sábado, 31 de março de 2012

MAIS UMA VEZ NA LIDERANÇA. PARA FICAR DEFINITIVAMENTE?

FICHA DO JOGO
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Tinha deixado aqui, no lançamento deste jogo, o meu temor e alguma intranquilidade quanto ao desempenho da equipa, face aos últimos resultados. Disse ainda que, por mim, o FC Porto ganharia por 10-0. Pois bem, os jogadores portistas trataram de me tranquilizar, ainda que não possa considerar uma exibição perfeita, e só não me fizeram a vontade quanto ao resultado, não porque não tenham tido oportunidades flagrantes para, pelo menos o dilatar para números bem próximos, mas principalmente por uma estranha falta e eficácia que fizeram parecer o guardião Fabiano, o melhor do mundo e arredores. Foi aquilo a que se pode designar tiro ao boneco. Até parece que os rematadores portistas fecham os olhos para rematar.

Vítor Pereira surpreendeu-me no escalonamento da equipa titular, relegando o desastrado Rolando para o banco, dando o seu lugar a Maicon. Diga-se que a aposta surtiu efeito já que a dupla de centrais de hoje cumpriu de forma exemplar, não cometendo as abébias que tão caras nos têm sido.

O FC Porto dominou e controlou a partida de princípio ao fim, não permitindo que a turma de Olhão criasse uma única situação embaraçosa. A equipa desenvolveu o seu futebol habitual mas desta vez com maior engodo pela baliza. Pena a incapacidade de materializar em golos as oportunidades criadas. Hulk foi particularmente perdulário ao esbanjar uma mão cheia de boas ocasiões. Mas também Janko, Maicon, Sapunaru... eu sei lá mais quem, não foram capazes de fazer melhor. 

Valeu-nos a pontaria de Lucho num remate de ressaca, de fora da área, na sequência de um canto e a excelente execução técnica de James a evitar uma adversário e a anichar a bola na baliza.
Com esta vitória caseira e a derrota do Braga, os Dragões voltam a liderar o campeonato, espero que desta vez de forma definitiva. Para tal basta que os atletas se assumam como campeões que ainda são.

Destaque para João Moutinho, para mim o melhor jogador em campo e para mais uma exibição incompetente da equipa de arbitragem, bastante permissiva no jogo duro dos algarvios e a sonegar mais uma grande penalidade clara, num derrube a Hulk.

Estes incompetentes ainda ameaçam com greve!

sexta-feira, 30 de março de 2012

SEJA O QUE DEUS QUISER!...


Não estranhem caros leitores este meu estado de espírito. É verdade, vou deslocar-me ao Dragão, como sempre, disposto a contribuir com o meu apoio e com a vontade de cilindrar o nosso próximo adversário. Se dependesse de mim ganharíamos por 10-0. No entanto, confesso, desta vez vou com uma enorme expectativa e com um aperto na garganta, que a desconfiança na equipa desta época, me provoca. Não sei bem o que esperar da sua performance. Será que vamos ter uma réplica do jogo contra a Académica, ou... (deixem-me lá ver se me lembro de um jogo ganho no Dragão com aquela classe de trigo limpo, farinha amparo!). Eh! pá! sei lá, talvez o Porto-Nacional, da 8ª Jornada (5-0)! Olhem, seja o que Deus quiser!

A obrigação passa pela vitória, para continuarmos ligados à ambição, mas «todos» sabemos que esta equipa promete muito nos discursos mas «nos finalmentes» tem falhado redondamente. Numa altura em que podíamos e devíamos já estar a encomendar as faixas, em vez disso, andamos a fazer contas. E o mais grave é que o treinador ainda acha que a equipa está a fazer uma época regular! Como é possível?  Pode repetir? Então depois de afastado escandalosamente da Taça de Portugal e Champions League, baqueia na Liga Europa e na Taça da Liga, deixa fugir a liderança do campeonato na altura das decisões e ainda acha que está a fazer uma época regular? Meu caro Vítor, este Clube não é o Espinho ou o Sta. Clara!

Trate de vencer e convencer no próximo jogo, senão teremos o caldo entornado.


Cumprido que está o castigo, por acumulação de amarelos, Maicon regressa ao lote dos convocados, por troca com Mangala, sendo esta a única alteração, em relação à anterior convocatória.

