quarta-feira, 30 de março de 2011

CINCO GOLOS AZUIS E BRANCOS!

A paragem forçada para os compromissos das selecções, levaram do Dragão doze atletas (4 Portugueses, 3 colombianos, 2 uruguaios, 2 argentinos e um romeno). Nada aliás a que não estejamos já habituados.

Neste Clube, a qualidade dos seus atletas é insuspeita (apesar do alheamento da CS portuguesa que só tem olhos para os «meninos» do clube do regime), razão pela qual, os grandes «tubarões» europeus estão sempre com os mirones aqui focalizados, e obviamente, os responsáveis pelas diversas selecções aqui se vêm abastecer.

Rúben Micael coloriu a sua estreia na selecção portuguesa com dois golos e uma exibição muito promissora, frente à Finlândia.


Já Silvestre Varela, tinha dado o gosto ao pé, ao concretizar o único golo português, no empate caseiro contra o Chile.


Freddy Guarín, a confirmar uma recente boa relação com as balizas, marcou o seu quinto golo consecutivo, apontando o primeiro golo da Colômbia frente ao Equador, de livre directo.


Falcao não lhe ficou atrás e fez o segundo.


Para além destas concretizações houve também algumas assistências para golo. James Rodríguez assistiu para dois golos e Álvaro Pereira para um.


Como não podia deixar de ser, um conjunto de boas exibições. Todos os doze portistas tiveram oportunidade para darem o seu contributo.

segunda-feira, 28 de março de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 50) - II PARTE

Carlos Duarte - 25º internacional: Representou a Selecção nacional apenas por sete vezes. Estreou-se a 21 de Novembro de 1953, em Lisboa, frente à África do Sul. Marcou um golo no estádio de Wembley, frente à congénere inglesa, com derrota por 2-1.

Extremo-direito muito veloz, senhor de um drible estonteante, de remate fácil e certeiro, marcou 69 golos em 172 jogos do campeonato nacional, ao serviço do FC Porto. Fazia uma asa terrível com Hernâni.

Venceu dois campeonatos nacionais, o primeiro com Yustrich, em 1955/56 e o segundo com Bella Guttmann, em 1958/59. A estes títulos juntou as vitórias na Taça de Portugal, 1955/56 e 1957/58.

António Eleutério dos Santos - 26º internacional: Seleccionado para o IV Bélgica - Portugal, disputado em Bruxelas, foi por aqui que ficou internacionalmente a sua carreira.

Jogador cheio de vida, muito activo, fixou-se na equipa principal do FC Porto, conquistando o título nacional em 1955/56.

Um agradecimento especial ao Armando Pinto pela partilha de informações e fotografia, deste atleta.

José Maria Pedroto - 27º internacional: Dezassete vezes internacional, estreou-se frente à França, em Paris, ainda como jogador do Belenenses. Capitaneou a Selecção por quatro vezes.

Em Belém nascera um astro. Os responsáveis portistas, sempre atentos, não descansaram enquanto não o vestiram com o emblema do Dragão. Para tal tiveram que desembolsar, uns astronómicos 500 contos, no maior contrato já alguma vez acordado em Portugal, até essa altura! Foi em 1952. O FC Porto estava a construir uma grande equipa que viria finalmente a quebrar um jejum de muitos anos...

Em 1955/56, comandada por Dorival Yustrich, a equipa do FC Porto conquistou o Campeonato e a Taça de Portugal. Pedroto foi uma das principais figuras da equipa. Voltaria a ser campeão em 1958/59, com Bella Guttmann.

Mais tarde viria a tornar-se num dos melhores treinadores portugueses, deixando a sua marca em muito do que é hoje o FC Porto.

Fernando Perdigão - 28º internacional: Representou a Selecção nacional principal apenas numa ocasião, depois de ter jogado pela selecção B.

Era no entanto, um avançado muito hábil que projectava a equipa para o ataque, com arranques rapidíssimos, fazendo sobressair a sua capacidade técnica.

