segunda-feira, 25 de julho de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 90) PARTE IV

Hoje, nesta rubrica, é a vez de um «símbolo» do FC Porto. Um atleta, que enquanto jogador, transportou a raça, a cultura e a mística do Clube. Foi um grande capitão, admirado e respeitado por todos os quadrantes, desde os simples simpatizantes, sócios, colegas, equipas logísticas, médicas ou técnicas até ao Presidente.

Eu cheguei a alimentar a ilusão de que se tornasse numa referência ímpar e sem mácula, do nosso FC Porto. No entanto, tal como outras gratas figuras que passaram pelo Clube, não conseguiu, com e/ou sem  responsabilidades aparentes, manter-se fiel ao seu amor clubista. 

Não suportou o abandono, quiçá o desprezo que uns «certos» treinadores lhe dirigiram, beneficiando da aparente indiferença dos principais dirigentes e decidiu abandonar o Clube, com o amargo sentimento de ingratidão, evidenciada claramente, principalmente enquanto treinador, carreira que abraçou posteriormente, nas constantes demarcações da sua ligação sentimental ao Clube.

Jorge Costa - 81º internacional: Carlos Queiroz, seu seleccionador  nas camadas jovens, foi o responsável pela sua primeira chamada à Selecção A, em 11 de Novembro de 1992, num jogo particular realizado em Paris, em que Portugal derrotou a Bulgária por 2-1. Dez anos depois, quando resolveu dizer adeus à equipa das quinas, após o Mundial da Coreia do Sul/Japão, Jorge Costa tinha entrado no restrito grupo de jogadores que atingiram as 50 internacionalizações (43 das quais pelo FC Porto e as restantes 7 pelo Charlton Athletic). Estivera presente na fase final do Euro/2000 e do Mundial/2002, onde formou dupla excepcional com Fernando Couto, reconhecidamente considerada como uma das mais fortes do Mundo. Só uma arreliadora lesão e a demorada recuperação o impediram de ter estado igualmente na fase final do Euro/1996.

Os colegas de balneário habituaram a chamar-lhe «Bicho». Não por acaso como seria de esperar. À sua personalidade pacata e afável, fora das quatro linhas, Jorge Costa respondia com  a virilidade,  a força e a agressividade de um central único no seu género.

Chegou às Antas muito novo, fez parte dos escalões de formação do FC Porto. Antes de ascender  à equipa principal do Clube, foi-se impondo nas Selecções nacionais jovens, sendo uma das figuras marcantes da equipa de Portugal que se tornou Campeã do Mundo de juniores, em Lisboa, em 1991. Nessa altura e mesmo perante as suas mais que evidentes qualidades, a defesa do FC Porto contava com jogadores de grande craveira que impediu o seu acesso imediato à titularidade. Esteve emprestado ao Penafiel e ao Marítimo e só na época de 1995/96 se tornou um indiscutível do Clube.

Boa estampa física, seguro a defender, audaz nas idas ao ataque, uma referência e um garante dos altos índices de confiança, na movimentação global da equipa, rapidamente se transformou num líder, evidente e natural «capitão» do seu clube do coração, o FC Porto.

Depois de uma fase em que ganhou o estatuto de grande «alma» do FC Porto, os problemas com o clube começaram a surgir. Em 2001, com Octávio Machado a treinador, viu-se preterido nas escolhas do técnico e emigrou para Inglaterra, para o Charlton Athlétic, por um curto período, suficiente no entanto para conquistar o respeito e a admiração dos britânicos, que carinhosamente o apelidaram de «tanque», pela sua possante e corajosa postura em campo. Voltaria em grande, com José Mourinho, retomando a braçadeira de «capitão», conquistando a Taça Uefa e a Liga dos Campeões. Foi um período de brilho intenso que prometia um final de carreira digno da sua paixão pelo Clube e pela tremenda dedicação que sempre lhe devotou. Mas, mais uma vez, o futebol seria ingrato. Com a chegado do holandês Co Adriaanse, Jorge Costa deixaria de fazer parte das convocatórias e nunca foi utilizado. Sentindo que ainda tinha forças para jogar mais uma ou duas épocas, emigrou novamente, desta vez para a Bélgica, para o Standart de Liége, onde encerrou a carreira de jogador.

