quinta-feira, 31 de outubro de 2013

EQUIPAS DO PASSADO - DÉCADA DE 90

ÉPOCA 1991/92

A Comunicação Social especializada, durante as semanas que antecederam o início da época, não demoraram a antecipar o futuro campeão, embalados pelas aquisições sonantes dos clubes da 2ª circular.

Ao contrário, na «oficina» das Antas, agora sob o comando do brasileiro Carlos Alberto Silva, o plantel portista preocupava-se na preparação da equipa, com afinco, serenidade, união e espírito de vitória.

O novo treinador soube-se encaixar no esquema de trabalho que encontrou, aproveitando o que de melhor deixou o seu antecessor Artur Jorge e, paulatinamente foi introduzindo a sua concepção de jogo.



















Da esquerda para a direita, em cima: Aloísio, Zé Carlos, Vlk, Tozé, Rui Filipe, Jorge Andrade, Morgado, Vítor Baía, Padrão e Jorge Gomes (public relations); Ao meio: Diamantino (massagista), Luís César (secretário), Armando Pimentel (director), Rodolfo Moura (massagista), Domingos Gomes (médico), Domingos, Murça (adjunto), Hernâni Gonçalves (adjunto), Reinaldo Teles (director), Carlos Alberto Silva (treinador), Octávio (adjunto), Semedo, Agostinho (roupeiro), Mário Santos e Manuel Alves (funcionários); Em baixo: Ricardo (roupeiro), Valente, Neves, Ricardo, Jaime Magalhães, Paulo Pereira, Jorge Costa, Pinto da Costa (presidente), João Pinto, Kiki, Toni, Folha, Kostadinov, Mihtharsky e Fernando Brandão (roupeiro); Sentados no relvado: Fernando Couto e Bandeirinha.


O FC Porto entrou uma semana mais tarde no campeonato, tendo inclusivamente adiado a sua estreia, nas Antas frente ao Sporting, para poder participar no prestigiante torneio, disputado na Corunha, onde venceu o Troféu Teresa Herrera, depois de vencer o Real Madrid, por 2-1 e o Dep. da Corunha, por 1-0.























Equipa exibindo com orgulho o Troféu Teresa Herrera - Da esquerda para a direita, em cima: Vítor Baía, Fernando Couto, Zé Carlos, Vlk, Aloísio e João Pinto; Em baixo Mihtharsky, Jaime Magalhães, Kiki, Kostadinov e Timofte.


Começado o campeonato, o FC Porto deu, ao longo de toda a prova,  uma exemplar lição de colectivismo, de entreajuda, de capacidade de entrega e de inesgotável espírito de sacrifício individual ao serviço do colectivo.

























Equipa titular que na 9ª jornada foi empatar 0-0, em Braga - Da esquerda para a direita, em cima: Vítor Baía, Fernando Couto, Semedo, Tozé, Aloísio, Paulo Pereira e João Pinto; Em baixo: André, Jorge Andrade, Rui Filipe e Timofte.

Passeando pelos estádios um invejável rigor táctico, uma preparação física sem falhas e uma força psicológica incomparável, o resultado final só poderia ser o êxito concretizado com inteligência e eficácia, deixando o seu mais directo perseguidor à distância de 10 pontos.

Foi um campeão justo que não falhou nos grandes e decisivos momentos, nunca se deixando abater pelos ambientes hostis, sempre pronto a lutar de igual para igual, onde quer que fosse.
























Equipa titular na vitória em Alvalade, por 0-2 - Da esquerda para a direita, em cima: Vítor Baía, Fernando Couto, Vlk, Tozé, Aloísio e João Pinto; Em baixo: Semedo, André, Jaime Magalhães, Bandeirinha e Kostadinov.

Carlos Alberto Silva teve de lutar contra uma onde de lesões pouco comum, durante quase toda a primeira volta e sempre que possível apostou num núcleo constituído por Vítor Baía, João Pinto, Fernando Couto, Aloísio, André e Rui Filipe, que lhe garantiram solidez defensiva e consistência a meio-campo. Na baliza, Vítor Baía esteve 1169 minutos sem sofrer golos, recorde nacional de eficácia. Na frente, a dupla Domingos/Kostadinov impunha respeito.

O carimbo matemático foi colocado no estádio do Bessa, frente ao Salgueiros, na 31ª jornada, com a vitória portista por 0-1, golo de Domingos e a consagração final em 17 de Maio de 1992, nas Antas, frente ao Guimarães, com nova vitória por 1-0, golo do capitão João Pinto.
