Foi campeão nacional em 1955/56, apontando oito golos e em 1958/59, com quatro golos da sua autoria. Venceu ainda por duas vezes a Taça de Portugal. A primeira conquistada pelo FC Porto, em 1955/56 e a de 1957/58.


(Continua)


Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras e Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias; Internacionais do FC Porto, de Rodrigues Teles.

quinta-feira, 24 de março de 2011

PORTISTAS NAS SELECÇÕES

São 12 os internacionais portistas envolvidos nos jogos de Selecções que se irão disputar no próximo fim-de-semana e princípios da seguinte.

É este o calendário de jogos:

Sexta-feira, 25 de Março de 2011:

Estónia - Uruguai (Jogo amigável, em Talinn)

Sábado, 26 de Março de 2011:

Portugal - Chipre (Jogo amigável, às 20:45 h, em Leiria)
Bósnia-Herzegovina - Roménia (Jogo apuramento Euro/2012, em Zenica)
Estados Unidos - Argentina (Jogo amigável, em Nova Iorque)
Colômbia - Equador (Jogo amigável, em Madrid)
Colômbia - Equador (Jogo preparação Mundial/2011-Sub 20)

Terça-feira, 29 de Março de 2011:

Portugal - Finlândia (jogo amigável, às 20:45 h, em Aveiro)
Roménia - Luxemburgo (Jogo apuramento Euro/2012, em Piatra Nearnt)
Rep. Irlanda - Uruguai (Jogo amigável, em Dublin)
Costa Rica - Argentina (Jogo amigável, em San José)
Colômbia - Chile (Jogo amigável, em Den Haag, Holanda)
Colômbia - Equador (Jogo preparação Mundial/2011-Sub 20)

quarta-feira, 23 de março de 2011

AS VIRGENS OFENDIDAS!

Sempre que os panfletos vermelhos e telejornais, vulgo Imprensa desportiva e Comunicação Social em geral, fazem alarido sobre a violência desportiva, abrindo os noticiários e dando ao assunto honras de primeiras páginas, é certo e sabido que a «vítima» tem de ser inevitavelmente o clube do regime.

Era assim no tempo da «outra senhora» e continua sendo, dado que nem o sistema político, dito democrático, conseguiu erradicar esta tendência.

Os exemplos são mais que muitos. Seria fastidioso evocá-los, mas quem não se recorda das choraminguices dos «jornaleiros» que fazem da CS uma coutada vermelha, sempre atentos e prontos a vitimizar o clube do seu coração, com oportunos artigos de opinião, condenando veemente os actos irracionais e cobardes da indesejável violência, mas igualmente branqueadores, mudos e quedos, quando as vítimas e os protagonistas são outros?

Desta vez, até o Sr. Ministro da Administração Interna, personagem muito recatada, se empertigou  anunciando tolerância zero à violência! Oh Sr. Ministro, não acha que essa intolerância devia estar já institucionalizada, pelo menos desde o dia em que assumiu a pasta? Não teve conhecimento de outras pedradas ou de autocarros incendiados? O que tem andado a fazer? Olhe que o seu cargo não é apenas uma distinção. O povo português exige-lhe o máximo de competência, a cada minuto, protegendo tudo e todos e não apenas os amigos com quem priva em determinados camarotes. 

Não pode nem deve haver dois pesos e duas medidas. A violência não tem cor. Deve ser castigada e banida, venha ela de onde vier.

«Mais vale tarde que nunca», dirão alguns, agitando este sábio ditado popular que pode muito bem ser aplicado às circunstâncias. Mas eu, que já cá ando há algum tempo e não vim ao mundo para apenas vêr os carros eléctricos, tenho a certeza que tanto alarido se trata apenas e só de mais uma declaração de amor e juras de fidelidade ao clube do regime... Querem apostar?

