quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

GANHAR MANTENDO AS DISTÂNCIAS
















FICHA DO JOGO





























No regresso do Campeonato o FC Porto reencontrou-se com as vitórias, frente a um adversário combativo mas a quem não lhe deu hipóteses de discutir sequer o resultado.

Sérgio Conceição fez apenas duas alterações ao onze titular que tinha defrontado o Sporting, na famigerada Taça da Liga. Casillas e Soares recuperaram os seus lugares, deixando no banco Vaná e André Pereira.
























Cedo se percebeu que a intenção da equipa portista era resolver a partida o mais depressa possível, marcando e consolidando o resultado para poder de seguida proceder a alguma gestão de esforço e plantel, face ao calendário demasiadamente compacto.

A verdade é que à custa de uma pressão alta exercida logo na entrada da área da turma lisboeta, os campeões nacionais começaram a criar grandes dificuldades de construção e saída de bola, logrando aos 5 minutos construir o golo inaugural. Corona  interceptou a bola junto à quina da área, correu quase até à linha, cruzando atrasado para a entrada de Brahimi disparar com toda a calma e classe.

Foram 17 minutos de futebol de grande intensidade, com os azuis e brancos a exigirem grande trabalho defensivo ao seu adversário.

Passado esse período o Belenenses finalmente conseguiu aproveitar uma perda de bola que lhe permitiu lançar um contra ataque rápido e perigoso.  Licá bem lançado à frente dos centrais portistas, tentou colocar o remate mas a bola saiu ligeiramente ao lado com Casillas aparentemente a controlar o lance.

Aos 29 minutos surgiu o segundo golo num lance de bola parada, estudada em laboratório. Quando era suposto que a bola fosse dirigida para a entrada da área, onde se encontravam grande parte dos jogadores portistas, Corona bateu o livre ligeiramente para o lado, Óliver  recolheu e lançou à esquerda na direcção de Alex Telles. O brasileiro recebeu e cruzou com peso, conta e medida para Éder Militão corresponder com uma cabeçada forte e colocada, obtendo um golo de elevada beleza estética, quer pela sua finalização como pela sua construção.

Com dois golos de vantagem, a equipa do FC Porto foi gerindo o jogo e o resultado, permitindo de quando em vez algum atrevimento ao seu adversário. Casillas teve de se aplicar aos 32 minutos para deter um belo remate de meia distância.

No segundo tempo, apesar da menor intensidade portista, o jogo continuou a ser maioritariamente azul e branco, com algumas perdidas pelo meio, mas também alguns remates perigosos junto à baliza de Casillas.

Pertenceria ao FC Porto, com toda a naturalidade, o último golo da partida, aos 71 minutos por Soares. Corona foi lançado em profundidade por Militão, iludiu a vigilância de Zakarya, cruzou atrasado para Óliver. O espanhol rodou e cruzou de imediato para Soares saltar a aplicar a cabeçada certeira.

Sérgio Conceição aproveitou então para fazer as alterações, tirando Corona (72'), Soares (78') e Militão (80'), para as entradas de Otávio (recuperado de lesão), Fernando Andrade e Wilson Manafá (o mais recente reforço de inverno), respectivamente.

Vitória justa ainda que escassa, garantindo a diferença pontual para os mais directos perseguidores (Benfica -5 e Braga -6), aumentando para -10 a diferença para o Sporting.



sábado, 26 de janeiro de 2019

A MALDIÇÃO DAS GRANDES PENALIDADES
















FICHA DO JOGO






























Ainda não foi desta que o FC Porto conseguiu ganhar a famigerada Taça da Liga! Os responsáveis portistas tanto desdenharam este troféu que parece terem atraído os maus fluídos. Mais uma vez numa decisão da marca das grandes penalidades, onde realmente os portistas se têm revelado cada vez menos competentes (se calhar é por isso que os árbitros vão sonegando uma série delas, talvez para «proteger» os atletas!).

Sérgio Conceição fez subir ao relvado a mesma equipa que começou o jogo da meia-final, apesar de já poder contar com o recuperado Danilo Pereira.
























Foi uma primeira parte maioritariamente dominada pelo Sporting, mais incisiva no ataque ainda que sem grandes ocasiões para marcar. Apesar das jogadas envolventes que criou nunca conseguiu que os seus remates fossem enquadrados com a baliza.

