FICHA DO JOGO
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Que não há jogos iguais já todos nós sabemos, é dos livros, como também eram conhecidas as dificuldades que o FC Porto ia voltar a encontrar, na sua deslocação a Braga, tanto mais que era previsível a gestão do plantel portista, tendo em conta os objectivos traçados por Vítor Pereira, para esta época.
O técnico azul e branco foi ousado na formação do onze titular, apresentando apenas 4 dos jogadores que começaram o jogo de Domingo passado, para o Campeonato (Otamendi, Mangala, Fernando e James Rodríguez).
Os campeões nacionais apresentaram-se com uma estratégia diferente, menos dominadora mas de maior controlo, com menos posse de bola mas com pressão mais alta, menos pro-activa mas mais reactiva.
Foi um sistema que os atletas souberam interpretar quase na perfeição durante toda a primeira parte, chegando à vantagem no marcador ainda antes do quarto de hora de jogo, num lance de bola parada, muito bem aproveitada por Mangala para desfeitear o guardião Quim, uma das duas alterações de Peseiro, em relação ao jogo do fim de semana.
Depois do golo, o FC Porto refinou o seu rigor defensivo, geriu a vantagem e não permitiu veleidades.
Na segunda parte, a equipa da casa, como lhe competia, surgiu com maior pressão ofensiva obrigando os azuis e brancos a trabalho mais aturado, que com maior ou menor dificuldades foi sendo resolvido, até que uma decisão demasiado rigorosa do artista do apito, desequilibrou definitivamente o rolar dos acontecimentos, a partir do minuto 72. Castro que já tinha um cartão amarelo foi admoestado com novo cartão e foi expulso.
Vítor Pereira demorou a reagir e o meio-campo portista ressentiu-se. Mas para piorar a situação, Danilo que entrara para substituir o também amarelado Miguel Lopes, foi protagonista de mais um infortúnio, ao marcar na própria baliza, num lance em que a bola cruzou a área sem perigo e se destinava a perder-se pela linha de cabeceira. O defesa brasileiro, colocado perto do segundo poste decidiu recolhê-la, tocando-a displicentemente para a baliza.
O Braga empolgou-se e partiu com frenesim na procura da vantagem que chegaria cinco minutos depois, por Éder, num remate dentro da área, onde foi mais rápido que Abdoulaye.
Mesmo em inferioridade numérica os Dragões nunca se deram por vencidos tendo mesmo criado duas excelentes ocasiões para voltarem a empatar, primeiro por Lucho, com Quim a defender instintivamente com as pernas e depois por Kléber, em boa posição dentro da área, rematou forte, a bola bateu no braço de Quim, ficando a rolar perto da linha de golo, para Douglão finalmente afastar.
Derrota que atira o FC Porto para fora da Taça de Portugal, principalmente pelo infortúnio nos dois momentos capitais acima referidos. Vítor Pereira apostou numa gestão ousada mas só terá falhado por não ter sido rápido a compensar o meio-campo, após a expulsão de Castro.
Gostei da atitude da equipa, do seu rigor defensivo, principalmente na primeira parte e da reacção depois de ter sofrido o segundo golo.
Hoje apenas vou destacar, pela negativa as actuações de Miguel Lopes e Kléber, nitidamente os elementos mais fracos desta equipa e talvez do plantel, do menor acerto de Atsu, de quem se espera muito mais e da displicência de Danilo no lance do golo na própria baliza (inexplicável).