ENTRETANTO:

Vandalismo na Casa do FC Porto em Coimbra

Alguém ouviu o Sr. Ministro?...

segunda-feira, 21 de março de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 50) - I PARTE

De regresso a este tema para evocar os internacionais portistas, agora da década de 50.

Antes porém, deixo-vos o resumo das décadas anteriores, nos mapas que se seguem:
Posto isto, debrucemos-nos então na análise da década de cinquenta, período em que mais onze jogadores portistas se estrearam na Selecção nacional.

Ângelo Carvalho - 22º internacional: Defesa-esquerdo temperamental, de grande entrega ao jogo e especial eficácia. Representou a equipa das quinas por 15 vezes, tendo-se estreado em Abril de 1950, num Portugal-Espanha, jogo de qualificação para o Campeonato do Mundo. Foi duas vezes capitão da Selecção.
Monteiro da Costa - 23º internacional: Quatro vezes internacional, estreou-se frente à Áustria, num amigável disputado no Porto.

Um dos chamados «pau para toda a obra», pela sua polivalência, ocupou todas as posições excepto a de guarda-redes. Alinhou frequentemente como defesa-central, evidenciando grande segurança e excepcional qualidade. Outras posições onde era igualmente forte e tinha alto rendimento eram as de médio ofensivo e avançado. Concretizava inúmeros tentos nas balizas adversárias e nos treze anos em que serviu o FC Porto (1949 a 1962), só no campeonato fez 72 golos em 270 jogos.

O seu nome figura na lista dos «capitães» mais carismáticos da história do FC Porto. Foi de uma entrega e dedicação inexcedíveis, nada regateando ao Clube do seu coração.

Após a carreira de futebolista, nele perdurou a disponibilidade para ajudar o FC Porto. Em momentos difíceis da equipa aceitou comandá-la, como treinador (em parte das épocas de 1974/75 e 1975/76).

Monteiro da Costa, um dos mais versáteis futebolistas azuis e brancos de sempre, um exemplo de «amor à camisola», um coração portista, uma grande glória do Clube!

Venceu dois campeonatos Nacionais e duas Taças de Portugal
Hernâni - 24º internacional: Vestiu a camisola da Selecção principal de Portugal por 27 vezes, envergando a braçadeira de capitão à 23ª internacionalização. Colocou a bola nas redes adversárias por cinco vezes.

Foi um dos mais fantásticos jogadores do FC Porto, Clube que serviu durante 15 anos, entre 1950 e 1964. Marcou uma época, atravessou gerações e construiu uma lenda. Não se limitava a ser virtuoso na arte de bem tratar a bola. Demonstrava uma invulgar cultura técnica e extraordinárias qualidades desportivas, para além de uma personalidade muito forte, da qual não abdicava e que o levava, por vezes, a situações como quando teve um sério desentendimento com Yustrich.

Hernâni marcou mais de uma centena de golos. Polivalente, jogava preferencialmente a interior, extremo ou no centro do terreno, de acordo com as necessidades da equipa. Ambidextro e senhor de uma inteligência de jogo invulgar, que lhe permitia uma destreza e uma variedade de soluções na execução do gesto técnico e na criação de jogadas que não estavam ao alcance de mais nenhum futebolista do seu tempo

Sagrou-se Campeão Nacional em 1955/56 e em 1958/59. Ganhou duas Taças de Portugal em 1955/56 e 1957/58.
(Continua)
Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras e Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.

DRAGÃO ADORMECIDO DESPERTOU A TEMPO DE ARRASAR!

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Foi um Dragão adormecido que hoje iniciou o jogo frente a uma Académica muito organizada defensivamente, mas surpreendentemente perigosa no contra golpe.

Os primeiros trinta minutos foram de um enfadonho e descolorido futebol praticado por uns rapazitos equipados de azul e branco, que do enorme FC Porto, só tinham a indumentária.

