sexta-feira, 4 de outubro de 2024

DRAGÃO MASCARDO DE PASSARINHO, NO INÍCIO E NO FIM DO JOGO

 
















FICHA DO JOGO






























SISTEMA TÁCTICO

























O FC Porto voltou a não ganhar na Europa League, agora frente ao Manchester United, em casa, não indo além de um empate, num jogo em que cometeu vários erros, desde a falta de concentração, desatenções graves e alguma displicência, que explicam os três golos sofridos, dois no início do jogo e mais um a acabar.

Com apenas uma alteração no onze titular, entrada de Eustaquio para o lugar de Vasco Sousa, relativamente ao jogo anterior frente ao Arouca, os azuis e brancos permitiram um avanço de dois golos nos vinte minutos iniciais, pelos erros acima referidos. Os dois do lado direito da defesa portista, com responsabilidades para João Mário, demasiado macio a defender e a dar as costa de forma constante ao ala que deveria ter a marcação devida para não poder aparecer-lhe à vontade e em velocidade incapaz de travar. Tenho para mim que o 23 portista não sabe defender, ele que é um ala puro, teimosamente adaptado a defesa.

Foram vinte minutos de um Dragão a portar-se como um passarinho.

Depois lá conseguiu impor o seu jogo, ainda que Pepê e Galeno estivessem longe do seu melhor.

Conseguiu reduzir aos 27 minutos por Pepê numa recarga a remate de Samu que Onana não conseguiu segurar.

O empate surgiu aos 34 minutos, fruto do maior ascendente conquistado. João Mário, na sua natural posição cruzou com peso, conta e medida, para Samu cabecear com classe e eficácia.

O intervalo chegou assim com a recuperação portista e a igualdade a 2.

No segundo tempo o FC Porto entrou muito mais convicto, mais compacto e a criar dificuldades ao seu adversário. Foi pois com naturalidade que fez a reviravolta no marcador em mais um belo golo de Samu (50').

Os Dragões encontraram a sua chama e o jogo parecia encaminhado para a vitória, tanto mais que o quarto golo não esteve longe.

A expulsão de Bruno Fernandes aos 81 minuto, ao invés de projectar os portistas para uma toada segura, serena e dominadora, acabou por fazê-los recuar no terreno e ficar à mercê das investidas do seu adversário que acreditaram até ao fim poder levar pontos do Dragão.

Os Dragões não tinham bola, não conseguiam sair com critério e voltavam a vestir a máscara de passarinhos, até que o inevitável aconteceu. A partir de um canto o Manchester empatou.

São as dores do crescimento, disse o técnico. Se calhar tem razão e pelo andar da carruagem parece-me que vamos ter de sofrer muito.


Sem comentários:

Enviar um comentário