Nesse período o FC Porto acumulou erros primários no seu último terço que não foram aproveitados convenientemente pelo seu adversário. Em termos ofensivos a jogada mais prometedora acontecei aos 38 minutos num remate de cabeça de André Pereira por alto.

Já no segundo tempo, os campeões nacionais puxaram dos galões e asfixiaram o seu rival de forma categórica. Pena essa clara supremacia tenha apenas rendido um golo e por sinal muito consentido. Remate de Herrera que Renan não segurou, sobrando a bola para Marega que se atrapalhou, mas Fernando Andrade que tinha entrado para o lugar de André Pereira (64'), foi mais esclarecido e oportuno, tocando a bola para o golo (79').

Assistimos depois à reacção frenética do Sporting. A equipa azul e branca desceu o bloco (ou foi obrigada?) que chegou à igualdade num lance muito infeliz de Óliver Torres. O médio espanhol, na tentativa de tirar a bola da sua área, atingiu o seu adversário, cometendo uma falta clara para grande penalidade que o árbitro não ia assinalar (incompetência já detectada noutros jogos), mas que o VAR corrigiu, sugerindo que João Pinheiro fosse ver o lance.

Bas Dost fez a igualdade com alguma dose de sorte à mistura, pois Vaná ainda tocou na bola.

Esperava-se uma reacção forte do FC Porto, mas o seu adversário, quiçá mais empolgado conseguiu ser mais perigoso. Raphinha teve nos pés o golo da vitória aos 94 minutos, mas falhou escandalosamente.

Seguiu-se o desempate da marca de grandes penalidades (neste troféu não há lugar a prolongamento) e aí o Sporting foi quase arrasador. Em quatro falhou apenas 1 enquanto os atletas do FC Porto, no mesmo número de pontapés só acertou 1! INCRíVEL!!!!

Derrota justa que castiga a ineficácia da segunda parte e sobretudo a incompetência nas grandes penalidades.




quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 270













BOSINGWA - Goleador Nº 270

Apontou 3 golos em 152 participações oficiais com a camisola do FC Porto, ao longo de 5 temporadas ao seu serviço (2003/04 a 2007/08).

José Bosingwa da Silva, nasceu no dia 24 de Agosto de 1982 em Mbandaka, República Democrática do Congo, mas de ascendência portuguesa mudou-se para a zona de Seia, ainda de tenra idade.

O seu percurso profissional, até à saída do FC Porto, encontra-se relatada na rubrica «INTERNACIONAIS PORTISTAS», editado neste blogue no dia 12 de Dezembro de 2011, podendo ser recordado clicando aqui.

Vou por essa razão apenas juntar algumas curiosidades e actualizar esse percurso.

























Faltou referir na altura a data da estreia oficial de Bosingwa, com a camisola do FC Porto. Tal viria a acontecer precisamente no dia 17 de Agosto de 2003, no Estádio das Antas, frente ao Braga, em jogo da 1ª jornada do campeonato nacional (Super Liga), com vitória portista, por 2-0.

Não tinha uma relação muito estreita com o golo, sendo muito mais eficaz na assistência, razão pela qual apenas conseguiu os tais três golos, de azul e branco vestido.

O primeiro foi conseguido no dia 25 de Abril de 2004, já no Estádio do Dragão, frente ao Alverca, em jogo da 32ª jornada do campeonato nacional, com vitória por 1-0. Bosingwa desbloqueou o marcador no minuto 49, garantindo mais uma vitória rumo ao título.

Só voltaria a marcar na temporada seguinte, mais precisamente no dia 5 de Fevereiro de 2005, no estádio António Coimbra da Mota, no Estoril, frente ao clube local, com vitória portista por 2-1. Pertenceu-lhe abrir o marcador nesse jogo, aos 18 minutos.

O terceiro e último golo, teria de esperar até à sua última época de Dragão ao peito. Foi no dia 2 de Fevereiro de 2008 (3 anos depois do anterior), no Estádio do Dragão, frente ao União de Leiria, em jogo da jornada 18 do campeonato nacional (Bwin Liga), com vitória por 4-0. Mais uma vez foi ele a abrir o marcador, desta vez aos 19 minutos.