Nem sequer se pode argumentar a falta de alguns (poucos) habituais titulares (Helton, Sapunaru e João Moutinho, já que Otamendi e James Rodríguez têm vindo a alternar com Maicon e Silvestre Varela), pois os escolhidos são capazes de os substituir sem perda de qualidade.

A verdade é que estes começos não são de hoje. Eles vêm-se sucedendo jogo após jogo, sem aparentes motivos ou razões justificativas.

Foram necessários 21' para se assistir ao primeiro remate portista, digno desse nome. Muito pouco para quem tem a obrigação de assumir a sua condição de líder destacadíssimo  do campeonato.

O FC Porto começou por sentir grandes dificuldade de penetração, em função do excessivo relaxamento, falta de velocidade e criatividade a somar à já habitual perda de bola frequente, à conta da menor qualidade de passe. A par disso, fraca performance de Varela, Falcao, Hulk e Belluschi, pouco discernidos, optando quase sempre pelas piores opções.

Disso se aproveitou a Académica, que contra a corrente do jogo, aproveitando uma certa letargia defensiva caseira, fez um golo muito bem congeminado, da autoria do portista emprestado aos estudantes, contribuindo assim para calar algumas más línguas, sempre prontas a levantar suspeitas e a proferir insinuações.

Foi de resto, a estocada de que o Dragão precisava para acordar de uma sonolência irritante, até mesmo desrespeitadora da moldura humana com que o Estádio se engalanou.

Os últimos minutos da primeira parte tornaram-se um sufoco para os estudantis com o guarda-redes Peiser a ser chamado a intervenções vistosas e salvadoras. Em pouco menos de dez minutos, Hulk, Falcão Varela e Rolando estiveram perto do golo.

Julgo que André Villas-Boas terá dado um murro na mesa, no balneário. É que os mesmos atletas entraram para a parte complementar da partida com outra postura, outra raça, outra vontade de ganhar, caracterizando afinal o despertar de um Dragão ferido no seu orgulho, pronto a lançar as labaredas. 

A reviravolta no resultado, anunciada na parte final do primeiro tempo, acabou mesmo por acontecer com toda a naturalidade. Guarín, outra vez, abriu o caminho para a recuperação, num belo golo, mais um, ele que continua numa demonstração de classe e eficácia. 
O 2-1, surgiu como corolário de uma exibição conseguida, veloz e entusiasta. Hulk marcou um canto e Maicon respondeu com um golpe de cabeça certeiro, concretizando o 100ª golo dos Dragões nesta temporada. Moutinho já estava em campo e ajudou o FC Porto a sufocar esta Académica atrevida que, apesar de autenticamente esmagada pelo rolo compressor portista, do segundo tempo, nunca baixou os braços, incomodando esporadicamente a defensiva azul e branca.

Bom, depois houve tempo para tudo, até para devaneios como o de Hulk que em boa posição para atirar a contar, adornou o lance com um remate de letra... perdendo uma oportunidade flagrante (se fosse para a baliza seria um golo espectacular!).

Silvestre Varela ainda haveria de dilatar o marcador, numa recarga a uma bola que sobrara de um remate de cabeça de Rolando que a barra encaminhou na direcção do extremo portista.

Estava feito o resultado final, numa exibição, dos futuros campeões nacionais, que começou sonolenta e terminou demolidora. Destaque mais uma vez para a excelente exibição de Guarín, cada vez mais o «reforço de Inverno» de que a equipa necessitava.

Ficam a faltar seis «match points» para podermos gritar: «CAMPEÕES, CAMPEÕES, NÓS SOMOS CAMPEÕES»

sábado, 19 de março de 2011

MARCAR PRIMEIRO, GERIR DEPOIS

Após o recente embate com o CSKA de Moscovo, o FC Porto volta a concentrar as suas atenções na Liga portuguesa. A Académica de Coimbra é o próximo adversário que os Dragões querem vencer para cumprir a quarta das cinco vitórias, do ciclo que André Villas-Boas definiu  para chegar ao título de campeão nacional.
O treinador portista fez três alterações na lista dos convocados. Sapunaru, Otamendi e Souza ficam na bancada, enquanto Maicon, Álvaro Pereira e Mariano Gonzalez passam a opções.

