segunda-feira, 29 de abril de 2013

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 2












HERNÂNI - Goleador Nº2

Autor de 182 golos em 332 jogos disputados com a camisola do FC Porto, é ainda, surpreendentemente, o segundo melhor marcador de golos de sempre, da história do Clube, tanto mais por se tratar de um avançado muito móvel, que tinha mais por missão municiar o ponta-de-lança. Hernâni jogava preferencialmente a interior, mas também actuou várias vezes a extremo e até na linha média, de acordo com as necessidades da equipa.






















Era ambidextro e senhor de uma inteligência de jogo invulgar, que lhe permitia uma destreza e uma variedade de soluções na execução do gesto técnico e na criação de jogadas, que não estava ao alcance de mais nenhum futebolista do seu tempo.

Foi um dos mais fantásticos jogadores do FC Porto, Clube que serviu durante 13 temporadas interpoladas, entre 1950/51 e 1963/64. Marcou uma época, atravessou gerações e construiu uma lenda. Não se limitava a ser virtuoso na arte de bem tratar a bola. Demonstrava uma invulgar cultura técnica e extraordinárias qualidades desportivas, para além de uma personalidade muito forte, da qual não abdicava e que o levava por vezes a situações extremas, como a que protagonizou num desentendimento com o seu treinador Dorival Yustrich.

Natural de Águeda, iniciou a sua carreira no clube local, o Recreio Desportivo de Águeda.

Chegou ao FC Porto em 1950, com cerca de 20 anos de idade, suscitando a maior curiosidade face às qualidades que o tinham revelado no seu clube de formação, mas o técnico de então, o romeno Anton Vogel, preteriu-o em relação aos habituais titulares.

Estreou-se oficialmente com a camisola do FC Porto em 28 de Janeiro de 1951, no Campo da Tapadinha, em Lisboa, frente ao Atlético CP, em jogo da 19ª jornada do Campeonato Nacional, com derrota portista, por 4-1. O treinador romeno tinha sido despedido antes do Natal, em função dos maus resultados e para o seu lugar tinha entrado o húngaro Gencsi Deseo.

Manteve-se duas temporadas no plantel portista até que o serviço militar o levou até Lisboa, provocando a sua cedência temporária ao Estoril Praia, onde as suas exibições confirmaram o seu valor, colocando-o na linha das grandes promessas do futebol português.

Regressou ao FC Porto logo após a conclusão do serviço militar, para se afirmar definitiva e inequivocamente com um jogador altamente influente e de grande classe. As suas qualidades, o seu excepcional domínio de bola, poder de arranque com a bola sempre colada e dominada e a sua aplicação, fizeram dele elemento indiscutível e preponderante na manobra azul e branca.

Hernâni colocou o ponto final da sua carreira aos 33 anos, tendo ainda sido chefe do Departamento de Futebol do Clube, para mais tarde se dedicar em exclusivo às suas empresas.

Faleceu em Abril de 2001, com 69 anos, vítima de um colapso.

A sua carreira ficou ainda marcada por 28 internacionalizações, ao serviço da principal Selecção nacional, 1 na Selecção «B» e 7 pela Selecção Militar, da qual foi capitão.
















Palmarés ao serviço do FC Porto:
2 Campeonatos Nacionais (1955/56 e 1958/59)
2 Taças de Portugal (1955/56 e 1957/58)

sábado, 27 de abril de 2013

EL COMANDANTE DERRUBOU MURALHA SETUBALENSE















FICHA DO JOGO













































O FC Porto continua assumidamente na luta pelo título ao vencer, como lhe competia, o adversário desta noite.

Com objectivos bem diferentes, o Vitória de Setúbal apresentou-se no Dragão como fazem todas as equipas que não querem levar uma cabazada, todo fechadinho no seu reduto defensivo e muito pouco ambicioso.

Não é pois de estranhar os números estatísticos finais, que de forma esmagadora, indicam uma superioridade portista abissal.

Não foi no entanto um jogo fácil para os ainda campeões nacionais, conhecidas que são as dificuldades habituais para derrubar este tipo de muralhas. 

Recorrendo à circulação de bola, num autêntico carrossel,  os Dragões tiveram de apelar à paciência e principalmente à persistência para conseguir os seus intentos.