Equipa titular que na 32ª jornada derrotou o Boavista, por 2-0, nas Antas. Da esquerda para a direita, em cima: Vítor Baía, Paulo Pereira, Zé Carlos, Jaime Magalhães, Aloísio e João Pinto; Em baixo: Rui Filipe, André, Domingos, Kostadinov e Timofte.

O desempenho portista registou 34 jogos, 24 vitórias, 8 empates e 2 derrotas, 58 golos marcados, 11 sofridos e um total de 56 pontos, mais 10 que o Benfica e mais 12 que Boavista e Sporting.

Na Taça de Portugal, o FC Porto voltou ao Jamor para disputar a final, desta vez frente ao Boavista, onde o factor sorte acabou por determinar o vencedor. O Boavista colocou-se em vantagem no marcador numa altura de domínio completo por parte dos Dragões. Na segunda parte, um estupendo golo de Jaime Magalhães foi quase de imediato anulado pela obtenção de novo golo axadrezado, na sequência de uma série de ressaltos. Foi uma excelente partida de futebol, disputada taco a taco, mas com um vencedor feliz.

Para trás, o FC Porto tinha afastado o Vila Real, o Louletano, o Sporting, o Braga e o Leixões.

Na Supertaça Cândido de Oliveira, disputada em duas mãos, em 18 de Dezembro e 29 de Janeiro, respectivamente, o adversário foi o Benfica. O primeiro jogo teve como palco o estádio da Luz e o resultado foi desfavorável. Derrota por 2-1, que mantinha no entanto intacta a ambição de vencer o troféu.

A segunda mão, disputada no Estádio da Antas teve como destaque o golão marcado por Timofte, na vitória portista por 1-0. O Benfica limitou-se a defender e foi com alguma sorte que conseguiu evitar derrota mais pesada, uma vez que os azuis e brancos dispuseram de várias ocasiões para dilatar o marcador e decidir a conquista da Taça.

Em igualdade de vitórias e de golos, o regulamento obrigou a um terceiro jogo que acabou por não se disputar no decorrer da época.

Em termos europeus, o FC Porto disputou a Taça das Taças, tendo como primeiro adversário os malteses do La Valletta. Adversário acessível e eliminatória resolvida sem dificuldades. Vitória portista nos dois encontros. Em La Valletta, por 3-0 e nas Antas, por 1-0.





















Equipa titular que se apresentou no Estádio Nacional de La Valletta e venceu por 3-0. Da esquerda para a direita, em cima: Vítor Baía, Fernando Couto, Semedo, Morgado, Aloísio e João Pinto; Em baixo: Jaime Magalhães, André, Domingos, Kostadinov e Timofte.

A 2ª eliminatória ditou em sorte os ingleses do Tottenham. A primeira mão jogada no Estádio While Hart Lane, em Londres, teve uma arbitragem desastrosa de um tal de M. Petrovic, da Jugoslávia que acabou por determinar não só a derrota por 3-1, como também a eliminação da prova. Foram muitos erros num jogo só de um árbitro sem classe para apitar a este nível.

Nas Antas o FC Porto tudo fez para reverter o resultado mas voltou a não ser feliz. A equipa portista dominou e vulgarizou o adversário mas revelou grandes dificuldades na concretização, daí o nulo no marcador.




































(Clicar no quadro para ampliar)

Foram 47 jogos, relativos a 4 provas, em que o FC Porto se envolveu. Carlos Alberto Silva recorreu ao contributo de 27 atletas, aqui descriminados por ordem crescente da sua utilização: Vítor Baía (47 jogos), Aloísio (45), João Pinto (44), Fernando Couto (43), Kostadinov (41), André (36), Timofte e Tozé (34), Domingos, Jaime Magalhães e Rui Filipe (33), Paulo Pereira (30), Semedo (26), Jorge Couto (22), Vlk (15), Bandeirinha e Mihtharsky (14), Toni (13), Folha e Jorge Andrade (12), Kiki (9), Morgado (8), Zé Carlos (6), Neves (3), Ricardo (2), Padrão e Valente (1).

Fontes: Baú de Memórias, de Rui Anjos; Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar; Revista Dragões

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

DRAGÃO CATEDRÁTICO - SABIA QUE...
















... em 15 de Outubro de 2011, foi um guarda-redes, que se tornou no mais jovem jogador de sempre a envergar oficialmente a camisola do FC Porto?



Kadú
Aconteceu a oito minutos do final do jogo da 3ª eliminatória da Taça de Portugal, em Sintra, mais concretamente no Parque de Jogos Pardal Monteiro, em Pêro Pinheiro.