Conta no seu impressionante palmarés com 8 Campeonatos nacionais (1992/93, 1994/95, 1995/96, 1996/97, 1997/98, 1998/99, 2002/03 e 2003/2004), 5 Taças de Portugal (1993/94, 1997/98, 1999/2000, 2000/01 e 2002/03), 7 Supertaças Cândido de Oliveira (1990, 1991, 1993, 1996, 1998, 1999 e 2001), 1 Taça Uefa (2002/03), 1 Liga dos Campeões (2003/04) e 1 Taça Intercontinental (2005).
                                    
(Continua)


Fontes: European Football.info; Portal da FPF; FC Porto - Figuras & Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias e International Matches 2000-2002

APRESENTAÇÃO... PROVISÓRIA!

O regresso ao Dragão, foi anunciado como sendo de apresentação do plantel para 2011/12, porém, apesar da habitual dança mitológica do dragão, do palanque montado no círculo central do terreno, com a inovação de ter no relvado cerca de 2000 dos fieis Dragon Seat e a mostra dos sete troféus internacionais, conquistados pelo Clube, os jogadores foram desfilando, ao anúncio do speaker, todos eles, curiosamente, com o número 93 nas costas.
Desfilaram apenas os jogadores do plantel, que se encontram presentes e disponíveis. Uma apresentação nitidamente provisória, pois não houve ainda uma decisão quantos aos atletas que serão dispensados e os que se manterão no plantel, independentemente de eventuais saídas ou entradas, possíveis até 31 de Agosto.
Nos anos anteriores, as apresentações tinham este trabalho praticamente definido, tendo sido apresentados atletas que acabaram por sair antes das provas oficiais (Bruno Alves e Raul Meireles, foram disto exemplo, na época passada).

Antes do jogo agendado, Fernando Gomes e Lima Pereira presentearam com camisolas do Clube dois atletas do Penãrol, que também disputaram a final da Intercontinental, em Tóquio, em Dezembro de 1988, que o FC Porto venceu.
Seguiu-se então o jogo contra os uruguaios. Desde o primeiro minuto, os Dragões revelaram maior velocidade, domínio, pressão alta e vontade de marcar muitos golos. Neste particular sobressaiu o avançado Kléber, uma seta apontada à baliza contrária, muito batalhador e perigoso mas também infeliz no remate. O primeiro golo, ainda cedo, resultou de uma insistência sua, após remate violento de Hulk, que o guarda-redes não conseguiu segurar, surgindo o avançado brasileiro a tentar desviar para a baliza, com um defesa e o guardião contrários a tentarem impedi-lo.  Deste despique surgiu um ressalto, dirigindo a bola para as redes. O golo foi atribuído ao avançado portista, mas as imagens parecem indicar que o último toque pertenceu ao defesa do Peñarol.

Outras oportunidades surgiram, à custa de um futebol prático e vistoso, aqui e ali salpicado com algumas falhas e indecisões, características de princípio de época. O FC Porto justificava um resultado mais volumoso, no final do primeiro tempo, que a pontaria desafinada, acabava por castigar.

No segundo tempo foi mais do mesmo. O FC Porto dominou sempre, em todos os quadrantes do jogo e nem mesmo as muitas alterações verificadas nos dois conjuntos, fizeram mudar esta tendência. Hulk apontaria o segundo golo, de grande penalidade e Walter, à meia-volta, depois de um trabalho fabuloso de Kélvin, marcaria o terceiro.
Resultado certo da melhor equipa em campo. O FC Porto denota já bom andamento, mas há evidentemente muito ainda a melhorar.

Os meus destaques de hoje vão para Rúben Micael, Souza e Klébar, para mim os mais regulares. Depois, bons apontamentos de Silvestre Varela, Castro, Kélvin e Walter.


FICHA DO JOGO


FC Porto- Peñarol (3-0)


Apresentação Oficial 2011/12
Palco do Jogo: Estádio do Dragão
Data e hora do jogo: 24 de Julho de 2011, às 19:00H
Assistência: 40.359 espectadores
Árbitro: Jorge Sousa - A.F. Porto


FC Porto: Helton (Bracali 65'); Sapunaru (Sereno 77'), Rolando (Otamendi 65'), Maicon (David 84') e Fucile (Addy 77'); Souza (Atsu 84') , João Moutinho (Castro 65') e Rúben Micael (Bellushi 65'); Hulk (Kélvin 84'), Kléber (Walter 72') e Silvestre Varela (Djalma 65').