A falta de velocidade, que neste último terço do campeonato tem estado presente nas exibições portistas iam facilitando a vida dos sadinos que só aos 17 minutos se viram em sobressalto, num desentendimento entre o guardião Kieszek e o defesa Venâncio que colocou Atsu em posição para alvejar a baliza, com o ganês a desperdiçar a «abébia» atirando sobre a barra.  Voltaria a ter nova oportunidade mais tarde, aos 39 minutos, mas mais uma vez a pontaria estava desafinada.

Vítor Pereira descontente, mandou-o para o balneário antes do intervalo e fez entrar para o seu lugar Silvestre Varela, que ao contrário do costume, deu mais velocidade e criatividade ao jogo azul e branco.

Com o resultado em branco, a equipa portista apresentou-se para o segundo tempo com outra novidade. Alex Sandro já não voltou, por eventual lesão, entrando Abdoulaye que foi ocupar o lugar de Mangala, derivando o francês para a lateral esquerda.

Os primeiros minutos mostraram o mesmo figurino, talvez com mais um pouco de velocidade, numa ou noutra jogada. Moutinho e James continuavam pouco inspirados, com o colombiano a abusar de individualismo enervante, a errar passes e a perder os momentos de remate, tornando-se complicado ultrapassar a organizada defesa setubalense.





















A grande oportunidade acabaria por surgir num lance faltoso dentro da área do Setúbal, com o defesa Jorge Luiz a meter a mão na bola em duas ocasiões da mesma jogada. Carlos Xistra fez o que tinha a fazer assinalando a marca de grande penalidade. Chamado a marcar, James Rodríguez atirou denunciado permitindo a defesa do guardião Kieszek. Balde de água fria no Estádio do Dragão.

Este lance que poderia ter lançado o desânimo na equipa acabou por ser a alavanca para a resolução dos problemas! «El Bandido» reagiu da melhor maneira e três minutos depois assistiu, com um passe magistral de trivela, Lucho Gonzalez, que surgindo nas costas dos defesas vitorianos atirou para as redes com êxito. Estava derrubada a sólida e reforçada muralha sadina.

Só então José Mota se decidiu por nova estratégia, colocando dois avançados, na tentativa de lutar pela conquista de mais alguma coisa. Tarde de mais porque o FC Porto voltaria a marcar já perto do final, por Defour, que entretanto entrara para o lugar de «El Comandante», na sequência de um cruzamento da esquerda, de Mangala, com o belga a emendar para o golo do descanso.





















Vitória difícil mas justa que premeia a paciência da única equipa que tudo fez para somar os três pontos.

Destaque para Lucho Gonzalez, o homem do jogo, pelo golo e pelo que jogou.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

REMAR CONTRA A MARÉ (ENCAPELADA)








É num clima de revolta, de inconformismo e de alguma frustração, que o FC Porto se prepara para continuar a lutar por uma cada vez mais improvável possibilidade de revalidar o título. A quatro pontos de distancia, com quatro jornadas para  terminar o campeonato e com a descarada protecção ao clube do regime, de que o último jogo foi apenas e só uma insofismável e escandalosa  amostra, as aspirações portistas ficam assim cada vez mais reduzidas.





















Apesar de tudo, compete aos profissionais do FC Porto dar luta até ao fim. Fazer o seu trabalho com competência, vencer o próximo jogo, frente ao Vitória de Setúbal, com mérito, mostrando que neste Clube nunca se atira a toalha ao chão, por mais Capelas que surjam pelo caminho.

Os regressos do avançado Silvestre Varela e do defesa central Abdoulaye Ba são as únicas novidades na lista dos convocados para este jogo.

Varela volta a merecer a confiança do treinador depois de recuperar da lesão contraída ao serviço da Selecção Nacional, enquanto o defesa senegalês cumpriu já o jogo de castigo, pela acumulação de amarelos e respectivo vermelho, mostrado injustamente pelo tal Capela, na final da Taça da Liga.

Os preteridos desta vez foram Quiñones e Kelvin. Entretanto Maicon continua entregue ao Departamento médico.

LISTA DOS CONVOCADOS



















EQUIPA PROVÁVEL





















COMPETIÇÃO: Liga Zon Sagres 2012/13 - 27ª Jornada
PALCO DO JOGO: Estádio do Dragão - Porto
DATA E HORA DO JOGO: 27 de Abril de 2013, às 20:30 h
ÁRBITRO NOMEADO: Ainda está a ser cozinhado
TRANSMISSÃO: SportTv1

quarta-feira, 24 de abril de 2013

DRAGÃO CATEDRÁTICO - SABIA QUE...


