Integrado num lote de jogadores convocados, maioritariamente dos menos utilizados do plantel, como aliás vem sendo hábito nas primeiras eliminatórias desta prova, o técnico portista Vítor Pereira lançou no jogo o guardião suplente Kadú, aos 82 minutos, para substituir Bracalli, quando o FC Porto já vencia por 0-7, a equipa local, o Pêro Pinheiro, mas ainda a tempo de poder festejar mais um golo. O angolano tinha então apenas 16 anos, 10 meses e 15 dias.

Por curiosidade referir que em jogos para o campeonato nacional, o mais novo a estrear-se foi Fernando Gomes, nas Antas, contra a Cuf, a 8 de Setembro de 1974, com 17 anos, 9 meses e 26 dias, tendo marcado dois golos nessa partida.

Fontes: Base de dados, de Rui Anjos e Bíblia do FC Porto, de João Pedro Bandeira

terça-feira, 29 de outubro de 2013

SPORTING CALIMEROS DE PORTUGAL

Ainda há portistas que se dizem simpatizantes do Sporting e outros, mais tolerantes com este do que com o vizinho da 2ª circular. Pois para mim, são ambos farinha do mesmo saco. Alimentam-se dos mesmos nutrientes: Alienação, inveja e frustração.

Esta-lhes na massa do sangue, no seu ADN, o anti-portismo primário, visível à distância e sem lupa. São inúmeros os casos de candidatos a presidentes, que incluem nas suas campanhas um capítulo bem recheado de ódio ao azul e branco, para enganar parolos. Quando na presidência não se cansam nunca de procurar apoios na subserviente e não menos alienada Comunicação Social, infestada de papagaios, sempre prontos a prostituir-se a troco de algumas benesses, deturpando escandalosamente a realidade.

Este fim de semana voltou a acontecer, depois de uma campanha estúpida, vergonhosa e anti-desportiva, levada a cabo por essa amostra de presidente, acabado de cair no futebol, aos trambolhões e que se julga o descobridor da pólvora, com as suas tentativas parvas de molestar o melhor Clube português e o seu catedrático Presidente. 

Nas quatro linhas, onde os jogos se decidem, o FC Porto, sem atravessar um grande momento de forma, demonstrou inequivocamente a sua superioridade vencendo o jogo por uns claros 3-1, num jogo limpo e sem casos. Pois mesmo assim ainda houve quem vislumbrasse influência do árbitro da partida no resultado final. O penalty não existiu e o terceiro golo nasceu numa posição duvidosa de Jackson Martinez! Alienados pois claro.

Fora de campo, um grupo de cerca de 100 agitadores arruaceiros, apoiantes do Sporting, conhecidos como  o grupo dos Casuais, organizados com o fim de causar distúrbios espalharam a desordem, desde a concentração na Praça Velásquez até chegarem ao Estádio, onde acabaram por ser dominados pelas forças policiais, depois de terem sofrido as naturais represálias de alguns adeptos portistas.




















Ora alguma CS, como seria de esperar, logo fez a sua interpretação deturpada muito peculiar, dando a entender que se tratavam de adeptos portistas a querer fazer-se passar por sportinguistas. Alienados pois claro.

Já passaram uns dias e a choradeira continua! É caso para dizer, Vão-se tratar!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 28












WALDEMAR MOTA - Goleador Nº 28

Apontou 58 golos nos 76 jogos, em provas oficiais de carácter nacional, disputados durante as 12 épocas ao serviço do FC Porto (1926/27 a 1937/38).

Waldemar Mota da Fonseca nasceu no dia 18 de Março de 1906, na cidade do Porto. Portuense e portista de gema, vivia muito perto do Campo da Constituição e desde muito novo frequentou as escolas de formação do FC Porto, percorrendo todos os escalões.

A sua estreia como titular da equipa sénior do FC Porto foi apadrinhada pelo treinador húngaro Akos Teszler e aconteceu no dia 10 de Outubro de 1926, no Campo da Constituição, frente ao Salgueiros, jogo da 1ª jornada do Campeonato Regional do Porto, com vitória portista por 2-1.























O calendário competitivo da altura era muito limitado e apenas constituído pelo Campeonato Regional, do qual saía o campeão para disputar a prova nacional, o Campeonato de Portugal (prova precursora da Taça de Portugal), que se disputou até à temporada de 1937/38. Nesta provas regional, Waldemar Mota foi ainda mais eficaz na obtenção de golos pois, em 86 jogos apontou 119 golos.

Médio ofensivo, várias vezes utilizado como extremo, era um atleta dotado de técnica luminosa a que juntava voluntariedade, nervos de aço e remate temível. Foi um dos primeiros grandes símbolos do Clube, considerado ainda hoje um dos melhores futebolistas de sempre.