Treinador: Vítor Pereira


Peñarol: Soza; González, Valdez (Mac Eachen 65'), Rodríguez e Albin; Corujo (Guichon 81'), Freitas, Torres (Pastorini 65') e Lopez (Perez 46'); Zalayeta (Amodi 65') e Palacios (Siles 82'). 


Treinador: Diego Aguirre


Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Kléber (10'), Hulk (71' g.p.) e Walter (87')
Acção disciplinar: Cartões amarelos para Soza (25'), Rúben Micael (61') e Freitas (89')

sexta-feira, 22 de julho de 2011

TRABALHAR GANHANDO, PARA AFINAR A MÁQUINA

Em mais um teste de preparação da equipa para a nova época, o FC Porto foi a Vila do Conde vencer o Rio Ave, por 3-1, com uma exibição agradável, a patentear boa ligação entre os sectores e alguns nacos de bom futebol.

Sem Hulk e os restantes internacionais sul-americanos que estiveram e estão envolvidos na Copa América e Mundial Sub20 (Guarín, Falcao, Álvaro Pereira, Cristian Rodríguez, James Rodríguez e Iturbe), os Dragões foram iguais a si próprios.
O FC Porto entrou forte, dominador, com muita pressão alta e boa circulação de bola, exibindo um futebol ofensivo denso, envolvente, fluído e asfixiante que lhe rendeu dois belos golos e uma bola no poste, durante a primeira quinzena de minutos. Neste período, destaque para a rapidez e técnica de Djalma, a aparecer com relativa facilidade em zona de remate, mas a ser desastrado na conclusão, também para Kléber, uma seta apontada à baliza, beneficiando da sua estatura, do seu remate espontâneo, do seu bom jogo de cabeça e sobretudo da sua codícia pela baliza.
Na primeira meia hora, os azuis e brancos, mantendo-se fiel aos princípios de jogo da época passada, não permitiram ao Rio Ave grandes veleidades. Depois, o ritmo de jogo foi baixando e os vilacondenses beneficiaram desse facto para aproveitarem uma desatenção de Fernando que, displicentemente perdeu a bola em zona proibida (custa a aprender!), obrigando o guarda-redes Bracali a cometer falta passível de grande penalidade, que João Tomás não falhou. Até ao final da primeira parte o jogo perdeu qualidade.

Na segunda metade, com as muitas substituições, o jogo perdeu intensidade com o FC Porto sempre no comando da partida e até a ampliar o resultado numa boa jogada de Fucile, do lado esquerdo. O uruguaio subiu no seu corredor, desembaraçou-se de dois adversários, cruzou com peso, conta e medida para a área onde surgiu, com toda a oportunidade e precisão, Kléber a cabecear para o golo.
Bom ensaio para o próximo encontro, no Domingo, contra o Penãrol, que servirá de apresentação do plantel.

FICHA DO JOGO:

Rio Ave 1 FC Porto 3

Palco do Jogo: Estádio dos Arcos, Vila do Conde
Data/Hora: 21 de Julho de 2011, às 20,30 H
Árbitro: João Lamares - A.F. Porto

Rio Ave: Paulo Santos (Huanderson 46'); Zé Gomes (Jeferson 46'), Eder (Tiago Costa 46'), Gaspar e André Dias (Tiago Pinto 46'); Bruno China (Tarantini 46'), Vítor Gomes (Dinei 46') e Braga (Jorginho 46'); Pateiro Wires 46'), João Tomás (Feliz 46'-Rafinha 85') e Saulo (Gilmar 74').

Treinador: Carlos Brito

FC Porto: Bracali (Beto 46') ; Sapunaru (David 75'), Rolando (Sereno 60'), Otamendi (Maicon 60') e Fucile (Addy 60'); Fernando (Souza 46'), João Moutinho (Belluschi 60') e Rúben Micael (Castro 60'); Silvestre Varela (Christian Atsu 60'), Kléber (Walter 60') e Djalma (Kelvin 68').

Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 1-2
Marcadores: Kléber (7' e 59'), João Moutinho (12') e João Tomás (35' g.p.)
Disciplina: Cartão amarelo para Addy (76')

Destaques (positivos):

João Moutinho - fez um grande golo, de canto directo. Feliz mas muito inteligente, tirando partido do forte vento que fazia. Foi pendular, como de costume e esteve sempre bem;

Kléber - Parece ser uma aposta ganha. Seta sempre apontada à baliza, codicioso, remate espontâneo, boa estatura e bom jogo de cabeça. Precisa aperfeiçoar a recepção de bola.