Num jogo que se antevê de dificuldade média, é provável que AVB proceda a mais algumas alterações no onze titular. Eu preferia um onze próximo do que tem sido utilizado, na tentativa de construir um resultado confortável, o mais rápido possível, para poder gerir depois, quer o esforço quer a questão dos amarelos.


Lista dos convocados:


Guarda-redes: Helton e Beto;
Defesas: Fucile, Rolando, Maicon, Sereno e Álvaro Pereira;
Médios: Fernando, João Moutinho, Belluschi, Guarín e Rúben Micael;
Avançados: Mariano Gonzalez, Hulk, Falvao, James Rodríguez e Cristian Rodríguez


EQUIPA PROVÁVEL
Competição: Liga Zon Sagres - 24ª Jornada
Palco: Estádio do Dragão - Porto
Data e hora: 20 de Março de 2011, às 20:15 H
Árbitro: André Gralha - A.F. Santarém
Transmissão: SportTv1

sexta-feira, 18 de março de 2011

EM MOSCOVO OUTRA VEZ

Moscovo teima em se confirmar como cidade talismã. Os caprichos do sorteio colocaram mais uma equipa moscovita no caminho do FC Porto. Desta vez o Spartak de Moscovo.

O primeiro jogo disputa-se a 7 de Abril, no Estádio do Dragão, estando a segunda-mão marcada para o dia 14, do mesmo mês, em Moscovo, o que ditará o regresso ao sintético do Luzhniki, onde o FC Porto sentiu algumas dificuldades de adaptação.

Ficou igualmente acertado o sorteio da Meia-final da prova. Caso o FC Porto consiga seguir em frente, irá ter como adversário o vendedor da eliminatória entre o Villareal, de Espanha e o Twente, da Holanda, com os jogos agendados para  28 de Abril e 5 de Maio e o FC Porto a jogar a primeira-mão em casa.

DE VITÓRIA EM VITÓRIA, ATÉ AO TRIUNFO FINAL

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Um golo de Hulk no primeiro minuto terá sentenciado o destino desta eliminatória que, tal como se previa, foi muito trabalhosa, pois o adversário comportou-se como um sério candidato a vencer esta prova.

Valeu ao FC Porto o seu acerto defensivo e a felicidade de ter marcado primeiro, cedo e por duas vezes.

O CSKA nunca se deu por vencido sujeitando o FC Porto a trabalho defensivo intenso. Em poucos minutos os russos conquistaram uma série alargada de cantos, fruto de uma ascendência ofensiva.

Os Dragões tiveram de se organizar e a pouco e pouco foram-se libertando e equilibrando a partida. Uma deficiência defensiva do CSKA esteve na base do segundo golo portista, muito bem aproveitada por James Rodríguez que interceptou a bola sob a linha de cabeceira, cruzando de imediato. Falcao disputou de cabeça o lance na pequena área, sobrando a bola para Guarín rematar na passada vitoriosamente.

Ao melhor futebol russo respondia o FC Porto com golos! Sim, porque o desempenho portista pecava pela irritante e péssima qualidade de passe. Foi penoso ver perderem-se lances bem congeminados atrás de lances por lastimáveis erros no último passe.

A eliminatória parecia decidida, porém, uma falha de marcação, aos 29', devolveu a esperança ao CSKA, com um golo bem trabalhado, onde ficou patente a melhor qualidade de passe.

Este golo intranquilizou a equipa da casa, evidenciada nas constantes perdas de bola.

O jogo só conheceu o ascendente portista, já depois do intervalo, quando André Villas-Boas decidiu alterar o sistema de jogo. Fez sair James e entrar Belluschi, passando o FC Porto a actuar em 4x4x2, ganhando finalmente o meio-campo, coincidindo com a quebra física da equipa de Leste.