Formou com Pinga e Acácio Mesquita o famoso tridente ofensivo conhecido como «OS TRÊS DIABOS DO MEIO-DIA».



















Este goleador portista conseguiu igualmente um número notável de internacionalizações: 21! Feito tanto maior tendo em conta a escassez de jogos internacionais por essa altura. Foi o primeiro jogador Olímpico do FC Porto, no Amesterdão/1928, autor de um dos sete golos que alicerçaram a primeira grande presença do futebol nacional no estrangeiro. Foi também o primeiro capitão portista da selecção nacional. Na sua passagem pela equipa das quinas deixou a sua marca com a obtenção de 4 golos, 3 dos quais frente à Itália, na histórica vitória portuguesa por 4-1.

Palmarés ao serviço do FC Porto (1 título):
1 Campeonato da I Liga (1934/35)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar; FC Porto - Figuras e Factos, de J. Tamagnini Barbosa e Manuel Dias; História Oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; European Football.

domingo, 27 de outubro de 2013

VITÓRIA NORMAL FRENTE A UM CANDIDATO















FICHA DO JOGO


























EQUIPA TITULAR




















Da esquerda para a direita, em cima: Helton, Fernando, Mangala, Jackson Martinez, Danilo e Otamendi; Em baixo: Herrera, Lucho Gonzalez, Alex Sandro, Josué e Silvestre Varela.


O FC Porto, ao derrotar hoje no Dragão, um dos candidatos ao título e o rival que mais de perto ameaçava a sua liderança, viu aumentar a sua vantagem, agora para 5 pontos para os dois clubes da 2ª circular, que ficam agora juntos na perseguição.

Paulo Fonseca não apresentou qualquer surpresa no onze titular, confirmando a titularidade ao mexicano Herrera (desculpando da sua imaturidade no jogo frente ao Zenit), incluindo desta vez Silvestre Varela, em vez de Licá, como aliás eu tinha previsto na antevisão deste jogo.

As equipas apresentaram-se incompreensivelmente (ou talvez não) nervosas durante quase todo a primeira parte, resultando num futebol incaracterístico, mal jogado, muito inconsequente, fruto de uma série exagerada de passes falhados. O Sporting provavelmente vítima da língua afiada dos seu «imberbe» presidente e o FC Porto, quiçá ainda mal refeito da derrota frente ao Zenit. Mau espectáculo no relvado contrastando afinal com o que se passava nas bancadas, visivelmente animadas e especialmente coloridas com bonitas e vistosas coreografias, próprias dos jogos entre grandes.





























Da primeira parte, apenas dois lances me merecem algum destaque. O primeiro, no que resultou o primeiro golo portista. Varela subiu pela esquerda, assistiu a progressão de Alex Sandro que entrou ameaçador na área, sendo rasteirado por Maurício, única forma de travar as intenções do lateral portista. Artur Soares Dias não teve dúvidas e apontou a marca de grande penalidade que Josué não enjeitou. 





















O segundo e último numa incursão perigosa de Josué, sobre a esquerda, com remate fulminante que Patrício defendeu com dificuldade, cedendo canto. Neste período de jogo inconsistente, pertenceram ao FC Porto, apesar de tudo os melhores e mais perigosos momentos.

As equipas regressaram dos balneários com outra atitude. O Sporting mais atrevido e ameaçador, à procura da igualdade. O FC Porto mais comedido a pensar demasiado cedo em defender a vantagem, colocando-se de certo modo a jeito. Na sequência de um livre marcado sobre a direita, Helton socou, William Carvalho recolheu e à meia volta rematou, a bola tabelou em Fernando, traindo Helton que não conseguiu evitar a igualdade. No fundo confirmava-se a tendência mais ameaçadora dos leões.

Foi Sol de pouca dura, pois a reacção portista não se fez esperar. Dois minutos após, ainda os adeptos leoninos festejavam entusiasticamente o atrevimento, já Danilo os fazia silenciar e provocava a explosão de alegria da plateia portista. O lateral brasileiro recebeu a bola no limite da área, virou-se para a baliza, evitou um adversário, e perante uma aberta para o remate não hesitou, fulminando de pé esquerdo, no que seria o melhor golo da noite. GOLAÇO!























Em resposta, os leões mostraram que se querem assumir como candidatos e em duas ocasiões obrigaram Helton às duas defesas mais complicadas, ilustrando a sua inegável capacidade para voar. O jogo atingia então o seu fulgor com o espectáculo a subir de nível e a tornar-se finalmente num verdadeiro clássico. 