Djalma - Rápido, bons pés, aparece com facilidade e a propósito na zona de remate. Mas não chega. Tem de corrigir esse grande defeito que deita o seu esforço todo por terra: a conclusão! É impressionante... até ridícula a forma desastrada  com que remata à baliza!

Destaques (negativos):

Num jogo em que a defesa não foi posta à prova, notou-se num ou dois lances a péssima colocação dos centrais. Acho que continua a ser a zona mais fraca da equipa, a necessitar de um «patrão», uma «voz de comando».

Fernando - Para quem deseja mudar de ares, para um campeonato mais competitivo, necessita de melhorar muito. Aquela perdida de bola, em zona proibida, é uma asneira indesculpável, principalmente num atleta que se considera uma vedeta.

OS NOVOS:

Ainda é cedo para tirar conclusões, até porque só vi este jogo. No entanto, posso desde já perceber a razão da insistência na contratação de Kléber, um avançado prometedor com ainda muita margem de progressão; Djalma vai ter dificuldades em impor-se se não for capaz de corrigir o seu grande defeito, o remate. Bracali é um guarda-redes de créditos firmados, mas se Beto não sair, vai ser o guarda-redes... da Taça da Liga; David, Addy e Christian não acrescentam nada de novo e serão certamente emprestados; Castro é bom jogador, mas parece demasiado preocupado em mostrar serviço. Joga com demasiado frenesim. Precisa acalmar e colocar em campo o seu futebol inteligente e profícuo; Kelvin parece-me bom tecnicamente, mas ainda o vi jogar muito pouco. A rever.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

NOVO ENSAIO ANTES DA APRESENTAÇÃO

Prosseguem em bom ritmo os trabalhos de preparação do plantel do FC Porto para a próxima época. Na semana de regresso do estágio de dez dias em Marienfeld, na Alemanha, os Dragões preparam-se para novo teste, a realizar na próxima quinta-feira, frente ao Rio-Ave, em Vila do Conde, jogo que será transmitido pela SportTv1 pelas 20,30 h.
Ainda sem os internacionais Álvaro Pereira e Cristian Rodríguez (envolvidos na Copa América - vão disputar a final), Guarín e Falcao (em gozo de férias, após prestação na Copa América),  Iturbe e James Rodríguez (envolvidos no Mundial de Sub20), os azuis e brancos vão cumprindo o programa estabelecido pela equipa técnica, chefiada por Vítor Pereira.

Para trás ficaram o empate sem golos, com o Borussia de Monchengladbach e a vitória, por 3-1, frente ao SC Verl, em dois agradáveis testes, onde a equipa patenteou índices razoáveis de competência e aplicação.

O treinador Vítor Pereira mostrou-se satisfeito com o rendimento dos seus jogadores, manifestando no entanto a necessidade de manter o volume de trabalho, para que a equipa esteja em pleno, no arranque das competições oficiais que se aproximam. Manifestou ainda o seu contentamento pela aposta na manutenção do plantel da época passada, ainda que até 31 de Agosto possam acontecer algumas surpresas.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 90) PARTE III

Jorge Couto - 79º internacional: Vestiu as cores nacionais por 6 vezes (5 pelo FC Porto e 1 pelo Boavista FC). Estreou-se em 19 de Dezembro de 1990, no Portugal - U.S.A., com vitória por 1-0.

Natural de Argoncilhe - Santa Maria da Feira, começou como juvenil na equipa do AD Argoncilhe, transitando para o FC Lourosa. Chegou ao FC Porto na época de 1985/86 para jogar nos júniores. Passou a sénior em 1988/89, tendo sido emprestado ao Gil Vicente. Regressou na época seguinte, afirmando-se na equipa principal onde permaneceu sete temporadas.

Dono de um futebol muito objectivo e rectilíneo, era um jogador rápido com a faculdade de aparecer na grande área contrária à procura do golo.

Em 1996/97 transferiu-se para o Boavista FC, onde jogou mais sete épocas tendo feito parte da formação que venceu o único Campeonato nacional dos axadrezados, vencendo ainda 1 Taça de Portugal e 1 Supertaça Cândido de Oliveira.