Os azuis e brancos puderam então respirar de alívio, tomaram o controlo do jogo e só não dilataram o marcador face à persistência dos passes errados.

Foi uma vitória feliz frente a uma boa equipa. Bons desempenhos da defensiva em geral e de Fernando. 

quarta-feira, 16 de março de 2011

DUBLIN É UM SONHO! VAMOS REALIZÁ-LO?

Esta Quinta-feira vai-se ficar a saber se o FC Porto é capaz de se desenvencilhar do seu adversário, que vem de Leste e a quem venceu na primeira mão.

Vai ser um jogo do tudo ou nada dos moscovitas pelo que se esperam algumas dificuldades. Desta vez não podemos perder, como frente ao Sevilha.

Será pois necessário muito empenho, serenidade, solidariedade e coesão. O FC Porto tem tudo para continuar na prova. Joga em casa, perante os seus apoiantes e tem uma ligeira vantagem, conseguida em Moscovo. Há pois que jogar com esses factores de forma inteligente.

André Villas-Boas está privado do melhor lateral esquerdo do plantel, Álvaro Pereira que vai cumprir o último de dois jogos de suspensão. Em relação à convocatória para a deslocação a Leiria, o treinador fez três alterações. Para além do defesa uruguaio, também Maicon e Mariano Gonzalez não são opções. Em sentido inverso estão Sapunaru, Sereno e Souza.

Lista dos convocados:
Guarda-redes: Helton e Beto;
Defesas: Sapunaru, Fucile, Rolando, Otamendi e Sereno;
Médios: Fernando, João Moutinho, Belluschi, Guarín, Souza e Rúben Micael;
Avançados: Hulk, Falcao, James Rodríguez, Silvestre Varela e Cristian Rodríguez.

EQUIPA PROVÁVEL
Competição: Uefa Europe League - Oitavos-de-final - 2ª Mão
Palco: Estádio do Dragão - Porto
Data e hora: 17 de Março de 2011, às 20:05 h
Árbitro: Kevin Blom - Holanda
Transmissão: SportTv1

terça-feira, 15 de março de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 40) PARTE II

Frederico Barrigana - 19º internacional: Doze vezes internacional A, começou por representar Portugal na selecção B. Estreou-se na equipa principal portuguesa no jogo contra a Espanha, em 1948, de que Portugal saiu derrotado por 2-0.

Ficou conhecido como o «mãos de ferro», alcunha que ganhou de um jornalista francês, num célebre França-Portugal, em Paris. A nossa selecção foi derrotada por 3-0, mas Barrigana protagonizou uma exibição notável e memorável.

Transferiu-se do Sporting para o FC Porto com apenas 20 anos para ocupar o lugar de Bela Andrasik, um húngaro campeão na época de 1939/40 e desaparecido em circunstâncias nunca completamente esclarecidas, mantendo a defesa das redes do Clube nos 14 anos seguintes, transformando-se numa espécie de lenda. Disputou 259 jogos do campeonato nacional. Foi um herói para os adeptos portistas e do futebol em geral.

Considerado um dos maiores guarda-redes da história do futebol nacional, Barrigana era um daqueles que assustava os avançados. Muito corajoso e arrojado, não evitava os choques e saía com muita segurança aos cruzamentos ou aos pés dos adversários.

Tal como Araújo, nunca foi campeão.

Joaquim Machado - 20º internacional: Proveniente do Leça, foi um jogador de grande utilidade, quer como extremo-esquerdo, quer como médio-direito clássico.

Foi distinguido com duas presenças na Selecção nacional principal, estreando-se em 23 de Maio de 1948, frente à Rep. da Irlanda. Foi também internacional B.


Um agradecimento especial ao amigo Armando Pinto pela partilha de informações e foto deste atleta.