Com o Sporting de novo à procura do empate, adiantando as suas linhas, os Dragões deram a estocada final. Num puro lance de contra ataque, Jackson lançado sobre a esquerda cruzou para a área onde Silvestre Varela subiu mais alto, assistindo a entrada de Lucho Gonzalez, também de cabeça, se antecipou a Rui Patrício, dilatando o marcador e colocando um ponto final às hipotéticas dúvidas quanto ao vencedor deste encontro. Até ao apito final de Artur Soares Dias, os azuis e brancos dominaram o adversário, ora controlando, ora ameaçando dilatar o marcador.




















Vitória difícil mas muito merecida, com algumas exibições acima da média. Desde logo Helton, importante em dois ou três momentos que podiam ter mudado o curso do marcador, Danilo, especialmente pelo golaço que conseguiu, mas também Alex Sandro, Fernando, Lucho, Josué e mesmo Varela.

sábado, 26 de outubro de 2013

SÓ A PENSAR NA VITÓRIA








Mais um jogo grande para testar as actuais capacidades da equipa portista, que vai ainda comandando a classificação geral. Espera-se mais um jogo exigente para os comandados de Paulo Fonseca, mas também o empenho e a capacidade suficientes para assegurar os três pontos em disputa para manter a liderança isolada e, a ser concretizada, alargar a vantagem.






















Depois da derrota frente ao Zenite, os Dragões não vão querer desperdiçar mais uma oportunidade para demonstrar a injustiça desse resultado e brindar os seus adeptos com uma exibição positiva com resultado a condizer.

Paulo Fonseca fez apenas uma alteração na sua convocatória, forçada pela lesão de Quintero, que deu o seu lugar a Carlos Eduardo. De resto, é expectável que a equipa titular ande muito perto da que iniciou o jogo para a CL, com Varela em vez de Licá.

LISTA COMPLETA DOS CONVOCADOS




















EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: Liga Zon Sagres 2013/14 - 8ª Jornada
PALCO DO JOGO: Estádio do Dragão - Porto
DATA E HORA DO JOGO: Domingo, 27 de Outubro de 2013, às 19:45 h
ÁRBITRO NOMEADO: Artur Soares Dias - A.F. Porto
TRANSMISSÃO: SportTv1

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

EQUIPAS DO PASSADO - DÉCADA DE 90

ÉPOCA 1990/91

Após uma época de resultados desportivos favoráveis,  o pensamento principal para a época seguinte foi naturalmente preparar a caminhada para continuar a senda dos êxitos. As contratações de Kostadinov, Stephane Paille, Aloísio, Padrão e o regresso de Jorge Plácido, eram à partida o garante de que as saídas de alguns atletas (Demol e Rui Águas) estavam bem compensadas.















Na foto, da esquerda para a direita: Aloísio, Jorge Plácido, Padrão, Stephane Paille, Kostadinov, Chico Nelo, Fernando Couto, Morgado e Tavares.

Objectivos definidos, defender e renovar o título e lutar em todas as outras frentes pelo melhor desempenho possível, cientes da valia da equipa e de um plantel, considerado bom, forte e equilibrado.


















Da esquerda para a direita, em cima: Vlk, Jorge Silva, Baltazar, Kostadinov, Vítor Baía, Semedo, Jorge Couto, Padrão, Morgado e Aloísio; Ao meio: Diamantino (massagista), José Luís (enfermeiro), Stephane Paille, Geraldão, Hernâni Gonçalves (adjunto), Octávio (adjunto), Reinaldo Teles (director), Pinto da Costa (presidente), Artur Jorge (treinador), Murça (adjunto), Fernando Couto, Tavares, Paulo Pereira, Rodolfo Moura (massagista) e Dr. Domingos Gomes (médico); Em baixo: Ricardo (roupeiro), Agostinho (roupeiro), Kiki, Domingos, Madger, Abílio, André, Toni, Bandeirinha, João Pinto, Jaime Magalhães, Jorge Plácido, Chico Nelo e Fernando Brandão (roupeiro).

A época começou com a disputa da Supertaça Cândido de Oliveira, jogada em duas mãos, frente ao Estrela da Amadora.

Na primeira mão, na Amadora, o FC Porto foi surpreendido e acabou derrotado por 2-1, num jogo em que a figura principal foi Melo, o guardião do Estrela, que evitou, com um punhado de excelentes defesas, que os Dragões pudessem construir um resultado positivo. 

Na segunda mão, no estádio das Antas, tudo foi posto no seu devido lugar e a equipa portista não só venceu o encontro, por 3-0, como rubricou uma excelente exibição, conquistando o primeiro troféu da época.