Segue-se uma das fotos possíveis a ilustrar a titularidade do atleta. Esta foi captada no dia 11 de Dezembro de 2007, no Estádio do Dragão, frente ao Besiktas, em jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões:







































Para além de representar o Chelsea, durante 4 temporadas consecutivas (2008/09 a 2010/11) em muito bom nível, passou ainda pelo Queens Park Rangers (2012/13), terminando a sua carreira na Turquia em representação do Tranzanspor (2013/14 a 2015/16).

Em termos de Selecção nacional, ainda juntou mais 4 internacionalizações às 24 que registava no mapa dessa edição de que vos falei acima. 

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Zeroazero.pt

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

DRAGÃO COMPETENTE QUALIFICA-SE PARA A FINAL
















FICHA DO JOGO






























O FC Porto foi a equipa mais competente, num clássico electrizante, onde ficou patente a superioridade azul e branca e a natural qualificação para a final da Taça da Liga.

Com um calendário de jogos asfixiante, as lesões de Aboubakar, Otávio, Maxi Pereira e Danilo Pereira e um regulamento que obriga a inclusão em 45 minutos de dois atletas formados no clube, Sérgio Conceição optou por fazer apenas duas alterações ao onze titular, deixando no banco de suplentes os habituais Iker Casillas e Soares.
























Ao contrário do jogo para o Campeonato entre estas duas equipas, disputado na Luz, muito táctico, demasiado amarrado, cauteloso e fechado, hoje as equipas entraram frenéticas, ofensivamente agressivas, decididas, a jogar olhos nos olhos, sem medos nem reservas, tornando o jogo num verdadeiro espectáculo de futebol.

Os campeões nacionais mostraram-se então bem mais perigosos, criando bastantes problemas à defensiva contrária. Num jogo de bola lá, bola cá, foi o FC Porto que mais cedo  e com mais lucidez esteve perto do golo.

Marega (42'') e André Pereira (20') desperdiçaram duas boas ocasiões para marcar, enquanto aos 9' Jesús Corona sofreu falta para grande penalidade, não assinalada.

Vaná também teve de se aplicar para negar o golo a João Félix.

A maior capacidade ofensiva portista acabaria por dar os frutos desejados. Óliver Torres recuperou a bola a meio campo, lançou de imediato para a corrida de Marega, o maliano serviu Brahimi mais à esquerda que rematou com êxito inaugurando o marcador (24').

O Benfica respondeu 7 minutos depois. Perda de bola em local proibido, contra-ataque rápido conduzido por Pizzi sob a direita, cruzamento para a área, Seferovic amorteceu a bola com o peito ou com o braço (dúvida que levou o árbitro a ir ver o lance no monitor ao seu dispor, levando bastante tempo para tomar a decisão), remate que Vaná repeliu para a frente onde surgiu Rafa, livre de marcação a tocar para as redes (31').

Na sequência da decisão do árbitro o Engº Luís Gonçalves foi expulso do banco, recomeçando o jogo com a resposta pronta do FC Porto. Cruzamento de Brahimi a solicitar a desmarcação de Corona, nas costas da defesa, toque subtil para Marega rematar fazendo a bola passar pelo meio das pernas de Svilar. Estava assim reposta a justiça no marcador (35').

Já em tempo de descontos da primeira parte o Benfica marcou novo golo, em contra-ataque (mais uma perdida de bola em local proibido e com a equipa toda balanceada no ataque), mas seria anulado por posição ilegal, devidamente verificada pelo VAR. Ligeiro adiantamento (um pé), suficiente para inviabilizar o golo e provocar a choradeira lampiónica, que rapidamente se esqueceram como apareceram qualificados para esta final four. Na sequência, Rui Costa foi também expulso.

Depois do intervalo o jogo alterou-se quase por completo. Com o resultado a seu favor, os azuis e brancos entraram numa toada mais lenta, de maior gestão e saída pela certa para o ataque. Cedeu alguma iniciativa de jogo,  procurando não correr grandes riscos e sempre que possível lançou ataques mortíferos para deixar o seu adversário em sentido. refrescou o ataque com a saída de André Pereira e a entrada de Soares (60'),reforçou o meio campo com a troca de Corona pelo jovem Bruno Costa (65') e finalmente trocou Brahimi (desgastado) por Fernando Andrade (77').

O Benfica dispôs de algumas oportunidades para empatar mas que de forma precipitada foi falhando.