Virgílio Mendes - 21º internacional: Representou por 39 vezes a Selecção nacional e chegou mesmo a ser o mais internacional dos jogadores portugueses. Em 28 de Junho de 1959, num Portugal-RDA, bateu o record então pertencente a Travassos, do Sporting. Nessa Altura Virgílio completava 36 internacionalizações. Despediu-se num Jugoslávia-Portugal, em Belgrado, a 22 de Maio de 1960.

Ficou conhecido como o «leão de Génova», quando num amigável frente à Itália se encarregou de marcar o mais perigoso avançado transalpino, de seu nome Carapelesse, anulando-o completamente.

O seu espírito de lutador e total entrega aos jogos transformou-o num capitão natural da equipa e da Selecção nacional, que capitaneou por nove vezes. Eficaz mas discreto, tinha um futebol agradável e alegre que deixou saudades. Começou como avançado. O treinador Szabo gostou tanto das suas qualidades que viu nele o substituto ideal do lendário Pinga. Foi contudo a defesa-lateral que conheceu a glória. Foi um dos defesas mais notáveis de sempre do futebol português.
(Continua)

Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras e Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias; Internacionais do FC Porto, de Rodrigues Teles.

segunda-feira, 14 de março de 2011

MAIS UM CASTELO DERRUBADO À BOMBA!

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Foi com uma «bomba» de Guarín, hoje titular no lugar de Fernando, que o castelo erigido por Pedro Caixinha, treinador do Leiria, no péssimo relvado do Dr. Magalhães Pessoa, foi derrubado, abrindo o caminho para uma vitória trabalhosa, esforçada, escassa e mais que justa.

Os leirienses apresentaram-se rodeados de mil cuidados defensivos, com três centrais numa linha de cinco defensores e quatro médios muito recuados, com um único pensamento: Tapar todos os caminhos em direcção à sua baliza.

Paciente e sem pressas, os Dragões procuraram construir passes de ruptura, que só esporadicamente aconteciam. Belluschi desfrutou das duas melhores ocasiões para inaugurar o marcador (17' e 27'), mas o remate certeiro, infelizmente, não faz parte dos seus atributos.

Muita posse e troca de bola não garantiram, no entanto, uma boa performance por via dos excessivos  passes transviados, pelo que o intervalo chegou sem mais situações de relevo.

No segundo tempo a disposição foi a mesma, até que André Villas-Boas decidiu intervir. Mais uma vez de forma acertada. Tirou Silvestre Varela (uma sombra do jogador entusiasmante da época passada), lançando no jogo James Rodríguez, para engrossar o meio-campo. Moutinho recuou para trinco e Guarín passou a jogar mais perto dos dois avançados. 

Quatro minutos depois, o FC Porto chegou à vantagem no marcador, obra de mais um remate portentoso de Guarín, a não dar hipótese de defesa. Estava derrubado o espesso muro e aberto o caminho para mais um triunfo rumo ao título.

Os azuis e brancos tiveram ainda tempo para novo golo, por Hulk que ao ser rasteirado na área de rigor beneficiou da marcação da respectiva penalidade.

Num jogo marcado pelo excessivo receio dos leirienses, a performance do FC Porto acabou prejudicada pela falta de espaços e pela aglomeração de jogadores no último terço do campo.

Destaque para Guarín pela importância do seu golo e para Belluschi, que mesmo perdendo muitos passes fez algumas assistências de génio.
As faixas estão já encomendadas para galardoar uma equipa que a sete jornadas do fim, tem uma vantagem de 13 pontos, regista uma impressionante marca de 21 vitórias e dois empates, onze vitórias consecutivas, possui o melhor ataque, a melhor defesa e ainda é seu o melhor marcador de golos do campeonato. Está a duas vitórias de se sagrar campeão nacional, sem propaganda bacoca dos pasquins amestrados e sobretudo contra tudo e contra todos.