Equipa titular do jogo da 2ª mão da Supertaça, nas Antas - da esquerda para a direita, em cima: Vítor Baía, Aloísio, Stephane Paille, Semedo, Branco e João Pinto; Em baixo: Geraldão, Kostadinov, Jaime Magalhães, André e Madjer.

No Campeonato Nacional, de novo com 38 jornadas, a nota dominante foi o braço de ferro com o Benfica, quase até ao fim. Foi à 34ª jornada que tudo se decidiu. O FC Porto recebia o Benfica nas Antas e só a vitória lhe garantia manter a esperança bem acesa na revalidação do título.

Num jogo arbitrado por Carlos Valente, as equipas encaixaram-se, numa toada cautelosa. Ao Benfica o empate servia. Cabia pois aos Dragões fazerem pela vida. Mas nos últimos dez minutos, uma cartada feliz do treinador Erickson deitou por terra todas as aspirações azuis e brancas. César Brito foi lançado no jogo aos 80 minutos, altura em que o FC Porto estava balanceado para o ataque, na tentativa de desfazer a igualdade, e em dois contra-ataques mortíferos fez dois golos (83' e 85'), desfazendo o sonho azul e branco.

Mas neste campeonato, recheado de situações grotescas, houve um que superou todos os outros. Domingos Paciência, o melhor goleador portista do Campeonato, arriscou-se a ser «Bota de Ouro» (galardão instituído pelo semanário France Football, para distinguir o melhor marcador europeu) sem ser «Bola de Prata» (troféu instituído pelo jornal A Bola, para distinguir o melhor marcador do campeonato português). Com efeito, segundo a classificação semanalmente atribuída por aquela publicação francesa, Domingos acabou o campeonato com 25 golos marcados, exactamente os mesmos de Rui Águas (por acaso havia pelo menos mais três jogadores europeu com mais golos marcados, senão...).

Só que, para o jornal A Bola, o golo que Domingos marcou, frente ao Beira-Mar (confirmado pelas imagens televisivas e pela atribuição pela RTP, à 36ª jornada - na altura Rui Águas comandava com 23 golos, contra os 21 do dianteiro portista), foi posteriormente atribuído pelo «pasquim» a Semedo! Aconteceu que na última jornada Domingos marcou 4 dos 5 golos com que o FC Porto goleou o Guimarães e Rui Águas só marcou mais dois, pelo que somaram no final 25 golos marcados, com vantagem do portista nos vários critérios de desempate. Mas para «A Bola», Domingos só marcou 24!

Para a história deste campeonato ficou o registo portista de 38 jogos, 31 vitórias, 5 empates, 2 derrotas, 77 golos marcados, 22 sofridos e 67 pontos, menos 2 que o Benfica.

Na Taça de Portugal, o FC Porto terminou a prova com a vitória no Jamor frente ao Beira-Mar, depois de uma campanha imaculada, onde cedeu apenas um empate, na Vila da Feira (1-1, após prolongamento), levando a decisão para o Estádio das Antas, onde acabaria por triunfar, por 2-0, carimbando a sua presença na final. Para trás tinham ficado Elvas, Vila Real, Famalicão e Benfica.

Na final, frente a um Beira-Mar muito personalizado e aguerrido, a equipa portista começou bem, fez um golo cedo (5'), por Domingos e patenteou grande superioridade durante os primeiros 25 minutos. Depois o Beira-Mar equilibrou as operações, fez o golo do empate, aproveitando uma falha defensiva e o FC Porto entrou numa fase de intranquilidade, que se estendeu um pouco pelo segundo tempo, ainda que com alguma superioridade portista algo inconsistente.

O jogo foi para prolongamento e aí o melhor FC Porto emergiu, dominando do princípio ao fim, valendo-lhe a marcação de dois golos (Kostadinov e Jaime Magalhães) e o triunfo final com a entrega da respectiva Taça.






















Equipa titula na final da Taça de Portugal, no estádio do Jamor - Da esquerda para a direita, em cima: Vítor Baía, Fernando Couto, Paulo Pereira, Vlk, Aloísio e João Pinto; em baixo: Semedo, André, Domingos, Jorge Couto e Jaime Magalhães.

Na Taça dos Campeões Europeus, o FC Porto começou por receber a modesta formação dos irlandeses do Portadown a quem infligiram uma goleada de 5-0, sentenciando desde logo o destino da eliminatória. Na Irlanda,  o desequilíbrio no resultado foi ainda mais devastador. Vitória portista por 1-8, com 4 golos do argelino Madjer.