De fora continuam Danilo e Djalma, que têm sido sujeitos a treino condicionado, não se prevendo para tão cedo as suas recuperações definitivas. Já Emídio Rafael continua (!) em repouso absoluto (lesão complicada, heim!?). Cristian Rodríguez é já uma carta fora do baralho.

LISTA DOS CONVOCADOS
EQUIPA PROVÁVEL
Competição: Liga Zon Sagres 2011/12 - 25ª Jornada
Palco do jogo: Estádio do Dragão - Porto
Data e hora do jogo: 31 de Março de 2012, às 19:00 h
Árbitro: Não divulgado
Transmissão: SportTv1

terça-feira, 27 de março de 2012

SPRINT FINAL - PARA QUEM TIVER MELHORES ARGUMENTOS

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O gráfico acima remete-nos para uma análise do que tem sido, até ao momento, a evolução dos principais candidatos ao título, na tabela classificativa.

Desde logo, sobressai o início periclitante do Sp. de Braga que só estabilizou a partir da 14ª Jornada e que, surpreendentemente se perfila, na recta final, como o mais sério candidato, porque está isolado no comando, não depende de terceiros e vai defrontar os outros dois rivais, um fora de casa (SL Benfica), já na próxima jornada, outro no seu reduto (FC Porto), na jornada seguinte. Pode estar nestes dois confrontos a chave da decisão do campeonato, isto se os minhotos levarem de vencida os dois rivais. Caso contrário, a luta poderá alongar-se até à última jornada.  Depois de defrontar ou outros dois candidatos, o Sp. Braga vai deslocar-se a Paços de Ferreira, recebe o Olhanense, volta a jogar em casa frente ao Beira-Mar e termina em Alvalade frente ao Sporting.

Quanto ao FC Porto, parece incrível que nesta altura do campeonato, estejamos a fazer contas, a pesar os prós e os contras, quando a normalidade seria já estar a encomendar as faixas. Porém, a realidade actual é a que se sabe, fruto de performances muito abaixo das reais possibilidades, que permitiram que os adversários directos se aproximassem de tal forma ameaçadora que, de repente, se viu em posição subalterna, nada condizente com o seu historial, pondo em causa a reconquista do título. 

Olhando para o gráfico, o comportamento parece regular.  Em 24 jornadas esteve 16 vezes na sua posição habitual (1ª), mesmo não fazendo exibições muito convincentes. Depois de cair para o segundo lugar deu a ideia de não ser capaz de recuperar, mas de repente, como por milagre, o primeiro lugar, novamente isolado, surgiu com brilhantismo (finalmente) nesse confronto no privilegiado salão de festas. Tal êxito fez renascer nas mentes portistas a esperança, quiçá a certeza na revalidação do título. Mas, incompreensivelmente, a equipa voltou a fraquejar e a dar sinais evidentes de incapacidade, de falta de confiança e pouca apetência para se assumir como principal candidato.

Também não depende de terceiros, tendo ainda a possibilidade de, num último esforço, reverter a decisão a seu favor. Para isso não poderá cometer mais erros nem desperdiçar mais pontos, o que me parece missão não impossível, mas muito difícil de concretizar face à irregularidade que a equipa apresenta. O calendário também não ajuda. Na próxima jornada terá o Olhanense, no Dragão, vai depois a Braga, recebe o Beira-Mar, desloca-se de seguida à Madeira para defrontar o Marítimo, recebe o Sporting e termina em Vila do Conde frente ao Rio-Ave.

Ao contrário dos supra citados, o clube do regime é o único que depende não só de si como dos outros. Necessita que os dois candidatos escorreguem para aspirar ao título. Nada que não possa acontecer, neste final de campeonato extremamente renhido e discutido palmo a palmo. Falta saber se os compromissos internacionais não os prejudicarão internamente. Para já tem todas as possibilidades de ganhar vantagem, em relação ao Sp. de Braga, seu próximo adversário, em casa. Se perder ficará em muito maus lençóis. Depois desloca-se ao seu vizinho da 2ª circular, recebe o Marítimo, desloca-se ao Rio-Ave, recebe a U. Leiria e termina em Setúbal.

segunda-feira, 26 de março de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE VIII


