terça-feira, 8 de julho de 2025

BALANÇO DA TEMPORADA 2024/25 - (PARTE II)

Depois de um final de temporada algo intempestivo, face aos resultados das eleições, o novo presidente André Villas Boas, que até tinha manifestado alguma incompreensão por a administração anterior não ter renovado atempadamente com Sérgio Conceição, acabou por se incompatibilizar com o técnico, por este ter declarado apoio nas eleições a Pinto da Costa.

Pior do que isso, acabou por criar um grave problema de balneário, ao escolher para o substituir, o seu adjunto Vítor Bruno, numa jogada rasteira, que influenciou a dispensa do atleta que acabara a época com o melhor rendimento, nada mais, nada menos que Francisco Conceição.

Convém lembrar que Sérgio Conceição havia rubricado com Pinto da Costa o prolongamento do seu contrato, já perto do final da temporada, mas bateu com a porta, quando se sentiu traído, sem exigir qualquer tipo de indemnização. 

Foi portanto neste contexto efervescente que a nova temporada começou, com as mexidas no plantel a acontecerem, como habitualmente em três fases, a do defeso, a do início da temporada e a da janela de Inverno.













Após o fecho da temporada, Pepe decidiu encerrar a carreira, Taremi, em fim de contrato já tinha compromisso com o Inter de Milão e os três jovens da formação portista foram considerados excedentários.











Deste grupo, todos estiveram no dia da apresentação do plantel, em 28 de Julho de 2024. Francisco Conceição, Romário Baró e Fábio Cardoso, foram emprestados, enquanto David Carmo, Evanilson e Toni Martinez foram transaccionados.













Na janela de Inverno, o FC Porto aproveitou para fazer mais valias com as dispensas definitivas de Galeno, Nico González e Wendell, deixando nos cofres portistas importantes milhões de euros. Fran Navarro foi emprestado ao Braga com cláusula de rescisão que acabou accionada e Iván Jaime foi emprestado ao Valência.

Depois desta 16 saídas, a administração portista teve de reforçar o plantel, agora sob a orientação dos novos elementos ligados ao futebol, o Director desportivo Andoni Zubizarreta, o Director do futebol Jorge Costa e o treinador Vítor Bruno.


















Neste painel, destaque para a promoção dos três jovens da formação. Martim Fernandes a fixar-se definitivamente no plantel principal, dando continuidade à fase final da temporada anterior, em que já tinha sido utilizado. Também Vasco Sousa tinha já sido utilizado em épocas anteriores, ainda que esporadicamente, viu finalmente a sua fixação no plantel principal consumada. Rodrigo Mora foi quiçá a grande agradável surpresa, pela qualidade das suas prestações.

David Carmo e Fran Navarro regressaram de empréstimo, mas com guia de marcha para outras paragens. Junto do Arsenal, conseguiu-se o empréstimo de Fábio Vieira e junto da Juventus os de Tiago Djaló e Nehuén Pérez. Samu, Gul e Moura foram aquisições definitivas



























William Gomes e Tomás Pérez foram a resposta da administração às vendas de Galeno e Nico, quiçá para «acalmar» os associados descontentes.


A participação no Mundial de Clubes, no final da temporada, permitiu uma janela de transferências especial. O FC Porto contratou Gabri Veiga, que não conseguiu mostrar o seu potencial em tão pouco tempo.

A temporada foi um fracasso, consequência obvia das escolhas da nova administração, especialmente na dos treinadores. Há e tal, sem ovos não se podem confeccionar omeletas. O saudoso mestre Pedroto conseguiu armar equipas muito competitivas com alguns matrecos, em ocasiões de vacas magras, pois é. 

Relembro que entraram 11 novos atletas para discutir todos os títulos, diziam! Até eramos favoritos a vencer a Liga Europa, pasmem!

Fracasso, após fracasso, os treinadores foram caindo:


Vítor Bruno, de quem tinha boa impressão como adjunto, foi uma desilusão em todos os aspectos. Primeiro pela aparente traição a Sérgio Conceição. Legítimo ter ambições a ser treinador principal, como parece ter confidenciado em tempo útil e que Conceição não só compreendeu como estimulou. Mas aproveitar uma conjuntura especial para enganar, isso é trapaça e traição, que acabou por pagar caro. Jamais teve o balneário na mão e os resultados reflectiram isso mesmo, com derrotas vexatórias.

A porta de saída foi inevitável. Nova derrota (oitava), agora em Barcelos, frente ao Gil Vicente (3:1)  em 19.01.2025, ditou o seu destino.