Que grande orgulho tenho eu de ser portista!

domingo, 13 de março de 2011

CONTINUAR NA SENDA DAS VITÓRIAS

Depois da longínqua viagem a Moscovo, o FC Porto vai deslocar-se a Leiria para defrontar a União local, em mais uma jornada do Campeonato Nacional, que os Dragões lideram com a confortável vantagem de 11 pontos.
Espero que tal vantagem não funcione na mente dos jogadores como título consumado, para evitar excessos de descontracção, relaxamentos inadequados, falta de motivação sempre nefasta e postura pouco conveniente, normalmente castigados com resultado negativo.

Os Dragões devem continuar a sua caminhada de forma segura, inteligente, competente, ambiciosa e com o único pensamento na vitória. À campeão!

Por isso espero neste jogo um FC Porto dominador, desde o primeiro minuto de jogo, capaz de construir um resultado seguro para poder, mais perto do final, gerir o resultado e o esforço dos atletas mais utilizados.

André Villas-Boas fez algumas mexidas na convocatória para este jogo. Álvaro Pereira e Mariano entram nas escolhas enquanto Sapunaru, Sereno e Souza não são opções. 


Lista dos convocados
Guarda-redes: Helton e Beto;
Defesas: Fucile, Rolando, Otamendi, Maicon e Álvaro Pereira
Médios: Fernando, João Moutinho, Belluschi, Guarín  e Rúben Micael
Avançados: Mariano Gonzalez, Hulk, Falcao, Silvestre Varela, James Rodríguez e Cristian Rodríguez


EQUIPA PROVÁVEL
Competição: Liga Zon Sagres - 23ª Jornada
Palco: Estádio Dr. Magalhães Pessoa - Leiria
Data e hora: 14 de Março de 2011, às 20:15 h
Árbitro: Cosme Machado - A.F. de Braga
Transmissão: SportTv1

quinta-feira, 10 de março de 2011

GOSTO MUITO DE MOSCOVO!


FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

O FC Porto voltou a triunfar em Moscovo, uma cidade cada vez mais talismã que nos vem fazendo felizes.

André Villas-Boas colocou em campo a equipa que eu tinha sugerido, com Guarín no lugar de Belluschi e James no de Silvestre Varela. 

Guarín justificou a aposta, num relvado sintético sem neve nem gelo, mas de difícil adaptação, a causar dificuldades suplementares, para grande parte dos jogadores portistas, com evidência para Hulk.

Talvez por isso, a primeira parte dos Dragões cotou-se por alguma mediocridade. O último passe consecutivamente mal dirigido e a perda da bola em circunstâncias e locais indesejáveis criaram dissabores à defensiva, normalmente descompensada, obrigando Helton a um punhado de intervenções superiores. A equipa portista sentiu neste período demasiadas dificuldades no transporte da bola. O esférico deslizava lentamente, criando situações inesperadas para os Dragões, provocando constantes perdas de lances, aparentemente fáceis.

Ainda assim, o FC Porto teve o domínio do jogo na primeira vintena de minutos com os moscovitas a explorarem, com muito perigo, o contra-ataque. Guarín, perto do intervalo, obrigou Akinfeev a uma defesa de recurso, num remate perigoso à meia-volta.

No segundo período o FC Porto entrou com outra desenvoltura e as coisas começaram a sair melhor. As ocasiões de golo não foram tão frequentes, mas a pouco e pouco começou a assumir o controlo do jogo, chegando mesmo ao golo da vitória. Varela que substituiu James aos 57', combinou com Guarín que com excelente recepção de bola, evitou um defensor, enquadrou-se com a baliza, levantou a cabeça e dirigiu a bola para o ângulo mais afastado do guarda-redes, num remate forte, colocado e de belo efeito. Grande golo!
Até final, o FC Porto controlou, dominou e esteve mais perto de dilatar o marcador.

Vitória feliz, justa, importante e saborosa da melhor equipa. A estatística do jogo fala por si.

O meus destaques vão para Helton, Rolando e Guarín.