Ion Timofte - Internacional E8: Vestiu a camisola da selecção da Roménia por 10 vezes (3 pelo CS Politehnica, 4 pelo FC Porto e 3 pelo Boavista FC), tendo apontado apenas 1 golo. A sua estreia na selecção principal do seu país aconteceu em 3 de Abril de 1991, na cidade de Neuchatel, no Suíça-Roménia, a contar para a fase de qualificação do Campeonato Europeu, com o resultado de 0-0. Enquanto jogador do FC Porto participou em 4 jogos, o primeiro dos quais em 28 de Agosto de 1991, disputado na cidade romena de Brasov, frente aos E.U.A., num amigável que terminou com a vitória dos americanos por 2-0.

Nascido em Anina, na Roménia, iniciou a sua actividade desportiva no clube da sua terra natal,  o Minerul Anina, tendo depois passado pelo CSM Resita. Na época de 1989/90 mudou-se para o CS Politehnica, de Timisoara onde se tornou profissional, participando no primeiro escalão do futebol romeno e onde esteve durante duas temporadas.

Chegou ao FC Porto na temporada de 1991/92, tendo-se estreado, em jogos oficiais, a 25 de Agosto de 1991, na 2ª Jornada do Campeonato Nacional, no Campo António Coimbra da Mota, na Amoreira, no Estoril-FC Porto, com vitória portista por 2-0, tendo o romeno inaugurado o marcador aos 70'.

Dotado de recorte técnico inconfundível, era um criativo sem preocupações defensivas, espalhando a magia e o perfume do seu futebol na hora de inventar espaços na direcção da área adversária. Possuía capacidades inatas para fazer jogar uma equipa ofensivamente. Era aquilo que na gíria futebolista se designa por «motor da equipa». Combinava na perfeição o seu sentido de posicionamento táctico com a sua capacidade de distribuição de jogo, quer de curta, média ou longa distâncias, sobressaindo aqui a sublime precisão e arte do passe, exímia colocação da bola à distância, enorme leitura do jogo e inteligência colocada ao serviço do colectivo. A par de tudo isto, patenteou sempre elevada capacidade na execução de bolas paradas e remates letais de meia distância.


Acabou por ser traído pela sua fraca apetência para defender, numa altura em que as necessidades da equipa exigiam um jogador de meio-campo, forte nas duas valências, bem como pela sua fragilidade física que o diminuía nos confrontos com adversários mais robustos e o obrigavam a indesejáveis paragens, começando por isso a perder espaço.


No FC Porto participou em 97 jogos oficias, apontando 36 golos e coleccionando no seu palmarés 5 títulos nacionais.


Mudou-se para o vizinho Boavista FC, na temporada de 1994/95, onde se impôs com toda a naturalidade, continuando a espalhar a magia do seu futebol durante mais seis temporadas. Pôs fim à sua carreira com 32 anos, muito por culpa da sua condição física.


Palmarés ao serviço do FC Porto: 2 Campeonatos nacionais (1991/92 e 1992/93); 1 Taça de Portugal (1993/94) e 2 Supertaças Cândido de Oliveira (1991/92 e 1993/94).


Palmarés ao serviço de outros clubes: 1 Taça de Portugal (1996/97 - Boavista FC) e 1 Supertaça Cândido de Oliveira (1997/98 - Boavista FC).

(Continua)
Fontes: European Football National Teams Matches; Almanaque Oficial do FC Porto, de Rui Miguel Tovar; Zero a Zero

domingo, 25 de março de 2012

QUEM NÃO CUMPRE A OBRIGAÇÃO ARRISCA-SE A NÃO SER CAMPEÃO

FICHA DO JOGO
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O FC Porto continua na senda de maus resultados. Hoje, na Mata Real voltou a perder pontos na corrida para o título, cedendo mais um empate, depois de uma exibição cinzenta, mais uma, que não irradia confiança aos seus adeptos, pelo menos aos mais exigentes, já que há outros que por ventura vão achar que esta exibição e este resultado não beliscam a ambição de chegar ao título, porque os Dragões ainda dependem apenas de si próprios.

Embora este argumento seja irrefutável, as exibições medíocres que a equipa vai registando, demonstram falta de «estofo de campeão» e por isso, numa análise não toldada pela paixão, direi que, a manterem-se, o mais provável é que esta equipa não consiga fazer a festa no final do campeonato.