José Tavares foi a alternativa imediata até se contratar um substituto. Orientou o plantel durante meia dúzia de dias, dando a cara em dois jogos (1 derrota e 1 empate).

Até que, André Villas Boas, lançou o treinador espectáculo, muito competente e promissor, um tal de Martín Anselmi, argentino a trabalhar no México, de quem eu nunca tinha ouvido falar, mas isso sou eu, que não ando atento ao que se passa no México.

Ideias frescas, inovadoras, discurso simpático, tudo muito romântico, mas com pouco substrato. Defesa a três, ideia de jogo é o que se proporcionar e o importante é competir.

Resultado, tragédia grega, chacota nacional e internacional. Mais 5 derrotas com a humilhação de 4-1, no Dragão frente ao rival. A porta da saída está escancarada. Vamos lá gastar mais uns milhões, se o Pinto da Costa meteu muitas vezes o pé na poça, porque é que o André Villas Boas não pode. Pode, pode sim, mas não se venha arvorar em salvador da Pátria.














































































terça-feira, 1 de julho de 2025

BALANÇO DA TEMPORADA 2024/25 (PARTE 1)

Começo esta rubrica com as peles que o Dragão adoptou para a temporada em questão, cumprindo as directrizes do departamento de markting.

EQUIPAMENTO PRINCIPAL

O equipamento principal do FC Porto foi elaborado em parceria com a New Balance, com as icónicas listas azuis e brancas a ganharem um tom diferente. Representando o Dragão, símbolo da cidade e do clube, o efeito de fumo incluído nas listas azuis representa a paixão e a intensidade dos adeptos do FC Porto.

Além do azul e branco, o equipamento inclui pormenores em laranja, tanto na camisola como nos calções e meias.


















Para o guarda-redes foi escolhida a cor rosa.















EQUIPAMENTO ALTERNATIVO

A chama que nos alimenta está representada no equipamento alternativo do FC Porto.

O Dragão que está no símbolo da cidade e do clube serve de mote a este equipamento, em que o laranja é dominante. É ela que vai alimentar a fome de conquistas que norteia o FC Porto desde 1893.

Com um padrão vibrante, com designe moderno e arriscado, a camisola tem um efeito subtil de gradiente, com padrões geométricos repetidos em forma de V, criando a desejada interpretação abstrata do fogo do Dragão

Os pormenores em azul e branco, nas laterais, dão o toque extra para reforçar a ligação ao clube, com destaque também para o símbolo aplicado com tecnologia de transfer da New Balance.
































A cor escolhida para o equipamento alternativo dos guarda-redes portistas foi o cinzento.


































TERCEIRO EQUIPAMENTO

Com um designe moderno e inovador, com tons profundos de azul marinho, as linhas desenham uma representação abstrata da pele do Dragão, símbolo do clube, presente também no brasão da cidade.

Como uma armadura, o padrão cria um efeito disruptivo de camuflagem,  com o qual combinam os pormenores azul celeste, com destaque para o emblema, aplicado com a tecnologia de transfer da New Balance.

Esta é uma interpretação única do Dragão, criatura mítica que inspira os portistas ao longo de várias gerações.

































Os guardiões portistas foram brindados com a côr limão para o terceiro equipamento.































Estes equipamentos inserem-se na campanha "invictos do coração" para a temporada 2024/25 e a New Balance usou a tecnologia de design de ponta, optimizando os tempos de secagem, absorção e gestão de humidade. As camisolas incluem painéis laterais que acrescentam ventilação, bainhas duplas e acabamentos subtis, como a gola premium, que mostra a aposta da marca na inovação e a preocupação com o conforto dos jogadores em campo.

















Obs.: Descrição dos equipamentos colhido no site oficial do FC Porto.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

RANKING GOLEADORES PORTISTAS

 











Da deplorável prestação portista na última jornada da fase de grupos do Mundial de clubes 2025, disputado nos Estados Unidos, sobrou de positivo os quatro golos marcados que fizeram movimentar este ranking de goleadores do nosso clube.

O primeiro golo portista aconteceu aos 23 minutos por Rodrigo Mora, na sequência de um trabalho individual de qualidade mas com sorte num ressalto. Jogada de contra ataque com Danny Namaso a receber perto da área, rodando para a esquerda para deixar em Rodrigo Mora.. O jovem azul e branco conduziu a bola para o interior da área passando por dois defesas contrários, foi aí que beneficiou do tal ressalto, isolando-se  ficando com o guardião contrário na sua frente. Surgiu então o momento de magia. Mora contornou o guarda-redes, rematando de seguida com o pé esquerdo, para um golo fabuloso.

