantel da equipa B do FC Porto. Neste escalão, participou apenas em três jogos como titular, completando 175 minutos e esteve no banco como suplente não utilizado em 4 jogos.











































(Continua)
Fontes: Fifa.com, TRansfermarkt.co.uk, Worldfootball.net, Soccerway, ZamFoot - Zambianfootball.co.zm, ZeroZero.pt e Base de dados actualizados de Rui Anjos

sexta-feira, 8 de março de 2013

RESOLVER CEDO E DESCANSAR















FICHA DO JOGO
























O FC Porto voltou às vitórias, num jogo que se antevia complicado mas que os bi-campeões nacionais resolveram no primeiro quarto de hora, período em que o seu futebol foi rápido, fluído e prático, permitindo a obtenção do resultado com dois golos de bola parada.


O primeiro por Maicon a subir mais alto que os defensores canarinhos, desviando de cabeça o canto marcado por James Rodríguez, enquanto o segundo foi da autoria de Jackson Martinez, na conversão de uma grande penalidade a castigar a mão na bola do defensor estorilista Mano.





















A partir de então a equipa portista enveredou por uma toada de serviços mínimos, a pensar já no jogo de Quarta-feira frente ao Málaga.

Bom para a gestão de esforço mas mau para o espectáculo, que desceu abruptamente de qualidade, com perdas de bola constantes, passes mal calculados, pouca pressão, mas sempre com o controlo do adversário que se mostrou mais macio que o previsto.

Depois do intervalo a equipa portista ainda que lenta e pouco disposta a esbanjar energias, mostrou-se mais organizada, com futebol mais fluído mas pouco incisivo.

Vítor Pereira aproveitou para proceder a mais alguma gestão, poupando Lucho e James, a partir dos 57 minutos.

Foi portante um jogo tranquilo com vitória justa e certa. Os meus destaques vão para os primeiros 15 minutos de Christian Atsu e para os minutos em campo do jovem Castro que se mostrou muito aplicado e ambicioso.