Enquanto jogador do FC Porto, Jorge Couto coleccionou 5 Campeonatos nacionais (1989/90, 1991/92, 1992/93, 1994/95 e 1995/96), 2 Taças de Portugal (1990/91 e 1993/94) e 2 Taças Cândido de Oliveira (1990/91 e 1992/93)
Rui Filipe - 80º internacional: Representou a Selecção nacional por seis vezes, com estreia em 31 de Maio de 1992, frente à Itália, jogado nos Estados Unidos, no âmbito do torneio internacional organizado pelos americanos.

Natural de Vale de Cambra, deu os primeiros pontapés na bola no clube da sua terra natal, o AD Valecambrense, jogando ainda no Gil Vicente e S. Espinho, até despertar a cobiça do FC Porto, Clube que passou a representar desde 1989/90. Voltou ao Gil Vicente por empréstimo e na temporada de 1991/92 fixou-se na primeira equipa dos Dragões, sob o comando técnico do brasileiro Carlos Alberto Silva, contribuindo para a conquista de dois Campeonatos nacionais e uma Supertaça.

Na época de 1993/94 Rui Filipe ajudou a conquistar a Taça de Portugal e realizou um dos mais brilhantes jogos da Liga dos Campeões, ao vencer na Alemanha o Werder Bremen, por 5-0, tendo inaugurado o marcador, depois de ter começado no banco dos suplentes.

Na temporada de 1994/95, este valoroso e promissor médio, começava a ser um dos pilares do meio-campo, sucessor natural de André, em quem os treinadores depositavam fundadas esperanças.

Foi o marcador do 1º golo da caminhada do FC Porto rumo ao único Pentacampeonato do futebol português, ao inaugurar o marcador, contra o Braga, que viria a ser o derradeiro da sua vida. Expulso contra o Benfica, no estádio da Luz, para o jogo da primeira-mão da Supertaça, que terminou com um empate por 1-1, com o golo portista da sua autoria, viria a ser federativamente punido, dispensado de um treino e libertado para o fim-de-semana, vésperas do compromisso e deslocação do FC Porto a Aveiro, para defrontar o Beira-Mar, para o qual, consequentemente não estava convocado. Viria a sofrer um brutal acidente de automóvel que lhe ceifou a vida, deixando consternados os seus colegas de equipa que se encontravam já em estágio e que tudo fizeram para conseguirem a vitória, dedicando-a ao malogrado jogador.

Venceu 3 Campeonatos nacionais, 1 Taça de Portugal e 2 Supertaças Cândido de Oliveira.











(Continua)

Fontes: European Footeball e FC Porto - Figuras e Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

JOGOS DE PREPARAÇÃO DA PRÉ-TEMPORADA

Indiferente aos leilões dos «pasquins» que já anunciaram a venda de quase todos os nossos atletas, o FC Porto continua serenamente nos trabalhos de preparação para a nova época.
Depois dos ensaios realizados, primeiro contra o Tourizense, efectuado ainda no Olival com uma vitória por 7-0 e já em Marienfeld, contra os amadores do FC Gutersloch, com nova vitória por 10-1, segue-se, no próximo sábado, o Borussia de Monchengladbach.
Três dos novos reforços: Kélvin, Kléber e Djalma

Finalmente vamos poder assistir ao desempenho dos nossos atletas, pois estão garantidas algumas transmissões na SportTv1

segunda-feira, 11 de julho de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 90) PARTE II

Hoje, nesta rubrica, mais um «monstro sagrado» do futebol portista, português e mundial:

Vítor Baía - 78º internacional: 80 jogos cumpriu este extraordinário guarda-redes com a camisola da Selecção nacional (65 pelo FC Porto e 15 pelo FC Barcelona). Desde que se estreou, em Dezembro de 1990, na Maia, contra os Estados Unidos, ganhou a aura de indiscutível.

Na tradição de outros grandes guarda-redes que passaram pela Selecção nacional, Vítor Baía rapidamente se distinguiu pela sobriedade e elegância. Foi cedo, muito cedo para um jogador na sua posição, que costuma necessitar de mais maturação, que Baía se instalou na baliza do FC Porto. Aos 19 anos já tinha provado a titularidade, aos 20 já era titular indiscutível. Um jovem com a sabedoria de um velho. E os troféus acumularam-se rapidamente nas suas vitrinas. Em oito épocas foi cinco vezes campeão nacional.

