FICHA DO JOGO
SISTEMAS TÁCTICOS
Foi com mais uma exibição desconexa que o FC Porto voltou a ceder pontos, ao permitir o empate, complicando mais do que se imaginava o apuramento na fase de grupos da Liga Europa.
Sérgio Conceição voltou a apostar nas principais figuras do plantel fazendo regressar ao onze titular as peças habituais.
Estranhamente, tal não foi suficiente para que a equipa conseguisse produzir o futebol que se julga estar ao seu alcance, bem pelo contrário. Cedo se percebeu as imensas dificuldades na construção, a falta de agressividade, a lentidão na reacção à perda da bola e na condução da bola, para além de uma manifesta falta de lucidez, acompanhada pela ausência de imaginação e criatividade, permitindo ao adversário o controle do jogo, no que diz respeito à manutenção das suas redes incólumes.
Foi assim quase toda a primeira parte, período em que a equipa portista,o melhor que conseguiu produzir foi um remate perigoso de cabeça de Zé Luís, a fazer a bola esbarrar no poste (33') e o golo de Luís Díaz (36'), este sim um gesto técnico digno de campeões.
Apesar da vantagem, os azuis e brancos não se mostravam confortáveis nem confiantes no jogo, permitindo aos escoceses um maior atrevimento atacante.
Morelos ameaçou aos 40 minutos atirando aos ferros de Marchesín e 4 minutos depois, em mais um descuido defensivo, o mesmo Morelos apontou o golo da igualdade.
Esperava-se uma reacção mais positiva da parte da equipa do FC Porto, no tempo complementar, mas se na primeira parte a exibição tinha sido já medíocre, que dizer da segunda metade.
Equipa desorganizada, sem princípios de jogo, previsível e ainda mais lenta, sem ideias, uma lástima. Disso se aproveitou e bem a equipa forasteira para tomar conta do jogo, imprimindo o ritmo que mais lhe convinha e ainda conseguir levar o pânico à baliza portista. Não fora a enorme e fenomenal intervenção de Marchesín (62') e o empate seria desfeito a favor do Rangers.
Sérgio Conceição percebeu que a equipa estava de rastos e meteu sangue novo. As entradas de Bruno Costa, Nakajima e Soares alteraram para melhor o rendimento portista e só nos últimos minutos a equipa conseguiu dar um ar da sua graça, mais com o coração do que com a cabeça, perdendo duas boas oportunidades para chegar à vitória, ambas negadas pelo guardião contrário, a remates de Soares e Uribe, que com mais alguma frieza e classe poderiam ter garantido os três pontos.
A equipa não está a atravessar um bom momento. Tem jogadores influentes bastante abaixo das suas possibilidades e a pedir certamente descanso e muito banco. Sérgio vai ter de ser sagaz e dar oportunidades a quem quer suar a camisola e mostrar mais competência. Doutra forma, vão aparecer mais surpresas desagradáveis num futuro próximo.
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