Ao contrário, o FC Porto acabou por matar o jogo na passagem do minuto 86. Mais uma recuperação de bola a meio campo de Óliver, toque para Soares que inteligentemente lançou Fernando Andrade, com passe a rasgar. O novo reforço de Inverno galgou terreno e à saída de Svilar rematou para o poste mais longínquo, garantindo definitivamente a passagem à final.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

VITÓRIA TRANQUILA E PÉ QUENTE DE SOARES

















FICHA DO JOGO





























Começou a 2ª volta do Campeonato nacional (LIGA NOS), com mais uma vitória do FC Porto, na sua deslocação a Chaves, num triunfo tranquilo, em que Soares, de pé quente, coleccionou o seu primeiro hat-trick, de Dragão ao peito.

Depois da gestão do plantel, efectuado no jogo de Matosinhos, frente ao Leixões, Sérgio Conceição, privado dos lesionados Aboubakar, Otávio, Maxi Pereira e Danilo Pereira, voltou a apostar num onze titular constituído pelos atletas disponíveis mais utilizados.
























Entrada no jogo com determinação e consistência, muito mais lúcida e criteriosa do que nos jogos anteriores, a prometer uma exibição alicerçada na qualidade técnica dos seus jogadores e da sua equipa técnica.

Não foi fácil desfazer a boa organização defensiva flaviense, sempre muito compacta na protecção da sua baliza, mas a forma inteligente e sobretudo paciente com que os campeões nacionais souberam ir juntando argumentos, acabaram por dar os frutos desejados.

Aos 22 minutos Marega ameaçou o golo com um belo remate, superiormente defendido pelo guardião António Filipe para canto. Na sequência do mesmo, cobrado por Alex Telles, Marega penteou a bola para Soares, na cara do guarda-redes,  rematar de pé esquerdo para as redes adversárias.

O FC Porto não abrandou o ritmo e pouco depois (28'), Óliver Torres, hoje um diabo à solta, apareceu em zona privilegiada a rematar, mas algo denunciado ainda assim a proporcionar mais um belo lance de futebol.

A equipa da casa não se limitou a defender e de quando em vez tentava a sua gracinha, pondo em sentido a defensiva portista, sempre muito bem a desfazer o perigo.

A noite era no entanto de Soares. Aos 42 minutos, numa jogada corrida, Corona desmarcou Marega, o maliano foi à linha cruzar, solicitando a entrada do avançado brasileiro que não se fez rogado, rematando com êxito para o segundo da noite.

O intervalo chegou com uma vantagem confortável e uma exibição bastante tranquila.

No segundo tempo a equipa regressou dos balneários com a mesma disposição e o dilatar do marcador foi perfeitamente natural, à passagem do minuto 68. Quem havia de ser? Esse mesmo, Soares a registar o seu primeiro Hat-trick, numa jogada simples e corrida. Assistência de Alex Telles para a entrada de Corona, com o mexicano a dar de bandeja para Soares, à vontade facturar.

O Chaves viria a reduzir aos 76 minutos na sequência de uma grande penalidade cometida por Pepe (ligeiro toque na perna de William) que acredito se fosse na área contrária teria sido ignorada, mesmo pelo VAR.

O FC Porto não se sentiu afectado, e já com as três substituições operadas, continuou a fabricar lances para golo. Neste particular Fernando Andrade voltou a demonstrar a ineficácia já visível em jogos anteriores, falhando clamorosamente aos 79 minutos na cara do guarda-redes.

Soares (82') falhou por pouco o pocker, mas aos 87 minutos Fernando Andrade fez a bola passar por cima de António Filipe e quando a esta se dirigia para a baliza, Nuno A. Coelho na ânsia de salvar o lance, foi desmancha prazeres fazendo auto-golo.

Goleada num jogo à partida complicado, tornado fácil pela boa atitude da equipa do FC Porto.



quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

RANKING GOLEADORES PORTISTAS - Nº 269













MARIC - Goleador Nº 269

Concretizou 3 golos em 19 participações oficiais com a camisola do FC Porto, ao longo das duas temporadas ao seu serviço (200/01 e 2001/02).

Silvio Maric, nasceu no dia 20 de Março de 1975, em Zagreb, Croácia. terminou a sua formação no NK Lokomotiva (1992/92), transitando na temporada seguinte para o clube onde passou o maior tempo da sua carreira, o Dínamo de Zagreb. As épocas de 1992/93 e 1993/94, foram por assim dizer de adaptação, tendo passado esporadicamente, por empréstimo, pelo HNK Segesta. 