O jogo de hoje até nem teve as dificuldades previstas, uma vez que o Paços de Ferreira raras vezes criou situações de aperto. Na única oportunidade que teve marcou, mais uma vez numa «abébia» dos defensores portistas. Foi digamos, uma equipa mais preocupada em defender e aí beneficiou da sua boa organização e sobretudo da falta de eficácia dos atacantes portistas, que criaram oportunidades claras para construir um resultado tranquilo.

A equipa portista voltou a ser uma equipa previsível, lenta e pouco esclarecida. Os jogadores apresentam défices de confiança, de capacidade técnica e, em alguns casos, também de capacidade física. 

Para mim, habituado que estou a ver futebol de alta competição, este é o retrato de uma equipa descrente, de uma equipa que se arrasta, de uma equipa que não merece ser premiada com o título. Mal do país se este futebol chegar para ser campeão.

Da arbitragem não vou falar, porque se os jogadores falharam clamorosamente, não me parece correcto evocar esse argumento.

sábado, 24 de março de 2012

JOGO DE TRANSPIRAÇÃO MAIS QUE INSPIRAÇÃO

Como mais uma final, é como os Dragões deverão encarar o difícil jogo da Mata Real, campo com características específicas que representam desde logo problemas suplementares.

O momento de forma actual dos Campeões nacionais não é dos mais famosos pelo que espero mais um jogo de transpiração do que inspiração. Estou mesmo a imaginar um jogo muito similar ao que o FC Porto disputou na Madeira, frente ao Nacional. Oxalá o resultado seja parecido.

Só a vitória interessa, para manter (presumivelmente em relação ao Braga) e ampliar, em relação ao clube do regime que empatou ontem em Olhão, a vantagem que vai garantindo a liderança isolada no campeonato.

Fernando, já recuperado da lesão que o afastou dos últimos jogos e a saída de Maicon, por acumulação de amarelos, são as principais alterações da lista de convocados, que em relação ao último jogo para a Taça da Liga, regista ainda a saída do jovem guarda-redes Kadú e o regresso de Helton.

Sob a alçada do Departamento médico continuam ainda Danilo e Djalma.

LISTA DOS CONVOCADOS
EQUIPA PROVÁVEL
Competição: Liga Zon Sagres - 24ª Jornada
Palco do Jogo: Estádio da Mata Real - Paços de Ferreira
Dia e hora do Jogo: 25 de Março de 2012, às 20:15 h
Árbitro: Hugo Pacheco - A.F. Porto
Transmissão: SportTv1

terça-feira, 20 de março de 2012

VENCIDOS MAS NÃO CONVENCIDOS

FICHA DO JOGO
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Ainda não foi desta que o FC Porto se qualificou para a final de Taça Lucílio Calabote Baptista! Desta vez, a jogar no salão de festas privilegiado, os Dragões não puderam saborear a vitória. 


Os Dragões entraram praticamente a perder, sofrendo um golo aos 4 minutos, ainda as equipas estavam a medir forças, mas não se deixaram perturbar pelo golo madrugador e aos 17' já tinham dado a reviravolta no marcador, face a uma reacção categórica que podia até ter sido ilustrada com mais golos.


As equipas entraram então numa toada de equilíbrio e nos últimos minutos da segunda parte a equipa do regime igualou o resultado, numa altura em que já o justificava.


Num jogo intenso e geralmente agradável, ambas as equipas saíram para o balneário com a noção de que  tudo haviam feito para chegarem à vantagem no marcador.


A segunda parte foi menos intensa mas manteve a mesma emoção e alternância na condução e domínio do jogo. Foram mais felizes as papoilas porque aproveitaram melhor os erros alheios e por isso o resultado final, num jogo que, como muito bem disse o treinador Vítor Pereira pendeu para um lado mas também poderia ter pendido para o outro.


A derrota portista castiga sobretudo alguns erros defensivos que se revelaram fatais e a habitual falta de discernimento para concluir com êxito lances ofensivos em que apareceram na área contrária em superioridade numérica.


A arbitragem sem ter tido influência não esteve isenta de erros, sendo o que mais terá prejudicado o FC Porto, foi quando aos 85' Hulk foi impedido de caminhar isolado para a baliza, por fora de jogo mal assinalado.