... O FC Porto foi o primeiro Clube em Portugal a contratar um treinador de futebol?

O Futebol em Portugal, tal como nos outros países, começou por ser um desporto com mais fortes  vertentes, lúdica, social e de manifestação atlética.

Na fase embrionária da fundação do FC Porto, bem como nos anos seguintes, os primeiros jogos disputaram-se entre os sócios do Clube, sendo elementos assíduos e destacados o próprio Presidente e outras figuras de proa da Direcção.

Atento ao evoluir da modalidade e descontente com a forma como em Portugal se continuava a encarar a modalidade, especialmente nas vertentes organizativa e competitiva, subjugados aos consensos momentâneos e acordos mais ou menos tácitos, geradores de infindáveis controvérsias,  confusões,  polémicas e às vezes algumas escaramuças, o refundador José Monteiro da Costa, decidiu dar outra expressão ao FC do Porto.

Com a ideia de o transformar num Clube com expressão nacional e internacional, garantiu o primeiro campo relvado do país, o primeiro treinador (não remunerado), o primeiro treinador remunerado e até o primeiro título nacional.

DE ADOLPHE CASSAIGNE A AKOS TESZLER


De naturalidade francesa, onde treinou, conhecedor do futebol, veio para a cidade do Porto treinar os alunos do Colégio da Boavista e os alunos da corveta «Estefánia». 

Um dia, atraído pelo que se dizia na cidade, dos futebolistas do FC Porto, apareceu no relvado do Campo da Rainha e ofereceu-se para treinar gratuitamente o Clube. O jovem Presidente José Monteiro da Costa, ouviu-o com atenção, identificou objectivos comuns, reconheceu-lhe qualidades, conhecimentos e competência. Achou que seria um passo importante na sua tentativa de posicionar o Clube na trajectória mais correcta,  contratando-o como director-técnico, não remunerado, tornando-se assim no primeiro treinador do Clube e do próprio futebol português. Estávamos em 1907.

Foi rápida e notória a evolução técnica dos futebolistas que passaram a competir de forma mais pensada.

Em 1925, o húngaro Akos Teszler, ficou na história como o primeiro treinador remunerado do futebol português. Opção pioneira que não tardaria a ser seguida por vários outros clubes.

Teszler estruturou em moldes inéditos todos os quadros organizativos, incidindo na principal equipa do FC Porto. Introduziu a técnica das combinações e fixou os jogadores em posições específicas, acabando com as improvisações e as aleatórias trocas de lugares. Era o fim do futebol anárquico e instintivo.

Serviu o Clube entre 1925 e 1927, acrescentando ao seu palmarés desportivo o título de Campeão de Portugal, o segundo conquistado pelo FC Porto.

Fontes: FC Porto - 100 anos de História, de Álvaro Magalhães e Manuel Dias; Figuras e Factos, de J.  Tamagnini Barbosa e Manuel Dias e FC Porto - Fotobiografia, de Rui Guedes

segunda-feira, 22 de abril de 2013

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 1












Passados em revista todos e cada um dos internacionais portistas, até há data, começo hoje uma nova rubrica, agora dedicada aos goleadores portistas, enquanto atletas da equipa principal e nas provas oficiais.

Por aqui vão pois desfilar, desde os mais matadores e influentes goleadores portistas até aos mais modestos e esporádicos atirados às balizas adversárias.

O critério do desfile é a posição actualizada no ranking portista de cada um dos marcadores dos golos.


FERNANDO GOMES - Goleador portista Nº1

Apontou 354 golos em 455 jogos em que participou, equipado de azul e branco e é ainda hoje o maior goleador de sempre da recheada história do FC Porto e um dos mais mortíferos do futebol nacional. Um matador que foi rei em Portugal e também na Europa.






















Jogador intuitivo e oportuno, estava sempre no lugar certo no momento exacto, tinha o «faro do golo» e parecia adivinhar cada uma das diferentes trajectórias da bola, para aparecer de forma letal a rematar. Gomes dominava a área como poucos, o seu jogo de cabeça era brilhante e rematava forte, colocado e com espontaneidade com ambos os pés.
















Foi por seis vezes coroado como o melhor marcador do campeonato nacional e em duas delas (1982/83 e 1984/85) juntou a esse título o de goleador-mor da Europa, ficando por isso com a alcunha de BIBOTA.