Regressou na temporada de 1995/96 para se impor definitivamente, mostrando boa capacidade física, visão de jogo e alguma codícia pela baliza. Manteve-se 4 épocas e meia em bom plano (1994/95 a Dezembro de 1998), no fim das quais foi vendido para Inglaterra para representar o Newcastle.

Depois de uma época e meia, mal sucedidas, em terras de Sua Majestade, surgiu o convite do FC Porto.

























Então com 25 anos de idade e já com algumas internacionalizações pela selecção principal do seu país, Sílvio Maric assinou contrato por 5 temporadas. Futebolista com estampa física apreciável (1,81 m de altura e 78 Kg de peso), tanto podia jogar como médio ofensivo ou como segundo ponta de lança.

A sua estreia oficial com a camisola do FC Porto aconteceu no primeiro jogo da época 2000/01, no dia 9 de Agosto de 2000, no estádio Cosntant Vanden Stock, em Bruxelas, frente ao Anderlecht, em jogo da 3ª pré-eliminatória (1ª mão), para a Liga dos Campeões Europeus, com derrota portista por 1-0.

Foi uma estreia bastante infeliz para o atleta por ter sofrido uma gravíssima lesão, tendo sido substituído aos 22 minutos, depois de ter marcado um golo, mal invalidado pelo árbitro. Maric saiu de maca e mais tarde confirmou-se que sofrera uma rotura do ligamento cruzado anterior e do ligamento colateral interno, lesão que o afastou das competições cinco largos meses.

O seu reaparecimento efectivo aconteceu no dia 17 de Janeiro de 2001, no estádio da Luz, frente ao Benfica, em jogo dois Oitavos-de-final da Taça de Portugal, que terminou com um empate (1-1), que o prolongamento não alterou, relegando a resolução da eliminatória para o Estádio das Antas. O golo portista foi obtido precisamente por Maric (84') que se estreava assim a marcar de Dragão ao peito.

Não foi fácil recuperar completamente da lesão. Psicologicamente o atleta ia patenteando algum receio e por isso a sua utilização não foi a que se esperava inicialmente.

Esteve em 25 das 56 convocatórias da equipa, 6 das quais como suplente não utilizado. Foi suplente utilizado em 9 jogos, titular substituído em 7 e titular a tempo inteiro em 3.

A sua veia goleadora só se repetiu em mais duas ocasiões. A primeira no dia 19 de Março de 2001, no Estádio das Antas, frente ao Sporting, em jogo da 25ª jornada do Campeonato nacional, com empate a duas bolas. Maric apontou o último golo do encontro aos 86 minutos, restabelecendo a igualdade.

Finalmente no dia 9 de Abril de 2001, ainda no Estádio das Antas, frente ao Gil Vicente, em jogo da 27ª jornada do Campeonato nacional, com vitória portista por 2-0. Maric inaugurou o marcador aos 13 minutos.

Segue-se uma imagem da equipa titular, no primeiro encontro da época de 2000/01, do FC Porto no Estádio das Antas, jogo particular frente aos brasileiros da Portuguesa de Desportos, com vitória portista por 3-0, com Maric a facturar o primeiro golo aos 4 minutos:
























Apesar de não ter corrido da melhor maneira a sua primeira época de azul e branco, Maric continuou a fazer parte do plantel para a época seguinte (2001/02). Fernando Santos tinha saído do comando técnico e nem o novo treinador, Otávio Machado, parecia não contar com ele.










Foi pois sem surpresa que  em Dezembro de 2001 Maric tenha sido dispensado, regressando à sua terra natal e ao seu clube, o Dínamo de Zagreb, onde jogou duas temporadas seguidas (até 2002/03).

Seguiram-se duas épocas a representar os gregos do Panathinaikos (2003/04 e 2004/05), para encerrar a carreira mais uma vez no Dínamo de Zagreb (2005/06).

Palmarés ao serviço do FC Porto (1 título):

1 Taça de Portugal (2000/01)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar; Revista Dragões de Julho de 2000 e Zeroazero.pt.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

IR AO MAR (AREAL), SOFRER E GANHAR
















FICHA DO JOGO






























O FC Porto qualificou-se para as meias finais da Taça de Portugal, ao derrotar o Leixões, equipa da 2ª Divisão (Ledman Liga Pro), com recurso ao prolongamento.