O meu destaque vai para João Moutinho que rubricou uma excelente exibição.

SER FIEL AO LEMA: «SOMOS PORTO», CONTRA TUDO E CONTRA TODOS


De regresso ao salão de festas, para mais uma vez defrontar o clube do regime, e quiçá também mais uma vez, tentar contrariar a inclinação do campo que normalmente a equipa da APAF confere, em sinal de subserviência e também no escrupuloso respeito pelo pacto assinado entre as duas entidades e a Liga, depois da chantagem já conhecida, como garantia da chegada à final, desta prova, designada na gíria desportiva por Taça Lucílio Calabote Baptista.

O badalado desinteresse portista nesta prova, tem pois algum fundamento, no entanto, a grandeza e prestígio do Campeão Nacional exige que a equipa se apresente, ainda que sujeita a uma gestão inteligente do plantel,  em condições de discutir o resultado, contra tudo e contra todos.

Ganhar este jogo deve ser o objectivo, independentemente de quem jogar. Detesto perder, seja qual for a partida, a competição, ou o local, mesmo que seja a feijões, ainda mais frente a esse clube de invejosos, traiçoeiros, hipócritas, ceguetas, protegidos e alienados.

O treinador Vítor Pereira continua a não poder contar com Fernando, Djalma e Danilo, todos por lesão, porém, Hulk e Silvestre Varela estão já à sua disposição. O brasileiro cumpriu castigo e o português recuperou de lesão. São eles as duas principais novidades na lista dos convocados, onde ressaltam as ausências de Helton e Cristian Rodríguez, ambos por opção técnica. O jovem guarda-redes Kadú reaparece, como vem sendo hábito nesta prova, para ser o suplente de Bracali.

LISTA DOS CONVOCADOS
EQUIPA PROVÁVEL
Competição: Taça da Liga - Meias finais
Palco do Jogo: Estádio da Luz - Lisboa
Data e hora do jogo: 20 de Março de 2012, às 20:45h
Árbitro: Artur Soares Dias - A.F. Porto
Transmissão: SIC

segunda-feira, 19 de março de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE VII



Emil Kostadinov - Internacional E7: Foi uma das principais figuras da selecção da Bulgária dos anos 80 e 90, vestindo a camisola do seu país por 70 vezes (17 pelo CSKA Sofia, 30 pelo FC Porto, 3 pelo Dep. La Coruña, 12 pelo Bayern de Munique e 8 pelo Fenerbahçe), marcando um total de 26 golos. A sua estreia na selecção foi a 24 de Dezembro de 1988, num jogo de carácter amigável disputado na cidade de Sharjah, entre o Emiratos  Árabes Unidos e a Bulgária, com vitória búlgara, por 1-0, com golo da sua autoria. Enquanto jogador do FC Porto voltaria à sua selecção em 12 de Setembro de 1990,  em Genéve, num jogo de qualificação para o Campeonato da Europa/1992, com derrota búlgara ante a Suíça, por 2-0.

Kostadinov esteve presente em três grandes certames internacionais: Na fase final do Campeonato do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, onde a Bulgária foi eliminada nas meias-finais; No Campeonato da Europa de 1996, em Inglaterra; e no Mundial de 1998, em França.


Natural da cidade de Sófia, Bulgária, iniciou a sua carreira de futebolista profissional  em 1985, no emblemático CSKA de Sófia onde constituiu temível e poderosíssimo trio ofensivo com Stoichkov e Penev, que levaram o CSKA a conquistar três campeonatos búlgaros, três Taças da Bulgária e a disputar uma meia-final da Taça das Taças que perdeu para o Barcelona em 1989.

Chegou ao FC Porto em 1990, onde rapidamente se tornou num dos símbolos da mística portista, idolatrado pelos adeptos e um exemplo de simplicidade e profissionalismo.

Jogador de qualidades inequívocas, destacava-se pela velocidade que imprimia nos contra-ataques, tornando-os quase sempre mortíferos, face ao seu apurado faro pelo golo. Dotado de grande mobilidade, possuía uma técnica refinada e elevadíssima espontaneidade de remate. Formou, durante algumas épocas uma dupla exemplar com Domingos Paciência, espalhando o terror nas defensivas adversárias.