Fernando Gomes foi um dos pilares fundamentais do FC Porto que surpreendeu e conquistou o respeito da Europa do futebol. Responsável por cinco golos na caminhada até Viena de Áustria, falhou o jogo da final frente ao Bayern de Munique por ter fracturado a perna a poucos dias do desafio. Viu a conquista do título europeu em casa, engessado e de muletas, mas recuperou a tempo de levantar a Supertaça europeia e a Taça Intercontinental.

Natural da cidade do Porto, fez toda a sua formação nas escolas do FC Porto, percorrendo e acumulando títulos nacionais em quase todos os escalões. Estreou-se com 18 anos de idade na equipa principal, mais precisamente em 8 de Setembro de 1974, pela mão do treinador brasileiro Aimoré Moreira, na 1ª jornada do campeonato nacional da época de 1974/75, no Estádio das Antas, frente à Cuf do Barreiro. O FC Porto venceu o jogo por 2-1 e Fernando Gomes entusiasmou marcando os dois golos portistas.

Jogou durante 13 épocas de azul e branco, com uma interrupção esporádica de  duas temporadas (Julho de 1980 a Junho de 1982), altura em que foi contratado pelos espanhóis do Sporting de Gijón , pela exorbitante quantia de 60 milhões de pesetas! No primeiro jogo, frente ao Oviedo encantou marcando cinco golos, mas uma grave lesão transformaram essas duas temporadas num verdadeiro calvário.

Regressou ao FC Porto por iniciativa de Pinto da Costa que entretanto se tornara Presidente do Clube.

Adorado pelos adeptos, o Bi-bota tornou-se um símbolo do Clube e foi com grande estranheza e decepção que a massa adepta e simpatizante o viu ser afastado definitivamente da equipa e ser transferido para o Sporting CP, onde terminou a carreira.

Sanada essa incompatibilidade, faz actualmente parte da estrutura directiva e os portistas mais saudosistas poderão rever os seu golos na prova de veteranos denominada Liga Indoor fertibéria, onde Gomes defende o emblema portista.

Palmarés ao serviço do FC Porto (14 títulos):
1 Taça Intercontinental (1987/88)
1 Taça dos Clubes Campeões Europeus (1986/87)
1 Supertaça Europeia (1987/88)
5 Campeonatos Nacionais (1977/78, 1978/79, 1984/85, 1985/86 e 1987/88)
3 Taças de Portugal (1976/77, 1983/84 e 1987/88)
3 Supertaças Cândido de Oliveira (1983, 1984 e 1986)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar, ZeroZero.pt e Base de dados actualizada de Rui Anjos

domingo, 21 de abril de 2013

OBRIGAÇÃO CUMPRIDA, MANTÉM CHAMA ACESA















FICHA DO JOGO
























Ciente que só a vitória interessava, o FC Porto entrou neste jogo algo nervoso e receoso, permitindo ao seu adversário um ligeiro ascendente inicial, obrigando Helton a pelo menos uma intervenção de grande apuro. 

Só por volta dos 18  minutos, com um excelente e perigoso remate de Fernando, os azuis e brancos conseguiram assentar o seu jogo e passaram a dominar e a controlar as operações.

Vítor Pereira apostou em Christian Atsu em vez de Defour, no onze titular, mas mesmo assim o futebol portista não mostrou grandes melhorias. Jogar para o lado e para trás e sempre com grandes dificuldades em criar jogadas de ruptura, com algum abuso dos lances de longa distância, geralmente mal dirigidos, ia emperrando as investidas ofensivas portistas.

Com a defesa portista algo trapalhona, Ghilas teve nos pés uma oportunidade soberana, mas Helton muito atento e competente conseguiu evitar o pior.

O FC Porto tinha agora mais posse de bola e conseguia circular com mais precisão, até que Danilo flectiu para o centro, aproximou-se da área e lançou Jackson Martinez, que com a classe de matador que se lhe reconhece, atirou de pé esquerdo, inaugurando o marcador e dando fim a uma série de seis jogos de jejum.






















Até ao intervalo, os Dragões controlaram o jogo com os seus habituais posse e circulação de bola.

Depois do descanso os azuis e brancos entraram mais confiantes e não foi preciso esperar muito tempo para que o marcador voltasse a funcionar. Na sequência de um canto marcado por James Rodríguez, da esquerda, a bola foi à cabeça de Otamendi regressando ao colombiano, que em insistência voltou a cruzar, Mangala desviou para a pequena área onde Fernando bem posicionado rematou de primeira, o guardião Ricardo defendeu por instinto, a bola ressaltou para o «Polvo», que à segunda não falhou.