Numa fase em que o calendário portista está demasiado condensado, Sérgio Conceição optou por gerir o plantel, fazendo nada mais, nada menos que 7 alterações no onze titular.
























Esperava-se um confronto aguerrido, como são todos quando estas duas equipas se encontram, e nada fácil para o FC Porto, tendo em conta as mexidas na equipa, suficientes para alterar o bom entrosamento habitual bem como o estado do terreno, um autêntico areal com alguma relva (em vez de Estádio do Mar bem se podia alterar para Estádio da Praia), dificultando muito o controlo da bola.

Até aos 20 minutos de jogo pertenceu por inteiro ao FC Porto a iniciativa do jogo, período em que ficou bem vincada a supremacia natural e a clara intenção de se adiantar com a maior brevidade possível no marcador.

Não foi fácil chegar ao golo face à enorme intensidade defensiva do Leixões, mas numa jogada em que se destacam o passe magistral de Óliver Torres, a recepção e o remate espectaculares de Herrera, a equipa portista inaugurou o marcador (10').

Sete minutos depois, Fernando Andrade poderia ter dilatado o resultado com um remate muito perigoso e indefensável, que saiu a rasar o poste.

Depois dessa fase os matosinhenses foram aos poucos equilibrando a partida a meio campo com a cumplicidade da equipa do FC Porto que ia perdendo intensidade.

Vieram então ao de cima as fragilidades que alguns jogadores azuis vão acusando. Na defesa,  Alex Telles já não tem a mesma disponibilidade física para o vai vem constante a que nos habituou, dá muito as costas quando defende, permitindo bastantes incursões pelo seu flanco. Na frente foi evidente a falta de ritmo de André Pereira, muito diferente da fogosidade do início da época, talvez algo desmotivado, a perder quase todos os duelos e bastante ineficiente na aproximação à área e no remate. Fernando Andrade ainda longe da sua plena integração, vai acumulando falhanços de oportunidades de golo, umas atrás das outras. Combativo mas faltoso, está muito verde para ser opção. Adrián López teve dificuldades iniciais de adaptação ao terreno, perdendo duelos e falhando recepções, mas aos poucos foi-se recompondo até chegar a um nível aceitável. 

O intervalo chegou obviamente sem mais golos no marcador.

A equipa entrou para o segundo tempo convencida da sua capacidades de ter a bola e obrigar o adversário a correr atrás dela, fazendo correr o tempo a seu favor, até aparecer mais um lance de classe para consolidar o resultado.

Não contava com a entrada forte e determinada do Leixões e pior que isso foi incapaz de reagir positivamente a esta nova disposição do adversário. Permitiu o atrevimento e a ambição e esperança tornaram-se efectivas. Os rubro brancos, apoiados pelos seus adeptos, fizeram várias tentativas até conseguirem o golo da igualdade aos 77 minutos num remate portentoso de Zé Paulo, a que Fabiano se viu impotente para deter.

Sérgio Conceição não gostou do que estava a presenciar. Antes desse golo já tinha feito a primeira alteração, tirando Corona para a entrada de Éder Militão que passou a actuar como médio defensivo, na frente de Felipe e Pepe. Logo após (79') tirou André Pereira metendo Soares e mais tarde (86'), Mbemba, a jogar na lateral do lado direito, saiu para a entrada de Marega, obrigando Militão a deslocar-se para a faixa.

Foi o ressurgimento do Campeão nacional em toda a sua plenitude. Dominador, perigoso e ambicioso. Soares esteve perto de dar vantagem aos 81 minutos, mas falhou o remate de cabeça e o jogo teve de seguir para o prolongamento.

O futebol é pródigo nestas surpresas. O técnico portista pensava dar descanso aos seus atletas mais fustigados mas as circunstâncias contrariaram-no, obrigando-os a horas extras.

O prolongamento só deu FC Porto. Trinta minutos de domínio absoluto que renderam mais dois golos legais, embora só um tenha sido validado pela equipa de arbitragem, que nesta fase da prova não teve a ajuda do VAR.