A sua inegável classe não passou desapercebida por essa Europa fora e no decorrer da temporada 1994/95, não resistiu à cobiça do Dep. da Coruña, para onde se transferiu, tendo ainda participado nas duas primeiras jornadas desse campeonato nacional português, na primeira como suplente utilizado (entrou aos 61' para o lugar de Drulovic) frente ao Sp. de Braga, no estádio das Antas, onde apontou o segundo golo da vitória portista, por 2-0 e na segunda, em Aveiro frente ao Beira-Mar, como titular (substituído por Drulovic aos 70 minutos), na vitória portista por 2-0, que lhe concedeu o direito à faixa de campeão nacional, no final da temporada.

Kostadinov participou em 168 jogos oficiais com a camisola dos Dragões, tendo apontado 60 golos e conquistado 9 títulos.

Depois de Espanha, prosseguiu a sua carreira passando pela Alemanha, envergando a camisola do categorizado Bayern de Munique, onde viria a conquistar a Taça UEFA. Representou ainda o Fenerbahçe da Turquia, regressou ao país natal para o seu CSKA de Sófia, passou pelos Tigres, do México, terminando a sua carreira na Alemanha ao serviço do Mainz 05.

Palmarés ao serviço do FC Porto: 3 Campeonatos nacionais (1991/92, 1992/93 e 1994/95); 2 Taças de Portugal (1990/91 e 1993/94); 4 Supertaças Cândido de Oliveira (1990/91, 1991/92, 1993/94 e 1994/95).

Palmarés ao serviço de outros clubes: 3 Campeonatos búlgaros, 1987/89/90 (CSKA Sófia); 3 Taças da Bulgária, 1987/88/89 (CSKA Sófia); 1 Taça UEFA, 1995/96 (Bayern Munique).

(Continua)
Fontes: European Footeball National Teams Matches; Almanaque do FC Porto 1893-2011, de Rui Miguel Tovar

domingo, 18 de março de 2012

NO BASQUETEBOL É SEMPRE A SOMAR!

Mais um título para o basquetebol portista conseguido hoje, em Fafe, frente à Académica, na final da Taça de Portugal.

O Resultado final cifrou-se em 58-47 e representa a 13ª Taça de Portugal conquistada pelos Dragões e o sétimo troféu conquistado pelo treinador Moncho López, no espaço de 26 meses. É obra!

Parabéns aos valorosos atletas Reggie Jackson, Carlos Andrade, João Santos, Robert Johnson, Gregory Stempin, Diogo Correia, Miguel Cardoso, José Costa, João Soares, Miguel Miranda e David Gomes

sexta-feira, 16 de março de 2012

HAJA HELTON!!!!!

FICHA DO JOGO
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Hoje foi dia de S. Helton! Não fora e sua espectacular exibição e estaríamos a esta hora a carpir as mágoas de mais uma derrota. O guardião esteve na base da vitória ao negar o golo à equipa adversária, com um punhado de defesas extraordinárias. De resto, foi talvez o único jogador portista que demonstrou querer muito ser campeão. Para mim o melhor atleta em campo, destacando-se de forma impressionante de quantos pisaram o relvado madeirense.
O FC Porto voltou a fazer um jogo descolorido, cinzentão, desconexo, desorganizado, trapalhão, enfim, patenteando todos os defeitos que já vem sendo a imagem de marca desta época. Venceu, é certo, garantindo os três preciosos pontos que vão garantindo a liderança, mas esteve a milhas de convencer. Foi feliz na obtenção do primeiro golo, resultante de um oportuno aproveitamento de um ressalto em que a bola caprichosamente foi para os pés de Janko, que bem posicionado não perdoou e chegou ao segundo, num magnífico trabalho de Alex Sandro, contra a corrente do jogo, já em tempo de descontos. 
Se a vencer por 1-0 o resultado era lisonjeiro, o resultado final nem se fala! E os Dragões até criaram mais duas ou três boas ocasiões de marcar, que até  poderiam levar o resultado para números mais injustos. Mas, verdade seja dita, não só não produziu futebol suficiente para o justificar como também, ainda por cima, levou um banho de futebol pouco comum, especialmente na segunda parte.

Esta equipa portista joga cada vez menos e começa a ser penoso ver jogadores de tão grande qualidade com comportamentos tão vulgares. 