Depois o Euro/96, num tempo em que era o indiscutível dono das balizas da Selecção nacional, Vítor Baía seguiu para Barcelona, atraído pela grandeza do clube catalão e pelos milhões com que lhe acenavam: foi o guarda-redes mais caro da história do futebol mundial. A relação com o «Barça» foi de amor-ódio. Na primeira época, com Bobby Robson, que já o havia treinado no FC Porto, Vítor Baía foi grande. Não ganhou o título espanhol, mas foi vencedor da Taça das Taças, com a equipa na jogavam igualmente, Fernando Couto e Luís Figo. Com a chegada do holandês Van Gaal, a sua estrela apagou-se. Baía deixou de ser utilizado e o seu estatuto de guarda-redes mais caro do mundo jogou contra si.

Regressaria ao FC Porto a meio da época de 1988-89 para começar uma nova vida. E que vida! Voltou a ser campeão, venceu a Taça UEFA e a Liga dos Campeões, tornou-se num dos jogadores mundiais mais titulados de sempre.

Uma lesão complicada no joelho foi e veio. Durante a fase final do Euro/2000, foi um dos esteio da equipa. Nos quartos-de-final, contra a Turquia, com o resultado em 1-0 para Portugal, defendeu um «penalty», decisivo para a presença na célebre meia-final contra a França. Aí já não conseguiu repetir a proeza e deter o remate de Zidane que afastaria a Selecção nacional da ambicionada final, no último minuto do prolongamento.

O apuramento para o Mundial/2002 trouxe-lhe novas amarguras. A lesão manteve-o fora dos jogos preliminares e chegou ao Oriente com um mundo de dúvidas pairando sobre a sua cabeça. António Oliveira, o seleccionador, apostou nele para a fase final do torneio. Portugal saiu pela porta pequena, mas Vítor Baía não foi o culpado. A partir daí, primeiro com Agostinho Oliveira e, mais tarde, com Luíz Felipe Scolari deixou inexplicavelmente, de fazer parte das opções técnicas, apesar de ter sido considerado o melhor guarda-redes da Europa, em 2004!

Ver curiosidades, dados da carreira e palmarés aqui

(Continua)

Fontes: European Football.info; Portal da FPF e Portugal - Record International Players

quinta-feira, 7 de julho de 2011

MARIENFELD, DE NOVO - PARA GANHAR FORMA E MANTER AMBIÇÃO

Começa hoje o estágio do FC Porto em Marienfeld, norte da Alemanha, para onde a comitiva portista embarcou, para cumprir o estágio de pré-temporada.

São 27 os jogadores que começam a preparação, entre os quais os dois lesionados e os jovens que começaram os trabalhos junto da equipa, no Olival. James Rodríguez vai estar disponível nos primeiros dias mas no início da próxima semana irá juntar-se à selecção da Colômbia, para participar no Mundial de sub20.

Lista dos atletas que se deslocaram:

Guarda-redes: Helton, Beto, Bracali e Kadú;
Defesas: Sapunaru, Sereno, David, Tiago Ferreira, Rolando, Otamendi, Maicon, David Addy e Emídio Rafael;
Médios: Fernando, Souza, Castro, João Moutinho, Rúben Micael e Belluschi;
Avançados: Hulk, Djalma, Kelvin, Walter, Kléber, Christian Atsu, Silvestre Varela e James Rodríguez.

A estes deve juntar-se, na Alemanha, o uruguaio Fucile, que vai terminar as férias.

Afastados continuarão os internacionais Álvaro Pereira, Cristian Rodríguez, Guarín e Falcao, todos a disputar a Copa América.

terça-feira, 5 de julho de 2011

EQUIPAMENTOS 2011/2012


Os equipamentos do FC Porto para a próxima temporada foram hoje apresentados no Hotel Yaetman, em Vila Nova de Gaia, com a bela paisagem do Rio Douro e a cidade do Porto em fundo.

A nota de destaque o facto da risca central do equipamento principal voltar a ser azul, parecido com o equipamento de 200/2001, sendo o alternativo em azul muito escuro com pormenores roxos, que evocam a época histórica de 2003/04. A conselho dos jogadores, as camisolas não têm colarinhos, para proporcionar maior conforto.