O Moreirense sentiu o golo, desorganizou-se defensivamente e três minutos depois Chá, Chá, Chá ampliou o resultado. Fernando recuperou a bola a meio campo, lançando de imediato Lucho Gonzalez, que aproveitando o despocionamento da defesa contrária, abriu para Jackson. O Colombiano, perante a saída de Ricardo, fez-lhe um chapéu fazendo a bola beijar as malhas pela terceira vez.

Até final o FC Porto controlou o jogo, criou e desperdiçou mais algumas oportunidades e justificou a vitória folgada.

Destaque para Helton e Fernando, mas também para Lucho e Jackson.

Os Dragões continuam assim na corrida pelo título, à espera do que possa acontecer lá pela 2ª circular.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

REVOLTA NAS EXIBIÇÕES EM VEZ DOS DISCURSOS BACOCOS








O Campeonato caminha a passos largos para a sua conclusão e o braço de ferro entre o FC Porto e a equipa do regime mantém-se inalterável, ou seja, com os Dragões à espera de uma escorregadela do líder, para tentarem voltar a depender apenas e só de si mesmos.





















Para tal vai ser necessário que os azuis e brancos cumpram a sua tarefa de forma eficaz, nesta sua deslocação a Moreira de Cónegos, casa do penúltimo classificado desta prova.

Em vez dos discursos bacocos de Vítor Pereira, com tiradas como a de «não me atirem areia para os olhos» ou «a mesma gente que nos critica, há uns tempos atrás  comparavam-nos ao Barcelona», que não servem para branquear o momento menos bom por que, de forma evidente, a equipa atravessa, em vez disso dizia, o técnico deve concentrar-se no essencial, que é preparar o plantel para os desafios exigentes que tem pela frente e dar a resposta contundente e implacável, vencendo e convencendo, os cinco jogos que faltam.

O próximo não vai ser pêra doce. O adversário, apesar da péssima classificação, vai colocar imensas dificuldades que só um Porto competente e eficaz (muito mais que nos últimos jogos) poderá ultrapassar. 

Com o central Abdoulaye a cumprir castigo e Maicon ainda lesionado, o técnico portista optou por reintegrar o lateral Hector Quiñones na lista dos convocados para este jogo, constituindo assim a única alteração.

LISTA DOS CONVOCADOS



















EQUIPA PROVÁVEL





















COMPETIÇÃO: Liga Zon Sagres 2012/13 - 26ª Jornada
PALCO DO JOGO: Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas - Moreira de Cónegos
DATA E HORA DO JOGO: 20 de Abril de 2013, às 20:30h
ÁRBITRO NOMEADO: Marco Ferreira - A.F. Madeira
TRANSMISSÃO: SportTv1

quarta-feira, 17 de abril de 2013

DRAGÃO CATEDRÁTICO - SABIA QUE...


















...Em 17 de Maio de 1925 foi morto a tiro um atleta do FC Porto?

VELEZ CARNEIRO - O primeiro mártir

Ingressou no FC Porto na época de 1918/19 e foi um dos jogadores mais populares do Clube. Defesa-central, dedicado, enérgico, impulsivo, valente, não sabia virar a cara à luta, nem mesmo à mais exigente.

De uma vez, fracturou um braço, em jogo do campeonato nacional, foi tratado de emergência e por sua vontade voltou ao jogo, de braço imobilizado, disposto a lutar até ao final.

Foi campeão de Portugal em 1921/22, no primeiro título do FC Porto.

Praticou vários desportos, entre eles o pugilismo. 

Desapareceu tragicamente, aos 25 anos de idade, poucas horas depois de ter envergado, briosamente, a camisola do seu FC Porto, no campo da Constituição  contra o Deportivo da Coruña.

Velez Carneiro foi assassinado com vários tiros na cabeça e no pescoço, à porta de um café na típica Travessa dos Congregados, na baixa portuense, por um rival amoroso e seu camarada de trabalho, nos Caminhos de Ferro Portugueses. Estava no auge da sua carreira e ainda com muito para dar.