Décimo primeiro golo do jovem portista, esta temporada (10 na liga nacional e 1 no Mundial de Clubes), subindo ao 170º lugar, na companhia de  Balbino (1921/22 a 1929/30 - 14 jogos), Carlos Manuel (1964/65 a 1966/67 - 37 jogos), Octávio (1975/76 a 1979/80 - 115 jogos), Romeu (1979/80 a 1982/83 - 98 jogos), Rui Filipe (1991/92 a 1994/95 - 98 jogos), Emerson (1994/95 e 1995/96 - 89 jogos), Mielcarski (1995/96 a 1998/99 - 56 jogos), Sérgio Conceição (1996/97 a 1997/98 e 2003/04 - 89 jogos), Mariano Gonzalez (2007/08 a 2010/11 - 121 jogos), Kléber (2011/12 a 2011/12 - 43 jogos), Miguel Layún (2014/45 e 2015/16 - 59 jogos), Felipe (2016/17 e 2017/18 - 63 jogos) e Francisco Conceição (2020/21, 2021/22 e 2023/24 - 93 jogos).































O segundo golo portista surgiu aos 50 minutos, por William Gomes. O 7 portista recebeu no bico da área, do lado esquerdo, flectiu para o centro enquadrando-se com a baliza, desferindo de seguida o remate vitorioso.

William Gomes estreou-se a marcar de Dragão ao peito, acrescentando o seu nome neste ranking, ocupando por isso a última posição, 456º, juntando-se a um recheado lote de atletas com a mesma marca.



















O terceiro golo pertenceu a Samu, aos 53 minutos, ele que tinha sido chamado ao jogo para fazer a segunda parte. Canto cobrado por Fábio Vieira do lado direito na direcção de Samu que só teve de se elevar e cabecear à vontade.

Vigésimo sétimo golo de Samu, com a camisola do FC Porto (19 na liga portuguesa, 6 na liga Europa e 2 no Mundial de Clubes). Isolou-se no 90ª lugar.



















Na marcha louca do marcador, os Dragões perdiam 4-3, mas aos 89 minutos Pepê, que tinha saído do banco de suplentes aos 69 minutos, restabeleceu a igualdade final. Bola conduzida pela direita por Gabri Veiga, colocando-a no brasileiro junto à meia lua da área egípcia. O 11 portista recebeu, deu um passo em frente rematando de seguida colocado, obtendo um golo de belo efeito.

Pepê obteve o seu 6º golo na temporada (3 na liga nacional, 1 na Taça de Portugal, 1 na liga Europa e 1 no Mundial de Clubes). Acumula 25 golos com a camisola do FC Porto, ocupando agora a 98ª oitava posição, colando-se a Norman Hall (1922/23 a 1930/31 - 25 jogos), José Carlos (1989/90 a 1995/96 - 102 jogos), Jorge Costa (1992/93 a 2004/05 - 383 jogos) e Clayton (1999/00 a 2002/03 - 117 jogos).





















terça-feira, 24 de junho de 2025

ANSELMI INSPIROU-SE NA LETRA DA MÚSICA DA DESLANDES

 

















FICHA DO JOGO




























SISTEMA TÁCTICO

























Pois é, o inevitável aconteceu. O FC Porto acabou a participação no Mundial de Clubes, sem honra nem glória. Mesmo que tivesse vencido o Al-Ahly,  o afastamento da prova seria igual..

Antes dos jogos, atletas e treinador, comentaram com alguma bazófia que iam dar tudo, mas a verdade é que este plantel já não tem nada para dar.

As ideias de Anselmi colaram-se à letra da cançonetista Carolina Deslandes, mas com as modificações devidas, ou seja: "Dei-te defensores de papel, daqueles dos quanto queres" e o resultado da cantiga foram quatro bolas no bueiro, fora os ameaços. Enfim, nada que os menos distraídos não preconizassem. 

O técnico portista fez três alterações no onze titular, a pensar tornar a equipa mais competitiva. O resultado não interessa, ser competitivo é que está a dar (Só se for no México, país de onde este técnico não devia ter saído). Assim, Eustaquio, William Gomes e Danny Namaso surgiram em vez de Martim Fernandes, Gabri Veira e Samu.
























Tendo em conta as performances do plantel, durante toda a temporada, seria pedir demais uma participação positiva, desta equipa que se arrasta no campo perdida, sem consistência, sem fio de jogo e em que a bola atrapalha muito.