Hoje tivemos a estrelinha dos campeões e Helton em grande. As nuvens negras da desgraça pairam cada vez com mais intensidade. Adivinha-se a derrocada a todo o momento. 

quinta-feira, 15 de março de 2012

TEREMOS O CAMPEÃO DE REGRESSO?

Depois de uma exibição desoladora que representou a perda de dois preciosos pontos, a pergunta tem todo o cabimento. Habituados que estamos esta época a performances intermitentes, a dúvida tem toda a legitimidade. Como pode haver confiança numa equipa que é capaz do melhor e do pior?

Uma coisa é certa, se os jogadores querem ser campeões não poderão repetir, até final do campeonato, a vergonhosa exibição com que nos brindaram no Dragão, no Sábado passado.

A deslocação à Choupana nunca foi fácil, mas esta época reveste-se de particular importância. Aí poderão ficar hipotecadas as aspirações da renovação do título, ou não. Tudo vai depender da vontade, da ambição e da competência, colocadas ou não no tabuleiro de jogo. Não podemos esquecer igualmente as artimanhas que certamente vão ser colocadas à equipa, pelos homens da APAF, onde se esperam as habituais «xistralhadas».

Vítor Pereira vai ter certamente algumas dores de cabeça para solucionar as ausências de Fernando (lesionado) e Hulk (castigado), dois dos atletas nucleares da equipa. Também Djalma (lesionado) não poderá ser utilizado. 

O jovem nigeriano Sub-19, Mikel Agu, um médio de 18 anos, constitui a maior surpresa da lista dos convocados de Vítor Pereira para este jogo. Mangala e Iturbe são as outras novidades. Silvestre Varela e Danilo, continuam em trabalho de recuperação das suas lesões.

LISTA DOS CONVOCADOS
 EQUIPA PROVÁVEL
Competição: Liga Zon Sagres 2011/12 - 23ª Jornada
Palco do jogo: Estádio da Madeira - Choupana
Data e hora do jogo: 16 de Março de 2012, às 19:00 h
Árbitro: Carlos Xistra - A.F. Castelo Branco
Transmissão: SportTv1

terça-feira, 13 de março de 2012

SEM ESTOFO DE CAMPEÃO!

Muita tinta correu pelo facto da Liga não ter imposto as 72 horas de intervalo, tempo considerado indispensável para a recuperação dos atletas, permitido que o último clássico se disputasse antecipadamente, depois dos jogos das diversas selecções. 
O treinador do FC Porto, Vítor Pereira, foi dos que mais se inconformou com a situação. Afirmou que tal não defendia o futebol. Por isso, não pode preparar o jogo convenientemente. Os jogadores internacionais foram-lhe chegando a conta-gotas, com James Rodríguez a chegar na madrugada do dia do jogo.

Por tudo isto esperava-se um FC Porto fragilizado, talvez algo incapacitado de dar o seu melhor. A verdade é que a equipa entrou forte, personalizada e sem complexos. Fez os primeiros vinte minutos excepcionais de raça e de classe, não permitindo qualquer veleidade ao seu adversário. Já no segundo tempo, a perder 2-1, foi capaz de ir buscar as forças e a capacidade técnica necessárias para assegurar uma importante vitória que lhe abriu os horizontes para a renovação do título.
Na semana seguinte, Vítor Pereira, livre dessas contrariedades, teve uma semana normal de trabalho com todos os jogadores à sua disposição (excluindo os lesionados habituais), que lhe permitiu preparar o jogo com a  Académica na maior das tranquilidades.

Dir-se-ia que a equipa dispôs de todas as condições para encarar o jogo como uma final, poder entrar com tudo (atitude, raça, ambição e classe) e realizar uma partida perfeita, agradável e demonstrativa de uma ambição pela renovação do título cada vez mais consolidada.

Puro engano. A equipa apareceu inexplicavelmente amorfa, desconcentrada, complicativa, desinspirada e nada ambiciosa. Viu-se  e desejou-se para conseguir o golo da igualdade, marcado já em tempo de descontos, deixando pairar a ideia de não possuir estofo de campeão.
Como explicar estas duas situações, com resultados surpreendentes? Na primeira, falta de tempo de preparação, stress, desgaste físico e psicológico, para defrontar fora de casa, um rival candidato ao título; na segunda, todo o tempo do mundo, sem stress, tempo de recuperação mais que suficiente, para defrontar em casa o 10º classificado.