Fontes: FC Porto - Figuras e factos, de J. Tamagnini e Manuel Dias; FC Porto - 100 anos de hostória, de Álvaro Magalhães e Manuel Dias

segunda-feira, 15 de abril de 2013

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 2000) - PARTE XXII












Hoje regressamos à rubrica dos INTERNACIONAIS PORTISTAS PORTUGUESES, para elencar o último e mais recente dos atletas, que enquanto jogadores do FC Porto, vestiram a camisola da equipa nacional.

Miguel Lopes - 110º Internacional: Conta com 4 internacionalizações pela Selecção principal de Portugal (1 pelo SC Braga e 3 pelo FC Porto). A sua estreia aconteceu no dia 2 de Junho de 2012, em Lisboa, num jogo amigável frente à Turquia, com derrota por 1-3.

Enquanto jogador do FC Porto, voltou à Selecção para concretizar a sua 2ª internacionalização, em 15 de Agosto de 2012, em Faro, contra o Panamá, em mais um jogo amigável, desta vez com vitória por 2-0.

Natural de Lisboa, Miguel Lopes começou a sua carreira nas escolas de formação do Clube Desportivo dos Olivais e Moscavide, que representou até à temporada de 2002/03.

Na época seguinte mudou-se para o Alverca, onde completou a sua formação, terminando nos Sub-19, em 2004/05.

Seguiu-se a equipa B do Benfica, em 2005/06, e na temporada seguinte o Clube Operário, dos Açores, um clube dos escalões inferiores, onde realizou excelentes exibições, despertando o interesse do Rio Ave, na altura na Liga de Honra, revelando-se como primeira escolha para a posição de defesa direito, tendo disputado 24 jogos e apontado 2 golos, ajudando a equipa a ser promovida ao escalão principal. Aí permaneceu até à temporada de 2008/09, com excelentes performances, especialmente na primeira metade do campeonato, que fez despertar o interesse de vários emblemas, entre os quais o dos Dragões, que viram nele a solução ideal para reforçar o lado direito da defesa.

Miguel Lopes assinou contrato com o FC Porto por 4 anos, em 22 de Janeiro de 2009, mas continuou até ao final da época no Rio Ave.

A estreia oficial com a camisola portista só aconteceria porém, cerca de um ano mais tarde, mais precisamente em 5 de Janeiro de 2010, no Estádio do Dragão, frente ao Leixões, em jogo da 1ª jornada da Taça da Liga, com vitória por 1-0, prova destinada a dar rodagem aos atletas do plantel portista menos utilizados. 

Miguel Lopes nunca se conseguiu impor como titular, apesar de ter participado na conquista de uma Taça de Portugal e de uma Supertaça.

Jogador com potencial e qualidades, mas também com demasiada ansiedade, pouco controlo emocional e alguma imaturidade, foi perdendo espaço com a chegada de André Villas-Boas ao comando técnico da equipa portista, tendo sido emprestado em Janeiro de 2011 ao Bétis de Sevilha, onde conseguiu uma performance bastante regular, contribuindo para o regresso daquele clube à 1ª Liga espanhola.

No início da época de 2011/12, o FC Porto optou por emprestá-lo ao SC Braga, onde confirmou o seu crescimento, assumindo-se como um defesa lateral seguro a defender e forte no apoio ao ataque, realizando uma temporada muito positiva, que levou Paulo Bento a chamá-lo à Selecção nacional e a integrá-lo no grupo que esteve na fase final do Euro/2012, onde no entanto não foi utilizado.

Regressou ao plantel portista esta temporada (2012/13), iniciando a época como titular, tendo participado na conquista de mais uma Supertaça, mas acabou por perder o lugar para o internacional brasileiro Danilo e, em Janeiro de 2013, na reabertura do mercado, foi envolvido na troca com Izmaylov, passando desde então a representar o Sporting CP.

Enquanto jogador do FC Porto Miguel Lopes participou em 28 jogos, tendo concretizado 1 golo, conforme mapa estatístico que se segue:









Palmarés ao serviço do FC Porto:
2 Supertaças Cândido de Oliveira (2008/10 e 2011/12)
1 Taça de Portugal (2009/10)




























Fontes: Transfermarkt.co.uk; ZeroZero.pt e Base de dados pessoais e actualizados de Rui Anjos.

sábado, 13 de abril de 2013

TAÇA DA LIGA? CONVENIENTEMENTE VERMELHA! OF COURSE















FICHA DO JOGO
























MOMENTO DO JOGO





















Para quem ainda tivesse dúvidas, decididamente esta Taça está umbilicalmente ligada ao vermelho.