No interior das camisolas encontra-se a inscrição «a vencer desde 1893». A tecnologia utilizada mantém-se, ou seja, são feitos à base de garrafas de plástico recicladas.

Fonte: Site oficial do FC Porto 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 90) PARTE I

A década de 90 foi das mais férteis em jogos da Selecção Nacional. Foram precisamente 82 jogos (25 particulares e 57 oficiais). O FC Porto viu, neste período, doze dos seus atletas estrearem-se nestas andanças.

Hoje vou referir um dos que podemos apelidar, com toda a propriedade, de «monstro sagrado», pela inegável classe e carisma que emprestou quer ao futebol nacional quer ao FC Porto:

Fernando Couto - 77º internacional: Com 110 internacionalizações (apenas 21 pelo FC Porto), é ainda hoje, dos atletas que vestiram a camisola dos Dragões, o que mais vezes jogou na Selecção nacional (é o 2º mais internacional jogador português, logo atrás de Luís Figo, com 127 internacionalizações). É certo que a maior parte delas registou-as, representando outros emblemas (15 pelo Parma, 12 pelo Barcelona e 77 pela Lázio).
Estreou-se a 19 de Dezembro de 1990, num jogo particular Portugal-U.S.A., com vitória por 1-0.

Primeiro jogador português a entrar no restrito clube mundial dos que somam mais de 100 internacionalizações, Fernando Couto é, seguramente, uma das figuras mais marcantes da história do futebol em Portugal. Campeão do Mundo de sub-20 em 1989, rapidamente ganhou lugar no centro da defesa do FC Porto, depois de ter andado emprestado por Famalicão e Académica. Tranquilo e tímido fora dos relvados, transformava-se por completo quando calçava as chuteiras. Era então um defesa duro e assustador, exibindo os seu cabelos longos tombados pelos ombros e que fizeram a sua imagem de marca. Com a experiência tornou-se mais ponderado e calmo, dando lugar a um atleta leal, que a par das suas qualidades técnicas fizeram dele uma referência mundial.

Em 1994 Fernando Couto rumou ao «calcio». No Parma teve uma época extraordinária e outra menos boa. Seguiu para Barcelona, voltou para Itália, onde se instalou na Lázio por sete anos, antes de regressar ao Parma. Somou títulos atrás de títulos: Campeão nacional por 3 vezes, vencedor da Taça de Portugal por 2, campeão de Itália, campeão de Espanha, vencedor da Taça de Itália, vencedor da Taça de Espanha, vencedor de várias Supertaças em Portugal, Itália e Espanha, vencedor da Taça Uefa, vencedor da Taça das Taças... a lista parece interminável.

Líder natural, Fernando Couto foi sempre um jogador universal. No Euro/96, já era ele que comandava a defesa de Portugal, chegando mesmo a marcar um golo decisivo na fase de grupos, face à Turquia. No Euro/2000 formou com Jorge Costa a que foi considerada melhor dupla de centrais da Europa. No Mundial/2002 continuava de pedra e cal como chefe do quarteto defensivo lusitano e só em 2004, no Euro realizado em Portugal, perdeu a titularidade. Jogaria ainda os minutos finais da meia-final contra a Holanda, em Alvalade, lutando com o seu estilo imperial para ajudar a defender a vantagem que garantia um lugar na final e manteve-se sempre disponível para ser chamado quando necessário.
(Continua)

Fontes: European Football.info; Portal da FPF e Portugal - Record International Players

sexta-feira, 1 de julho de 2011

PRÉMIOS E SORTEIO DO CALENDÁRIO DA LIGA 2011/2012

Realizou-se ontem na Alfândega do Porto, a Gala da Liga Portugal, com a cerimónia de entrega dos prémios aos atletas que mais se destacaram na época 2010/2011. 

Sem surpresas, o FC Porto foi o Clube que mais prémios arrecadou: Hulk subiu por duas vezes ao palco (melhor goleador do campeonato e melhor jogador da Liga); Helton (melhor guarda-redes da Liga) e André Villas-Boas (melhor treinador da Liga).
Antes tinha sido já realizado o sorteio do calendário de jogos da Liga 2011/2012. O FC Porto começa a defender o seu título na cidade berço, frente ao Vitória de Guimarães a 14 de Agosto e termina a prova em Vila do Conde, frente ao Rio-Ave a 13 de Maio de 2012.

Ver calendário aqui