Soares (100') fez a bola beijar as redes, numa recarga a um remate de cabeça de Marega defendida para a frente por Luís Ribeiro e o árbitro auxiliar, desatento, decidiu mal considerando fora de jogo.

Por essa altura já estava em campo Hernâni, substituto de Fernando Andrade aos 98 minutos, que haveria de confirmar a qualificação portista para as meias finais da Taça de Portugal. Primeiro ameaçou (112') e cinco minutos depois confirmou, numa jogada muito bem construída e melhor concretizada.

Vitória justa, escassa e sofrida, mais por demérito próprio do que mérito alheio.

Segue-se o Chaves para o Campeonato nacional já na próxima Sexta-feira.



domingo, 13 de janeiro de 2019

MAIS UM CLÁSSICO SEM GRANDE CLASSE

















FICHA DO JOGO





























O FC Porto cedeu os primeiros pontos, após 18 vitórias consecutivas, ao empatar sem golos na casa de um dos candidatos ao título, onde aliás já não ganha há 10 épocas consecutivas (14 jogos em todas as competições).

Este empate impossibilitou bater o recorde de triunfos consecutivos no futebol em Portugal, mas garante ainda assim uma boa série de jogos sem perder e, melhor que isso, a viragem para a segunda volta do campeonato com a importante vantagem pontual de 5 pontos para o clube do regime, 6 para o Braga e 8 para o Sporting.

Nesta sempre difícil deslocação a Alvalade, Sérgio Conceição voltou a apostar na equipa dos últimos jogos do campeonato, apenas com a introdução do central Felipe, cumprido o castigo de 1 jogo por acumulação de cartões amarelos.

























Era grande a expectativa para saber se os Campeões nacionais conseguiriam bater o seu rival e com isso distanciar-se ainda mais na liderança da prova e bater o recorde nacional de 19 vitórias consecutivas, na mesma temporada.

Desilusão completa é a palavra que me ocorre para classificar o desempenho da equipa portista, principalmente durante a primeira parte. Tal como na Luz, o FC Porto entrou demasiado cauteloso, tímido e fundamentalmente muito nervoso.

Nunca se deu bem com a estratégia adversária de baixar no terreno e ocupar bem os espaços, provocando ansiedade, desacerto e pouca lucidez na construção ofensiva. Muitos passes falhados, dificuldade de ligação e nenhum critério, transformaram a primeira parte num espectáculo de futebol nada dignificante, tendo em conta tratar-se de um jogo entre dois candidatos ao título.

Esteve melhor o Sporting na troca de bola e chegada à área portista, mas sem nunca fazer perigar as redes à guarda de Casillas.

O lance mais perigoso na área do Sporting aconteceu aos 22 minutos numa disputa entre Marega e Jefferson, onde parece ter havido motivos para a marcação de uma grande penalidade. Hugo Miguel obviamente não assinalou e o VAR não se quis meter no assunto.

Se as coisas não estavam a correr da melhor maneira, aos 43 minutos Maxi Pereira lesionou-se e obrigou o técnico portista a fazer a primeira alteração. Entrou Óliver Torres e Corona recuou para lateral.

A entrada do médio portista veio trazer mais critério e melhor desempenho do meio campo portista. No tempo de compensação Hugo Miguel voltou a beneficiar o Sporting ao perdoar o 2º amarelo a Bruno Fernandes por falta grosseira sobre Herrera.

No segundo tempo as coisas tinham de mudar para melhor e mudou mesmo.

Os azuis e brancos, neste jogo de equipamento todo azul, assumiram finalmente a sua condição de campeões e entraram muito mais lúcidos, esclarecidos e mais perigosos, mas pouco eficazes no remate.

Em apenas quatro minutos poderiam ter sentenciado a vitória, em duas boas ocasiões para inaugurar o marcador. Soares aos 56' falhou o remate na cara do guarda-redes contrário e aos 60' Marega rematou à vontade fazendo a bola sair perto dos ferros.

O jogo tornou-se mais dividido com o Sporting a obrigar Casillas a mostrar toda a sua categoria, opondo-se a remates intencionais de Bruno Fernandes e Cudelj. 

O nulo no resultado acabou por castigar o futebol incaracterístico da primeira parte do FC Porto e a ineficácia do remate, da segunda. Maxi Pereira e Danilo Pereira estão entregues ao Departamento Médico, com lesões que os deverão afastar dos próximos jogos.