Uma vez afastada a equipa do regime, por inacreditável e imperdoável falha do sistema, a vitória final, a modos de prémio de consolação, só poderia ser vermelha.

De resto,  os bicampeões nacionais, nesta altura em que os sonhos eram já limitados a esta Taça, de que sempre estiveram alheados e a esperar um milagre, no que diz respeito ao objectivo principal, a revalidação do título, lutaram como Dragões para que este final de época não se tornasse ainda mais penoso.

Sim, é verdade, lutaram com empenho, com denodo, até à exaustão, mas, como já vem sendo habitual, nas últimas semanas, sem discernimento, sem objectividade e sem brilho. Esta equipa está nitidamente espremida e sem estaleca para superar os obstáculos que tem ainda pela frente.

Hoje, para além da «encomenda encapelada», teve que lutar contra si própria. A posse de bola passou a ser a máscara mais ou menos perfeita para esconder a incapacidade atroz de chegar com perigo à baliza. Jogar para o lado e para trás, durante a maioria esmagadora dessa posse, dificilmente dará os frutos desejados. Falhar quase todos os passes, cruzamentos e remates, no último terço do campo, não é obviamente  o caminho do sucesso.

Pior que perder este jogo ou este troféu (e eu não gosto de perder nem a feijões) é ficar com esta sensação de que a equipa já deu tudo o que tinha para dar. A equipa do regime ainda pode perder pontos? Claro que pode, mas pelo andar das coisas este FC Porto, que já não tem mais margem de erro, arrisca-se desta forma a hipotecar definitivamente quaisquer esperanças.

O que assistimos em Coimbra foi um conjunto de equívocos. A equipa não entrou bem, demorou a recompor-se e depois dos 10 minutos iniciais equilibrou e passou a ter mais a bola, mas sempre sem saber o que fazer com ela, especialmente quando se aproximavam da área adversária. 

Depois do amarelo mostrado a Abdoulaye, logo aos 17 minutos, era evidente uma tomada de atitude de Vítor Pereira. O treinador tem obrigação de conhecer as características dos seus jogadores e é sabido que o jovem defesa senegalês é demasiado impulsivo e, com esta «encomenda encapelada», era previsível que não chegasse ao fim do jogo.

O técnico arriscou e teve o castigo.

O segundo tempo foi para os Dragões, um acto de coragem, de abnegação, de revolta, de sorte, de azar e de frustração.

A jogar com menos um, a equipa foi grande, foi destemida, teve pulmão e teve coração, mas faltou-lhe a classe, a objectividade e a eficácia. Sem isso, nada feito.

Vítor Pereira ainda acreditou na reedição da aposta do jogo anterior e fez entrar Kelvin. Mas o carteiro não toca sempre duas vezes!

Dentro da mediocridade técnica evidenciada na maior parte do tempo, dois nomes se destacaram pela positiva: Fernando e Fabiano. Estes, mais do que quaisquer outros, mereciam ter erguido a Taça. Paciência.















sexta-feira, 12 de abril de 2013

TODAS AS FINAIS SÃO PARA GANHAR








Agora para a Taça da Liga, o FC Porto vai de novo confrontar-se com o adversário de Segunda-feira passada, o SC Braga, na final da prova que vai ser disputada em Coimbra, onde se prevê um jogo diferente, com os minhotos a terem de ser mais empreendedores, ou não estivesse em jogo a conquista da Taça da Liga, ou Lucílio Baptista, se preferirem.

Quanto aos azuis e brancos, que lutaram, lutam e lutarão sempre para ganharem o jogo que se segue, ainda que nesta prova, tenham em temporadas anteriores, descurado de algum modo em favor de objectivos bem mais importantes, encontram-se actualmente, arredados desse tipo de compromissos e portanto mais disponíveis para encarar esta final com maior ambição e rigor.

Isto não significa que a prova tenha passado a constituir maior importância. Este é o jogo que se segue e na impossibilidade de estar a discutir  troféus de maior prestígio, não há razão para poupar jogadores.

O grupo de trabalho tem essa consciência e é com a maior seriedade que encaram esta final, sabendo de antemão que uma possível vitória jamais representará o salvar de uma época. Esta só será salva com a conquista do principal objectivo: O tricampeonato, ponto final.