Que algo não vai bem no reino do Dragão, já todos sabíamos. É notório desde que a época começou, não sendo alheias as prematuras e sucessivas eliminações na Champions League, na Taça de Portugal e na Liga Europa, em circunstâncias no mínimo escandalosas. 

O que emperra a «máquina»? O que a impede de actuar com consistência? Afinal, a matéria-prima é de qualidade. Em relação à época transacta as diferenças não são abissais.

De jogadores desmotivados, com a cabeça noutras paragens, toldadas por influências dos seus empresários, sempre à espreita de mais-valias, passando pelo deficiente planeamento da época, até a alguma desorientação técnica, podem ser algumas das respostas possíveis.

Mas a falta de uma voz verdadeiramente capaz de insuflar a chama, a ambição e a confiança, necessárias para fazer os jogadores acreditarem no sucesso, uma voz capaz de se fazer ouvir durante o jogo, capaz de incentivar, de responsabilizar, de exigir, de  incutir seriedade,  coesão, solidariedade, espírito de grupo, parece ser o principal obstáculo. Sem isto lá se vai o estofo do campeão! Sem ele, só um milagre para garantir esse desiderato.

segunda-feira, 12 de março de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE VI

Stéphane Demol - Internacional E6: Vestiu a camisola da Selecção da Bélgica por 38 vezes (16 pelo RSC Anderlecht, 6 pelo Bolonha FC, 11 pelo FC Porto, 2 pelo Toulouse FC e pelo Standard de Liége). Estreou-se a 23 de Abril de 1986, num particular jogado em Bruxelas, com vitória belga por 2-0, frente à Bulgária. A sua 23ª internacionalização, já em representação  do FC Porto, aconteceu em 23 de Agosto de 1989, em Bruges, num particular frente à Dinamarca, com vitória belga por 3-0.

Demol alinhou em duas fases finais do Campeonato do Mundo, o México/1986, onde obteve um honroso 4º lugar e no Itália/1990.

Natural de Bosvoorde - Bélgica, começou a praticar futebol no modesto Drogembos. Em 1984/85 passou a representar o Anderlecht e em pouco tempo demonstrou as melhores qualidades, características de uma nova geração de defesas centrais da escola flamenga, que fizeram dele titular indiscutível da equipa e da selecção nacional. Nas quatro temporadas ao serviço deste clube, sagrou-se campeão nacional da Bélgica por 3 vezes (1984/85, 1985/86 e 1986/87) e venceu 1 Taça da Bélgica (1987/88).

No Verão de 1989 foi contratado pelo recém-promovido clube italiano, o Bolonha FC, onde não foi muito feliz. Na temporada imediata (1989/90) ingressou no FC Porto, de Artur Jorge, tendo-se sagrado campeão nacional, com 11 golos no Campeonato e mais um na Taça de Portugal, todos na marcação de grandes penalidades, patenteando grande competência e eficácia neste tipo de lances. Além de especialista nas grandes penalidades, Demol respirava sobriedade, descrição e esclarecimento. Realizou 31 dos 34 jogos do campeonato, 2 da Taça de Portugal e 6 da Taça dos Campeões Europeus.

Na temporada seguinte deixou Portugal mudando-se para França, para representar o Toulouse. A partir de então entrou numa espiral de mudança de emblemas, muitas vezes após apenas um ano: Standard Liége, Bélgica (1991/92 e 1992/93), onde conquistou a Taça da Bélgica (1993), naquela que seria a sua última façanha digna de registo; Cercle Brugge, Bélgica e SC Braga, Portugal (1993/94); Panionios, Grécia (1994/95); FC Lugano, Suíça (1995/96); Toulon, França (1996/97 e 1997/98); FCV Denver, Bélgica (1998/99) e finalmente SK Halle, Bélgica (1999/2000), onde terminou a sua carreira de futebolista para se dedicar à de treinador.

Palmarés ao serviço do FC Porto: 1 Campeonato Nacional (1989/90)

(Continua)
Fonte: European Footeball national teams mathes; Worldfootball.net.