Assistir aos jogos deste FC Porto tornou-se já um exercício de masoquismo, com atletas desorientados, a não conseguir ser equipa, cada um a tentar os rasgos individuais e a serem constantemente cilindrados pelos adversários, tidos à partida como acessíveis e inferiores.

Os azuis e brancos frente a esta equipa egípcia voltou a claudicar em quase toda a linha. Desta vez até o guardião Cláudio Ramos, que tinha rubricado duas exibições exemplares, juntou-se à mediocridade geral.

O Al-Ahly esteve perto de aplicar uma goleada das antigas, com jogadas rápidas, bem construídas que só falharam na concretização, várias vezes só com o guarda-redes pela frente.

Salvaram-se os lances dos golos portistas, todos eles muito bons, mas à custa dos rasgos individuais.

O adeus à competição é portanto o corolário da soma da mediocridade que esta equipa apresentou.

Fico à espera de melhoras na próxima época. Não sei se vou ter sorte.

sábado, 21 de junho de 2025

RANKING GOLEADORES PORTISTAS

 











O avançado portista Samu estreou-se a marcar no Mundial de clubes/2025, que se está a disputar nos Estados Unidos.

Foi ele o autor do único golo portista,  de penalti, na derrota frente ao Inter Miami (2-1) que colocou o FC Porto praticamente fora da competição.

Samu atingiu a marca de 26 golos na temporada (19 na liga nacional, 6 na liga Europa e 1 no Mundial de clubes), subindo à 93ª posição deste ranking, na companhia de  Petrak (1939/40 e 1940/41 - 33 jogos), Ademir (1975/76 a 1977/78 - 68 jogos) e Alex Telles (2016/17 a 2019/20 - 195 jogos).



















quinta-feira, 19 de junho de 2025

MEDIOCRIDADE ENRAIZADA GERA DERROTA ACERTADA

 

















FICHA DO JOGO




























SISTEMA TÁCTICO

























O FC Porto reencontrou-se com a derrota, em mais um jogo marcado pela mediocridade que já é a imagem de marca deste plantel.

O treinador portista apostou no mesmo onze titular e a exibição da equipa também não foi muito diferente. Os mesmos defeitos, as mesmas abébias, as mesmas dificuldades, só que desta vez havia Messi do outro lado.

























A ideia da equipa técnica é competir e a equipa cumpre esse designío, mas muito mal e porcamente.

Nada que eu não estivesse à espera, baseado no que esta equipa vem patenteado há já largos meses.

Os optimistas dirão que o FC Porto ainda não está eliminado. Oxalá tenham razão. 

segunda-feira, 16 de junho de 2025

DRAGÃO SOBREVIVE A ARTELHARIA PESADA MAS DESAFINADA

 

















FICHA DO JOGO



























SISTEMA TÁCTICO

























O FC Porto conseguiu sobreviver ao primeiro embate do Mundial de Clubes, frente a uma equipa mais consolidada e muito mais perigosa que apenas falhou no aspecto da eficácia do remate.

Martin Anselmi fez duas alterações no onze titular, relativamente ao último jogo do campeonato nacional, frente ao Nacional, disputado já no longinco dia 17 do mês passado.
Diogo Costa, por inferioridade física e Pepê, por opção, cederam os seus lugares a Cláudio Ramos e ao novo reforço Gabri Veiga.




























Depois de uma temporada confrangedora, acho que ninguém estaria com as expectativas demasiado elevadas quanto ao desempenho da equipa azul e branca, neste remodelado troféu.

A exibição da equipa nesta primeira jornada confirmou tudo aquilo que, em larga medida, já vinha evidenciando. Um futebol desgarrado, sem critério, sem organização, jogadores perdidos, incapazes de ligar o jogo e por isso demasiado penoso para quem assiste.

Enquanto a condição física o permitiu, lá foram disfarçando as evidentes lacunas, principalmente do meio campo para a frente, apesar de algumas abébias incompreensíveis, indesculpáveis e suicidas em zonas proibidas que só não tiveram consequências por falta de pontaria dos adversários mas também pela excelente exibição de Cláudio Ramos.

A segunda parte foi mesmo um sufoco. Jogadores com a língua de fora e treinador borrado de medo, a tirar avançados para meter médios e defesas, a tentar a todo o custo evitar a derrota.

Enfim, mais do mesmo, agora em terras do Tio Sam, com o Mundo a assistir.