O sorteio da 2ª eliminatória, colocou os romenos do Dínamo de Bucareste no caminho portista. Jogando a 1ª mão, fora de casa, Artur Jorge preferiu um jogo muito táctico, preservando a segurança defensiva, no sentido de cumprir o objectivo de não sofrer golos. Resultou em pleno já que o resultado final traduziu-se num empate a zero. 




























Equipa titular que se apresentou no estádio do Dínamo de Bucareste - da esquerda para a direita, em cima: Geraldão, Semedo, Jaime Magalhães, Fernando Couto, Aloísio e Vítor Baía; em baixo: Domingos, André, Kiki, Kostadinov e Paulo Pereira.

Na 2ª mão, nas Antas, em resultado de uma exibição memorável, talvez a melhor da época, com a equipa toda a render o máximo e com uma dupla atacante endiabrada (Domingos e Kostadinov), o FC Porto conseguiu uma goleada de 4-0, qualificando-se com todo o mérito para os quartos-de-final.

Jogos de dificuldade máxima, já que o sorteio não foi nada meigo. Bayern de Munique com a 1ª mão a ser jogada no Estádio Olímpico de Munique.  Ainda mal refeitos da final de Viena, os alemães encararam o jogo com toda a responsabilidade, imprimindo um futebol acutilante em toda a primeira parte que lhe permitiu um domínio intenso e avassalador para chegar ao golo, marcado aos 30 minutos. Nesse período o FC Porto passou um mau bocado. Viu-se e desejou-se para manter a diferença mínima no resultado. Os pupilos de Artur Jorge surgiram para o segundo tempo completamente transfigurados, mostrando muita personalidade. Se na primeira parte Vítor Baía tinha sido a figura mais em evidência, nesta segunda metade surgiram em todo o seu esplendor Domingos e Kostadinov, a dupla maravilha, que partiu a cabeça do meio campo e defesa alemãs e ainda construíu a jogada de antologia que culminou no golo de Domingos, a fazer o empate final.

Nas Antas porém, o sonho virou pesadelo. A equipa entrou confiante, dando mostras de querer ganhar o jogo, mas nem tudo correu bem. Falhou oportunidades claras para se adiantar no marcador e decidir a seu favor a eliminatória. Ora no futebol de alta competição e contra equipas de alto gabarito, a ineficácia paga-se caro. Foi o que aconteceu. Em dois momentos de inspiração, os alemães construíram o resultado que mais lhes convinha e seguiram em frente na prova rainha. No final do jogo, sobrou uma sensação de frustração, nas hostes portistas.








































(Clicar no quadro para ampliar)

Nos 53 jogos oficiais, divididos pela 4 provas em que o FC Porto participou, Artur Jorge utilizou 25 atletas, aqui referenciados por ordem decrescente da sua utilização: Vítor Baía (53 jogos), Aloísio (52), Semedo (48), André (45), Domingos e Jorge Couto (44), Kostadinov (43), João Pinto (41), Paulo Pereira (37), Fernando Couto (35), Jaime Magalhães (33), Geraldão (32), Kiki (29), Stephane Paille (27), Baltazar (23), Madjer, Klk e Abílio (13), Tavares, Bandeirinha e Branco (12), Morgado (8), Jorge Plácido (6), Bino e Padrão (1).

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Revista Dragões

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

DRAGÃO CATEDRÁTICO - SABIA QUE...
















... na temporada de 1968/69, foram permitidas duas substituições de jogadores de campo e o primeiro jogador do FC Porto a entrar se chamava Lisboa?

Lisboa
Aconteceu exactamente a 8 de Setembro de 1968, quando o treinador José Maria Pedroto decidiu lançar no jogo com o Sp. de Braga, no Estádio das Antas, relativo à 1ª jornada do Campeonato nacional de 1968/69, o médio Lisboa , de nome completo Alberto LISBOA Dias, natural de Chaves, que vestiu a camisola azul e branca, durante duas épocas (1968/69 e 1969/70), entrando nesse jogo para substituir Jaime.

Lisboa foi pois a primeira substituição do FC Porto, de um jogador de campo. Antes só era permitido a substituição do guarda-redes, que só foi autorizada a partir de 1953.

Na baliza portista, o primeiro guarda-redes chamado a substituir outro, foi Américo que rendeu Barrigana, a 6 de Dezembro de 1953, no decorrer de um jogo entre o FC Porto e o Atlético, no Estádio das Antas, jogo da 8ª jornada do Campeonato nacional de 1953/54, os Dragões eram então treinados por Cândido de Oliveira.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

NÃO APROVEITAR AS OPORTUNIDADES SAIU CARO















FICHA DO JOGO


























EQUIPA TITULAR























Da esquerda para a direita: Helton, Fernando, Jackson MArtinez, Mangala, Danilo e Otamendi; Em baixo: Herrera, Licá, Lucho Gonzalez, Alex Sandro e Josué.