Os regressos de Mangala e Izmaylov, ambos afastados do jogo anterior para cumprirem castigos federativos, são as principais novidades na lista dos convocados.

De fora ficaram Hector Quiñones, por opção e Maicon, que continua em tratamento, depois da lesão contraída no final da primeira parte, precisamente contra o Braga. Também Silvestre Varela continua afastado das opções por se encontrar em recuperação de uma mazela que o afectou, ao serviço da Selecção nacional.

LISTA DOS CONVOCADOS

O onze titular não deverá andar muito longe do da passada Segunda-feira, sendo certo que Mangala retomará o seu lugar na defesa e provavelmente Atsu jogará de início.

EQUIPA PROVÁVEL





















COMPETIÇÃO: Taça da Liga - Final
PALCO DO JOGO: Estádio Cidade de Coimbra - Coimbra
DATA E HORA DO JOGO: Sábado, 13 de Abril de 2013, às 19:45 h
ÁRBITRO NOMEADO: João Capela - A.F. Lisboa
TRANSMISSÃO: TVI

quarta-feira, 10 de abril de 2013

DRAGÃO CATEDRÁTICO - SABIA QUE...


















...Se comemora este mês o 102º aniversário da conquista, pelo FC Porto, da Taça José Monteiro da Costa?

Ao contrário do que é informado no facebook oficial do Clube, este não foi o primeiro Troféu a dar entrada no FC Porto.


TAÇA JOSÉ MONTEIRO DA COSTA

Troféu em prata, instituído por um grupo de associados do FC Porto, constituído por José Fernandes da Silva, José Bacelar, Fróis Cruz, Ivo Lemos, Vitorino Pinto, Marques da Silva e Adelino Costa, para homenagear o seu presidente José Monteiro da Costa, a Taça somente seria entregue a título definitivo ao clube que vencesse por três vezes consecutivas, recebendo uma réplica da mesma, os vencedores de cada edição.

A prova era destinada às segundas categorias e as equipas participantes só poderiam apresentar jogadores portugueses.

Disputaram-se seis edições e o FC Porto venceu cinco (1910/11, 1911/12, 1913/14, 1914/15 e 1915/16) enquanto a Académica de Coimbra venceu uma (1912/13), impedindo os azuis e brancos de receberem o troféu mais cedo. Tal só aconteceu na última edição (1915/16).

Apesar da prova ser aberta à participação das equipas do Norte (aquém Mondego), na primeira edição (1910/11) participaram apenas o FC Porto, Boavista FC e Leixões SC. O FC Porto triunfou, vencendo o Leixões na final, por 1-0.



















Na imagem, da esquerda para a direita, em cima: Elísio Bessa, Manuel Valença e Vitorino Pinto; ao meio: Mário Maçãs, Adelino Costa e Magalhães Bastos; Em baixo: José Bacelar, Camilo Moniz, Carlos Megre, João Cal e Ivo Lemos.


Na segunda edição (1911/12), para além dos três clubes, participou também a Académica de Coimbra. Nova vitória portista que defrontaram e venceram a Académica, na final, por 5-3.





















Na imagem, da esquerda para a direita, de pé: Magalhães Bastos, Manuel Valença e Vitorino Pinto; De joelhos: Adelino Costa e Camilo Figueiredo; Sentados: Camilo Moniz, Henrique Penafort, Mário Maçãs, Carlos Megre, Vidal Pinheiro e Ivo Lemos.


Na terceira edição (1912/13), participaram os mesmos 4 clubes da edição anterior, com vitória da Académica de Coimbra que derrotou o FC Porto na final, por 3-1, adiando por isso a entrega em definitivo do troféu, aos azuis e brancos.



















Na quarta edição (1913/14) voltou a repetir-se a participação dos já habituais 4 participantes. O FC Porto resgatou o título, vencendo na final, em Coimbra, a Académica, por 3-1.


























Na quinta edição (1914/15), apenas se inscreveram o FC Porto, o Leixões e o Académico do Porto. Nova vitória portista que na final derrotou o Académico do Porto, por 4-3.

Na sexta e última edição (1915/16), participaram o FC Porto, o Leixões, o Académico do Porto e o Salgueiros. Na final o FC Porto defrontou e derrotou o Boavista, por 2-0, arrecadando definitivamente a Taça José Monteiro da Costa, por ter vencido a prova por três vezes consecutivas.























Fonte: Futebol Clube do Porto - Fotobiografia, de Rui Guedes