O FC Porto está decididamente a disputar esta edição da Champions League sob o signo do infortúnio. Mais uma vez, a jogar no Dragão, a equipa teve de lutar contra um conjunto de contrariedades de que o futebol é fértil, ainda que  menos frequentes em jogos consecutivos. As grandes equipas têm que estar preparadas para tudo e hoje, apesar do resultado, os azuis e brancos mostraram a sua raça e sobretudo uma grande vontade de lutar contra as adversidades.

Paulo Fonseca apostou em Herrera e Licá, no onze titular e não foi feliz. Primeiro porque o médio mexicano, fruto da sua inexperiência, só conseguiu estar 6 minutos em campo, sendo expulso por acumulação de amarelos, num curto espaço de um minuto! O primeiro na sequência de uma falta cirúrgica a evitar que Hulk entrasse na área em condições de fazer golo e o segundo por ter saído extemporaneamente da barreira, na sequência da marcação do respectivo livre.























Falta que originou 1º amarelo

A jogar com menos um a partir do 6º minuto, a estratégia alterou-se desde logo. Josué que começou junto à ala direita, recuou para o meio campo, ficando a linha avançada restringida a Jackson e Licá.

Pode dizer-se que a equipa reagiu bem, passando para uma toada de maior controle, dando a iniciativa do jogo ao adversário que tinha em Hulk a peça desequilibradora em maior evidência. Mas foi o FC Porto que esteve primeiro mais perto do golo num remate intencional, de fora da área, por Lucho Gonzalez, que viu a bola esbarrar no ferro com estrondo, para na recarga Licá falhar o pontapé de bicicleta.

O jogo  foi para intervalo  com a equipa portista em missão de grande solidariedade e sacrifício, mas com o jogo perfeitamente controlado. 

No segundo tempo o domínio da equipa russa intensificou-se, em função da sua maior pressão ofensiva e do natural desgaste portista. Fernando foi um autêntico «polvo» a aparecer em todos os sítios com raça e autoridade. A manobra ofensiva tornou-se mais escassa e muito prejudicada pelo desacerto do passe. A ligação meio campo - ataque pecava então por alguma falta de discernimento.  Era necessário fazer alguma coisa antes que fosse tarde de mais. Aos 53 minutos Varela rendeu Licá e o «Drogbá da Caparica» começou a impor mais respeito aos defensores contrários.

Aos 57 minutos, num disparate escandaloso de Otamendi, Hulk  roubou-lhe a bola, caminhou isolado para a baliza, mas Helton correspondeu com uma grande defesa com os pés, evitando um golo quase certo.

A área portista passou por um período de maior assédio, com Hulk sempre endiabrado, mas sempre que podiam os jogadores azuis e brancos lá tentavam a sua sorte. Foi assim aos 79 minutos com Silvestre Varela a imitar Hulk, numa deambulação da esquerda para o centro e remate forte que esbarrou, mais uma vez, no ferro. Perdia-se assim mais uma grande oportunidade para chegar à vantagem no marcador.

Em alta competição quem não marca arrisca-se a sofrer. Foi o que aconteceu. Kerzhakov, acabadinho de entrar, recebeu na área portista um cruzamento de Hulk, e entre os centrais desviou de cabeça para o golo. Balde de água fria quase no final do jogo. A equipa não esmoreceu, pelo contrário, nos derradeiros momentos tentou tudo para chegar ao empate. Jackson, Ghilas e Varela, puseram à prova a categoria do guarda-redes Lodygin, que correspondeu sempre de forma superior.

Segundo grande teste, segunda derrota, ambas com o sabor amargo do infortúnio.

Face às circunstâncias, pode dizer-se que a equipa tentou sempre lutar e remar contra a maré, nem sempre bem, nem sempre inteligentemente, patenteando algumas lacunas importantes que são ainda mais determinantes neste tipo de competição. Não chega vontade, raça e determinação. É necessária muita competência, cabeça fria e bom desempenho técnico. Nesse particular tenho que destacar a grande exibição de Fernando, o melhor jogador portista em campo seguido de Varela. Pena o extremo não jogar sempre assim.






































A qualificação para a fase seguinte fica agora mais complicada, mas ainda ao alcance da equipa. Nada está perdido, mas vai ser necessário um pouquinho de sorte.